Kyo e Shinya #64 (+18)


Shinya inclinou o pescoço para trás, ouvindo um suave estalo nele e ergueu a face, observando a prateleira na cozinha e o livro que havia deixado logo no topo. As baquetas descansavam na bancada ao lado, havia parado o treino de uma música qualquer, mesmo sem a bateria, imaginava os sons, e estavam muito longe para encontrar uma bateria em algum lugar, e era meio cedo para incomodá-lo com o barulho excessivo, as vezes queria saber um instrumento mais sutil, mas sabia pouca coisa no piano, e não queria tocar, ele sabia bem melhor do que a si. Esticou-se, mas mesmo com o próprio tamanho não alcançou o livro e por fim ergueu-se num banco, esticando o braço até mais do que podia e por fim o pegou, porém ouviu o barulho seco de algo que se mostrou bem mais dolorido do que parecia e gemeu, pouco mais alto do que queria admitir que havia feito. Desceu do banco, deixando o livro de receitas sobre o móvel e desviou o olhar ao ombro, unindo as sobrancelhas e sentou-se no local, analisando a besteira que havia feito, já que o médico havia dito que não treinasse durante um tempo até melhorar de alguns vicios que tinha, e agora, sentia-se um idiota. Por sorte os cabelos estavam presos num rabo de cavalo desajeitado e podia observar bem o local, que certamente havia deslocado.
- ... Ai que... Merda.
Segurando sua pequena mão, Kyo deu a ela passagem para dentro de casa após ter aberto a porta e via-a com o pequeno braço esticado enquanto segurava a própria mão, e finalmente solta-la quando já no hall. Sorriu à pequenina que parecia animada após o curto passeio. Segurava uma sacola com o pacote de pães dentro, e ela levava um menor com pães doces e alguns outros doces para um café da tarde e vez outra aspirava o cheiro fresco que exalava de seus pacotinhos menores e seguiu para cozinha apressada. 
- Mamãe, tem chá da tarde! 
Disse ela a quem seguiu, e fitou o maior sentado, em evidente estado de desânimo, quase parecia um filhote abandonado com a expressão desolada, apalpava seu ombro, e pela postura no qual se encontrava, era evidente que havia se machucado. 
- Deslocou?
Shinya desviou o olhar para a pequena, e quase sentia o cheirinho de pão exalado dela, parecia uma delícia e sentiu vontade de mordê-la. Sorriu a filha, meio de canto, acariciando os cabelos negros dela com uma das mãos e logo desviou o olhar ao menor.
- ... Hai. Está doendo muito.
Kyo seguiu ao balcão na cozinha onde deixou a sacola e caminhou até o parceiro, observando a região onde o via tocar, e fez o mesmo, acariciando brevemente a região, mas não durou e moveu mais rapidamente, empurrando a região, levando-a ao lugar. Podia ouvir o estalo do osso. Shinya suspirou ao sentir o toque do maior, delicado e havia até mesmo se encolhido ao vê-lo se aproximar, o que era estranho, não tinha medo dele, mas de alguma forma, se arrepiava na mínima menção de aproximação dele de si, talvez não fosse medo, fosse... Outra coisa, embora a situação fosse no mínimo curiosa para se arrepiar e encolher-se de forma sutil. O estalo soara antes do grito, e de fato, o havia feito mesmo sem intenção, a dor irradiante percorreu o corpo e sentiu as lágrimas presas aos olhos, uma delas até o deixou e escorreu pela face e se encolheu em seguida, quase podendo ver a face assustada da filha. Kyo arqueou uma das sobrancelhas, num movimento breve. Desacostumado com seu tom alto, bem, com seu grito. Mas deu um sorrisinho e acariciou os cabelos da pequenina, aliviando-a.
- Não foi nada, Kasumi. - Disse à filha e limpou a fina lágrima que escapou do baterista. - Melhor?
- ... O que aconteceu com a mamãe? Não machuca ele, papai...
Shinya desviou o olhar ao outro e assentiu, meio dolorido ainda devido ao estalo, porém conseguia mexer o braço normalmente, contou o fato e suspirou, unindo as sobrancelhas.
- Não estou machucando ele, estou relaxando ele. Quer ir ao médico?
- Iie... Estou bem. - Shinya murmurou e sorriu meio de canto. - Desculpe. 
Falou devido ao susto que havia dado nele, e não queria ir ao médico justamente por saber que iria levar uma bronca pelo que fazia e não queria que ele soubesse.
- Trouxeram pão?
- Pão salgado e alguns doces que a Kasumi escolheu. Está com fome?
- Hai... Eu ia... Fazer o jantar. - Shinya sorriu.
- Tem vontade de comer algo?
- Pra dizer bem a verdade é uma coisa bem ridícula.
- O que?
- Frango assado. 
O baterista murmurou, baixo e abaixou a cabeça.
... 
Kyo fitou o companheiro, um pouco surpreso, talvez mais surpreso diante de como aquela palavra podia soar estranha. 
- ... Eu sei que é ridículo.
- E se formos a um restaurante?
Shinya ergueu a face a observá-lo.
- Você... Iria comigo?
- É claro que sim, tapado. 
Kyo disse e deu-lhe um peteleco na testa.
- Ai... 
Shinya riu e puxou-o para si pelo pulso, um movimento meio impensado já que tirou pouco do equilíbrio dele, e esperava não receber uma bronca quando colou os lábios aos dele e sentiu seus lábios macios, gostosos, que arrancaram até um suspiro de si. Kyo ouviu seu resmungo o que tornou seu gesto posterior ainda mais inesperado e deu uma curta cambaleada pela falta de preparo e no entanto se sustentou, enquanto teve o beijo superficial formulado, quase tomado diante da puxada. E fitava-o de perto junto ao toque que recebeu. O maior sorriu a ele, meio tímido como sempre fora e deslizou a mão livre pela face dele, acariciando-o e o beijou novamente, de modo superficial.
- Ah, estão namorando!
Kyo arqueou a sobrancelha no entanto, conforme o aparte do beijo, no carinho que recebeu sobre a face já fria pelo tempo não muito cálido lá fora. A feição indagativa no entanto perdeu ao ouvir a frase surpresa e constada da pequena, acabou sorrindo canteiro, na falta do riso. Shinya sorriu igualmente, observando o sorriso dele, que quase não via e novamente lhe selou os lábios, desviando o olhar a pequenininha em seguida.
- Estamos é? E você sabe o que é namorar.
- Sei, dar beijinho. Quero beijinho também, papai!
Kyo retribuiu automaticamente o novo toque que recebeu dele, mesmo por hora dando um breve aparte no sorriso. 
- Mas quem disse pra você o que é namorar?
- O tio Toshi.
Shinya riu.
- Ah, foi é?
- Toshiya não tem noção de nada mesmo.
Shinya riu e assentiu, vendo a pequenininha seguir até o pai e pressionando a boquinha num pequeno bico.
- Por que quer beijar seu pai, ah? 
Kyo disse e abaixou-se, pegando a pequenina no colo. Shinya uniu as sobrancelhas ao vê-lo se afastar e abaixou a mão, parada no ar visto a falta de seu rosto.
- ...
- Porque você é meu namorado.
- Não, não posso, seu pai já namora sua mãe.
Ela uniu as sobrancelhas, na sutil expressão de choro.
- Hey, que carinha é essa?
Shinya uniu as sobrancelhas junto da filha a observá-la e negativou.
- Ah, não chora meu amor. 
A pequena desviou o olhar ao pai, e a mãe sentada e sentia as lágrimas nos olhinhos pequenos, mas estranhamente, não fazia escândalos como crianças comuns, e sim levava a mãozinha pequena aos olhinhos, esfregando-os a derramar as pequenas lágrimas, e era mais filha dele do que pensava.
- Ah, papai vai namorar você também, não chore. 
Kyo disse e deslizou o dorso do dígito indicador abaixo de sua linha d'água, ajudando-a a limpar a lágrima. Shinya viu-a assentir, repousando a face sobre o ombro do pai e escondeu a face vermelhinha em seu pescoço. Sorriu a ele, aproximando-se a se levantar e lhe selou os lábios.
- Acho que ela deve estar com sono, fica meio irritada quando está cansada. 
Murmurou e se voltou para pegar a manteiga e demais coisas para o café, quando ouviu o chorinho baixo vindo da babá eletrônica e suspirou, sabia que era o filho menor.
- Eu vou...
- Hum, não quer o pão doce que comprou, quer dormir? 
Kyo indagou à pequenina e viu o mais alto ajeitar as coisas para o horário do chá. O ruído que viera do aparelho constou o filho acordado e assentiu ao que ele dizia. 
- Eu vou ficar aqui namorando a Kasumi. - Disse, agradando a pequena.
Shinya riu baixinho e assentiu, fitando a pequenininha encolhida e desceu ao andar de baixo, pegando do berço o pequenino que chorava e colocou-o contra o peito, dando suaves tapas em suas costas.
- Calma pequeno, o que foi...? Está com fome? 
Shinya murmurou, contando se a fralda estava limpa, e de fato, devia estar com fome, então subiu com ele para o andar superior, onde preencheu a mamadeira de leite, mesmo com ele nos braços e a esquentou até deixá-lo morno. Quanto a pequenina, desviou o olhar ao pai, meio de canto e beijou-o no rosto, negativando aos pães e esfregou os olhinhos mais uma vez. Kyo pôde ouvir o baterista a conversar com o caçula ao descer e sorriu canteiro, para si mesmo, enquanto acariciava a pequenina, que após o beijo no rosto, parecia aos poucos se confortar para pegar no sono. Negativou ao doce que comprara antes, portanto optou por levá-la a seu quarto, onde a colocaria para dormir. 
- Quero pãozinho quando acordar, papai... 
Disse a pequena, ainda deitada no ombro dele e de olhos fechados permaneceu, esperando pela cama até que chegasse e fosse coberta pelo maior. Observou o pai e segurou a mão dele, antes que saísse.
- Papai... Canta uma musica pra mim?
- Hum, papai não sabe cantar nenhuma música que você goste. 
Kyo disse após cobri-la e ajeitou seus cabelos já crescidinhos. 
- Canta Yokan, papai... 
Murmurou a pequena ainda a observá-lo e ajeitou-se na cama, de modo que pudesse ouvi-lo enquanto tentava dormir.
- Hum... 
Kyo murmurou qualquer cantiga infantil, somente para que pudesse entreter a pequenina. Em alguns momentos era comum imaginar, em situações como aquele, que nunca se imaginaria fazendo algo como aquilo, e de algum modo poderia ser agradável. A pequena ouviu em silêncio, embora não fosse a música pedida, talvez ele não quisesse cantá-la, mas ela se quer notou, o sorrisinho adornou os lábios conforme chegava a uma parte engraçada da cantiga e torceu a boquinha num risinho, agarrando-se ao edredom, e não havia demorado até adormecer. Quanto ao baterista, havia descido as escadas ao ouvir a voz dele, e claro, estranhava a canção, embora fosse bonitinha e parou ali com o pequeno no colo, enquanto bebia sua mamadeira e sorria, silencioso a ouvi-lo, esperando que ele não pudesse ver a si. Kyo fez algum som parecido com um felino, levando a brincadeira na cantiga, cessou finalmente ao vê-la adormecer e quando delicadamente se levantou, acabou cruzando com o parceiro silenciosamente ali. 
- O que? - Disse em sussurro.
Shinya observou-o se levantar, e arregalou os olhos, visto que surpreendido e negativou, virando-se rapidamente a se retirar do quarto em direção ao andar de cima. Kyo franziu o cenho sem entender o que havia acontecido com o baterista, que saiu logo após aquela expressão estranho. 
- Shin? - Indagou após seguir junto dele.
Shinya subiu, deixando a mamadeira sobre a mesa a balançar o pequeno que de olhinhos fechados, já parecia pegar no sono de novo e ao ouvi-lo chamar uniu as sobrancelhas, não costumava chamar a si por apelidos.
- E-Eu... Só queria ouvir você cantando, desculpe..
- Arregalou os olhos. Quer ouvir música de ninar também, ah?
- Ah... É que você não gosta que eu escute... - O maior riu baixinho e assentiu.
- Eu nunca disse para não ouvir.
- ... Hai, é que... Não é algo habitual, eu fiquei curioso.
- Você é curioso.
- Eu sei... - Shinya sorriu. - Vou ligar pro Toshiya pra cuidar dos pequenos... Aí podemos jantar.
Kyo assentiu, concordando. 
- Ligue pra ele.
- Eu vou. - Shinya murmurou e aproximou-se a lhe selar os lábios. - Vou colocar o Hitomi no berço. Sabe ele... Está crescendo... E está ficando igualzinho a você. - Sorriu meio de canto. - Ele vai ficar lindo quando crescer... Mal posso esperar pra ver.
- Ele ainda é um bebê, aproveite isso. Gosto que sejam pequenos.
- Por quê
- Gosto de criança.
Shinya riu baixinho e assentiu, passando por ele a guiar o filho ao andar de baixo onde aconchegou-o no berço, cobrindo-o com o cobertor quentinho a ligar novamente a babá eletrônica e subiu ao andar de cima novamente.
- Ainda quer tomar o café?
- Quer esperar diretamente o jantar? Podemos ir uma vez que o Toshiya chegar.
- Hai
Shinya murmurou e sorriu, selando-lhe os lábios mais uma vez e pegou o telefone sobre o móvel, digitando o telefone do amigo. Kyo sentou-se por um momento, do lado de fora de casa, fazia frio, mas gostava daquele dia cinza, tornava qualquer atividade mais confortável, mesmo ir a um restaurante para o jantar. Pegou um cigarro, o primeiro e certamente o último daquele fim de dia, levou para a boca e logo tragou a fumaça mentolada, enquanto esperava o telefone e mesmo a chegada do amigo. Shinya desviou o olhar a ele enquanto saía, e sabia o que iria fazer, não o impediu. Com o amigo, falou sobre as crianças e ouviu a resposta positiva com um sorriso nos rosto, assentindo a ele.
- Obrigado, Toshi. Certo, quarenta minutos? Okay. 
Falou e desligou e telefone. Seguiu em direção ao local onde ele se sentava e observou-o dali, a porta aberta e a fumaça que contaminava o ar, e certamente seus pulmões, mas não saiu, o observou por ali mesmo algum tempo, lhe dando alguns minutos a sós, não costumava fazê-lo, e sabia que ele prezava por isso.
Kyo formou em brasa todo o cigarro, que morreu em cinzas no cinzeiro do lado. E quando finalmente apagou, deixando o rastro fresco na boca, somente então se voltou ao maior, que algum tempo havia estado por perto, embora não demasiado. 
- Diga.
Shinya desviou o olhar a ele ao ouvi-lo e negativou com um pequeno sorriso.
- Nada, só... Estou te deixando "em paz".
- Quer se arrumar pra sair?
- Hai... Vamos?
- Ok, vamos lá. 
Kyo disse e suspirou antes de se levantar, seguindo com ele para o quarto onde ajeitariam o que fosse preciso. Shinya assentiu e desceu ao andar de baixo junto dele e observou o armário em busca de uma roupa para que pudesse usar. Desviou o olhar a ele, meio de relance e o fitou atrás de si a retirar as roupas, a pouca exposição de pele coberta pelas tatuagens e o suspiro deixou os lábios, sutil, e o sorrisinho os adornou, pensando em como ainda sentia tanta atração por ele mesmo depois de tanto tempo juntos, e esperava que, de alguma forma, fosse recíproco. Kyo buscou algumas roupas a fim de substituir as que trajava, havia se banhado pouco antes do intervalo com a filha que agora dormia, portanto selecionou as peças somente para sobrepor. Trocou a camisa, optando por uma branca, calça preta, social, mas não formal. E após abotoar a peça, virou-se notando o baterista a trocar suas roupas, de costas podia ver suas omoplatas aparentes, o corpo era magro como sempre fora, e embora fosse homem, tinha sua delicadeza. Caminhou até ele, e por um momento segurou seus braços e plantou um beijo no meio de suas costas desnudas e partiu a substituir os calçados após solta-lo. Sentou-se na cama e calçou-os. 
Shinya surpreendeu-se é claro ao sentir o toque, quase chegando a se encolher e por fim sorriu, virando-se a observá-lo e teve que contar até dez umas três vezes, mas que por fim, não adiantou de nada, e caminhou até ele na beira da cama, mantendo-se sem camisa e soltou os cabelos antes presos, deixando-o deslizar sobre os ombros. Com uma das mãos segurou o queixo do maior, erguendo sua face e lhe selou os lábios novamente, empurrando-o suavemente para trás conforme se encaixou sobre seu colo.
- Temos quarenta minutos. 
Murmurou, num sopro de ar e deslizou uma das mãos sobre a camisa preta vestida por ele, a outra, deslizava por seus cabelos loiros, sentindo a maciez dos fios descoloridos.
Kyo sentiu o beijo suave que ganhou de modo repentino. Teve de arquear suavemente a sobrancelha diante da atitude, porém não interrompeu. 
- Aproveite que está por cima.
Shinya sorriu a ele, assentindo e ergueu-se pouco somente para puxar a calça do menor, abaixando-a junto da roupa intima e novamente ajeitou-se em seu colo, roçando-se a ele, suavemente a senti-lo endurecer abaixo de si. Selou-lhe os lábios novamente, descendo a seu queixo e pescoço e suspirou contra a pele, excitado como estava já fazia um tempo.
- Faz amor comigo, Kyo... 
Murmurou, tão próximo de sua orelha.
Kyo ergueu suavemente a pelve, permitindo a facilidade na hora de despir a roupa, deixando-a parcialmente nas pernas, embora pendesse. Deu-lhe no entanto o conforto sobre os quadris onde se sentou e podia sentir na pele a textura de sua roupa, o qual não permaneceria por muito tempo. Formulava com rapidez seus gestos, ao beijar no pescoço ou passar para o rosto e mesmo fitar a si enquanto pedia pelo sexo, embora já soubesse o que ele queria. Levou as mãos desocupadas em sua calça, dando abertura na peça. 
- Tire a calça.
Shinya assentiu e retirou a calça já aberta por ele. Deixou-a no chão, assim como a roupa íntima e nu, sentou-se sobre o colo dele, aconchegando-se ali e novamente o beijou, dessa vez empurrando a língua para a boca dele e sentiu o sabor mentolado do cigarro, gostoso apesar de tudo e estremeceu, tamanha era a vontade que tinha dele, se sentir o corpo dele junto ao próprio.
- Você gosta de beijos durante o sexo, hum? 
Kyo comentou, mesmo contra o toque de seus lábios quais retribuiu em seguida, transferindo o gosto de nicotina saborizada contra seus fartos lábios. E sobre o ventre sentia suas nádegas já desnudas. Sem delongas no entanto, levou a mão até o membro e bem o posicionou para adentra-lo. Shinya assentiu a sorrir a ele e beijou-o como queria, deslizando a lingua pela do maior, apreciando-o e lhe deu uma pequena mordidinha no lábio inferior quando se afastou, sentindo-o se guiar para si e afastou-se sutilmente, o suficiente para empurrar-se para baixo, devagar, sentindo todo o caminho a adentrar a si, e gemeu, dolorido, porém prazeroso. O toque dos lábios estalou ao ser finalizado e Kyo notou o lábio inferior entre seus dentes até ser liberado. Não protestou, fitou o mais alto, agora completamente nu, ou quase. Tão logo escondeu uma parte do corpo em seu interior, o penetrando conforme se sentou e não se demorou a iniciar o ritmo daquela "rapidinha". 
Shinya estremeceu e uniu as sobrancelhas, apoiando-se nos ombros dele e logo passou a se mover junto ao outro, um sobe e desce rápido, mas não tão rápido, não queria que acabasse logo, embora tivessem que fazer daquele modo. Empurrou-se para baixo, sentindo-o a fundo no corpo e moveu-se para frente e trás, sentindo-o se roçar em si, bem no ponto onde gostava. Deslizou a mão pelos ombros do maior, sentindo a pele macia, preenchida pelas marcas negras e mordeu o lábio inferior, desviando o olhar a ele, mesmo meio tímido, as bochechas não coraram, e voltou a se mover, devagar. Kyo arqueou-se de modo que segurou sua cintura, parcialmente sentado, ajudando os movimentos do baterista. Movia-o em vaivém, não em sobe e desce, sabia encontrar o ponto de seu corpo após alguns anos de prática, sabia as reações que causava quando o encontrava, e fora daquela vez algo bem rápido. Os nipônicos voltava a seu rosto, e não era discreto na hora de encara-lo. 
Shinya sentia-o se roçar em si, por dentro, naquele ponto tão sensível e podia sentir o corpo estremecer, tinha que se apoiar com pouco mais de força no local para que não despencasse sobre ele, por sorte, tinha bastante força nos braços. Segurou as mãos dele sobre a própria cintura e aos poucos massou a agilizar os movimentos e igualmente observava seu rosto, seus olhos pequenos e tão bonitos, os lábios que tinha vontade de beijar novamente. Suspirou e aos poucos, já se movia de modo rápido o suficiente para senti-lo tocando o local várias vezes, vacilando sobre seu corpo algumas vezes, sentindo-se pulsar no baixo ventre. Kyo encarava-o a medida em que se movia, alternando seu ritmo, que seguia a ajuda-lo naquele contínuo vaivém, sem que fosse necessário deixar seu interior. Estava sendo umedecido por seu interior quente, e embora estreito, era já acostumado com a penetração, portanto o completava sem dificuldade. Deslizou as mãos em sua cintura, segurou pela pelve saliente e puxou-o ao colo, ajudando no roçar de seu corpo, notando seu prazer mais próximo e podia percebe-lo a cada espasmo de seu corpo ou mesmo a forma como ele aumentava o ritmo. 
- K-Kimochi... 
Shinya murmurou e uniu a sobrancelhas, era gostoso, e cada vez mais gostoso a medida em que agilizava os movimentos, por fim, gozou e segurou-se entre os dedos, tentando impedir que sujasse a camisa dele, embora uma das gotas por acidente o houvesse atingido e encolheu-se, sentindo a sensação prazerosa pelo corpo, mas sentia-se culpado por tê-lo feito ao mesmo tempo.
- D-Desculpe... 
Murmurou, apertando-o no próprio interior e gemeu, prazeroso, inclinando o pescoço para trás. Kyo notou seus longos dedos levados rapidamente em seu membro, e constou para si assim como visualmente em seus respingos, seu clímax. E ainda conseguia se sentir tão atraído àquele feito, visto que ante a delicadeza do maior, não podia associar aquilo a ele, portanto vê-lo, era excitante. Não evitou o tênue e canteiro sorriso, levou a mão em seu sexo, acariciando-o por um instante enquanto o deixava se aproveitar da sensação do prazer. Não gozou no entanto e não planejava fazê-lo, terminaria aquilo outra hora. 
Shinya suspirou, sentindo a mão dele sobre si e claro, era excitante senti-lo tocar aquela parte, senti-lo tocar a si em qualquer parte, aquele sorriso, imaginar que podia ser excitante para ele também, era gratificante. Sorriu a ele, de mesmo modo e abaixou-se a lhe selar os lábios, movendo-se suavemente ainda em seu colo.
- N-Não vai gozar?
- Não, eu estou bem. Termino com isso mais tarde.- M-Mas não vai doer?- Não. 
Kyo disse e tornou a sorrir, achando graça na pergunta. Shinya riu baixinho, sentindo a face se corar por parecer ter dito algo estúpido e selou os lábios dele, beijando o sorriso que tanto gostava.
- Não foi bom...? Eu...
- Foi gostoso. 
Kyo retrucou, antes que pudesse pensar asneiras a mais. 
- H-Hai... 
Shinya murmurou e moveu suavemente o quadril mais uma vez, contraindo-se a apertá-lo em si e logo se levantou, sorrindo a ele.
- Preciso de outra camisa. 
Kyo disse após ter-se igualmente levantado, embora se sentasse à beira da cama, deixando a escolha por ele. 
- Ah hai, vou pegar.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário