Yuuki e Kazuto #82 (+18)


Kazuto ergueu a cabeça, alerta e aspirou o ar, havia pego no sono há pouco tempo, por isso fora que levantou tão rápido. Em um pulo se colocou de pé e buscou o roupão para cobrir o corpo que usava a regata azul clarinho e short de mesma cor. Seguiu para a cozinha, rapidamente, não queria incomodar o outro e ao chegar, arregalou os olhos. Achava que poderia ser somente algo no forno, mas além de não se lembrar de ter deixado nada ligado, não era só o forno, o fogo já havia tomado conta de parte da cozinha, e fora então que afastou-se, quando sentiu a face arder.
- YUUKI! 
Gritou, dali mesmo.
Yuuki levantou-se logo após ele, sentido um estranho odor na própria casa, que era de fato algo inegável uma vez que morava ali há anos, sabia exatamente o cheiro de qualquer coisa nova que aparecesse por lá ou se exaltasse mais que o normal. O grito veio quase desnecessário e uma vez que o garoto que se virava para si, já estava atrás dele. Colidiu consigo ao segura-lo pelos braços e frear seu desesperado caminho. Buscou em seu rosto traços do que poderiam ser feridas, uma vez que pelo fogo, praticamente nem o sangue seria capaz de remover completamente uma cicatriz, deixava sempre alguma marca. Somente quando constou seu estado físico, empurrou-o para tira-lo do caminho e ainda que pudesse soar visualmente grosseiro, era um modo de tira-lo da cozinha. 
- Saia daqui. 
Disse enquanto sentia o desconforto nos olhos afetados pelo calor e pela fumaça. 
Ao colidir com ele, Kazuto assustou-se e observou seu rosto, em frente ao próprio, e ele era tão bonito, mas não era hora para fazer elogios a ele, ainda mais porque quando fora dizer alguma coisa, fora arremessado para o corredor e sentiu o peso do corpo inteiro contra o próprio braço quando caiu. Gemeu, dolorido e uniu as sobrancelhas, erguendo-se a se sentar no chão, e alguns arranhões nos joelhos não eram nada comparado aquilo. 
- Não Yuuki! Vamos sair! Temos que sair!
- Não vou sair da minha casa, maldição de censor. 
Yuuki resmungou para si mesmo ao encarar o censor inalterado no teto, o que deveria acionar o alarme que felizmente não fez, porém era responsável pelos jatos de água que acabariam com o fogo e por algum motivo não estava funcionando. 
- Fique aí. 
Disse ao se virar para ele, mas sabia que era como uma criança teimosa que provavelmente voltaria para o edifício para buscar seu animal de estimação. Pegou-o do chão sem dificuldade e apoiou no ombro como tinha um certo hábito de fazê-lo. Levou-o para o mesmo quarto onde entrou a fim de buscar o extintor de incêndio, o quarto que normalmente deixava trancado. Jogou-o na cama cujos lençóis sedosos bem alinhados sempre estavam. Pegou o extintor logo em seguida e encarou o menino que embora parecesse desesperado pela situação também questionava. 
- Não tem nenhum motivo específico. 
Disse antes que fosse indagado e seguiu para fora do quarto, tratando de prende-lo ali antes que tentasse ir atrás. Por fim seguiu o caminho até a cozinha, e na menção de usa-la contra as chamas que acabavam com uma parcela da cozinha, viu estourar do pequeno censor que liberou a água que caiu pesada como jatos, uma chuva grosseira. Só então parou por lá, já igualmente banhado como a cozinha.
- Moleque... 
Disse para si mesmo e seguiu até a sala em respingos enquanto a cozinha continuava a ser banhada até que desligasse aquela merda. Abriu a porta do quarto e tomou o telefone enquanto fitava o garoto com seus olhos arregalados e formulava a ligação para a única pessoa que poderia ajudar naquele caso. 
- Ryoga, algum cozinheiro disponível?
- Cuidado Yuuki! Cuidado! 
Kazuto falou e sentiu-o pegar a si no colo, assustou-se, porém segurou-se nele para não cair e logo sentiu a cama macia até demais daquele quarto estranho abaixo de si, porém o mais estranho não era o fato dele ter jogado a si ali e não no quarto de ambos, e sim o fato de que havia um extintor de incêndio ali, e bem, usara boa parte dos itens daquele quarto, mas estava curioso sobre o porque existia aquilo ali dentro, mas não quis perguntar visto a resposta dele, embora tenha ficado ponderando situações absurdas que arrepiaram a espinha. Levantou-se da cama, sentindo-se dolorido pela queda e bateu na porta, tentando abri-la para sair de alguma forma, porém o quarto nem janelas tinha, então permaneceu ali, tentando ouvir atrás dela.
- Yuuki! 
Gritou e o silêncio veio, junto do barulho da água derramada pela cozinha. Grudou o ouvido na porta para ouvi-lo lá fora e fora então que sentiu o baque contra a orelha conforme ele empurrou a porta para dentro. 
- Ah! 
Gemeu, guiando uma das mãos ao ouvido machucado e uniu as sobrancelhas, fitando seu celular e sua conversa estranha.
- Yuuki, pra que você quer um cozinheiro?!
- Você não vai mais usar esse fogão! - Yuuki disse, fatídico. - Serviços diários. - Disse junto à linha telefônica.
- Não! Yuuki, mas eu só posso cozinhar! O que mais eu vou fazer?
- Não, melhor, vou te mandar um cozinheiro aí. É.
Kazuto uniu as sobrancelhas. 
- Yuuki!
- É! - Yuuki disse na linha, mais alto - Ele vai adorar.
Kazuto encolheu-se e negativou, não faria nada do que ele mandasse, e seguiu, marchando tentando passar para fora do quarto. Yuuki esticou o braço, bloqueando a passagem enquanto falava ao telefone até o fim da ligação. Kazuto estreitou os olhos a ele, observando-o.
- Eu não vou!
- Se eu mandar você vai. 
Yuuki disse encarando-o junto ao braço, na sua tentativa de ter passagem pela porta.
- Não vou, eu quero cozinhar em casa não na casa dos outros!
- Não é na casa dos outros, é um restaurante. E desde quando você acha que pode me desobedecer?
O menor estreitou os olhos e cruzou os braços. 
- Não vou e pronto!
Yuuki franziu o cenho, e se tinha alguma possibilidade de não manda-lo, de não estar levando a sério, essa possibilidade havia partido com sua teima.
- Ah, é
- É.
- Vamos ver. - Yuuki disse e deu-lhe um tapa na bunda, generoso. - Vá arrumar aquela porra de bagunça.
Kazuto gemeu ao sentir o tapa, unindo as sobrancelhas e abaixou a cabeça, assentindo. 
- Yuuki, preciso ficar aqui, como vou dar aulas pro Taa?
- Que porra de aulas pro Taa o que. Você quem vai ter aulas.
- Mas eu combinei com ele!
- Ah nossa, tudo bem então. Pode dar aulas pra ele já que você combinou.
Kazuto estreitou os olhos e seguiu para a cozinha, empurrando o braço do outro para tirar do caminho.
- Se está tentando me provocar não perca tempo, Kazuto. Pra eu te jogar pela janela é muito fácil. Se você estivesse sozinho, ia fazer o que além de se desesperar? Nem aquela porra de Taa ia saber resolver. Se uma das crianças estivesse aqui?  Não venha agir como uma criança mimada pra cima de mim porque eu dou um jeito muito fácil no que me aborrece e você não seria diferente, sabe disso, não sabe? 
Yuuki disse e segurou seu rosto de modo que o fez encarar a si de volta. Naquele meio tempo aproveitou para novamente constar sua pele inteira, embora se fosse refletir, sabia que mesmo um único ponto dolorido em seu rosto o faria gemer de dor a noite inteira. 
- Criança. Vou colocar uma babá pra você.
Kazuto ouviu-o em silêncio a desviou o olhar a ele, fitando seu rosto próximo do próprio e o olhar que se focava em pontos específicos da pele. Assentiu em seguida, deslizando uma das mãos pelo pulso dele e logo ambas as mãos deslizaram ao redor do corpo dele num abraço. Yuuki fitou-o aborrecido por falar sem ser ouvido, sabia por sua expressão que não estava dando atenção ao que dizia, só constou ainda mais quando por fim terminou com o garoto pendurado em si. O menor manteve-se daquele modo por um pequeno tempo, apreciando sua pele fria, mas tão gostosa e beijou-o no pescoço, mordiscando sua pele suavemente e soltou-se antes que ele decidisse retribuir. Riu baixinho e seguiu num passo rápido em direção a cozinha. Yuuki virou-se para ameaça-lo como ele mesmo havia previsto, pairou com os dentes à mostra enquanto ele se livrava da situação a caminho da cozinha. 
- Deixe isso aí, vou mandar alguém arrumar.
Kazuto virou-se, observando-o com aqueles dentinhos a mostra e sorriu.
- Tem certeza? Eu posso secar...
- Não. Como se secar fosse trazer a mobília. Olha isso. - Resmungou. 
O menor uniu as sobrancelhas.
- Desculpe. Mas eu não me lembro de ter deixado nada ligado.
- Você é a única pessoa que mexe com isso. Mas não importa agora.
Kazuto assentiu e abaixou a cabeça novamente, seguindo em direção ao quarto. 
- Certo, vou me colocar de castigo.
Yuuki arqueou a sobrancelha  fitou-o enquanto partia como um cão, com o rabo entre as pernas. 
- Ah vai?
- Vou... Vou pegar as cordas.
- Me conte como vai ser.
- Bem, eu vou dar os nós e você pode finalizar me prendendo.
- Isso que é vontade de levar uma.
Kazuto riu baixinho. 
- Eh?
- Eu não disse que ia fazer algo, mas está caçando. Se quer tanto apanhar é só falar. Não é uma coisa que me peça chorando que eu não faça sorrindo.
Kazuto uniu as sobrancelhas. 
- Podia ser um pouco mais discreto.
- Discreto em que?
- Em seguir o meu plano ao invés de cuspir na minha cara que eu quero atenção.
- Porque eu não sou passivo. Pegue o chicote.
Kazuto abaixou a cabeça ao ouvi-lo. 
- Qual deles?
- Escolha.
Assentiu e seguiu ao outro quarto, em passos curtos. 
- Quer mais alguma coisa?
- Não. Não vou te agradar.
Kazuto uniu as sobrancelhas e observou o quarto grande quando entrou e vermelho demais. Abriu o armário, procurando o chicote, e tinha tantos acessórios que se perdia ao procurar. 
- ... Cadê? 
Murmurou e abriu uma das gavetas, permanecendo um minuto quase inteiro a fitar aqueles frascos, desistindo quando percebeu que alguns estavam com palavras estranhas. Logo após pegou o chicote na gaveta, o que ele geralmente usava e seguiu ao quarto, após pegar a corda no mesmo local. Ao seguir até o banheiro, Yuuki pegou uma toalha com que secou os cabelos, sacolejando os fios a tirar o excesso da umidade. E quando voltou pegou um cigarro no meio do caminho, sentou-se logo na poltrona e esperou os acessórios serem entregues. Ao se voltar ao quarto, Kazuto deixou os acessórios sobre a cama, e guardou o pequeno vidrinho extra que havia trazido, no bolso do roupão. Yuuki se levantou um tempo depois, achando o tempo mais que o necessário para encontrar o que mandara pegar. Encostou-se junto ao limiar, fitando o pequeno ladrãozinho no interior do quarto. Kazuto desviou o olhar ao outro na porta e uniu as sobrancelhas.
- ... Ah, desculpe.
- O que pegou? 
Yuuki indagou a fitar sua mão no bolso e o que havia pego por lá. Ao entrar no quarto, fechou a porta e seguiu até a cama, sentando-se a beira. Kazuto observou-o ali na beira da cama e negativou, seguindo em direção ao outro. 
- Nada...
- Colocou algo no bolso.
- Ah, é só um vidrinho. Não é nada demais.
- Mostre. Me dê a corda.
Kazuto sentiu a face se corar, hesitante e deu a ele a corda, segurando o pequeno vidrinho no bolso, desconfortável e logo retirou-o, expondo a ele o anestésico.
- Anestésico? - Yuuki indagou ao ler o rótulo. Enquanto noutra mão aceitava a corda inicialmente.- Por que quer anestésico?
Kazuto encolheu-se conforme a pergunta dele.
- Suas unhas...
- E quem disse que vou colocar meus dedos dentro de você?
- N-Não é pra hoje..
- Uh, tem que me pedir as coisas. - Yuuki disse só então se levantou, fitando-o por vez, de perto. - Tire a roupa e vá pra cama.
Kazuto assentiu, dando adeus ao pequeno vidrinho e retirou o roupão, deixando-o de lado, assim como a camisa e o short.
- Você pode ficar com ele. Mas não garanto que vai suavizar o meu efeito. 
Yuuki dizia a medida em que o via se despir, era sempre hábil, gostava disso. Quando nu, se levantou a deixa-lo na cama e preparava a corda que levou logo ao corpo despido dele, passando a formular as amarradas. Kazuto observou-o enquanto pegava a corda e passava pelo corpo, tentava acompanhá-lo com aquelas amarras bem feitas e aqueles nós complicados e uniu as sobrancelhas. 
- C-como você faz isso? Me ensina?
- Faço com as mãos como pode ver. 
Yuuki disse, enchendo o saco como de praxe. Virava-o vez outra e quando por fim passado por suas costas o fez se deitar e assim deu atenção em suas nádegas e coxas.
- Estou falando sério... 
Kazuto uniu as sobrancelhas mais uma vez e por fim de virou, desconfortável, quase colocado de quatro na cama e esperava seus nós. Yuuki passou a corda entre suas nádegas, formulando um nó que desceu das coxas aos joelhos e então os tornozelos.
- N-Nas nádegas? Yuuki, mas... 
Kazuto disse e gemeu ao senti-lo apertar a si.
- Mas o que? 
Yuuki retrucou no protesto e firmou os nós, dando fim ao processo. Só entanto buscou o chicote.
- Como você vai entrar...? - Kazuto murmurou e uniu as sobrancelhas, desviando o olhar ao outro, meio de canto. - Iie... Iie eu... Me deixe virar de frente...
- Eu disse que não ia entrar. 
Yuuki retrucou e então passeou a fina ponta de couro sobre sua pele.
- Não... Yuuki... Só... Só vai me bater? 
Kazuto falou e arrepiou-se conforme sentiu o toque do acessório.
- Foi o que eu disse. - Yuuki retrucou e não era naturalmente vagaroso, logo o primeiro estalo do chicote atingiu sua nádega alça, marcando-a tão depressa quanto a forma com que iniciou. - Isso é um castigo.
Kazuto uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e agarrou-se ao lençol, de modo meio desajeitado e por fim o gemido rasgou a garganta, dolorido ao sentir o estalar do chicote.
- Será que seu pequeno vidro de anestésico o ajuda? 
Dito, Yuuki esperou o fim da voz até retomar o estalo em sua nádega, no mesmo local já atingido, voltou a causar a marca dolorida em sua pele.
- Oh, esse barulho não é agradável?
- ... N-Não era pra isso que eu... AH! 
O gemido novamente deixou os lábios de Kazuto, alto, e fechou os olhos com certa força, encolhendo-se na cama como tudo que poderia fazer.
- Yuuki...
- Não era isso que o que? 
Yuuki indagou e tão logo voltou a acerta-lo quando enfim sua menção de dizer alguma coisa, abafando sua voz pelo estalo do chicote. Antes que pudesse abrir a boca, Kazuto sentiu novamente o contato dolorido com o couro e mordeu o lábio inferior, embora cuidadoso para não perfurar com as pequenas presas.
- ... Itai...
- Me diz, espera ser punido gozando?  
Yuuki retrucou e suavemente deslizou a ponta por suas costas, como se pensasse na nova área a ser atingida.
- E-Eu posso limpar a cozinha... E polir os armários, mas por favor... Me dê um pouco de prazer também. 
Kazuto murmurou, e de fato não reclamava do chicote, mas somente ele, não queria sofrer a noite toda e encolheu-se ainda mais conforme o sentiu deslizar pelas costas.
- Faça dessa dor o seu prazer. 
Dito, Yuuki tornou usar o acessório de couro, que demarcou sua pele em vermelho, seu dorso.
- Ah! 
Kazuto gemeu novamente, unindo as sobrancelhas e escondeu a face sobre o travesseiro, sentindo os cabelos loiros que cobriam o rosto, e embora estivesse dolorido, machucado pelo couro do chicote, sabia que aquilo não era nem um pouquinho da força que ele tinha, e agradeceu por isso, ou a pele já teria se rompido.
- Que tal eu te deixar lembrar como é perder um pedaço do seu corpo na minha boca? Sabe, gosto de carne de vampiro também.
Kazuto abriu os olhos ao ouvi-lo e desviou o olhar a ele, negativando. 
- Iie... Não... Não Yuuki
Um pedaço da coxa talvez. Ou sua bunda. 
Yuuki disse e deslizou por vez a mão em sua nádega, tocou entre elas, deslizando pela corda naquele ponto.
- Não... Minha pele não. 
Kazuto murmurou e se lembrava muito bem da visão do outro engolindo a própria pele, estremeceu, encolhendo-se ainda mais.
- Uh. 
Embora não ruísse com a risada, o riso de Yuuki soou num sopro nasal. Ao tocar a corda que passou duplamente entre suas nádegas, pegou cada lado delas e deu espaço suficiente para expor seu âmago e assim tocar com a unha que lhe dava medo. Kazuto uniu as sobrancelhas, sentindo-o espaçar as cordas e negativou, porém encolheu-se quase imediatamente ao sentir o toque de sua unha.
- Iie!
- Hum, não estava preocupado se ia conseguir dar a bunda hoje? Estou mostrando pra você que tem espaço aqui. 
Yuuki disse e deslizou a ponta da unha, que não feria até então.
- A unha não... A unha não, Yuuki, por favor... - Gemeu.
Yuuki riu, achando graça do pedido que bem sabia ele depois de todos aqueles anos, não seria obedecido, talvez fosse a ele um tipo de fetiche. Levou o dedo até a boca, fez a gentileza máxima que poderia ao lamber e lubrificar com saliva e então regredir, voltando a coloca-lo naquela parte. Kazuto negativou, tentando se mover na cama conforme o sentiu retirar a unha de si, sabia o que viria a seguir, tinha certeza que ele iria entrar no corpo, e iria doer, como iria, conhecia a sensação daquela unha afiada rasgando a carne por onde entrava, arrancando o sangue que seria usado por ele como lubrificante mais tarde, e sempre estava tão duro quando adentrava o corpo daquela forma, em contato com o líquido. Aos poucos, o sentiu empurrar o dedo para dentro de si e sufocou o gemido alto na garganta, contraindo-se mesmo sem intenção, apertando-o no corpo, machucando ainda mais ao fazê-lo.
- Y-Yamete!
- Cale a boca, odeio quando diz isso. Sabe que vou continuar colocando. 
Yuuki dizia a deslizar o dígito para dentro. Kazuto uniu as sobrancelhas e negativou, dolorido com o toque de suas unhas afiadas, porém enquanto estivesse parado daquele modo, estava tudo bem. Suspirou e gemeu, dolorido. 
- S-Sabe que poderia ter me matado de hemorragia com essas unhas quando eu era humano?
- Claro que sei. E eu tomaria todo o seu sangue quando acontecesse. 
Yuuki disse e como descrevera, mesmo o sangue que descia por seu corpo violado, escorrendo pelas coxas de pele branca, seguiu para baixo, limpando com a língua o gotejo, como descrevera. Kazuto encolheu-se ao sentir a língua dele tocar a pele e estremeceu, porém deixou-o lamber a si, era prazeroso pensar que ele queria beber o próprio sangue, afinal, geralmente não queria isso. Yuuki deu por fim o primeiro movimento, passando a viola-lo com um ritmo que tomou com o doloso dedo, e a medida em que ele mesmo se lubrificava, tomava de seu fel até alcançar sua nádega e o mordeu logo no início dela. O gemido deixou os lábios de Kazuto, apreciando aqueles pequenos toques da língua dele contra as nádegas, e contraiu-se ao redor do dedo dele, firmemente quando sentiu uma pontada de prazer no baixo ventre, e sabia o que era, era ele, agora podia senti-lo e pelo visto, sentia prazer por tocar a si daquele modo. Mordeu o lábio inferior, porém acabou por cravar as presas sobre a carne macia do local quando o sentiu morder a si. 
- Ah
Yuuki sorveu seu sangue com certa dificuldade, era aquela uma região de difícil acesso, não tinha fluxo vigoroso, mas era capaz de toma-lo ainda assim. E a medida com que se excitava com o sangue ou com os toques grosseiros a ele, o dedo em seu interior corria ainda mais rápido. Kazuto tentou mover os braços, inutilmente já que estavam presos, e tudo que conseguia fazer era guiá-los até a face, naquela posição desconfortável e de certa forma, depreciativa para si. Sentia seu dedo sair do corpo, e voltar a se colocar, rasgando a si novamente ao entrar, e o pouco sangue que deixava o corpo para os lábios dele, tornava mais evidente o prazer que sentia, em intermédio dele. Quando por fim saiu de seu corpo, os dedos e os dentes, Yuuki afastou-se suficiente para tornar a usar em sua pele o pedaço emborrachado de couro. Enquanto a mão desocupada e suja de sangue levava para a boca tirando a cor rubra do dedo que antes o violava. Kazuto encolheu-se conforme o sentiu se retirar do corpo e estremeceu com o estalo do chicote contra a nádega, já dolorida e machucada. 
- ... Y-Yuuki...
- Foi prazeroso o suficiente? 
Yuuki indagou embora não estivesse de fato esperando saber sobre aquilo. Segurou a corda que entre suas nádegas puxou e por um momento tirou seus joelhos da cama a suspende-lo. Kazuto uniu as sobrancelhas e negativou, sentindo-o erguer a si e novamente tentou mover as mãos, se apoiando na cama.
- I-Iie... Eu vou cair!
- Não vai cair, acha que não consigo te segurar, criança? 
Yuuki disse e quando por fim tornou a solta-lo, o fez cair como previsto, porém na cama mesmo, e somente então o pegou rapidamente pelo quadril e uma vez que o puxou, trouxe logo para a ereção que tirou dos limites da roupa de fácil acesso, abaixando-a, e só então se lembrava de que estava molhada, mas não deu importância. Penetrou-o completamente, numa só investida.
- E-Eu... Ah! 
Kazuto assustou-se ao ser solto por ele e gemeu ao atingir a cama, preso naquela posição desconfortável, quase batera o joelho em alguma parte do corpo, por sorte não fora no rosto. Ao ser puxado, imaginou que ele iria novamente meter os dedos em si, e sentiu o arrepio percorrer a coluna mesmo antes que ele entrasse, se preparando para o que viria, porém ao invés de sua mão, fora seu sexo, e gemeu, dolorido ao senti-lo se empurrar para dentro de si, no local já machucado, e o sentia como previsto, totalmente endurecido pelo efeito do sangue. 
- ... A-Ah...
- Era o que queria, ah? Ou não é suficiente? Talvez eu devesse tirar seus quadris do lugar.
Yuuki disse a medida em que passou a seguir vigorosamente para ele, num hábil vaivém. Embora se controlasse, tinha ainda grande força. O gemido alto deixou os lábios de Kazuto, negativando ao ouvi-lo, e arregalou os olhos, se lembrava muito bem da sensação de ter ossos quebrados por ele, e não era uma sensação nem um pouco agradável, ainda mais pelo fato de que não havia sangue disponível para si ali. Agarrou-se de modo dificultoso ao lençol da cama e desviou o olhar a ele, meio de canto, porém era difícil se manter no lugar com aqueles movimentos, podia ouvir até o barulho da cama. 
- Yuuki... N-Não...
Yuuki sorriu a ele quando viu-o se virar e assim encarar a si com seu olhar pedinte, o sorriso ele sabia o que significava, sabia que exatamente por ele pedir que não, faria aquilo. Ao segurar seus quadris na sequência firme, Ouvia-se estalar contra ele a medida que se preparou para tomar seus quadris com mais força e dar a ele o que lhe havia proposto, puxou com força mas antes que pudesse atingi-lo, freou a grosseria dos quadris, olhou pra ele e maldição, fora a primeira vez que percebeu de fato, mesmo após o tempo em que deixara de parti-lo em pedaços, fosse físico ou mentalmente, que não tinha de fato vontade de fazê-lo e sabia o porque, embora não fosse admitir. Ainda assim, nunca deixaria de sentir prazer em torturar o garoto, ainda que aquilo houvesse se tornado de algum modo, diferente. Kazuto negativou ao vê-lo sorrir, e aquele sorriso era maldito, sabia exatamente o que ele iria fazer, e ao invés de prazerosas, suas investidas se tornaram fortes demais, como naquele dia sobre a lata de lixo, sabia o que ele iria fazer, e sabia que a dor era insuportável, a conhecia. Fechou os olhos, abaixando a cabeça e mesmo sendo um vampiro, podia sentir o suor frio, aquele frio no estômago, o medo e até mesmo os olhos tinham lágrimas, embora não houvesse dito mais nada a ele, ele seria capaz de ver e sentir o modo como suplicava pelo fim daqueles toques. Embora se sentisse daquele modo, nunca aprendia, de alguma forma gostava de sentir aquele medo, de estar sempre por um fio com ele, de saber que ele poderia matar a si tão facilmente como um estalar de dedo, quebrar todos os ossos do corpo, aquilo era excitante, e não sabia explicar porquê, era até meio estúpido. Ao ter-se puxado, agarrou-se firmemente na cama, assim como mordeu o lençol, atravessando-o com as presas, e queria abafar o gemido que viria, aliás, o grito que viria, porém nunca veio, e abriu os olhos novamente, sentindo a pequena lágrima escorrer pela face, devido aquele medo que sentia dele, e observou-o, indagativo, ainda que aliviado. 
Yuuki deslizou os dedos pelas cordas trançadas em suas costas, percorreu-as até até alcançasse seu cabelo, por fim chegou até a nuca e enroscou seus fios louros por onde segurou e impôs sua face sua a cama. Continuou a penetra-lo com firmeza, embora não qual esperava ele ou qual esperava lhe dar. Kazuto manteve-se silencioso e até soltou a respiração, que nem se lembrava de ter prendido, e a retomou forte, rápida, observando-o de cenho franzido, e o medo não havia diminuído nem um pouco, pelo contrário, com suas mãos deslizando pelas costas, aumentava, e não havia soltado o lençol, nem teve como, principalmente ao ser empurrado contra a cama e gemeu, dolorido conforme o sentiu se empurrar para si, firme, queria não gostar, mas mesmo que fosse doloroso, ele sabia exatamente onde tocar o próprio corpo por dentro.
Yuuki insistentemente seguiu com ritmo, não afrouxou afinal não tinha cansaço, podia até fingir respirar como um humano qualquer, como se estivesse ofegante, mas não era suficiente para causar um cansaço real no corpo. Com a mão desocupada deslizou por seu peito, finalmente adornado pelas cordas que o envolviam, chegou até o sexo envolto e puxou os nós que trançavam em torno dele, apertando seu sexo parcialmente duro. Quando por fim sem avisos atingiu o ápice e fez-se a fluir dentro dele. Kazuto manteve-se de olhos fechados, preferiu assim, e soltou o lençol que antes mordia, deixando escapar os gemidos baixinhos, prazerosos agora que o sentia investir contra aquele ponto específico interior, e estava alerta, sabia que mesmo tendo desistido, ele podia fazer alguma coisa consigo a qualquer momento, e foda o caso da corda que fora puxada. O gemido deixou os lábios, dolorido e contorceu-se de modo sutil, num pedido que soltasse o local, e sentiu-o gozar em si, frio, como seu corpo, queria fazer o mesmo, mas era difícil devido as cordas puxadas. 
- S-Solta..
Yuuki puxava-o ainda até que a sensação de prazer se tornasse escassa. Ia aos poucos deixando o corpo, diminuindo até ser interrompida, só entanto se fez satisfeito a ponto de soltar como pedia e numa estocada mais, tendo o soltado e enfim acabado, deixou seu corpo. Ao ser solto, Kazuto atingiu o ápice, como queria, visto que tão perto de fazê-lo, e sentiu os respingos sujarem o próprio corpo, deixando escapar o gemido suave devido aquela sensação gostosa no baixo ventre, e embora quisesse que ele continuasse para intensificar o próprio prazer, sabia que não era muito importante perto do dele. Ao ser deixado, moveu-se na cama, devagar, e virou-se de lado, não tinha muito o que fazer visto que ainda estava amarrado, mas podia descansar ao menos, sentindo aquele cheiro de sangue forte que certamente havia manchado os lençóis. Sabia que precisava de sangue, para curar o corpo dolorido e machucado.
- Foi castigado o suficiente, ah? Talvez eu deva fazer mais. 
Yuuki disse ao passear os dedos pelas costas e pretendia rompe-la mas por fim desatou, não queria estragar o trabalho. Kazuto assentiu, e tinha certeza que nunca mais iria pedir para que ele castigasse a si, tanto que mantinha-se em silêncio, observando-o de canto.
- Quer mais, ah?
- N-Não... Não...
Yuuki sorriu meio de canto, achando graça. 
- Se recomponha.
- Pode soltar meus braços?
- Estão soltos. Você quem se enroscou nas cordas.
Kazuto desviou o olhar as cordas que ainda pareciam presas, mas na verdade só estava meio lerdo pelos machucados. Soltou os braços, deixando as cordas na cama e suspirou. Ao se levantar, Yuuki tomou posse do cigarro abandonado, apagado então sobre o móvel por lá mesmo, o reacendeu e tragou antes de buscar os serviços de reparo.
- Yuuki... - Kazuto murmurou, antes que ele saísse do quarto. - Pode me ajudar?
- O que há? 
Yuuki disse, meio abafado com o cigarro entre os lábios porém era legível. Kazuto negativou e sentou-se na cama, devagar visto que dolorido.
- Só quero uma taça de sangue... 
Disse, embora fosse inclinado a ser mais dramático do que aquilo, e embora estivesse escondendo a forma dolorida como estava se sentindo, falou normalmente, observando-o.
- Está abusando do meu bom humor, Kazuto. 
Yuuki disse mas seguiu até lá, pegou-o como era habitual, jogando-o pelo ombro como uma criança e levou-o pelo quarto até a cozinha mal acabada. Entregou-lhe até o restante do cigarro. 
- Olha só isso. 
Tornou ressaltar o estado da cozinha, por fim o deixou onde pudesse pegar a bebida. Kazuto uniu as sobrancelhas e assentiu, porém sentiu-o segurar a si e gemeu, dolorido, agarrando-se ao pescoço do outro como conseguiu. Por fim tragou o cigarro e devolveu a ele visto que há anos já havia perdido o costume de fumar devido aos filhos. Observou a cozinha, molhada e queimada e sentiu-se constrangido por ter feito aquilo, talvez merecesse mesmo ser castigado por ele. Pegou o sangue na geladeira, bebendo direto da garrafa e golou rapidamente a bebida, até chegando a unir as sobrancelhas enquanto o fazia, e quando finalizou a garrafa já podia ficar em pé sem precisar se apoiar nele.
- Talvez eu devesse queimar a casa.
- Eh? Não... Podemos nos mudar sem perder tudo que temos. - Kazuto murmurou e beijou-o em seu rosto, dando a ele um pequeno sorriso. - Vou tomar um banho.
- Hum... - Assentiu o maior.

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