Midnight Lovers #6 (+18)


A batida fora firme na porta de Kurogane, três vezes. Os sapatos altos indicavam ser o dono da casa, ou talvez não fosse, mas ele não poderia saber até que abrisse a porta. Um sorriso adornava os lábios do garoto, que tinha os cabelos negros cortados na altura da cintura, repicados, é uma longa franja que cobria seus olhos, embora fosse masculino, tinha uma expressão dócil, que geralmente era preenchida por um sutil ar malicioso, ele sabia muito bem onde estava embora os pais não quisessem deixá-lo visitar. 

- Kuuuro-chan?
- Ah... 
Kurogane resmungou a medida em que a porta soou anunciando presença de alguém o qual a porta requisitada era própria. Havia acabado de se deitar e sono estava chegando, ainda não ia de fato dormir mas tiraria um descanso antes de atender algum cliente, ou queria, mas nunca passava desapercebido. 
- Entra. 
Dizia ao ajeitar os cabelos, fingindo qualquer atividade senão a preguiça.
Ao ouvi-lo, o garoto adentrou o quarto, em passos calmos, observando-o em sua cama e negativou. 
- Deitado? Não vai atender ninguém hoje? Tsukasa virá aqui hoje, ouvi a mamãe comentando. 
Dito, ele se abaixou e bagunçou os cabelos do moreno com um sorrisinho divertido, quase arteiro. Tinha quinze anos, era um garoto ainda, mas divertia-se naquele local, quando a mãe não pegava a si, não era parecido com ele, era parecido com o pai, na verdade, era bem semelhante a ele, costumava ouvir desde pequeno que era a cara de um irmão que ele tinha, e havia ganhado o nome dele, Masami.
- Asami não está com você hoje? Que milagre, vocês não se desgrudam mais.
- Ah, Masami... 
Kurogane disse e embora gostasse do rapazinho, não queria mesmo lidar com presenças naquele momento, não soube esconder mas se recompôs logo em seguida. 
- O que faz aqui, ahn? 
Indagou e retribuiu a bagunça nos cabelos ao fazer o mesmo por ele. Era bonito como seus pais, mas pensar em qualquer coisa com o garoto era algo que não ousava ainda que fosse apenas um pouco mais novo que Asami ou qualquer um que tenha se relacionado.
- Ah, estou te atrapalhando? Desculpe, é que quase nunca venho e consegui escapar hoje. Só vim dar oi.
- Não está não. - Kurogane disse e afagou seus cabelos negros, colocando atrás da orelha. - Fico feliz em vê-lo, morceguinho. Porém seu pai vai achar ruim.
Masami sorriu. 
- Tudo bem, não ligo. E aí como foi a noite ontem?
- Devia ligar ou ele vai amarrar seus pés. Foi muito boa e a sua? Passeou pela feira? - Indagou. - Sente-se, meu futon está limpo.
Masami assentiu e sentou-se com ele, abraçando-o ao redor do pescoço. 
- Não... Os meninos foram todos pra lá e papai não me deixou ir.
- Por que não? 
Kurogane indagou e pegou sua cinturinha a coloca-lo sentado, tirando seus braços do pescoço feito um penduricalho. Só então pegou a escova de cabelos e passou a escova-los.
- Ele não gosta que eu ande com os meninos. - Masami riu ao senti-lo soltar a si, era só uma brincadeira que fazia com ele, como sempre. Arrepiou-se, sentindo o toque dos cabelos. - Kimochi.
- Hum, peça para ir comigo. Veja se ele deixa. 
Kurogane disse enquanto alisava os fios e ao interromper, passou a trançar os fios, apenas por mexer neles. Masami assentiu e sorriu a ele. 
- Vou pedir sim. Você vai com o Asami?
- Podemos convidá-lo também. - Dito, Kurogane soltou a trança e voltou a refazer. - O que quer fazer na feira? Comprar? Namorar?
- Ah iie, eu não namoro. Eu quero doces.
- Muito melhor que namorar. 
Kurogane sorriu para ele, mesmo pelo reflexo do espelho.
- Sim. 
O mais novo riu baixinho e observou o próprio cabelo, parecia bonito, porém desviou o olhar a porta ao ver o garoto de cabelos negros e compridos. 
- Kuro?
- Oi Asami!
- Asacchi. - Kurogane disse ao ser chamado e indicou um espaço no futon. - Masami veio me acordar.
Asami sorriu e caminhou para dentro, sentando-se ao lado dele e do menor. 
- Katsuragi sabe que está aqui?
- Iie, nem pensar.
- Vai certamente sobrar pra mim. - Disse Kurogane.
Asami riu. 
- Deveria voltar pra casa, Sami.
- Eu vou voltar, passei só pra dar um oi. Obrigado pela trança, Kuro-chan.
- Isso, vá. Peça pro Masashi pra ir até a feira comigo.
- Vou pedir sim, até amanhã! 
Asami sorriu novamente e desviou o olhar ao outro. 
- Na feira é?
- Hum. Ele disse que queria ir mas que o Masashi não deixava. Está com ciúme, hum?
- Eh? Não. - Riu. - Estava indo dormir?
- É, eu estava. Mas Masami tem um radar pra isso.
- Ah... Posso me deitar com você?
- Pode sim, gostosinho. 
Kurogane disse ao apertá-lo num de seus mamilos. Asami riu e negativou, ajeitando-se em sua cama. 
- Não acha ele atraente? Vive elogiando o Masashi.
- Ele é um garoto bonito, será parecido com Masashi quando crescer, agora já é como ele. Mas eu o respeito como irmão.
- Hum, um irmão que você queria pegar né? Seu pervertido! 
Asami disse num riso é o cutucou na cintura.
- Não seja tolo. 
Kurogane disse e por alguma razão se sentia provocado propositalmente por ele, como se ele não estivesse só brincando. O menor uniu as sobrancelhas e assentiu, o sorriso sumiu aos poucos dos lábios. 
- Desculpe.
- Hey, não quis ser grosseiro. - Kurogane disse e segurou cada lado da bochecha, puxando, forjando seu sorriso. - Isso, melhor assim.
Asami riu baixinho e segurou as mãos dele, entrelaçando os dedos aos do outro. 
- Vem, vamos dormir.
- Você não parece com sono. Está se preparando pro Seijuro?
O pequeno sorriu e ao se deitar, observou o teto do quarto. 
- Mais ou menos.
Kurogane deitou-se, e ao fazer se ajeitou mais ao lado, dando o espaço em frente a si para ele. Enquanto ele olhava para o teto, olhava para ele. Asami desviou o olhar ao outro e sorriu, aproximando-se a abraça-lo. 
- Você está esperando o Tsu... Tsukasa?
- Masami disse que o Katsuragi mencionou que ele viria, não me disse nada porém.
- Ah, bem... Pelo jeito hoje vou dormir sozinho.
- Hum, então se acostumou a dormir acompanhado, é?
- Claro, com seu cheirinho de banho.
- Cheiro de banho, hum? Aposto que se for de suor você gosta mais.
- Gosto mesmo. 
Asami riu baixinho, abraçando-o e puxou-o para si, selando-lhe os lábios.
- Hum, ecchi
Kurogane disse e não que aquilo fosse de fato algo perto do que faziam em trabalho. Retribuiu o selo que ganhou e mordiscou seu queixo em seguida. Asami sorriu, divertido ao sentir a mordidinha no queixo. 
- Também quero ir a feira.
- Claro que sim, sempre vai comigo. 
O maior disse em retruque, se perguntando se ele realmente estava enciumado.
- Nem me chamou, chamou só o Masami. - Fez um pequeno bico.
- Eu disse que o levaria, falei que chamaríamos você. Estava ouvindo nossa conversa, meu passarinho negro?
- Talvez. - Asami sorriu meio de canto.
- Oh, você é mesmo enxerido.
- Ah sou? Só porque espio você com o tatuado e ele?
- Gosta de me espiar.
- Mais ou menos. - O pequeno riu.
- Hum. - Kurogane soou risonho entre os dentes. - Okay.
Asami sorriu. 
- Hoje vou bisbilhotar de novo.
- Não porque o Seijuro vem te ver, não vem?
- Sei que ele vai ficar muito mais tempo que o Seijuro.
- Hum, então se Seijuro ficasse mais não ia se importar?
- Bem, é meu trabalho... Não posso me importar. Mas... Acho que você está num romancezinho com o Tsukasa. - Riu.
- O que quer dizer? Que sou amante dele?
Asami sorriu. 
- Ah... Acho que sim.
- Sou um cortesão, Sami. Trato todos bem, alguns acabam gostando disso e voltando muitas vezes.
- Hum, ele gosta muito de você.
- Acho que ele é homossexual enrustido e provavelmente fui o primeiro homem dele.
Asami ouviu-o silencioso e estava de fato surpreso, por outro lado, tinha inveja, queria que ele tivesse sido o próprio primeiro.
- ... Sério?
- Hum. - Kuro murmurou afirmativo. - Só é triste que não tenha sido com alguém melhor.
- Alguém melhor? Ninguém é melhor do que você.
- Alguém que não fosse um prostituto.
- Ninguém é tão doce quanto você, Kuro.
- Não seja puxa saco. Você sabe do que estou falando. Sou romântico. 
Kuro disse, num sorrisinho maroto. Asami riu baixinho e deslizou uma das mãos pelo rosto dele, acariciando-o. 
- Eu sei... Mas... Você é um garoto incrível, e... Eu iria querer que minha primeira vez fosse com você.
- Garoto, é? Ia querer se você fosse um cliente e eu um prostituto desconhecido? Você fala assim porque me conhece.
- Bem, não sei, se eu não te conhecesse seria diferente.
- Então, ele não me conhecia. Eu gostaria mesmo de saber como ele fez pra entrar na primeira vez. Se ficou com vergonha. Ele é todo sério e tímido.
- Me disse que ele havia pedido ao Katsuragi por um flexível, mesmo sutil. - Riu baixinho.
- Sim, mas, na entrada, o que passou pela cabeça dele. O que ele passou antes disso, sendo um homem casado e bem, homossexual.
- Por que não pergunta a ele?
- Ele é enrustido até pra ele.
- Ah... Entendi. - Asami riu.
- E você, algum cliente peculiar? Me fale.
Asami sorriu meio de canto. 
- Ah, ontem um cliente me pediu pra ser ativo. Eu entrei em desespero.
- E você fez? 
Kuro sorriu, mas fechou os olhos para ouvi-lo. 
- Iie. - Asami riu. - Disse que eu não podia fazer porque só era passivo. Ele me disse que "eu ficaria sexy tentando pegar um homem mais forte", ele tinha o dobro do meu tamanho.
- Uh, isso é mesmo sexy. Mas só seria legal se eu pudesse assistir.
Asami negativou e riu novamente. 
- Que horror.
- Não é horror. Você tem mesmo aversão à usar seu pau?
- Não tenho. - O menor sorriu. - Mas... Não tenho experiência com isso, e seria um vexame.
- Uma hora passaria pela primeira vez.
- É, mas quero fazer isso com alguém que eu goste, que não vá tirar sarro de mim.
- Aposto que ele teria sido paciente com você. - Kuro apalpou seu narizinho. - Sua primeira vez foi com cliente?
- Ah iie, não quero um cliente pra isso. - Asami riu e uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo. - Hai...
- Você não foi vendido para o bordel, não devia ter feito sua primeira vez aqui. 
Kuro afagou seus cabelos negros. Asami sorriu meio de canto. 
- Eu precisei. Minha primeira vez me rendeu um bom dinheiro.
- Eu imagino, mas é triste, ainda mais sendo como é, tão dócil.
O sorriso aos poucos sumiu dos lábios do pequeno e assentiu, aconchegando-se junto dele.
- O que? Por que murchou? 
Kuro indagou e lhe deu os braços para o aconchego. 
- Queria ter tido alguém melhor. - Asami murmurou e suspirou. - Mas outra parte de mim diz que isso é só sexo, e que eu não deveria me preocupar.
- Bem, sexo é algo íntimo e importante. Não é só uma coisa qualquer mesmo que faça parte de um trabalho. Dizer que é só sexo acaba tornando algo comum e consequentemente menos prazeroso.
- Bem, pra mim muitas vezes não é tão prazeroso quanto pra você. - Asami riu baixinho.
- Eu sei, mas não é por isso que se torna banal. Até porque, pode ser algo obrigatório no trabalho, mas certamente não transaria com qualquer um estando fora daqui.
- É, não faço isso. - Asami murmurou e suspirou. - Gostaria que tivesse sido com você.
- Nós tivemos a primeira vez. Fizemos primeira vez sem ser por trabalho.
Asami sorriu e assentiu.
- ... Como foi sua primeira vez?
- Foi com um garoto bonito no banheiro do trabalho.
O menor sorriu meio de canto e abraçou-o, apertando em meio aos braços. 
- Ah, não seja bobo.
O riso soou entre os dentes de Kuro e o apertou igual. 
- Já meu primeiro trabalho foi chato. Foi com 14 anos, com um homem na casa dos 40 eu acho. Fiquei de olhos fechados o tempo todo.
Asami uniu as sobrancelhas e ergueu a face a observa-lo.
- ... Sinto muito.
- Não sinta, não tenho a mente tão sensível pra sofrer por isso.
O menor assentiu e ergueu a face a selar os lábios dele.
- ... Eu tinha quinze anos na minha. Também foi horrível, quer dizer, não gosto muito de lembrar.
- É melhor não falarmos sobre então. Vem cá, quero um beijinho.
Asami sorriu a ele e assentiu, selando seus lábios novamente e dessa vez empurrou a língua para a boca dele, beijando-o. Kuro pegou em sua cintura e no beijo retribuído, logo fez o mesmo com a língua, penetrando sua boca, devagar, mas não demasiado e o puxou para cima do corpo, dando o peito a seu conforto. O menor ajeitou-se sobre ele em meio ao beijo, estava feliz por estar junto do outro, gostava de passar um tempo com ele, ainda mais agora que estavam tão próximos, sentia-se como um namoradinho dele, embora soubesse que era só uma brincadeira. Kuro acomodou-se no futon e embaixo do moreno. O beijava ainda, seguindo o ritmo ameno. Deslizou as mãos por suas laterais, acariciando e contornando suas formas. Um suspiro deixou os lábios de Asami, era um beijo bom, confortável, gostava muito de beija-lo, porque sabia que era o único que fazia aquilo. 
- Hum...
Kuro lambiscou seus lábios, sugou de leve e desceu por seu dorso até as nádegas, o apertou, empurrando junto de si. Um sorriso sutil surgiu nos lábios do menor ao senti-lo se empurrar contra ele e mordeu seu lábio inferior, sutilmente.
- Hum, vai ter uma noite agitada, mas quer namorar comigo antes?
- Iie.. Não vamos fazer, você vai precisar de um bom quadril pro Seijuro hoje. 
Kuro disse e sorriu, falava baixo, mas audível para ele. Porém voltou a beija-lo, acariciando seu corpo torneado e bonito. Asami sorriu, na verdade, não estava feliz, estava triste por não poder fazer com ele, mas ele tinha razão. Retribuiu o beijo, segurando seu rosto com uma das mãos, acariciando-o gentilmente.
- Hum, kimochi
Kuro disse junto a seus lábios e os lambeu, tragou de leve e correu por seu dorso sentindo a sedosa curva das nádegas. Asami assentiu num selo nos lábios dele. 
- Motto Kimochi.
O maior acariciou suas nádegas por cima do quimono, sentindo a textura gostosa acetinada, porém o apertou com firmeza com a ponta dos dedos. Asami suspirou mais uma vez conforme sentiu o toque e por cima dele, não podia fazer o mesmo, ou tocar muito seu corpo, não queria deixar o peso sobre ele e ainda se apoiava sobre uma das mãos, então usou a mão livre para subir a carícia a seus cabelos. Kuro ergueu o olhar para ele e sorriu quando interromperam o beijo. Contornou suas nádegas, sentindo-a macia. 
- Quer uma massagem?
O menor riu baixinho, observando-o e o achava lindo. 
- Não precisa.
- Não estou perguntando se precisa, perguntando se você quer.
Asami assentiu ao ouvi-lo, e imaginá-lo tocando a si era muito atraente. 
- Quero
Kuro sorriu-lhe canteiro e assentiu. Deu um tapa insignificante em sua bunda, nem mesmo estalou. 
- Então levante e se deite no futon.
O pequeno riu e levantou-se, deitando-se lado a ele, mas antes, abaixou o kimono, expondo as costas brancas, sem nenhuma marca. Kuro se levantou após ele e passeou pelo quarto a acender uma vela perfumada, suficiente para iluminar e aromatizar o quarto. Num pequeno fogo improvisado, um recipiente de argila, adicionou um pouco de óleo de massagem e deixou, devagar, amornar. Asami suspirou ao sentir o aroma e desviou o olhar a ele, estava animado com o modo como ele se preparava para si. 
- Ah... Tudo isso pra mim?
- Ora, passarinho, eu tive aulas e pretendo usar o que aprendi. Gosta do cheiro?
Asami sorriu e assentiu. 
- É gostoso.
- Então vamos lá. Com licença, Asami-san
Kuro falou, como se falasse com um cliente. Com o aviso logo tocou seu quimono e desceu por seu dorso até os quadris, livrando completamente suas costas. Despejou do óleo morno na palma da mão e levou para suas costas alvas. O menor riu baixinho e assentiu. 
- Oh, me sinto como um milionário. 
Murmurou em meio ao riso e deixou-o tirar a própria roupa, suspirando conforme sentiu o óleo contra a pele.
- Ah é? Só milionários podem ter os meus serviços. 
Kuro respondeu e se ajeitou na cama, desse modo logo iniciou a massagem, deslizando firmemente a mão em sua pele. Asami riu baixinho e mordeu o lábio inferior, deixando escapar um gemido, involuntário. 
- Kimochi...
- Hum, já está assim tão gostoso, senhor? 
Kuro indagou e sorriu, falava sobre seu gemido. Com as mãos continuava a alisar suas costas com firmeza, passando por todo o tronco. 
- Nunca recebi massagem de ninguém. 
Asami disse num pequeno sorriso e fechou os olhos, apreciando os toques dele, sua mão macia, porém firme.
- Hum, então aproveite. 
O maior disse e deslizou pelas curvas, das omoplatas pela espinha até a lombar e o início do volume de suas nádegas. O menor assentiu num novo suspiro e mordeu o lábio inferior. Kuro esticou-se e trouxe a vela um pouco mais próxima dele, assim sentiria melhor o aroma. Com a ponta dos dedos pressionava cada pequeno espaço entre sua espinha, ouvia-a estalar. Asami uniu as sobrancelhas ao senti-lo pressionar a si e gemeu, dolorido. 
- Ai... - Riu.
- Ora, me diz se isso não é aliviador.
- Ah... É...
- Vai se sentir relaxado depois. 
Kuro disse e continuou a apertar seus pequenos ossos até deixa-lo em paz. Com cuidado se sentou sobre suas nádegas, não deixou o peso porém. Continuou a aperta-lo, ombros, braços, lombar. Se abaixou e mordiscou sua orelha nua, aparente pelos cabelos. Asami suspirou mais uma vez, relaxado pelos toques e mordeu o lábio inferior, estremecendo conforme sentiu suas mãos macias, ele era bom naquilo também. Riu baixinho porém quando sentiu o toque na orelha. 
- Ah...
Kuro seguiu para sua mandíbula em seguida e logo ao pescoço, onde também mordeu com delicadeza. O menor desviou o olhar a ele atrás de si, estava ficando excitado e não queria isso.
- Kuro...
O maior cessou os estímulos porém, dando a ele um beijo de despedida no pescoço. Voltou com os estímulos manuais, massageando seu corpo e claro, também estava disposto. Asami suspirou, podia sentir o corpo dele sobre as costas, estava macio, confortável, não queria que ele parasse. 
- Eu...
- Hum? 
Kuro murmurou e desceu, como os quadris e se sentou mais para baixo, agora, massageava sua coxa.
- Acho melhor parar, Kuro... 
Asami murmurou, unindo as sobrancelhas com a carícia na coxa.
- Hum, você é tão pervertido, Asami-san.
- Ah sou?
- É sim. Não aguenta uma massagem.
- Você também não, estou sentindo seu pau duro nas minhas costas.
- E está mesmo, taradinho.
Asami riu. 
- Ta vendo? Depois eu que sou pervertido.
- Mas você quem reparou. 
Kuro deu-lhe, após a massagem, um tapa em sua bunda. O menor riu e negativou, mordendo o lábio inferior.
- Posso te dar uma massagem que vai te deixar pronto pro seu vampiro.
- Hum, o que vai fazer?
Ao sair de cima dele, Kuro voltou-se para o lado e se deitou. Podia ver seu rosto de perto, mas ainda estava debruçado e tocou nas costas quando fez menção de mudar, apenas para que continuasse daquele modo. Por baixo de seus tecido, tocou sua peça íntima e suas nádegas tão macias. Asami suspirou, observando-o e sorriu, ele era bonito, muito bonito, queria beijar o rosto inteiro dele. 
- V-Vai tocar aqui atrás?
- Aqui mesmo. 
Kuro disse e massageou sua nádega, porém após afastar sua roupa íntima, tocou seu âmago, roçando o dedo médio. Asami agarrou o futon do outro, observando-o ainda é por um momento, sentiu a face se corar. O maior o observou como estava e seu rosto colado do futon, riu sem ruir com altura, na verdade soprou, daquele modo o comparou a um bichinho de estimação, principalmente porque se encolhia enquanto suas bochechas avermelharam. O mesmo óleo de massagem usou para facilmente esfrega-lo como também entrar em seu corpo. Asami uniu as sobrancelhas conforme o sentiu se empurrar para si e mordeu o lábio inferior para abafar o gemido. 
- Ah...
Kuro não teve demasiada dificuldade para entrar, ele já não era virgem ainda que seu corpo fosse estreito e o creme de massagem era de ajuda. Após entrar, não demorou muito para mover o dedo embora não em vaivém, mas circular, tocando aquela pequena delicada parte. Asami estremeceu conforme o sentiu tocar a si e agarrou-se ao kimono dele, negativando. 
- Iie, eu... Para Kuro.
- Ora, eu acabei de entrar. 
Disse o maior e só então moveu o punho, deu uma só investida. Asami gemeu, prazeroso e mordeu o lábio mais uma vez. 
- M-Mas... Vai me fazer gozar.
- Hum, esse é o objetivo. 
Kuro disse e deu um beijo tênue na ponta de seu nariz, ingênuo, para o que estava fazendo mais embaixo.
- Ah... Quer fazer isso? - Asami murmurou a observa-lo. - Achei que só... Queria me excitar.
- Hum, você já estava excitado, não estava? 
Kuro sorriu e desta vez o beijinho foi nos lábios. O menor assentiu e retribuiu seu selo.
- Então... Por que não entra?
- Não posso, seu vampiro vai saber que alguém passou por aí.
 Asami uniu as sobrancelhas e assentiu. 
- Mas... Eu atendo outros clientes além dele.
- Não antes dele, atende? 
Kuro indagou e deu ritmo com o punho, tornando a investir, agora, com frequência, embora sempre terminasse circulando aquela sua parte sensível.
- Eu... Geralmente ele é o primeiro, mas... Poderia atender alguém. 
Gemeu dolorido e prazeroso e mordeu o lábio inferior.
- Vou te fazer gozar com os meus dedos. Prometo que será muito gostoso também 
Disse o maior e selou seus lábios novamente, lambiscou e o beijou. Asami sorriu a ele conforme sentiu seu beijo, sabia que os dedos dele eram gostosos, até estremeceu e por fim retribuiu seu beijo, deslizando uma das mãos pelos cabelos dele em uma carícia suave. O beijo seguiu tal qual os dedos, firme e desapressado. Kuro brincava com a sua língua como brincava com o dedo dentro de seu corpo. Vez ou outra, um gemido deixava os lábios do menor, prazeroso, mas era somente para ele, mais ninguém ouviria. Empinou suavemente os quadris e fechou os olhos, deixando-o tocar a si onde gostava. 
No término do beijo, ele continuou de olhos fechados mas Kuro, continuava a olhar para ele, de perto. Com os dedos, tendo já colocado um segundo, continuava a tocar sua parte tão delicada, em círculos, deitando suavemente a palma da mão em suas nádegas. O menor o apertava em si com sutis espasmo, estava perto, senti-lo pressionar o local que gostava tantas vezes seguidas não era fácil nem para si, que já era acostumado. Um gemido deixou os lábios, dolorido e guiou a mão sobre o próprio sexo contra o chão, impedindo de sujar o kimono quando enfim, gozou. 
O maior continuou a circular seu corpo, estimular seu âmago, massageando seu corpo sensível naquela parte. Mesmo seus espasmos não impediam a investida do punho e intensificou ainda mais quando o percebeu gozar, manteve até que ele terminasse. Asami mordeu o lábio inferior por fim, sentindo o corpo estremecer, era gostoso, a pele se arrepiava, ele sabia bem onde gostava de ser tocado. 
- K- Kuro...
- Kimochi. - Kuro sussurrou e selou seus lábios. Apenas o deixou quando já satisfeito. Ao se ajeitar buscou lenços para ele. - Aqui.
O menor assentiu e por fim pegou os lenços, limpando as mãos sujas com o próprio ápice e sorriu a ele. 
- Obrigado...
- Kimochi, hum? 
O maior disse e afagou seus cabelos negros.
- Você é muito gostoso.
- Você quem é. Esse bumbum gostosinho.
Asami riu baixinho e negativou, porém ouviu o barulho das batidas na porta e ajeitou o kimono rapidamente sobre o corpo. 
- Kuro?
- Um minuto! Estou me aprontando. 
O maior disse, ajustando as roupas do menor. Aproveitou para garimpar o aspecto, já havia se banhado, o quimono já usava. Penteou os cabelos por deixa-los apenas soltos e sem adornos, a pintura do rosto era também simples quando estava no quarto, mas ainda tinha sua beleza artística, foi rápido no que fazia e borrifou a fragrância suficiente para diminuir a intensidade das velas. 
- Pronto. Bom serviço, Sami.
O menor desviou o olhar a ele enquanto se arrumava, e sorriu meio de canto, era bonito, gostava de vê-lo arrumado daquele modo. 
- ... Saio... Pela porta aqui mesmo?
- Sim. - Kuro acariciou seu rosto. - Não somos amantes com medo de um marido. - Riu baixinho e indicou a ele. - Te vejo a noite. - Falou baixo.
O menor assentiu e sorriu, beijando sua mão. 
- Até a noite.
Asami saiu do quarto dele, dando de frente com o outro que observou a si de cima a baixo antes de por fim entrar no quarto.

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