Ryoma e Haruki #5 (+18)


Algumas vezes, Haruki trabalhava no restaurante do cunhado, gostava de ter um dinheiro extra, e ele pagava bem para si, já que era irmão caçula de Katsumi. Do balcão, viu os cabelos bonitos dele, compridos e podia ver seus braços tatuados expostos naquele dia. 
- Haruki, parece que tem um cliente pra você atender. 
- Diz Katsumi, como eu fui ter tanta sorte? Ele não é lindo? Não consigo parar de olhar pra ele...
- Vai lá exibir seu aventalzinho novo, vai. 
- Droga, é verdade, estou ridículo...
- Pare com isso, vai.
Haruki uniu as sobrancelhas, mas seguiu até a mesa, acanhado e sorriu a ele de canto. 
- Boa noite, senhor, o que quer comer?
Curiosamente, Ryoma observou o cardápio, buscando o que tivesse de novo, adorava novidades. Sentiu um cheiro bem conhecido, sabia de quem era, principalmente quando ouviu de sua voz e desse modo, fingiu-se despercebido, fingiu não saber dele. 
- Quero o garçom em cima da mesa.
Haruki sorriu ao ouvi-lo, meio de canto, tentando não mostrar os dentes, na verdade, queria ser malicioso, mas estava trabalhando.
- Desculpe, senhor, o garçom não está no cardápio. Mas por uma quantia módica eu posso acompanhá-lo até o banheiro quando acabar sua refeição.
Ryoma sorriu, quase para o cardápio, ao ouvi-lo. Só então se voltou para olha-lo e analisou seu uniforme do dia. 
- Oh, fica bem em você.
Haruki sorriu novamente quando recebeu o olhar dele, adorava seus olhos amarelos. 
- Jura? Eu sei que estou ridículo.
- Não está não. Garçom, me sugira algo bem apimentado.
Haruki sorriu novamente ao ouvi-lo. 
- Apimentado? Hum, eu, na sua cama, usando só uma coleira.
- Mas agora você está trabalhando, pimentinha.
O menor riu. 
- É claro, me desculpe, senhor. Bem, temos alguns pratos mexicanos, nachos, chilli, claro que com carne humana.
- Chilli e sua companhia seria bem legal.
Haruki sorriu a ele, não parava de sorrir enquanto estava com ele, estava apaixonado.
- Não posso... Ryoga está me pagando.

- Hum, então vou jantar sozinho, mas te espero na saída.
Haruki uniu as sobrancelhas. 
- ... Mas eu... Estarei bem ali se precisar de mim.
- Claro, vou ficar bem de olho. Traga meu chilli, belo garçom.
Haruki sorriu, era uma pena. 
- Quer beber alguma coisa, cliente lindo?
- O que você quiser me dar, docinho.
Haruki assentiu e suspirou, virando-se para voltar a cozinha e fazer o pedido dele. 
- Ryoga, seu irmão maravilhoso. Ele quer chilli e vinho branco.
- Aliás... Chilli combina com vinho branco? Talvez eu devesse dar uma dose de tequila... É mexicano.
- Meu irmãozinho veio comer aqui, é? Ou talvez tenha vindo cortejar o atendente.
Haruki riu e uniu as sobrancelhas num pequeno bico. 
- É tão triste ver ele lá sozinho, mas... Tudo bem.
- Ah, é triste, é? Não precisa enrolar, baixinho. Pode ir ter um encontro.
- De verdade?! Posso... Posso jantar com ele?!
- É claro. 
Dito, Ryoga até apoiou a mão em sua cabeça, era fácil confundi-lo com um dos filhos. Haruki sorriu, quase de orelha a orelha. 
- Obrigado! Obrigado! - Disse e abraçou-o meio desajeitado, não tinha segundas intenções é claro. - Eu quero espaguete, você faz pra mim? Eu... - Disse a olhar o rosto dele. - É claro que eu vou pagar... Desculpe, pelo abraço. - Pigarreou.
Ryoga parou meio da forma que estava, desajeitado tanto quanto ele e franziu o cenho. 
-  Eu fazer, é? Vai pra lá, pirralho.
Haruki riu e assentiu, tirando o avental e correu para o salão, na verdade, caminhou rápido e sentou-se em frente a ele. 
- Oi.
Ryoma deixou o copo sobre a mesa quando voltou o olhar ao garoto, agora em frente a si. 
- Oh, Olá, belo rapaz que não é mais um garçom.
Haruki riu. 
- Ryoga me deixou jantar com você...
- É um irmãozinho adorável, não é?
- Ele é. Mas você é muito mais. - Sorriu.
- Ah, eu sou adorável?
- É sim, o homem mais adorável do mundo.
- Por quê? Sou fofinho, sou?
- Claro que é. - Haruki riu.
Ryoma levou as mãos ao rosto. 
- Oh...
- Ah, não faça isso. - O menor riu novamente. - ... Droga você é tão bonito.
- Você que é, Harukinho.
O menor sorriu e mordeu o lábio inferior. 
- Qual é a sua comida favorita? Eu nunca perguntei.
- Eu não sei, eu gosto de doces.
- Ah gosta? Eu... Sei cozinhar uns muito bons! Na verdade eu não sei cozinhar, é mentira, mas eu vou aprender. - Haruki riu.
- Ah... - Ryoma riu, certamente divertido embora fosse tênue. - Eu acredito. Peça pro Ryo fazer torta de cereja, você vai começar a gostar de doces tanto quanto eu.
- Hum... Vou pedir sim.
Haruki sorriu e estendeu uma das mãos sobre a mesa, mas recolheu, achando que ele não fosse segurar. Ryoma estendeu a mão para dar o agrado a ele, mas o viu regredir. 
- Oh, me deixou no vácuo.
- Eh? Ah me desculpe, eu... Achei que ia achar bobo. 
O menor disse e segurou a mão dele, entrelaçando os dedos aos do outro.
- É bobo, como aqueles casais de filme. 
Ryoma disse e sorriu de canto. Pegou sua mão e ao invés de beijar, mordiscou. Haruki riu e puxou a mão, negativando. 
- Ai ai, seu jantar já vem, não precisa me comer.
Ryoma riu, entre os dentes e lambiscou os lábios, como se estivesse se limpando pós refeição. 
- Desculpe, achei que você era meu chilli.
Haruki riu. 
- ... Ah Ryoma, eu gosto tanto de você...
Ryoma sorriu canteiro, podia ver o quanto ele se divertia consigo e não era diferente, gostava de lidar com ele. Haruki mordeu o lábio inferior, e logo viu a refeição ser servida e o vinho, servido pelo irmão, com um sorrisinho nos lábios. 
- Nunca pensei que iria servir os dois juntos...
- Veio especialmente inclusive. - Ryoma cumprimentou o cunhado. - Fiquei sabendo que não terei mais tatuagens novas, vou ter que brigar com o paizão.
Katsumi sorriu, era o barman afinal, servia as bebidas. 
- Ah? Ah... Sim, bem, Ryoga não sabe sobre isso. Mas nos desentendemos um pouco.
- Eu imaginei, mas não deixe, brigar faz parte, a reconciliação não foi boa?
- Foi sim, mas eu fiquei verdadeiramente chateado. E também, joguei minha máquina fora, não teria como tatuar mais. 
- Onii-chan... Por que fez isso? Você gostava tanto. 
Katsumi negativou.
- Posso ajudar em mais alguma coisa? 
- Você é muito orgulhoso, onii-chan.
Após a saída do moreno, Ryoma agradeceu ao pedido entregue, observou o jantar e puxou o braço do menor, colocando-o no próprio prato,  numa parte estratégica onde não fosse suja-lo. Haruki arregalou os olhos conforme fora puxado e riu, negativando a puxar o braço novamente. 
- Nããão!
Ryoma sorriu, num risinho entre os dentes. Pegou da bebida e brindou com ele. Haruki riu e brindou igualmente. /
- Ia dizer que esse é o nosso primeiro jantar romântico, mas o primeiro foi na sua casa, na sua cama.
- É claro, e aposto que você gostou muito mais.
- Gostei mesmo. -Haruki sorriu. - Só de lembrar eu já fico tão confortável.
- Hum, podemos repetir.
- Eu adoraria... - Haruki sorriu.
- Hum, então como já estamos jantando, talvez seja café.
- Hum... Isso é um convite?
- É claro, eu disse que ia esperar você.
Haruki sorriu quase de orelha a orelha, mordendo o lábio inferior.
- Você sabe como fazer um cara se sentir incrível, ah? 
Ryoma disse, referia-se ao fato de que ele sempre parecia muito feliz com tudo o que fosse lhe propor. Haruki desviou o olhar a ele e sorriu.
- É porque você é incrível.
- Não, você é como um filhote querendo um dono. - Ryoma sorriu canteiro.
Haruki uniu as sobrancelhas. 
- Isso parece ruim.
- Por quê? 
Ryoma sorriu e tocou o meio de suas sobrancelhas, afrouxando a expressão. Iniciou o jantar porém.
- Porque parece que eu não gosto de você realmente, só pego qualquer um pra ficar.
- Ah, mesmo um animalzinho sabe a quem se aproximar, Haru-chan.
Haruki fez um pequeno bico. 
- Eu gosto de você. De verdade.
- Eu sei. - Ryoma sorriu-lhe de canto, era verdade. - Eu também.
O menor sorriu. 
- Verdade?
- Verdade. 
Ryoma assentiu também com a cabeça enquanto já partia para o jantar. Haruki sorriu novamente, estava verdadeiramente feliz. Voltou a atenção ao jantar e passou a comer, desviando o olhar a ele vez ou outra. Ryoma continuou a refeição, silencioso, embora retribuísse seus olhares. Quando finalizou o jantar, tragou um pouco mais da bebida. 
- Agora vamos comer qual docinho?
Haruki riu baixinho, pegando o último pedacinho de macarrão no prato. 
- Hum... Sorvete?
- Sorvete parece muito leve.
- Hum, então?
- Ah, verdade, a torta de cereja. Quero que você coma.
- Ah! Ta bem!
Ryoma chamou pelo garçom a quem formulou o pedido. 
- Pede pro Ryoga desenhar um coraçãozinho.
Haruki riu e mordeu o lábio inferior. 
- Sabe, eu acho... Eu sei que é cedo, mas... Eu acho que você... É meu Akai Ito.
Ryoma observou o garoto ao ouvir dizer. 
- Por que acha isso? 
Ryoma retrucou após um trago da bebida qual ele mesmo escolhera para si.
- ... Não sei. - Haruki sorriu. - Seu cheiro é o cheiro mais maravilhoso que eu ia senti na vida. Eu gosto tanto de você que não consigo pensar em nenhuma outra pessoa.
- Hum, em algum momento nós vamos descobrir. - Ryoma sorriu a ele e tão logo observou a torta, que por sinal havia vindo com o coração que pediu. Riu, entre os dentes. - O garçom levou mesmo a sério esse pedido.
Haruki sorriu meio de canto e assentiu, bebendo alguns goles do vinho. 
- É adorável.
Ryoma sorriu e esticou-se, puxou para perto sua cadeira. Após pegar o pedacinho da torta o serviu, deixando provar. Ao se aproximar, Haruki sorriu e aceitou o pedacinho da torta, mordendo o lábio inferior.
- Hum... Oishi!
- Não é? - Ryoma disse e serviu a si mesmo desta vez. - Podemos atormentar meu irmãozinho pra fazer tortas pra nós.
Haruki riu. 
- Vamos comprar todas as que eles tem aqui.
Ryoma pegou mais da torta e serviu em sua boca. 
-  Vou encomendar alguns. Por sinal, quando faz aniversário?
Haruki aceitou a torta e uniu as sobrancelhas, ele estava perguntando o próprio aniversário? Era adorável. 
- Dia... 23 de dezembro.
- Hum, quase no fim do ano. Você gosta de comemorar?
- Ah, eu geralmente só tomo uma cerveja com o Katsumi.
- Mesmo agora com o Ryoga?
- Ah, agora eu geralmente saio pra fazer alguma coisa. Onii-chan não tem mais tempo pra mim.
- Ah, Ryoga não deixaria isso acontecer. Ryoga é paizão demais a menos que o seu irmão seja um pouco otário. - Riu.
Haruki riu. 
- Na verdade, eu é que sou. Eu não chamo mais ele pra sair porque sei que ele tem a família dele... E não quero atrapalhar.
- Você é a família dele também. 
Ryoma disse e tocou seus cabelos, os afagando de leve. Deu a ele mais da torta em seguida. Haruki sorriu meio de canto e aceitou a torta. 
- É que ninguém vai querer sair também tão perto do Natal. Sei que ele comemora.
- Uma coisa não tem nada a ver com a outra. É um raciocínio tão tolo que chega a dar raiva. - Ryoma disse, embora sorrisse. - Mas esse ano vamos ter torta de cereja de aniversário, ah? O que acha?
Haruki sorriu e assentiu. 
- Ta bem!
- O meu é no mês que vem.
- Ah é? E vamos comer torta de cereja também? - Riu.
- Não sei, me diz você. - Sorriu.
- Torta de cereja e comida apimentada! Vou te dar um chicote novo de presente. - Riu.
- Na cama. Ah é? Isso eu quem tenho que te dar...
Haruki riu. 
- E se eu comprar uma lingerie bem sexy então?
- Bem, eu gosto de couro.
- Hum, pode deixar. - Sorriu.
- Uma boxer de vinil.
- Ah não... Eu pensei num harness ou algo assim.
- Também. Mas gosta de imaginar sua bundinha aparecendo por baixo da boxer, tem que ser curta e cós baixo, claro.
- Ah é? - Haruki riu. - Então ta bom.
Ryoma sorriu, sem mostrar os dentes. Achando adorável suas reações sob a ideia dos planos. Haruki olhou a torta dele, e depois seu rosto, abriu a boca, esperando pelo pedacinho.
- Parece um passarinho. 
Ryoma disse, pensando em voz alta e lhe deu mais uma porção da torta. Haruki sorriu em seguida e repousou a cabeça no ombro dele, chegando um pouco mais perto. Ryoma virou-se para ele, acomodado como estava e lhe selou os lábios. Haruki retribuiu o selo e sorriu novamente, segurando a mão dele.
- Bom. Agora eu vou sair e te esperar lá fora.
- Eh? Mas por quê?
- Porque eu disse que ia esperar você lá fora.
Haruki riu. 
- Mas estamos aqui já, não precisa.
- Mas tem que ser tipo aqueles filmes, onde o cara espera a garçonete na saída.
- Ah, não, então ta bom.
Ryoma riu e negativou. Pagou pelo jantar mesmo que se referisse ao trabalho do irmão. Ao se levantar, estendeu a mão ao menor, sabia que ele gostava do toque. 
- Vamos.
Haruki observou-o se levantar e segurou a mão dele, sorrindo. 
- Hum, obrigado pelo jantar.
- De última hora. 
Ryoma acenou ao barman, indicando que partiriam por fim, feito isso, seguiu com seu irmão para fora do restaurante. Haruki assentiu e riu, acenando a Katsumi, outra hora acertaria com Ryoga as horas que perdeu do trabalho. Do lado de fora, segurou-se no braço dele.
- Por que resolveu trabalhar aqui? Querendo ficar perto do seu irmão, hum?
Haruki sorriu. 
- Ah, eu não trabalho aqui fixo, só faço taxas as vezes, quando estou com pouco dinheiro. É que eu gasto muito nas minhas viagens ao redor do mundo e tal. Essa parte é brincadeira.
- Ah, eu sei como é. - Ryoma disse e sorriu, dando corda à brincadeira. - As viagens são mesmo custosas.
- Ah claro, só com 150 mil não dá pra ir a quase lugar nenhum, e é o que tem na minha conta agora.
- Ah, já da pra pagar pelos meus serviços hoje.
- Claro. Mas acho que está barato pra você, só 150 mil.
- Pode me dar mais se quiser.
Haruki riu. 
- Claro, se eu tivesse dinheiro mesmo, um milhão não pagaria uma noite com você.
- Ah é? Minha companhia é boa ou eu faço sexo muito bem?
- Os dois. - O menor riu.
- Unindo o agradável ao útil.
- Sim. - Dito,  Haruki apertou a mão dele. - Vamos de carro, a pé?
- Estou a pé, sou adepto à exploração das ruas. Não sabia que ia encontrar uma garçonete pra levar pra casa. Mas posso te levar no colo.
Haruki riu. 
- Não, eu gosto de andar a pé. Olha! - Disse, apontando para a máquina na porta de uma loja, era grande, iluminada e tinha ursinhos dentro. - Você espera pra eu tentar pegar um?
- Claro, podemos arrombar ela também. 
Ryoma disse, certamente brincando ainda que estivesse soando sério. Haruki desviou o olhar a ele e riu. 
- Mas a graça é tentarmos pegar.
- Então vamos tentar. Vamos tirar todos de lá.
Haruki sorriu e assentiu, tirando a moeda do bolso, que colocou na máquina e observou o ursinho branco no canto, que queria pegar, mas é claro que, acabou por fracassar. 
- Ah...
Ryoma seguiu logo atrás dele, assistindo seu bichinho permanecer como objeto de desejo dentro da máquina. Pegou mais do dinheiro e deu-lhe uma nova tentativa. 
- Vai.
Haruki assentiu a colocar a moeda na maquina e suspirou, olhando o bichinho e moveu a maquina, numa luta consigo mesmo para chegar até o ursinho. Conseguiu pegá-lo, mas, deixou cair antes de conseguir levá-lo embora. 
- AH!
Ryoma riu, certamente se divertindo com a máquina arrasadora de sonhos. 
- Pegue. 
Disse e entregou mais uma moeda a ele, se sentiu um pai.
- Não, tenta você agora... - Disse, decepcionado.
- Tente, vai conseguir agora. Vai, bebezinho.
- Fez um pequeno bico e colocou a moeda na máquina, estava irritado, então bateu algumas vezes, sutis no botão, tentando ainda pegar o ursinho e finalmente parecia ter conseguido, até vê-lo cair da mesma forma. 
- Desisti! Essas máquinas são um saco!
- Vamos, eu tenho mais moedas. 
Ryoma disse e pegou outra moeda, colocou na máquina, fazendo a tentativa. Haruki uniu as sobrancelhas. 
- Vai... O branquinho.
Ryoma moveu a máquina, tentando pegar o bichinho, duvidava que fosse, duvidava que aquela máquina realmente tivesse aquele intuito, mas tentou, duas ou três vezes depois.
- Ah... Deixa, Ryoma, eu nem quero mais. 
Haruki disse, emburrado e chutou a máquina, claro que não com a força que realmente tinha, ou ela voaria.
- Hum, talvez eu encontre algum pra você. 
Ryoma disse, era uma boa ideia de presente. Haruki desviou o olhar a ele e sorriu, segurando-se no braço dele e beijou-o no rosto. No braço que segurava ele se apoiou, por consequência abaixou o rosto para ganhar o beijo e pôde ver a sutileza como ergueu os pés, talvez apenas por fazer. Ryoma sorriu canteiro e se virou antes do fim do beijo, substituindo o rosto, pelos lábios. Haruki sorriu novamente, sorria muito quando estava com ele, e agora fora contra seus lábios, e um selo breve deu nele, mas não queria só um selinho breve, queria beija-lo, gostava tanto dele... Empurrou a língua, devagar em seus lábios, esperando que ele não se incomodasse com o gosto de vinho restante do jantar. Ryoma olhou a ele, como o sorrisinho que retribuiu, mas fechou os olhos para beija-lo ao sentir sua língua roçar nos lábios e formulou o mesmo, penetrando-o mutuamente. Haruki abraçou-o ao redor do pescoço, gostava do beijo dele, na verdade, gostava de tudo nele e teve que erguer os pés um pouco mais para não deixá-lo tão curvado. Ryoma ajeitou a coluna e foi como o ergueu ainda ao beija-lo, não chegou a pegar no colo, mas tirou seus pés do chão. Haruki riu baixinho em meio ao beijo e firme se segurou nele, cessando o beijo um pequeno tempo depois com um sorrisinho nos lábios.
- Você é alto né?
- Um pouquinho. 
Ryoma disse, fitando-o defronte e sorriu. Segurava-o em torno da cintura. Haruki sorriu novamente contra os lábios dele. 
- Vamos passear então, hum? Você está me devendo um bichinho.
- Hum, bichinho só se formos ao shopping.
- Ah... E você, pode ser meu bichinho essa noite, hum?
- É claro que posso. Mas eu sou um bichinho nada dócil, você sabe.
- Eu gosto. - Riu. - Posso tentar domar esse bichinho.
- Pode é? Acho que você quer é se aninhar nesse bichinho.
- Hum... Quero, mas hoje eu quero te dar um pouquinho de dor, se você quiser. Eu coloco meu shortinho.
- O que quiser me dar hoje.
Haruki sorriu e selou os lábios dele novamente.
- Então vamos pra casa, meu lobinho.
- Quer a minha casa ou quer me levar pra conhecer a sua?
- Hum... Quer conhecer minha cama, ah? Eu vou adorar te mostrar, mas acho que meu shortinho está na sua gaveta, vou ter que usar um dos meus.
- Posso aceitar que use apenas pedaços de fita isolante.
- Hum... Isso... Parece... Doloroso de ser removido.
- Não sei, pode fazer em mim pra testar.
Haruki riu. 
- Ah, tá bom, você... Tem alguma parte com pelos? Vai ser divertido te depilar.
- Hum, você não sabe? Já viu meu corpinho nu.
- Hm, eu sei, mas eu não vi se quer um pelo em você, o que me leva a crer que você está se depilando sem a minha presença!
- Eu não me depilo. - Ryoma riu, entre os dentes. - Nasci peladinho.
- Ah, é? - Ryoma sorriu. - Meu Deus, eu quero tanto lamber você... Inteiro agora.
- Ah, você gosta tanto assim de coisas lisas? Posso dar uma encostada ali naquele beco se for assim irresistível.
- Não de coisas lisas, mas de coisas Ryoma. - Haruki riu. - Encosta.
- Hum. 
Ryoma murmurou e caminhou até o pequeno local que lhe sugeriu, encostou-se como ele pediu, arqueando o quadril ao encostar as costas. Do bolso tirou a lata das cigarrilhas e pegou um dos cigarros, colocou entre os lábios e tragou o sabor. Ao seguir com ele, Haruki sorriu meio de canto, o corpo dele era tão bonito que chegava a suspirar. Abaixou-se, ajoelhando e abriu sua calça, abaixando-a e fitou seu sexo, parecia uma delícia. 
- Quer minha boca, ah?
- Hum, não quero nada. Sou obrigado a te dar.
Haruki sorriu e beijou-o na coxa conforme abaixou sua calça, mordeu, suave primeiramente e depois, cravou as presas na parte interna macia. Num reflexo, ao invés de ruir, Ryoma mordeu o cigarro entre os lábios e vigorosamente levou a mão em sua cabeça, agarrou seus cabelos, não foi exatamente gentil. Estava disperso e o gesto era imprevisível, o soltou em seguida. O menor sentiu-o segurar os próprios cabelos, teve um leve sobressalto, mas sabia que ele iria fazer isso de toda forma, quando o havia batido uma vez, aquele fora o gesto dele, sempre brusco e sugou-o, fora na verdade um pequeno trago, o soltou logo em seguida, beijou-o sobre a pele com um sorrisinho sujo de sangue e beijou-o na virilha, voltando a coxa onde o mordeu novamente, em outro lugar.
- Hum, seu ratinho, gosta de dar um jeito de tragar meu sangue, ah? 
Ryoma disse normalmente embora sentisse a fisgada não muito confortável na coxa.
- Golou só uma vez e retirou as presas. Claro. É uma delícia.
- É, mas não é seu, não pode tomar.
Haruki riu.
- É meu sim, Okami.
- Não é seu. 
Ryoma disse e pegou outro cigarro, descartando o outro, esfarelado na língua. Haruki sorriu a ele e mordeu mais uma vez sua coxa, dessa vez fora uma mordidinha de leve e seguiu para seu sexo, onde tinha mais interesse e enfiou na boca de uma vez. Ryoma suspirou, a mordida havia sido numa região já sensível pela anterior portanto, não importando quão leve era, era suavemente ardida. Não teve delongas aonde partiu em seguida, sem atenção contínua na perna, tomou no baixo ventre onde enfiou em sua boca, e bem como ele observava, parecia mesmo muito interessado. O loiro sugou-o conforme o retirou da boca e sorriu de canto, dando uma leve mordidinha em sua ponta, claro, não iria machuca-lo de verdade ali, mas as presas rasparam na pele. O moreno baixou o olhar, fitando seus lábios envolvendo a glande, quase emoldurando o que tinha na boca e de fato, aquela não era uma parte que queria exatamente machucar, embora aguentasse alguma dor. Haruki desviou o olhar a ele e lambeu a pequena gotinha de sangue que arrancou dele. 
- Kimochi, ah? Está tão quietinho.
- Você só começou. 
Ryoma disse e sorriu, após tragar o cigarro, ofereceu a ele, não sabia se tinha o hábito. Haruki negativou ao cigarro, fumaça, mas naquele momento não queria, tinha o gosto dele na boca e não queria contaminar a si. Sugou-o, firme e novamente o colocou na boca, retirando-o em seguida, e repetiu o movimento.
- Você quer fumar outra coisa hoje, é? Prefere os charutos, Harucchi
Ryoma brincou e voltou a fumar, deixando o cigarro entre os lábios. Tocou seus cabelos curtos e deslizou com a ponta dos dedos até a nuca, massageando de leve, ajudando-o no ritmo. Haruki riu baixinho ao ouvi-lo e assentiu, enfiando-o na boca ainda e o sugava, firme em sua ponta ao retirá-lo. 
- Você é gostoso.
- Está docinho, ah? 
Ryoma indagou e sorriu, soprou a fumaça em sua direção. Haruki assentiu e fechou os olhos, cravando as unhas na coxa dele, firme.
- Hum... 
Murmuriou diante do aperto de suas unhas, não gostava da finura de sua garrinha, mas era o que tornava aquilo certo. Haruki riu baixinho e novamente o enfiou na boca, prosseguindo com os movimentos de vai e vem. 
- Hum...
Ryoma moveu a pelve, empurrando devagar para ele, incentivando a sucção, empurrando até sentir inteiro em sua boca.
- Ah, vejo que tem experiência com isso...
Haruki ergueu a face a observa-lo e sorriu, empurrando-o para a garganta, e não precisava respirar, então não fazia uso disso, ao retirá-lo, o lambeu em sua ponta e sorriu. 
- Hum, você gosta?
- Ah, eu gosto. 
Ryoma assentiu, enfático. Segurou-se nos dedos e se "ofereceu" para ele, roçando seus lábios. Haruki sorriu e novamente abriu a boca, esperando por ele e deu novamente uma pequena mordida em seu sexo, nada que o machucasse, não usava as presas.
- Está com fome, é? Achei que havíamos jantado. 
Ryoma disse e sorriu, referia-se à mordida habitual que ganhava ali. Haruki riu baixinho.
- É que depois do jantar é sempre bom um docinho, dois, três. Não vai gozar pra mim?
Haruki disse e o lambeu, da ponta até a base, e o afundou na boca novamente.
- Você quer que eu goze na sua boca, ah? 
Ryoma retrucou e observou o caminho de sua língua até que fosse enfiado novamente na boca. Se moveu, empurrando num ritmo leve para ele. Haruki assentiu e sugou-o, firme, afundando na boca em seguida e voltou aos movimentos enquanto o fitava. Ryoma dispensou o cigarro já curto, descartando a bituca na lata de lixo há alguns metro. Moveu a pelve, intensificado o ritmo que uniu ao dele, não era rápido, mas ia fundo em sua boca, ele sabia fazer aquilo, e quando mais próximo, só então aumentou o ritmo e no fim, deu para ele o prazer que ganhou, gozou, desfazendo-se dentro de sua boca enquanto segurava seus cabelos e se enfiava mais profundamente dentro dele. Ao vê-lo jogar o cigarro, Haruki sabia que naquele momento teria atenção, e esperou por ela. Moveu-se como ele mesmo puxava a si, deixava que ele guiasse como gostava e por fim gemeu contra seu sexo ao senti-lo gozar, o manteve a fundo na boca, sentindo seu gosto e esperou por todo seu ápice, até moveu a cabeça mais algumas vezes para ajudá-lo e por fim, o retirou da boca, lambendo-o e engoliu o prazer sentido por ele. 
- Kimochi, ah?
- É, você quem tem que responder isso. Bebeu tudo. - Ryoma disse e sorriu, canteiro. Deslizou os dedos em seus cabelos, acariciando. - Você quer me dar seu pau ou quer ir logo pra casa?
Haruki sorriu e assentiu. 
- Hum, você é muito gostoso. - Disse a se erguer. - Não, quero ir com você pra casa. Pedir comida na sua cama, e transar com você a noite toda.
- É claro. Então pra minha casa. 
Ryoma disse e se ajeitou, puxando a calça no lugar, acomodando-se dentro da roupa. Ao fazê-lo, o pegou no braço, levando-o de lado, como um pequeno animal, desajeitado, mas claro, o colocou no chão em seguida. Haruki sorriu a ele, limpando os lábios com uma das mãos, porém riu em seguida ao ser pego e tentou se soltar de alguma forma, mas sem sucesso, apenas o esperou colocar a si no chão, e deu um pequeno tapa sobre o braço tatuado dele.
- Ah, que ousadia. 
Ryoma disse e lhe deu um tapa em sua nádega, levando-o consigo, em frente ao corpo. Haruki riu. 
- Oh sim, quase arranquei seu braço. 
Disse e andou junto dele, estava feliz, não se lembrava de quando havia se sentido feliz daquela forma antes.
- Pode bater, eu deixo.
Haruki riu e assentiu, mordendo o lábio inferior. 
- Vou bater muito hoje.
- Vai sim. 
Ryoma disse e afagou seus cabelos, o abraçou em seguida, em torno dos ombros.

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