Kunisaki, Kurai & Kuroi #3


- Pronto! 
- Pronto! 
Kuroi sorriu conforme esperava o maior com o irmão, estavam parados perto da porta e sorria a arrumar a coleirinha preta sobre o pescoço, assim como o irmão arrumava a branca, ele sempre havia sido tratado como o mais frágil do que a si, ou uma versão branca de si, até as roupas dele eram claras, mas a verdade é que combinavam mais consigo que com ele, visto que era mais suave. 
- Dono? Vamos passear?
Ao seguir pelo corredor, Kunisaki teria ido até a sala se não fosse por observar os menores junto a saída de casa. Levava consigo o aparelho celular, onde falava ao telefone, não deixou de notar porém os pequeninos na saída, pareciam prontos para sair de onde estavam. Kuroi uniu as sobrancelhas. 
- Dono! Você prometeu que ia sair com a gente! 
- Queremos ver os ovos de páscoa!
Kunisaki trocava palavras ainda assim, confundindo as conversas pelas vozes e gesticulou, indicando silêncio aos menores. Quando enfim terminou a ligação, arqueou a sobrancelha.
- Vocês estão ousados, estou falando ao telefone.
Kuroi uniu as sobrancelhas e abaixou a cabeça, seguido pelo irmão.
- Hum, não vão ganhar sachês hoje.
- Não... Mas você prometeu pra gente...
- Mas quando eu estiver ao telefone, vocês devem fazer o que?
- Ficar em silêncio...
- Ficar em silêncio...
- É. E vocês desobedeceram. O que eu devo fazer, ah?
Kuroi uniu as sobrancelhas, Kurai sorriu meio de canto, malicioso e levou a mão sobre os lábios.
- Diga, Kurai. Está com cara de quem quer muito dizer.
- Castiga a gente, dono. - Kurai sorriu.
- Hum, castigo, é? Vou levar só seu irmão.
- Eh? Não! Castigo legal.
- Se for legal não é castigo. Vamos, Kuroi.
Kurai uniu as sobrancelhas. 
- Iie...
- Não o que, Kurai?
- Não me deixe aqui sozinho...
- Não queria ser castigado, hum? É um ótimo castigo. 
Kunisaki disse e observou suas roupas combinando, haviam se empenhado na escolha delas, podia ver, queriam mesmo sair. 
- Mas eu queria ser castigado sexualmente... - Kurai murmurou, resmungando.
- Onii-chan, não diga besteira.
- Outra hora vou castigar você. Vamos, Kuro.
- Ta bem... 
Kurai negativou e estendeu uma das mãos ao maior, assim como o irmão, esperando-o. Kunisaki segurou a mão do menor, tão logo de seu irmão, porém foi breve. Os soltara assim que saíram de casa, indicou o veículo a pouco estacionado. 
- Entrem.
Kurai assentiu junto do outro e com ele seguiu para dentro do carro, no banco de trás ao lado do gêmeo, colocou o cinto. De fora do carro, Kunisaki observou os meninos enquanto terminava de fazer no celular o que fazia antes. Só então entrou, observando-os com o cinto de segurança por espontânea vontade, negativou consigo mesmo, achava graça. Tomou posse do volante tão logo. 
- E vocês sabem onde querem ir ver os chocolates esse ano?
Kurai sorriu conforme o viu e balançou a cabeça, o que moveu o pequeno gizo no pescoço.
- Acho que naquela loja enorme que levou a gente aquela vez! 
- Ah é, ela era linda! E também... Em outros lugares não tem ovos de páscoa, só bolo... 
Eu não quero bolo... 
- Também não, quero um ovo, vai dar ovos pra gente né mestre?
- Hum, tem os shoppings, os mercados, tem lojas de chocolate. Tem no petshop também.
- Mas no petshop é pra bichinho não é?
- Não gosto dos que são de ração... Quero chocolate!
- Mas eu queria ir no petshop... - Disse Kuroi.
- Mas vocês são bichinhos.
- Ah, mas... Eu não quero ração... - Kurai uniu as sobrancelhas. - Eu sou um bichinho humano...
O riso soou entre os dentes de Kunisaki. Gostava mesmo de provoca-lo. Kurai uniu as sobrancelhas a observar o maior. 
- Você é mau, dono!
- Tirem par ou ímpar. O que perder ganha ovo de ração.
- Eu não...
- Iie, eu me comportei, não mereço. - Disse Kuroi.
- Eh? Eu também não!
- Mas você que quebrou o microondas semana passada... 
- Eu só queria aquecer o leite!
- Com um baldinho de ferro!
- Hum, Kuroi está afiadinho hoje, ah? Eu já disse para pedir à Hanako que ajude vocês.
Kuroi riu baixinho e logo sentiu o irmão aproximar-se de si e morder a própria bochecha. 
- Ai, onii!
- Morde o nariz que dói mais, Kurai.
- Dono! 
Kurai riu baixinho e lambeu a bochecha do irmão em seguida. Kunisaki observou-os pelo espelho do veículo, em frente e deu uma piscadela, para os dois. Parou um pouco depois, alcançando a loja e o estacionamento, tão logo desligou o veículo.
- Você está tão bonitinho onii-chan... - Kurai roçou o rosto no do irmão. 
- ... Você também. - Kuroi sorriu e lambeu a bochecha do gêmeo. - Chegamos?
- O que há com todo esse amor, hum? 
Kunisaki desembarcou e por fim seguiu até a fachada. Observou o rapazinho na frente, usava um avental azul e marrom com babados o que fazia lhe parecer um vestido lolita ou algo como isso. 
- Sejam bem vindos! 
Disse o moreno ainda que o fluxo da loja estivesse movimentando o bastante. 
- Katsumi. - Kunisaki disse a ele em cumprimento, já o conhecia. O cheiro da loja era doce. - O avental novo está bem bonitinho. - Disse sob um sorrisinho curto, embora sacana, ao colega. - Kuroi, Kurai, venham escolher.
- Ah, que bonitinho! Será que a gente pode ter um desse?
Kuroi sorriu ao rapaz e puxou sutilmente o aventalzinho, fofo demais para ele.
- É, dono! 
- Por favor, levem o meu... - Disse Katsumi.
- Não seja tolo, está adorável. Kunisaki. - Disse Ryoga.
- Ryoga. - Kunisaki disse em cumprimento ao colega e direcionou os menores pelos ombros. - Vou ter algum semelhante para vocês.
- Sei... Meu salário não vale usar esse avental. - Respondeu Katsumi.
Kuroi sorriu e assentiu, adentrando a loja e com o irmão seguiu a observar os doces, observando o rapazinho que era pequeno demais até para si e o irmão, inclinou a cabeça de lado ao vê-lo e sorriu. 
- Oi! 
- Ah oi! Do que é aquele de coração?
- Ah... São de morango. - Eles não o conheciam, era novo ali, mas era parente deles de alguma forma. Kazuto sorriu. - Sejam bem vindos, vocês... São super bonitinhos, parecem meus filhos. Claro que... Mais fofos que eles...
Kunisaki sorriu ao pequeno atendente ao ouvi-lo elogiar os garotos. Era bonitinho, parecia um pequeno chaveiro. 
- Você também é bem fofo. 
Disse e deu uma piscadela, fora um elogio breve e guiou os meninos por seus ombros até o outro lado da loja, indicando os ovos de páscoa mais diferenciados.
Kazuto sorriu ao elogio, até sentiu o rosto queimar e fez uma pequena reverência.
- Se precisarem de mim é só chamar. 
Kurai assentiu ao pequeno e com Kunisaki seguiu para o outro lado, observando as embalagens vermelhas junto do irmão, que pegava alguns ovinhos pequenos a colocar na cestinha. 
- Dono, olha! Tem ovinhos pequenos! Eu quero esses. 
Kuroi cessou atrás do irmão ao ver uma caixinha escrito "língua de gato" e uniu as sobrancelhas. 
- ... São línguas de verdade?
- Os pequenos, hum? São mais fáceis de comer. Escolha o que quiser. - Kunisaki disse ao pequeno e tão logo afagou o outro diante da pergunta. - Somos vampiros, meu anjo. Não estamos num filme do Harry Potter.
Kuroi uniu as sobrancelhas. 
- Ai que bom... Coitados dos gatinhos... E se as pessoas pensarem que língua de gato é gostoso de comer assim?
- Ai onii-chan, ninguém vai comer língua de gato de verdade. 
Kuroi disse e lambeu o rosto do irmão.
- Hum, algumas comem língua de outros animais, mas não acho que vocês corram riscos.
Kuroi uniu as sobrancelhas.
- Você vai defender a gente? 
- Alguém quer comer nossa língua?!
- Eu quero comer a linguinha de vocês. - Kunisaki disse e ameaçou a mordida.
Kuroi riu junto do irmão, em coro e deu alguns passinhos para trás, abraçando-se nele. 
- Socorro. 
Conforme ria, Kurai desviou o olhar a loja na procura do ovo e por fim fitou um ovo grande no canto da loja, parecia ser realmente pesado e arregalou os olhos. 
- Olha dono! Que lindo!
- É só decoração.
Kunisaki disse, sabia que o menor logo se apaixonaria pelo chocolate imenso num canto da loja. Só imaginava o que faria com tanto.
- Ah, é...? Eu...
- Hum? Você não queria os pequenos?
- Ah, mas agora eu quero o grande... 
- Da pra gente mestre, por favor... - Kuroi uniu as sobrancelhas.
- É só decoração, pirralhos.
- Não é não, tem preço e tudo!
- E o que vai fazer com todo esse chocolate? Duvido que comam.
- Vamos comer sim! É podemos dormir dentro. - Kurai riu.
- Ah, é? Vão tomar banho, escovar os dentes, jantar, chocolate.
Kuroi riu. 
- Ta bem, pode ser um menorzinho... 
Kurai uniu as sobrancelhas e fez um pequeno bico.
- Se você quiser pequeno, vai pegar mais de um. Se for esse grande, vai ser só esse. O que vocês querem?
Kuroi desviou o olhar ao irmão e sorriu. 
- Queremos o grandão! Queremos o grandão!
- Hum, okay. Então o grandão. Vocês vão dormir nele hoje.
Kuroi riu como o irmão e aproximou-se dele, lambendo-o na bochecha, podia ver o irmão lamber do outro lado em agradecimento. 
- Vamos compensar você por isso, dono...
- Hum, hum, vai compensar mesmo. Com esse chocolate. 
Kunisaki disse e apalpou ambos, nas nádegas. Kuroi riu baixinho e roçou o corpo ao dele, como um gatinho mesmo. 
- Hum, esses garotos são... Excêntricos, ah? - Disse Katsumi.
- Ah... Você não gosta de brincar de pet? - Respondeu Kazuto.
- Se eu fosse um, seria um cachorro, não vou ficar me esfregando no Ryoga assim.- Não seja um mentiroso, adora se esfregar em mim.
Katsumi estreitou os olhos. 
- Ora...
Kunisaki afagou os pequeninos e seguiu pela loja, os deixou conferir os doces enquanto a si, na parte da confeitaria, pedira um trago das opções dos sangues. Pediu algo para os dois também. Na cafeteria, Kuroi sentou-se ao lado esquerdo do maior, e o irmão se sentou no lado direito. Observou o cardápio e ouviu o pedido dele de chocolate para ambos, gostava de chocolate e o irmão também, então o viu sorrir para si. 
- Dono... Posso provar aquele docinho redondinho recheado? Parece um suspirinho...
- Macaron
Kunisaki indagou e o viu indicar o pequeno doce. Embora fossem coloridos, boa parte das sobremesas acabavam coradas pelo sangue. 
- Claro, peçam para o rapaz bonitinho.
Kuroi assentiu, porém uniu as sobrancelhas.
- Está gostando dele, dono...?
- Não pode trocar a gente!
- Não, ele só é bonitinho. Vocês não acharam?
- Achamos... Mas nós somos mais, não somos?
- Claro que são. Sou dono de dois gatinhos só.
Kuroi assentiu e roçou a face contra a dele, assim como o irmão do outro lado. Kurai chamou o garoto para a mesa e abriu um pequeno sorriso. 
- Queremos dois macarons cor de rosa, por favor. 
- Claro, algo para o senhor?
Kunisaki negativou à pergunta, deu a ele uma piscadela no entanto. Não que tivesse real interesse no garoto, mas era bonitinho e ficava tímido com facilidade, era divertido. Kazuto uniu as sobrancelhas ao ver a piscadela e sentiu a face ferver.
- S-Senhor... Eu sou casado. 
Disse baixinho a desviar o olhar e pigarreou. 
- Ele também é... - Kuroi dez um pequeno bico. 
- Ele é casado com a gente!
O riso soou entre os dentes de Kunusaki. 
- E daí? Você não se torna feio porque é casado. Mas não estou dando em cima de você, baixinho. 
Kunisaki disse e achou graça pelos pequenos, tocou ambos em suas coxas. Kazuto assentiu ao ouvi-lo e abaixou a cabeça, num pequeno sorriso e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha. 
- Mas obrigado... Vou trazer os macarons... 
Dito, voltou para dentro da cozinha e buscou os pratinhos decorados com creme e sangue, os macarons ficavam em cima, entregou aos garotos. 
- Posso ajudar em mais alguma coisa? 
- Eu quero soda italiana!
Kunisaki observou o garoto que trazia consigo os pedidos, deu de ombros no fim diante do pedido do moreninho, como quem dava autoridade para trazer. Kazuto assentiu numa pequena reverência e demorou poucos minutos para trazer a bebida.
- Obrigado mestre!
- Já escolheram tudo?
Kuroi assentiu junto do irmão e bebeu um gole da bebida azul.
- Então eu vou pedir que alguém guinche o chocolate de vocês e nós vamos embora.
Kuroi riu e bebeu pouco mais da bebida.
- Tá bravo com a gente, dono?
- Por que eu estaria, gatinho? - Kunisaki indagou e desalinhou seus cabelos escurinhos.
- Porque a gente quis o ovão...
- Não estou bravo, sei que vou ganhar os meus mais tarde, ah?
- Os seus?
- É, meus ovos. Mas não são de chocolate.
Kurai deu um sorrisinho, Kuroi demorou um tempo para entender, mas por fim, sorriu junto do irmão sentindo o tom vermelho na face.
- Está vermelhinho, hum? - O riso soou entre os dentes de Kunisaki. - Querem mais doces?
Kuroi negativou e sorriu. 
- Eu quero balinhas de gengibre.
- Hum, precisa ver se tem bala de gengibre aqui.
Kurai chamou o rapazinho até a mesa e sorriu a ele, vendo-o retribuir o sorriso. 
- Vocês tem bala de gengibre? 
- Temos sim, vou trazer um saquinho pra você.
- Quer escolher um docinho, Kuro?
- Quero... - Sorriu. - Posso?
- Se eu ganhar uma roçadinha de bochecha.
Kuroi assentiu e aproximou-se a roçar a bochecha na dele.
- Hum, agora sim. 
Kunisaki disse, sentindo sua bochecha macia. Sabia que diferente de Kurai, seu irmão era carente e dócil, o menor gesto de carinho parecia agrada-lo com facilidade. 
- Agora pode ir escolher.
Kuroi assentiu num sorriso  e levantou-se, seguindo pela loja a observar os docinhos. O riso de Kunisaki soou para si mesmo, continuou a própria bebida enquanto os seguia com os olhos e podia ver a curiosidade com que os demais olhavam para os pequeninos.
- Dono, ainda vamos ao petshop
Kurai disse num sorrisinho e bebeu o resto da bebida, levantando-se para ir junto ao irmão, mas primeiro esperaria a resposta.
- Quer visitar seus parentes, é?
- Quero. - Sorriu. - Quero uma coleirinha nova.
- Hum, então você quer um sex shop.
- Eh? Ah... Você nunca levou a gente num sex shop... Geralmente compramos pela internet...
- E o que é que tem?
- Eu acho que o onii-chan vai morrer de vergonha. - Kurai sorriu.
- Quer ir aonde? Sex shop ou pet shop?
- Sex shop. - Kurai mordeu o lábio inferior.
- Hum, eu imaginei. Vamos esperar seu irmão.
Kurai assentiu e sorriu, seguindo para junto do irmão a procurar algo pela loja. Devagar, Kazuto se aproximou da mesa e observou o rapaz sentado sozinho.
- Senhor... São seus filhos?
Kunisaki virou-se a observar o garoto, sorriu de canto achando graça diante da curiosidade.
- São meus parceiros.
- Ah... É que... Se parecem com você e... Bem... São gêmeos. - Kazuto disse num pequeno sorriso. - Quer dizer, ambos se apaixonaram por você? 
Disse curioso, não costumava ver aquilo e akai itos de vampiros eram complicados.
- Hum, acha que parecem? - Kunisaki indagou, achando o comentário curioso. - Talvez é como dizem, a convivência torna as pessoas parecidas. Hum, é o que eles dizem.
Kazuto sorriu e assentiu. 
- É, acho que sim... - Disse a observar os garotos, pensou no quanto havia aprendido com o próprio parceiro. - ... Eu pergunto mais sobre... O Akai Ito. Somos difíceis. - Sorriu. - Você tem sorte, eles são muito fofos.
- Eu entendo o que quer dizer. Sobre escolher um único parceiro a vida toda. Mas talvez as almas deles sejam uma só, juntos se completam.
Ao ouvi-lo, Kazuto permaneceu a observar os garotos, que pareciam se divertir na loja, um abraçava o outro algumas vezes, mostrando os pacotinhos de doce, e sempre se completavam nas frases. 
- Talvez o senhor tenha razão. - Sorriu. - Me desculpe pelo inconveniente.
- Não é inconveniente, muitos têm curiosidade, poucos encontram coragem de perguntar. Além do mais, posso ficar olhando sua cara bonitinha.
Kazuto sorria enquanto olhava os garotos e por fim, ao ouvi-lo, sentiu novamente a face queimar e negativou numa pequena reverência. 
- A-Ah... Com licença... Eu preciso fazer os doces.
- Toda. 
Kunisaki disse, soando ainda provocativo, achava graça na verdade.
- Dono achei balinhas de morango! 
- Eu tenho balas de limão. Quer uma? 
- Katsumi disse que você iria gostar disso... 
Kurai disse, colocando sobre a mesa a caixa preta fosca, e dentro havia um creme de massagem comestível de chocolate e um par de algemas. Sorriu a ele.
- Estava na área adulta... - Disse num risinho.
Kunisaki agradeceu ao negar as balinhas, mas tirou a caixa, sabia que ir até a loja com o garotos era deixar que Katsumi fizesse uma grande venda. Abriu a caixa como dava, conferindo o conteúdo. 
- Sou vampiro mas vou ter diabetes.
Kurai sorriu. 
- Ou nós podemos passar em você. E prender você na cama... 
- Hum, onii-chan... Hentai... 
Kuroi riu baixinho, mas era evidentemente malicioso.
- Eu sou o único que prende alguém em casa. 
Disse Kunisaki e deu uma apertada em sua nádega.
- Ah! - Kurai riu, em coro com o irmão e abaixou-se a lamber o rosto do maior. - Vamos vamos! Vou pedir pro Ryoga colocar o ovo no carro!
- Não, vocês que vão levar. Sua sentença.
- Ah... Ta bom. Onii-chan precisa me guiar... Ryoga-san, vamos levar o ovão!
Kunisaki riu, entre dentes. 
- Pede pro Katsumi levar.
- Katsumi, o dono pediu pra você levar o ovo!
- ... Claro... No carro?
- Sim!
- Obrigado, querido. 
Kunisaki disse, provocando o amigo. Levantou-se para pagar a conta, generosa graças a ele, mas não se importava de fato, se não fosse por ser vencido por suas vendas empurradas. Kurai seguiu com o rapaz até o carro e sentou-se ao lado do ovo, abraçando-o. 
- Obrigado Katsumi!
- Não há de quê... - Katsumi suspirou.
- Dono, vamos! Vamos! Eu quero ir na lojinha.
- Claro, vamos ao pet shop levar seu irmão.
Kurai sorriu. 
- Tá bem.
- Ah, quem sabe ganhamos uma roupinha.
- No pet shop
Kunisaki indagou ao entrar no carro e tomar posse, tão logo dirigia. 
- É... 
- Onii-chan a gente não entra em roupinha de gato... 
- Ah... Mas... Coleirinha?
- Seu pescoço não é tão pequeno, gatinho. 
Kunisaki disse e no entanto, não tinha mesmo  intenção de levá-lo ao pet, como combinara com seu irmão. Ao estacionar, as portas eram escuras, entrou após abrir-la e então direcionou os gêmeos para a loja. Kuroi uniu as sobrancelhas e assentiu, esperando podem pela visita ao local, quando por fim observou a porta e saiu com o irmão do carro, estava evidentemente confuso, e ficou ainda mais quando dentro dela, automaticamente a face tomou o tom vermelho. 
- Vamos onii-chan! Não gostou?
- Claro que ele gostou, essa carinha vermelha é o charme dele.
Kurai riu. 
- Vamos escolher pessoalmente hoje. 
- Ah... Eu...
- Vão garotos, vão escolher os docinhos.
Kurai assentiu e puxou o irmão pelo braço, sorrindo a ele e pode ver a expressão do rapaz atrás do balcão, que havia sorrido. Kuroi observou as prateleiras, curioso e pegou um dos gris de massagem que dizia esquentar. 
- Hum... Esse parece gostoso.
- Quer que eu passe no seu bumbum onii-chan? - Kurai riu baixinho, malicioso.
- E-Eu vou passar é no seu!
- Leve dois de cada, um pra cada bumbum.
Kurai riu baixinho e assentiu, pegando mais um além do que o irmão havia pego.
- Você gosta quentinho, dono? Somos gelados...
- Eu gosto dos dois. Escolha o que vocês gostarem.
Kurai assentiu num sorrisinho e puxou o irmão para adentrar outra parte de brinquedos. 
- Olha o tamanho desse! 
- Onii... Coloca... Coloca isso no lugar. 
Kuroi riu baixinho, encolhendo-se diante da prótese que ele havia pego.
- Você gostou do tamanho, é? 
Kurai indagou, observando a prótese que mostrava a seu irmão.
- Eu não, o seu é maior, dono. 
Riu, porque a prótese era realmente grande.
- Claro que é, quase saiu pelo seu ouvido no outro dia.
Kurai riu. 
- Ai que horror.
- Sabe aquela cutucada?
- Dono! - Kurai riu e o irmão riu consigo. - Quero um desse, dono, diz que tem cheiro de Tutti-frutti. - Disse a mostrar uma prótese não tão grande.
- Vai ficar chupando ela como um picolé, hum? Pegue.
Kurai riu baixinho e assentiu. 
- Quer algum, onii-chan?  
- Esse diz que é de menta...
- ... Crianças. 
Kunisaki disse, como se fosse um comentário pessoal.
- Você que adotou a gente, agora aguenta. 
Kurai disse num sorriso, porém cessou o que fazia ao sentir nas narinas um cheiro forte de sangue humano. Os olhos amarelos quase dilataram e virou-se em direção a porta do local, notando o rapaz com a mochila nas costas e um gesso no braço. 
- ...
- Vocês me adotaram, eu não adotei vocês. Aliás, Kurai me viu por aí, Kuroi veio de brinde.
Kurai havia cessado igualmente a conversa em virtude do humano que havia adentrado o local, estava faminto, como o irmão. 
- ...
- Parem de encarar. Vocês tomaram na confeitaria, seus pirralhos gulosos.
- Mas não foi suficiente dono... Ele parece fresquinho. 
- ... Acho que ele é parceiro do vampiro no caixa. Por que está com o braço quebrado? ... - Disse Kurai e desviou o olhar ao maior, sorrindo em seguida. - Eu só queria um pedacinho da sua comida, e por fim ficamos.
- Queria sim minha comida, ah? - Kunisaki disse e afagou sua orelha. Os havia de fato encontrado pelos becos, havia até levado um de seus "amigos" de rua. -  Ele pertence ao dono da loja.
Kurai sorriu. 
- Shiro foi nossa mamãe por um bom tempo... Eu fico triste pelo que aconteceu... 
- Não quero falar dela...
- Não fique triste, Kuro. Papai te dá um agrado mais tarde, hum.
Kuroi assentiu e uniu as sobrancelhas. 
- Vamos, se anime onii-chan... Podemos comprar o que quisermos, que tal um vibrador novo? 
- Vibrador?
- Vá, ande pelo loja. Vou escolher a roupa de vocês.
- Vai escolher roupinha pra gente?!
- Oba!
- Vou, vão procurar as coisas de vocês.
- Tá bem!

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