Akuma e Orochimaru #1 (+18)


O barulho das moedas soou pelo balcão, o rapaz estava pagando por um quarto na pequena estalagem e sabia que sairia naquela mesma noite para comprar motis, que havia visto a venda do outro lado da rua. Suspirou e ajeitou o kimono, queria mesmo era tomar um banho, mas não sabia se era a escolha certa aquela hora da noite, não conhecia a área para saber se era segura ou não. A espada estava presa a cintura, não havia estudado em nenhuma academia para aprender a usá-la, só fazia por esporte, haviam vários samurais pela área, queria se proteger de alguma forma. Os cabelos negros e curtos saíam sobre o rosto em pequenos fios, era um dos poucos que não tinha cabelos compridos, detestava que eles ficassem caindo no rosto ou nas roupas, também odiava cabelos grudados em si enquanto tomava banho. Os olhos eram negros e afiados, sempre atentos se alguém quisesse começar uma briga. Via o rosto das pessoas, parecia uma noite calma, sem muitas surpresas, então numa pequena barraca na feirinha onde a estalagem estava, pediu uma dose de saquê aquecido, sentando-se de forma confortável, ouviu os ruídos no fundo do local, uma mesa pequena onde haviam alguns homens, e em meio a eles havia uma mulher, jurou que nunca havia visto uma mulher tão bonita como aquela, e também tinha olhos afiados, um sorriso bonito e brilhante, tão branco que poderia cegar a si até no escuro... Não era possível ter alguém, uma pessoa tão bonita no mundo. Bebeu a dose de saquê e enquanto a fitava sorriu consigo mesmo, bem, nunca havia namorado, não era do tipo que fazia isso, só observava as mulheres de longe e pelo tamanho do decote no kimono, mesmo que parecesse um acidente, sabia que boa coisa não deveria ser. Negativou consigo mesmo e desviou o olhar para a boca dose de saquê servida.
- O senhor precisa de mais alguma coisa?
- Hum? Não. Escuta, quem é a mulher sentada nos fundos?
- Mulher? Ah sim, ela vem aqui algumas noites, sempre sai com um homem diferente... Não sei, eu acho que ela é prostituta.
- Prostituta? Hum... 
- Precisa que eu fale com ela? Ou...
- Não, não... Foi só curiosidade, obrigado.
A mulher não ia ao bar com intenções de soar como uma prostituta, não tinha hábitos de passar por ali com frequência, então apenas se inspirava no que sabia ser atraente aos homens e a fenda do quimono era apenas o que vestia por si mesmo, por consequência, não tinha modos para fechar a roupa então terminava mostrando um decote profundo demais. Percebeu porém, além das atenções habituais, uma presença interessada com certa timidez, desprezo, não soube identificar com exatidão, mas olhou a direção e buscou o dono dela, pode ver seu olhar de soslaio cruzar brevemente a direção do próprio. Sorriu. Ao ter o olhar cruzado, o rapaz sorriu meio de canto, não tinha a menor intenção de fingir desinteresse, a menor mesmo, apenas não costumava dormir com prostitutas. Bebeu pouco mais do saquê e chamou o serviçal. 
- Escute, rapaz, mande saquê para a garota por minha conta, coloque algumas folhas de shisô. Ela vai gostar. 
Viu o garoto assentir e deixou sobre a mesa o dinheiro das três doses de saquê, levantando-se para se preparar para sair.
Ela teria rido ao notar o sorriso dele em retribuição, parecia um pouco tímido de fato, gostava daquele tipo de personalidade sem ousadia. Bebeu o que ganhou, notando o detalhe não comum da folha no trago de saquê, imaginava se aquele homem seria tão contraditório quanto aquela bebida, que desceu ardida e ainda refrescante com a pequena menta. Em sua saída, é claro, esperou por sua partida do lado de fora após se desvencilhar dos focos daquela noite, uma vez que o alvo havia mudado.
Ao sair, o rapaz suspirou, sentindo o ar preencher os pulmões, iria para o lago, tomaria um banho frio e dormiria. A noite havia acabado para si por hora. Ao sair, seguiu entre as árvores, tinha um passo tranquilo, ninguém costumava andar por ali de madrugada, só havia a si. Ao se aproximar do rio, abriu o obi, deixando-o junto a uma árvore, assim como as roupas dobradas, esperava não ter muitas surpresas naquele rio a noite, mas nada que já não houvesse encontrado antes, certamente. Ao se molhar na beira, usou o pequeno tecido para esfregar o corpo.
A mulher teria trocado algumas palavras com o homem, mas ao contrário disso apenas seguiu seu caminho, talvez ele mesmo se levasse aonde fosse fácil para si, e como previu, o fez. Sentou-se porém à beira do lago, assistiu se despir, entrar na água sem que a temperatura impedisse seu banho arrepiado. Sabia que era uma pessoa silenciosa e despercebida quando queria, mas não queria ser naquele momento, então o deixaria perceber que ali estava curiosamente aguardando seu banho.
O homem mergulhou na água, deixando-a cobrir e molhar os cabelos e quando saiu, se virou para pegar mais do sabonete, mas ao vê-la ali, arqueou uma das sobrancelhas. Rapidamente procurou a espada visualmente e fitou perto da margem, junto as roupas, lado onde ela se sentava. 
- Droga... 
Murmurou e cerrou os dentes, bem era só uma mulher, poderia lidar com ela. 
- Posso te ajudar, senhorita? 
Disse conforme ficou em pé, tendo apenas da cintura para baixo coberto pela água.
- Hum, eu vim até você, já que não veio até mim. Me deu um trago de saquê que não foi suficiente.
Ele sorriu meio de canto e ajeitou os cabelos negros. 
- Hum... Desculpe, eu não me relaciono com nenhuma mulher, estou estudando esgrima, e sendo um caminho solitário, não posso me dar ao luxo de gostar de alguém.
Ela arqueou as sobrancelhas, ambas, achando a sinceridade muito cômica, ele era sério demais. 
- Me deixe ver o restante, homem solitário.
Ele sorriu meio de canto. 
- Acho que você não entendeu que eu não me relaciono com mulheres.
- Gosta dos homens?
- Hum? Não foi isso que eu quis dizer.
- Então você gosta de homens, mas me achou atraente o suficiente pra mandar uma dose de saquê. Que adorável.
Ele suspirou e sorriu meio de canto.
- Eu não gosto de homens.
- Então do que é que você gosta? Me deixe vê-lo, quero apenas ver. Eu deixo que me veja se quiser.
O rapaz sorriu meio de canto e caminhou até a beira do lago, bem, não havia problema se ela apenas visse a si, não é? Deixou o corpo a mostra para ela. 
- Pronto.
Ela sorriu a medida em que ele caminhou até si, tirando da água o que já podia ver antes disso, queria no entanto apenas provoca-lo. 
- E por que se nega ter um pouco de prazer? É um homem crescido, não precisa ter medo de se apegar em uma noite. 
Ela disse enquanto conferia sua forma física, parecia apetitoso. Ele sorriu meio de canto. 
- Sabe que eu não posso pagar por você, certo?
- Pagar? 
Ela indagou, deixando claro uma confusão apenas para deixá-lo sem jeito, havia entendido.
- Hum? Você não... Ah, me desculpe.
- O que? 
Ela fingia-se desentendida, mas claro, tocou o obi do kimono escuro que estava usando, tendo muitas delongas para solta-lo.
- Hum... - Ele sorriu meio de canto. - É que o rapaz da estalagem disse... Bem, nada.
- Hum, vamos fazer com que seu caminho não seja solitário essa noite?
Ele suspirou, não devia, não devia mesmo, mas ela era tão bonita... Caminhou para a beira e pegou o kimono
- Não aqui no lago...
- E então aonde mais seria? Aqui parece ótimo.
- Hum, eu iria levar você pra minha cama, não sente frio?
- Hum, achei que era um viajante. Aceito conhecer seu lugar. 
Ela disse e sorriu para ele, não era cauteloso para um samurai.
- Hum, eu sou um viajante. Estou na estalagem em frente ao bar, a cama é boa.
- Vamos até lá. Me diga seu nome.
- Orochi. 
Ele disse conforme se aproximou e vestiu o kimono novamente, mesmo com o corpo suavemente molhado, em seguida amarrou a espada na cintura. 
- O seu?
Ela imaginava se deveria acabar com aquilo ali, desacordar o homem e tragar um pouco de sua vitalidade certamente seria mais sutil no meio daquele lugar à um quarto de hospedagem, não que se importasse na verdade, mas talvez devesse aproveitar? Ter algum sexo com aquele humano, ele parecia precisar de alguma atenção daquelas, como já havia percebido, parecia apetitoso. Se aproximou dele, parou a sua frente e levou as mãos ao redor de deu rosto, embora tenha tocado apenas com a ponta dos dedos cujas unhas eram longas, não demais, mas eram bem afiadas. Próximo de sua boca, tragou, aspirando um tanto de sua essência vívida e humana, mas tocou seus lábios, que eram quentes, mas certamente não tanto quanto os próprios. 
Ao vê-la se aproximar, por algum motivo que desconhecia, Orochimaru segurou firme a espada entre os dedos, principalmente ao sentir as unhas deslizarem pela pele, ficou parado, não sabia se deveria fazer algum movimento ou só ficar ali olhando pra ela, não parecia uma pessoa normal, parecia querer alguma coisa. Ao sentir o toque dos lábios, é claro que já tivera um toque como aquele, embora com certeza, muito mais inocente e retribuiu o pequeno toque sutil, esperando por algum movimento dela, sem tocá-la, a respeitava.
Ela notou o movimento de seus dedos firmes na espada, ele sentia o perigo ou era apenas um homem tentando, apenas tentando, ser cauteloso? Bem, não estava entrando afinco em seus pensamentos, mas podia fazer isso, na verdade, preferiu atordoar sua excitação. Selando seus lábios roçou os dentes em seu inferior, arrancou uma gota de seu sangue e a lambeu. 
- Ah, me desculpe, feri você.
Ele sentiu a pequena fisgada no lábio e franziu o cenho, não conseguia entender como ela conseguiu cortar os próprios lábios só com um roçar de dentes.
- ... Como fez isso?
- Hum? Apenas mordisquei seus lábios.
- Seus dentes são tão afiados assim?
- Um pouco. 
Ela sorriu, notou porém que ele ainda não estava atencioso às sensações, novamente tentou mexer com sua excitação. Silencioso, Orochimaru sentiu uma pontada suave no baixo ventre, não entendeu, era a primeira vez que ficava tão perto de uma mulher daquela forma, não pensava em sexo geralmente, mas agora estava pensando. Ajeitou o sexo atrás do kimono, sutilmente.
- ... Vamos...
- Espere. 
Ela levou os braços ao redor do corpo dele, ao se aproximar, notou que havia desta vez feito algum efeito.
- Você tem medo de cobras, Orochi?
Ele sorriu meio de canto. 
- É o meu nome? Eu sei que é uma criatura mitológica, minha mãe gostava de mitologia...
- Oh, eu também gosto. - Ela disse e levou a mão até sua roupa, levou-a para dentro do  kimono e encontrou sua virilidade. - Encontrei uma aqui embaixo.
Orochimaru sobressaltou-se ao sentir o toque, mas não se moveu, apenas franziu o cenho mais uma vez, não queria mostrar que estava excitado, agora ela sabia. Mas de uma coisa sabia, ela era uma prostituta, ou não seria tão deliberada ou usaria tanta maquiagem. 
- Quanto custa uma noite com você?
- Por que está me perguntando isso? Acha que eu sou uma prostituta?
- Só pode ser. Uma mulher normal não enfiaria a mão no meu kimono assim tão fácil. Também não usaria um batom tão escuro ou mostraria tanto os dentes.
- Você é um cretino preconceituoso?
- Hum? Eu não sou nada, te disse que não saio com mulheres...
- O que isso tem a ver? Uma mulher não pode tocar o que deseja ou se divertir a ponto de sorrir? A boca sendo minha, eu posso passar uma maquiagem escura. Ora, os homens são tão desagradáveis, ao menos tem um bom sangue. 
Ela disse a ele e sorriu, mostrou os dentes no sorriso que ele criticou, não entendia os modos limitados dos humanos, eram desagradáveis e quadrados demais.
- Hum... Você deve ter razão, sinto muito senhorita. 
Ele disse, um pouco desajeitado pelo modo como havia falado.
- Você fica aqui. 
Ela disse e aquela era a ordem para ficar no lugar, ele poderia tentar fazer algo diferente, mas sabia como mantê-lo ali. 
- Se não sai com mulheres talvez me prefira como homem. Assim, posso usar minha tinta escura. 
Disse e claro, aquela altura já tinha a voz mais grave, um tanto mais e altura e largura corporal do que a cintura estreita e cheia de curvas. Tinha cabelos negros e longos, sobrancelhas afiadas e curtas, como os olhos amarelos cintilantes. Ao ouvi-la, Orochimaru franziu o cenho mais uma vez, curioso sobre o que ela faria, mas ao ouvir sua frase seguinte, sentiu um arrepio estranho percorrer o corpo. Segurou firmemente a espada, mas não podia move-la, estava parado, preso no chão, mesmo que tentasse lutar, não conseguia se livrar. Cerrou os dentes, mas que merda era aquela? O que estava acontecendo? Era uma Kitsune ou uma criatura mitológica? Estava ficando louco? 
- ... M-Mas... Que merda é essa?
- Uh, você não gosta assim? Prefere meus seios fartos? 
A criatura indagou e sorriu, podia sentir o cheiro de sua confusão mental, mas sabia também que não tinha exatamente medo, mas espanto, e por isso se fez curioso. 
- Hum, você é corajoso?
- ... O que diabos é você? Uma criatura? Me solte! 
Ele disse a estreitar os olhos, firmando mais ainda a mão na espada.
- Meu nome é Akuma, já que você perguntou. - Ele riu, adorava aquela confusão.
- ... Demônio... É um demônio?!
Ele não o respondeu, apenas sorriu.
- Seu maldito, me solte! - Orochimaru disse, irritado e cerrou os dentes novamente. - ... Você ia me matar?!
- Sh, não seja escandaloso. Eu apenas ia me divertir com você, ia conseguir algum sexo e algum sangue.
- ... - Orochimaru suspirou. - Eu nunca confio em mulheres, e quando decido confiar em uma é um demônio. Eu deveria saber.
- Eu sei porque não confia em mulheres, você quer confiar apenas em si mesmo. Admirável, mas você não está numa estória. Mas eu ainda consigo transar, até mesmo como uma mulher. Que tal?
Orochimaru estreitou os olhos e negativou, estava tentando manipular a si. 
- Você acha que eu vou transar com um demônio?
- Por quê? Sou bom com isso, posso te aquecer nessa água fria. - Riu. 
- Nunca. 
Ele disse, com os dentes ainda cerrados.
- Ah é? 
Akuma indagou e seguiu para ele, não entendia exatamente porque já não o havia mordido, comido, matado, sentia que gostava dele daquela forma, vivo. Ao de aproximar tocou seu peito com a ponta dos dedos, deslizando as unhas escuras em sua pele alva. Correu para baixo e intensificou a sensação de prazer que atordoava seu corpo. Orochimaru estreitou os olhos ao sentir a mão dele deslizar pelo corpo e franziu o cenho, sentia o corpo dolorido, a onda de prazer era intensa e teve que fechar os olhos, concentrando-se para não gemer, mas fora sem intenção.
- Vamos ter prazer juntos hoje. Agora me diga com quem você quer isso, com a mulher ou com o homem.
Orochimaru desviou o olhar a ele, não queria responder e por isso apertou os olhos, fechando-os, não queria nenhum dos dois, não queria ter sexo com um demônio.
- Diga, você gosta das mulheres como gosta dos homens? Eu posso ter seios e um pau se preferir. 
Akuma riu, entre os dentes, mas adorava atordoar seus pensamentos e tentar lê-los. Orochimaru estreitou os olhos, achou a ideia horrível, a verdade é que tinha certo interesse em homens, mas é óbvio que nunca diria nada. 
- Me deixe sair.
- Oh, tá bom, você prefere homens. 
Akuma disse e levou a mão ao obi, desenlaçou mas não tirou, só o deixou ver o corpo na sutil fresta que expôs. Orochimaru desviou o olhar a ele e estreitou os olhos. 
- Sai da minha cabeça, seu maldito! 
Dito, fechou os olhos, não queria vê-lo.
- Não estou na sua cabeça. 
Akuma riu, novamente, divertindo-se. No fim se aproximou dele e tocou seu kimono, o tirou, despindo-o mesmo contra sua vontade. Orochimaru suspirou, tentava manter a mão na bainha da espada, mas fora puxado e teve que unir as sobrancelhas, sentindo a pele se arrepiar com o vento que bateu na pele agora nua. 
- ...
Akuma levou as mãos por sua pele uma vez que o despiu, conseguiu facilmente lhe transmitir algum calor no simples toque das mãos, cujas pontas dos dedos subiam como as unhas em cor preto, escuro como o batom que ele não gostava, ainda que nos lábios a cor antes estivesse vermelha. 
- Isso é porque eu não sou humano? Queria transar comigo, queria me levar pra sua cama.
- ... Eu sei que você vai me matar, não é a mesma coisa.
Orochimaru disse num suspiro, ainda não conseguia se mover, então fechou os olhos, mas podia sentir o sexo pulsar suavemente, excitado com os toques.
- Não vou te matar, se você quiser se divertir um pouco comigo. 
Akuma disse e deslizou a mão de seu peito ao estômago, abdome, ventre. Fazia algum tempo que não tinha sexo com um humano.
- ... E acha que eu vou acreditar que vai me deixar ir embora quando acabar?
- Talvez eu não deixe.
- Então, nada feito.
- Mas eu não disse que te mataria.
- Hum, então vai fazer o que? Me prender na cama e tomar o meu sangue quando quiser até eu morrer?
- Não. - Ele riu, sorriu na verdade. - Eu não preciso de sangue pra viver. Não sou um vampiro. Eu quero só devorar você, mas não da forma que você pensa. - Lambiscou os lábios.
Orochimaru suspirou e fechou os olhos, tentou manter a mente limpa.
- Certo.
- Eu sei que está excitado. Sei que isso não é sua espada. 
Dito, Akuma passou para seu dorso, levou os braços ao redor de seu corpo e tocou seu peito, correu com as mãos pelo tronco até o sexo, não deixando seu corpo esfriar, fosse pela excitação que transmitia para ele quanto o calor típico das próprias mãos. Orochimaru suspirou, desviando o olhar as mãos dele que percorriam o corpo até embaixo. Estremeceu vendo suas unhas afiadas. 
- Deixa eu me mover...
- Eu vou deixar em algum momento. 
Akuma disse e desceu mais, encontrou seu membro viril o qual tocou e envolveu sem delongas, sem pudor, como ele já bem sabia. 
- É claro que se você tentar se mover, eu te prendo no lugar e então sim eu sugo seu sangue todo. 
Orochuimaru uniu as sobrancelhas, o plano que tinha não funcionaria então. Suspirou e abaixou a cabeça, com dificuldade já que ele manipulava os próprios movimentos. Fitou o toque dele ao redor do próprio sexo, apertando com seus dedos de unhas compridas. 
- ...
- Eu sei quando você quer fugir, mas cuidado, fugir com essa ereção pode tornar a caminhada bem difícil. 
Akuma disse e uma das mãos levou até a parte de trás de seu corpo, tocou suas nádegas e era furtivo, apenas o deixava perceber quando enfim, apalpou e massageou sua entrada. Orochimaru uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo, não sabia exatamente como poderia ser difícil, uma vez que corresse, não teria problemas em pegar a espada e cortar a cabeça dele. Teve os pensamentos quebrados por ele quando sentiu o toque e cerrou os dentes novamente, tentava se mover com todas as forças, não conseguia. 
- Pare! O que está fazendo?!
- Seria difícil sim, eu não sou como um humano, eu não vou morrer. Ah sim, você gosta de homens mas não imaginou como eles transam?
- Eu nunca disse que gostava de homens, não me toque aí. Vamos, tire a mão.
- Você disse que prefere os homens. Não se acanhe, Samurai. 
Akuma disse e empurrou o dedo para dentro dele, violando seu corpo estreito, mas conseguia passagem com facilidade. 
- Eu não disse nada... 
Orochimaru fechou os olhos, firme, e era dolorido, ainda mais por estar com o corpo ereto, não que se atentasse ao detalhe de uma posição, mas supôs. De toda forma, não conseguiria se mexer nem se quisesse. 
- Seu maldito...
- Sh, não quer colaborar? Assim pode ser bem mais gostoso. Vou te deixar bem quentinho por dentro. 
Akuma sussurrou, ao pé do ouvido. Não precisou de força para move-lo, diferente dele que precisava fazer isso para conseguir algum movimento,  o deitou apenas em seu próprio kimono, dando a ele a posição que ele queria. Ao se ajoelhar, se pôs atrás de seu corpo de quatro e então moveu o punho, deslizando para dentro e fora, claro, deu a ele um tanto mais de prazer e dor naquela parte à frente que pedia alívio da rigidez. Orochimaru ajoelhou-se, mesmo que não quisesse faze-lo, tentou lutar contra ele, embora fosse inútil e agarrou com certa dificuldade o tecido do kimono entre os dedos, as unhas dele eram afiadas, mas não sentia de fato elas machucarem o corpo, não sabia como ele estava fazendo aquilo, ou talvez, a dor da primeira penetração só fosse tão dolorida que não sabia se eram as unhas dele ou somente o próprio corpo. Fechou os olhos, firme e mordeu o lábio inferior. 
- Essa posição é ridícula...
- Vocês humanos são tão preocupados com coisas estúpidas, é por isso que sempre têm almas ruins, são amargos, mas você, hum... Parece refrescante de algum modo, é por isso que eu estou aqui agora. Mas não se preocupe com sua posição, ela vai te dar muito prazer. 
Akuma disse e buscou tocar aquele ponto, estimulando seu corpo, o que não era difícil no fim de tudo, podia fazer isso apenas com suas terminações nervosas sem sequer toca-lo, mas queria tocar. Orochimaru negativou, com certa dificuldade e gemeu, mesmo sem intenção ao senti-lo tocar a si por dentro, o corpo estremeceu, mesmo que não quisesse, não tinha controle sobre ele.
- ... Ah... Me deixe... Deixa eu me mover...
- Eu vou deixar em algum momento. 
Akuma disse e sorriu, ouvindo sua voz mesmo quando tentava surrar o gemido. Massageou por dentro, tocando com insistência seu ponto sensível e já saliente. Orochimaru uniu as sobrancelhas, e se perguntou como algo dolorido poderia ser tão prazeroso. Mordeu o lábio inferior e fechou os olhos, não podia se mover, mas tinha controle do que via, ou do que fazia consigo, nunca havia pensado em ser tocado daquela forma, mas estava tão gostoso que se esquecia disso. Akuma aumentou o ritmo gradativamente, sentia seu cheiro, estava com algum sangue no dedo introduzido, mas sentia que mesmo o sangue não lhe era um impedimento, ele gostava daquilo, e embora o estivesse deixando mais sensível e aberto àquilo, ele gostar não era apenas uma indução. 
- Está gostoso, caminhante solitário? - Provocou por suas próprias palavras.
Orochimaru não queria responder, abaixou a cabeça, ainda a morder o lábio inferior, ele saberia sem precisar de resposta, então por que? Gemeu novamente, dolorido, prazeroso. 
- ...
- Eu gosto de ouvir. 
Akuma disse enquanto movia o punho. Para dentro e fora logo acompanhou com o segundo dedo, tomando mais espaço, massageando mais vigorosamente e com a mão sem ocupação, percorreu seu peito nu, aqueceu sua pele já não mais eriçada e tocou no fim do tronco seu membro ereto e sensível, pôde sentir gotas pegajosas nas pontas dos dedos, mas o envolveu e apertou, moveu o punho a dar ritmo igual ao de trás.
- N-Não... Não... 
Orochimaru disse a cerrar os dentes mais uma vez conforme o sentiu tocar a si, não queria gozar, seria vergonhoso se o fizesse, ele era homem, e uma criatura, não sabia exatamente. Gemeu ao sentir o segundo dedo adentrar a si e sentiu os braços fraquejarem, não tinha controle sobre eles, não queria cair no chão. Akuma subiu com a mão por seu peito, abandonando sua ereção pedinte, o enlaçou ao redor do tronco, abraçando sem dificuldades embora fosse um homem com alguns músculos e o puxou para perto, deixando que o peitoral tocasse contra sua pele morna, que tão logo queimaria junto a própria. Sustentou seu peso, que não era demasiado, já o paralisava ali, desse modo aumentou ritmo e empurrou vigorosamente contra sua entrada. Perto de seus cabelos curtos e escuros podia ver sua nuca, sentir seu cheiro refrescante e novamente roçou os dentes em sua pele, não precisava de muito para conseguir sem muito dolo algo de seu sangue, tragou seu sabor. Ao sentir o toque, Orochimaru tinha que perceber que ele estava quente, quente demais, a pele dele parecia estar ardendo todo o tempo, mas não era ruim, ainda mais porque sentia frio. Suspirou, estava tão excitado pelos movimentos dele, contínuos contra o lugar que gostava, era a primeira vez que tinha aquele tipo de atividade com alguém, a primeira vez... Perderia a virgindade com um demônio? Droga. Gemeu, pouco mais alto conforme sentiu o corpo ter seus espasmos, contraindo-se ao redor dele, queria gozar, queria muito e não conseguia mais segurar, mesmo que fossem tão poucas as carícias dele. Gemeu mais alto, e fora no mesmo momento em que sentiu sua fisgada, o gemido prazeroso se transformou em um dolorido. 
- A-Ah...
Akuma lambeu seu sangue, limpando o rastro que escorreu em seu pescoço, sangue, não precisava realmente dele, embora pudesse sentir muito do humano enquanto o bebia, gostava do sabor dele, imaginava quão saboroso seria consumir sua vitalidade. Sentiu cada espasmo de seu corpo, estes que não controlou e nem induziu, era seu prazer embora houvesse aumentado sua sensibilidade, talvez fosse uma entidade muito caridosa no fim de tudo, sorriu ao tirar sarro de si mesmo por tal pensamento. Queria-o e já estava pronto para ele, tal quando o fez gozar, também foi quando imergiu em seu corpo, o penetrou sem qualquer dificuldade, como se fizesse parte de seu corpo, fisicamente desta vez. Ao senti-lo adentrar o corpo, o gemido alto deixou os lábios de Orochimaru, dolorido, e uniu as sobrancelhas, estava fraco devido ao ápice, e fora quando sentiu os braços fraquejarem, cairia, se ele não estivesse segurando a si, e só então percebeu que não estava mais sentindo o corpo pesado, era como se ele houvesse deixado a si se mover novamente, mas não conseguia, estava tão imerso ao prazer que sentia, e também a dor, mas não sabia se ele de fato havia feito. 
- S-Seu desgraçado... Ah!
- Ah, não seja escandaloso, Orochimaru, estou te aliviando de sua viagem tensa. Eu sei que as casas de banho te intrigavam. - Akuma provocou e deu um risinho entre os dentes. Suspirou no entanto, deixando se perceber a satisfação. - Hum, está gostoso aqui dentro, tanto quanto estava em sua cabeça.
Orochimaru negativou ao ouvi-lo, ele era um maldito mesmo, estava viajando na própria cabeça e vendo as cenas que pensara antes. Estreitou os olhos, nem havia dito o nome completo a ele, só o apelido.
- ... Sai da minha cabeça... Sai... Ah... Do meu corpo...
- Vamos fazer assim, substituo os homens por mim, vai se lembrar da casa de banho comigo. - Dito, Akuma lambeu sua pele e correu até o pescoço. - Você quer mais prazer. 
Disse e então deu a primeira investida, saiu e entrou e então tomou ritmo, passou a deslizar e correr por seu corpo sem delongas, se tomaria algo de seu sangue, não tinha problema, sabia como dar prazer, era mesmo muito gentil, mesmo que de alguma forma estivesse impondo as próprias vontades naquele homem. Orochimaru negativou e de olhos fechados conseguiu ver exatamente o que ele queria que visse, ele no lugar dos homens da casa de banho. Negativou, atordoado e abriu os olhos, era a maneira de tirar ele da própria cabeça, era como um vírus, o maldito. Gemeu, dolorido ao senti-lo se mover e uniu as sobrancelhas.
- Não... Não faz isso... Está machucando...
- Mas sentir dor e prazer juntos pode ser muito... Prazeroso. 
Akuma disse e claro, estava justamente provocando as sensações sensíveis de seu corpo, não estava dando um prazer que ele não podia ter, estava apenas aumentando seus sentidos. Orochimaru gemeu, dessa vez mais prazeroso que antes e agarrou-se no kimono, tentando se apoiar com os braços esticados. 
- Não... Por favor... Eu... Ah! Eu não consigo...
- Não consegue o quê? 
Akuma indagou e aquela altura notou que já o havia deixado se mover, havia se distraído, mas seus dedos enroscados no kimono não eram algo que poderia fazer se tivesse deixado como estava. 
- Não consigo, incomoda muito... 
Orochimaru murmurou, e na verdade estava incomodado mais com a invasão mental do que a corporal. Gemeu, dolorido e prazeroso conforme o sentiu se empurrar para si e o corpo se deitou sobre o kimono, mantendo os quadris erguidos apenas. 
- Eu paro de vasculhar sua cabeça se você parar de reclamar e apenas aceitar que eu vou te comer, e você pode escolher a forma, com a boca ou com meu pau. 
Dito, Akuma continuava se movendo. De uma forma estranha, queria mesmo fazê-lo sentir prazer e descobrir o que podia fazer por ele.
- ... Certo, mas saia da minha cabeça... 
Orochimaru murmurou e suspirou, uma hora aquilo iria acabar, mas incomodava ele ficar lendo os próprios pensamentos.
- Já não estou vendo, também não sou eu quem está te dando prazer. 
Akuma mentiu, estava sim vendo seus pensamentos, tal qual intensificando sua sensibilidade sexual, mas, sensibilizando e não criando. Orochimaru agarrou-se ao kimono, firme conforme o sentiu se empurrar para o corpo, sentiu-o tocar onde gostava e até os joelhos vacilaram, qualquer pequeno toque era tão gostoso que se sentia a ponto de gozar novamente. 
- Ah!
- Você gosta disso, Orochi? Gosta do meu pau quente, ah? Ou ainda está frio? Posso te deixar ainda mais quente. 
Dito, Akuma se afastou, levou as mãos a seus quadris por onde passou a maneja-lo, tão logo a puxa-lo para si, firme, sentia suas nádegas contra a pelve, e bem, estava mesmo aproveitando. 
- Ah, faz algum tempo que não tenho sexo com um humano.
Orochimaru negativou, ele era quente o suficiente, parecia que iria queimar a si por dentro e conforme o sentia puxar a si, tentava se manter no lugar, mas os quadris estavam inquietos. Gemeu, prazeroso e negativou pela segunda vez. 
- ... Vai... Vai me matar depois? Jogar meu corpo aqui no meio da floresta?
- Oh, quer mover sua bunda? Eu gosto disso. - Akuma riu, ele conseguia continuar incomodado com a possibilidade de morrer ali. - Não vou mata-lo, pequeno Orochimaru. Gosto do seu cheiro, do seu sangue, matar você me faria aproveita-lo apenas uma vez.
Orochimaru suspirou e assentiu, apertando o kimono entre os dedos, firme e pelo menos estava feliz de não poder olhar pro rosto dele, não queria sentir medo, mais do que já sentia, não queria parecer um covarde.
- Talvez você prefira uma posição mais confortável, ah? Eu sou uma criatura generosa.
Akuma riu, entre os dentes. O estava provocando sem deixar claro que continuava tendo ciência de seus pensamentos, era admirável que pensasse sobre sua honra ou covardia num momento como aqueles, os homens eram sempre covardes, quisessem ou não. Levou as mãos, subindo por seu tronco, delineando sua cintura não muito fina, sentindo suas costelas e então o peito. Se moveu, penetrado-o com mais força, aos poucos já não se ouvia muito além da pelve encontrando suas nádegas, as coxas estalando com as suas, adorava aquele ruído. Orochimaru negativou, queria ficar daquela forma e ficaria mesmo, tanto que se agarrou ao kimono mais uma vez. Gemeu, prazeroso conforme o sentia sempre encontrar o mesmo ponto do corpo, onde gostava, e estava tão sensível, que causava um arrepio no corpo a cada toque.
- ... Akuma...
- Oh, já está dizendo meu nome? Também gosto disso. 
Akuma sussurrou, mas disse quase soando dentro de sua cabeça, afinal, estavam mesmo ruidosos com os corpos. Quisesse ele ou não, o pegou tão logo e virou-o defronte, deitou seu corpo leve em seu kimono já amarrotado e tomou posse de seu corpo novamente, agora no meio de suas pernas. Com a distância que tinha de seu corpo, olhou-o de cima e sorriu, nada dócil como sempre, mas os olhos cintilavam para ele, sabia que era um detalhe amedrontador. Orochimaru negativou, não era por isso que havia chamado seu nome, mas na verdade, havia sido algo inconsciente... Será que havia dito com a intenção de chama-lo mesmo? Ao ser virado, fechou os olhos, não queria olhar pra ele, não queria que ele olhasse para si e uniu as sobrancelhas, mas aos poucos abriu os olhos, curioso em olhar pra ele. Devia te-los mantido fechados. Estremeceu, num arrepio que percorreu a espinha conforme encarou aqueles olhos brilhantes e amarelos e desviou o olhar, para alguma das árvores e não ele, era amedrontador olhar para seu rosto e seus dentes afiados.
- ...
- Ora, você tem medo de mim quando eu só quero um pouco de diversão? 
Akuma indagou notando seu olhar se voltar a qualquer coisa que não fosse o próprio rosto. Claro, havia dado uma conferida, mas tinha ciência de que olhos cintilantes no escuro não eram convidativos para alguns humanos. 
- Olhe pra mim. - Disse e claro, o obrigou a fazer isso sem que tocasse seu rosto. - Eu não vou mata-lo. Você parece promissor. Você quem me atraiu para si mesmo.
Orochimaru desviou o olhar a ele, mesmo sem querer, tinha raiva quando ele fazia isso. Estreitou os olhos, mas assentiu e suspirou, guiando uma das mãos aos quadris dele, achou que ele mesmo fazia aquilo também, mas percebeu que não, havia sido a si quem havia levado a mão, silencioso. 
- ... Tudo bem.
- Por que você não pode ser como os homens comuns? Pensa no sexo como o que você quer fazer, no prazer que quer ter. Fica pensando demais, parece até uma mulher. 
Akuma disse e sorriu para ele. Sabia que era exatamente por não ser um homem comum que estava se divertindo. Não havia levado suas mãos ali mas com certeza não deixaria tirar, fez move-las em um incentivo.
- ... É a minha... Primeira vez... Não consigo não pensar sobre isso e eu não esperava fazer dessa forma... - Orochimaru murmurou, embargado e gemeu prazeroso mais uma vez conforme o sentiu se empurrar para si. - Hum... Eu... Quero gozar outra vez...
- Oh, você tinha planos românticos? - Akuma riu. - Pretendia morrer sem saber o que é o prazer carnal, hum, samurai? 
Indagou, podia encontrar a resposta em sua cabeça, mas aquilo se tornaria muito silencioso. Ele estava molhado, não sendo uma mulher sabia bem o que era, mas não deixou de tomar como uma excitação, uma vez que a frente também estava úmido, mas eram pelas gotas de prazer, o de pouco e o de agora. 
- Hum, gostaria que fosse mais molhado aqui atrás, gosto de algo bem úmido e escorregadio, talvez eu faça isso por você.
- Não tinha planos românticos, eu simplesmente pretendia não fazer isso... Ah! - Orochimaru gemeu mais uma vez conforme o sentiu se empurrar contra si e cerrou os dentes, fitando-o sobre o corpo, ele era bonito, só então notou a pele tão branca de seu rosto naquela pouca luz, droga, ele era realmente bonito, nunca havia visto alguém tão bonito antes, não parecia, definitivamente um demônio. - O... O que?
Akuma sorriu em silêncio, provocador, sabia o que estava pensando, mas não disse. Deslizou as mãos por seu tronco e desceu suficiente e para alcançar seu pescoço, roçou com os dentes e lambiscou suas gotas, desceu pelo peito e mordeu sem perfurar seu peitoral, mas certamente o marcou antes de então sugar seu mamilo teso. Ao vê-lo se abaixar, Orochimaru encolheu-se, mas não veio a mordida forte, foram somente pequenas roçadas no pescoço. Gemeu, dolorido e o tocou nos cabelos, acariciando os fios negros e compridos, era estranho, nunca pensou que fosse tocar alguém daquela forma que estava tocando agora. Mordeu o lábio inferior, percebeu o quão sensível eram os mamilos onde ele tocava. 
- Para... Para, eu vou...
- Gozar. Vou te deixar gozar como se nunca tivesse feito isso. Sabe, eu sou bonzinho.
Akuma disse, contra sua pele, não era bonzinho, era interesseiro e oportunista, mas sabia disso. Claro, fez exatamente o que se propôs, intensificou a sensibilidade de seu corpo e o fez gozar, também se desfez em prazer e deixou fluir todo o cálido prazer dentro de seu corpo. Orochimaru assentiu ao ouvi-lo e estremeceu, não conseguiria mais se conter e não fora preciso muitos movimentos mais para atingir o ápice. Gemeu, alto e sujou o próprio corpo e o dele que estava tão perto do próprio, mas com certeza não esperava sentir um ápice dele que fora o que veio logo em seguida. Estremeceu, aquecido até demais por dentro do corpo e uniu as sobrancelhas.
- ... Não... Não devia fazer isso dentro....
- Ah, não? Por quê? Não quer ter um pequeno demônio dentro de você? 
Akuma riu, divertindo-se, não poderia engravida-lo de todo modo, se reproduzia apenas com outras criaturas, não com humanos, mas ele não sabia disso. 
- Não, não quero. Não invente essas porcarias...
Akuma riu, gargalhou na verdade. Podia vê-lo tremendo de prazer e ainda assim focar no que dizia. 
- Não se preocupe, não quero ter minhas crias com você.
Orochimaru suspirou, agarrando o kimono entre os dedos, se sentia tão bem, mas parecia tão fraco, sentia raiva.
- Hum, está flutuando, caminhante solitário? 
Akuma disse e aquela altura já havia voltado a aparência inicial, feminina, a que ele havia se interessado no bar. 
- ... Qual é sua verdadeira forma?
- Hum, a que comeu você.
- Então não mude... Pare de brincar com a minha cabeça.
- Ah, diga logo que você gosta mais daquele jeito. Mas meus seios são lindos, não são?
- Não... Não quero olhar os seus seios.
- Veja, são fartos. - Akuma disse e se deitou sobre ele, apertando sob os seios volumosos. - Ah, no bar você queria olhar.
- ... - Orochimaru fechou os olhos. Eu não gosto de mulheres, eu já disse. Eu só te enviei a drinks de cortesia, você parecia animada... Animado...
- Mentiroso. Eu não gosto de mentirosos, Orochi-chan. Eu consigo descobrir as mentiras e não gosto disso.
- Por que acha que eu te enviei um drink e saí então? Se eu queria alguma coisa com você.
- Pelas mesmas enrolações, sou um blá blá caminhante solitário. Quando eu te chamei queria me levar até a sua cama.
Orochimaru suspirou. 
- ... Certo, te achei atraente.
- Você gosta das duas coisas, gosta do que for bonito, embora os homens atraiam mais.
Orochimaru desviou o olhar e suspirou, não era mentira.
- Já se apaixonou, homem solitário?
- Não. Parece que já me apaixonei?
Ele disse num pequeno sorriso.
- Eu posso descobrir aí dentro da sua cabeça. E posso te fazer se apaixonar agora também.
- ... Não faça isso. Não tem graça forçar alguém a se apaixonar por você.
Akuma riu. 
- Eu prefiro te deixar excitado.
- Hum... Mas já gozei duas vezes, não foi o suficiente?
- Ah não, eu posso fazer isso por muito tempo, mas não estou falando hoje. Eu certamente vou voltar. Será um homem assombrado. Mas respondendo sua pergunta, parece um homem muito sentimental.
- Hum... Nunca me apaixonei, pode vasculhar a minha cabeça se quiser. - Orochimaru suspirou. - Não vai me deixar em paz?
- Não se apaixonou porque tenta se afastar, é por isso que é tão sério, porque sabe que adoraria ter alguém. 
Akuma provocava, não estava mesmo tentando.
- ... Sai de cima de mim, me deixe levantar.
- Eu ia levantar, porque queria ir embora, mas só porque você pediu pra eu fazer isso, eu não farei.
Orochimaru estreitou os olhos e empurrou-o, levantando-se. Akuma deslizou para o lado e caiu sobre seu kimono já judiado, claro que antes que ele terminasse de se levantar, travou seu movimento, o que fez com que parasse de pernas flexionadas. 
- Ah, isso parece cansativo. - Akuma disse e no fim voltou a forma anterior, uma vez que ele parecia gostar mais dela. - Vem aqui, senta no meu colo.
Orochimaru estreitou os olhos. 
- Mas que merda, pare de fazer isso! - Disse e suspirou, não se moveu como ele queria, mas realmente sentia as pernas doerem. - Não.
Akuma riu, divertindo-se, gostava das reações dele, ele conseguia se manifestar mesmo com medo, o que tornava isso divertido. No fim se levantou, calmamente ajustou a própria roupa, se vestiu em frente a ele, fazendo-o olhar para si.
- ... Me deixa levantar, isso não tem graça! 
Orochimaru disse enquanto o via se vestir, e lamentou sutilmente consigo mesmo vê-lo cobrir o corpo. Akuma notou aquela sutil curiosidade por mais, era um homem atrevido no fim de tudo. Após se ajustar, quando lhe deu as costas, só então deixou se mover, sabia que tinha o alcance de sua espada, mas não tinha medo de cortes. Orochimaru levantou-se, dolorido e pegou o kimono no chão, surrado e bem sujo.
- ... E agora, o que eu vou usar? Inferno.
Akuma riu, entre os dentes e então, muito mais rápido do que fora ao colocar, tirou o próprio kimono e jogou para ele. 
- Aqui. Pode usar, aproveite e se anime com meu cheiro durante o sono.
Orochimaru segurou o kimono dele, era vermelho, bonito, não achou que pudesse pagar por um kimono como aquele nem em sonhos. 
- ... Não posso aceitar.
- Ah, que frescura. Então vá pelado.
Orochimaru apertou o tecido em meio aos dedos. 
- Certo, obrigado.
- Até logo, homem solitário. Não tão solitário assim.
- ... Adeus, demônio maldito.
- Oh, magoou. 
Akuma disse, cínico, no fim sumiu tão logo de suas vistas, iria por aí, agora realmente buscar alguém a consumir.
- ... 
Orochimaru suspirou, queria tanto que ele fosse embora, mas agora não sabia mais o que queria, havia se sentido triste por ele ter ido, e nunca se sentia de fato triste por estar sozinho até então. Pegou a espada do chão. Por que não havia usado? Podia ter tentado mata-lo, tsc... Estava ficando fraco.

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