Midnight Lovers #15 (+18)


Asami o observava, silencioso,  e quase não conseguia se manter em pé ainda, então, estava curvado, curioso com o que ele fazia, na verdade, queria falar com ele. 

- ... Kuro?
Kuro virou-se, fitando-o enfim, até sorria, mas havia esquecido de que estava um pouco debilitado por seu trabalho voraz de alguns dias atrás. Seguiu até ele, mas não sabia como ajudá-lo, se devia ou não toca-lo. 
- Oi docinho, estava assistindo hoje, é?
Asami sorriu meio de canto e segurou a mão dele, aproximando-se e sentou-se a seu lado. 
- Na verdade eu fui te procurar... E caí sem querer.
- Hum, hoje ele te viu assistindo, mas não se importou. - Kuro sorriu canteiro. - Seu cãozinho foi embora?
- Achei que ele tinha ficado bravo. - Asami disse num sorrisinho. - Seijuro foi embora sim. Ele geralmente não dorme.
- Gostou das lambidas? Certamente mais gentis do que o outro vampiro. - Kuro sorriu canteiro. - Já se banhou?
Asami sorriu meio de canto.
- Como sabe... Que ele lambeu minhas costas?
- Porque eu disse a ele pra fazer isso com cuidado e acabei vendo que ele realmente gostou da ideia. - Kuro riu, entre os dentes.
Asami sorriu de canto.
- Ele não quis transar comigo hoje.
- Ora, então veio por quê?
- Ele disse que queria só deitar um pouco comigo. Achei estranho, mas... Bem, ficamos sem roupa e ele lambeu minhas costas, beijou algumas feridas e ficamos conversando.
- Hum... Soa romântico. Amável para um vampiro.
Asami riu. 
- Acho que ele só estava procurando um amigo mesmo.
- Amigo, é? Você acha que ele considera a relação de vocês uma amizade?
O menor desviou o olhar a ele. 
- Acha que ele pensa que sou só um pedaço de carne?
- Não, só não acho que sejam amigos.
- Hum, está com ciúme?
- Hum, um pouquinho. Mas... Ao mesmo tempo fico feliz que ele seja alguém agradável e que te faz bem.
Asami sorriu. 
- Bem, eu queria te deixar com ciúme então atingi meu objetivo.
- Ah é? Seu pequeno...
O menor riu e beijou-o no rosto.
- Esta cheirando sexo...
- Bem, era o que eu estava fazendo e você sabe disso, estava assistindo. Isso te excita, ah?
Asami sorriu e negativou. 
- Só as vezes.
- Ah é? 
Kuro disse e com algum cuidado, tomou por sua cintura e o colocou sobre o colo, acomodando o peito junto a suas costas feridas, mas com gentileza para não roçar o tecido. Acomodou o queixo em seu ombro e deslizou as mãos na abertura de seu quimono, subindo devagar pelas coxas até o meio de suas pernas. Asami riu baixinho e gemeu dolorido conforme fora pego no colo, porém mordeu o lábio inferior ao sentir o toque, estava sem roupa íntima por baixo. 
- Hum... O que está fazendo? Se demorar, Tsukasa ficará bravo.
- Não vou demorar. Ele sabe que aquecer a água demora um pouco. Você quer meus dedos ou meu pau?
- ... 
Asami sentiu o corpo arrepiar ao ouvi-lo e desviou o olhar a ele. 
- Se quiser me dar seu pau, acho melhor lavar ele primeiro. 
Disse, ciumento, pela primeira vez.
- Ah... É claro. - Kuro riu, na verdade sorriu. 
- Eu usei meu banho seco pra fazer assepsia... 
Só então Kuro riu de fato e beijou sua nuca. Asami estreitou os olhos. 
- Hum... Acho bom. 
Disse e segurou os braços dele, queria ele, mas estava dolorido ainda, então tinha medo, ainda assim, ajeitou-se sobre o colo dele, as nádegas sobre seu sexo. Kuro moveu a pelve, empurrando-se para frente, estando livre a seu toque e o deixou se acomodar no colo, sobre o sexo o qual pôde sentir o movimento de suas nádegas nuas como estava.
- Será gentil? Eu ainda estou machucado. 
Asami disse e sorriu a ele, de canto, virando a face sutilmente e selou seus lábios. 
- Estou tentando te dar o que você quer, já que seu cãozinho não te deu, mas se não quiser...
- Eu quero. - Asami disse, segurando os braços dele ao redor da cintura. - Meu cãozinho? - Riu.
- É, os cães que lambem as feridas. 
Kuro disse e embaixo dele passou a se acomodar, precisaria ser rápido, mas não faria menos gostoso por isso. O beijou em sua nuca e deu uma mordidinha suave enquanto o acomodava no corpo, que embora houvesse feito sexo há um tempo atrás, estava disposto para ele. Asami sorriu meio de canto e gemeu baixinho conforme sentiu a mordida na nuca, ajudou-o, se acomodando em seu colo e agarrou-se no próprio kimono conforme o sentiu adentrar o corpo, sufocando o gemido dolorido como tinha costume de fazer e suspirou apenas.
- Uh... 
Kuro murmurou num gemido baixinho. Ao deslizar os dedos quais dirigiu para sua pelve, o moveu, devagar, ao invés de subir e descer, esfregando para frente e para trás, de algum modo se movia embaixo dele, dando mais movimento entre ambos. 
- Estava com saudade, hum?
Asami assentiu ao ouvi-lo, mordendo o lábio inferior e novamente virou o rosto, selando-lhe os lábios. 
- Meu corpo também sentiu sua falta... Está apertando você.
O maior retribuiu o beijo, movendo-o ainda no colo, esfregando suavemente seu corpo ao próprio. 
- Vem, Asami... - Incentivou seus movimentos.
O menor sorriu e assentiu, apoiando-se no chão, lado a si para se mover, e ergueu o corpo, voltando a se sentar, devagar passando ao movimento de sobre e desce que ele queria, queria poder fazer mais rápido, mas estava dolorido, e ele sabia, em compensação, movia os quadris para rebolar sobre ele, e o apertava dentro de si.
- Me fala, está gostoso? 
Kuro indagou, baixinho. Se movia embaixo dele, ajudando o ritmo, ajudando o encontro de ambos. Segurava sua pelve, guiando-o no colo, queria fazê-lo gozar, mesmo que não fizesse o mesmo. A mão direita levou a deslizar em sua virilha nua, tocou seu sexo, massageando-o. 
- Ah, senti falta de você, docinho...
Asami assentiu, agarrando-se ao kimono, e era gostoso, embora dolorido, ele sabia exatamente onde tocar, mesmo sem muito esforço. Suspirou conforme o sentiu tocar o próprio sexo, e gemeu, baixinho.
- Ah... Sentiu? Eu... Eu também senti sua falta...
- Vem, vire aqui.
Kuro disse e pegou suas pernas, haviam sido menos afetadas que seu tronco portanto movia sem dificuldade. Pegou-as e o ajudou a se virar, as apoiou a cada lado do corpo, no banco onde se acomodavam, o colocou de frente consigo. Deslizou as mãos por suas coxas e delas para as nádegas onde sentia a maciez da seda do quimono e por onde o ajudou a se mover. Asami assentiu a se virar de frente a ele e selou seus lábios, sorrindo para ele, e fitando-o de frente, fora mais fácil para si se mover, porque podia se apoiar nos ombros dele. 
- Ah...
Kuro retribuiu seu selo, uma, duas vezes e continuou a segurar suas nádegas. Ajudou a mover, seguindo ritmo inicialmente vagaroso, aumentando-o aos poucos, empurrando ao ventre, o que causava mais atrito.
Asami sorriu, o observava em frente a si, e gostava tanto dele, era diferente quando estava com Seijuro, gostava de ficar com ele, mas não gostava tanto quanto estar com Kuro. Ao se aproximar, repousou a face sobre o ombro dele, beijando-o no pescoço e moveu-se, mais firme no colo dele. O maior deslizou uma das mãos em sua cintura, o envolvendo, o abraçando, e a outra levou entre ambos, tocou o meio de suas pernas e acariciou novamente seu sexo, passando a estimula-lo no ritmo com que o ajudava a se mover. Beijou seu pescoço e sua bochecha. O menor estremeceu ao senti-lo tocar a si novamente e mordeu o lábio inferior. 
- Esta... Tentando me fazer gozar? - Disse num sorriso de canto. - Quero que você goze também.
- Estou satisfazendo você, mas também estou aproveitando. 
Kuro beijou seu pescoço e lambiscou sua orelha, se moveu embaixo dele, intensificando o ritmo, o encontro. 
- Hum... 
Asami assentiu a ele e novamente selou seus lábios, os movimentos eram gostosos e gostava do toque da mão macia dele no sexo, fechou os olhos para que pudesse apreciar melhor. 
- Hum... Kimochi, Kuro... M-Mais...
- Mais o que? 
Kuro indagou, podia tentar dar mais de qualquer coisa que estivesse fazendo, mas gostava de perguntar, gostar de ouvir ele pedir.
- Mais forte... 
Asami murmurou e sabia que não estava em posição de pedir aquilo, mas queria, e queria tanto... Kuro segurou-o com firmeza pela pelve e o moveu com mais força, podia ouvir soar a pele contra a sua, na insistência com que o atingia. Logo, estava em pé, o levando consigo, apoiando na parede mais próxima onde o tomou de costas. O menor estremeceu conforme se levantou com ele, não conseguia realmente se manter de pé, mas estava inclinado, então não era tão dolorido. Firmemente se apoiou na parede e gemeu, prazeroso conforme o sentiu investir contra si, estava cada vez mais perto e até agarrou o sexo entre os dedos, apertando-o. 
- Eu... Ah!
Kuro sentiu no corpo seu aperto, e quanto mais difícil se sentia penetra-lo, mais estreito, mais próximo do ápice sabia que ele estava. Ainda assim continuou a puxa-lo, tentando trazer seu ápice à tona. Asami mordeu o lábio inferior, e sabia que iria gozar, não tentou avisá-lo novamente, e somente conteve o ápice com uma das mãos. O gemido deixou os lábios, tentou conter, mas foi difícil e o apertou no corpo como consequência, firme. 
- Kuro... Ah...
O maior levou a mão para sua boca, tapou-a, abafando seu gemido, já não tão livre por sua vez. Continuou o ritmo, intensificando sua sensação de prazer, até que arrancasse dele cada gota que guardou nesse meio tempo inativo. Asami sentiu a mão dele sobre a própria boca, beijou-o em sua mão e sorriu, suspirou, sentindo as pernas trêmulas e aproximou pouco mais do corpo dele, inclinando-se para trás.
- Ah...
Kuro o tomou no colo, não tão cuidadoso quanto gostaria, era difícil segurar sem tocar sua pele com o tecido ou com o próprio toque. Ao senti-lo segurar a si, Asami sorriu meio de canto.
- Isso é meio triste. Você ainda esta duro.
- Fiquei assim pra você, mas vou ficar bem em alguns minutos. Meu prazer não é só gozar. - Kuro beijou seu pescoço. - Vou te levar pra cama.
Asami fez um pequeno bico, ele sabia como se sentia quando não o fazia gozar, para si era uma ofensa. 
- ... Ta bem.
- Não fique frustrado, você sabe que eu acabei de trabalhar e ainda assim fiquei de pau duro pra você, acha que não me excita, hum? 
Kuro indagou e cuidadosamente o levou até seu quarto, tentando não ser ruidoso até que o acomodasse em seu futon. Asami negativou, deitando-se e gemeu baixinho, dolorido pelo toque das costas. 
- Sei que te excito, mas ainda assim fico chateado.
- Não fique. Eu volto e você faz isso pra mim, ah?
- Ta bom... Boa noite.
- Boa noite. 
Kuro beijou sua bochecha, uma após a outra, depois a testa e depois os lábios, brincando com ele. Asami sorriu e retribuiu o selo, riu, segurou o rosto dele entre os dedos e acariciou suas bochechas. 
- ... Eu te amo.
- Eu também. 
O maior sussurrou, na proximidade em que estavam, e talvez pela primeira vez fora completamente sincero ou deliberado ao falar aquilo. Asami arregalou os olhos ao ouvi-lo e sorriu em seguida. 
- De verdade?
- Verdade. 
Kuro sussurrou e suspirou. Asami sorriu. 
- Obrigado, Kuro... Pode... Pode ir.
- Obrigado, é? 
O maior riu, entre os dentes e assentiu. Se levantou então e partiu, quando chegou, a água já estava pronta para banhar o moreno. Asami riu. 
- Obrigado por ser meu. 
Disse e ao se despedir, abraçou o travesseiro, sorriu a ele uma última vez. Kuro levou a bacia de madeira cheia da água quente. Levava consigo um tecido de higiene o qual após se acomodar, sentou ao lado dele, que parecia cochilar. Tsukasa suspirou, profundo conforme havia caído em um cochilo, ele estava demorando demais, mas pode ouvir quando ele se aproximou, e desviou o olhar a ele. 
- ... Kuro. - Sorriu, meio sutil. - Demorou...
- Não demorei tanto, você que acabou acalentado pelos encantos do meu futon
Kuro disse e pegou o tecido, torceu e logo, tocou sua pele, aos poucos iniciando seu banho em seu corpo preguiçoso. Tsukasa sorriu a ele e deixou-o tocar a si, estava nu por inteiro, e não tinha vergonha dele, nem de nada que pudesse fazer.
- Hum, que homem imponente. 
Kuro disse, observando-o já que olhava para si conforme formulava sua limpeza. Sorriu e enfiou a mão na parte mais íntima de seu corpo, limpando-o de si. Tsukasa sorriu a ele meio de canto, porém cessou o sorriso ao senti-lo tocar a si no local. 
- Hey.
- Preciso tirar meus bebês daí. 
Kuro disse, brincando com ele. O limpou, continuando o banho, seguindo até as demais partes de seu corpo. Tsukasa riu e negativou.
- Eu vou tomar o chá, não se preocupe.
- Só estou limpando você. Tenho certeza que faria um lindo filho meu. 
Kuro mordeu o lábio e lhe deu uma piscadela. Quando enfim terminou, torceu o pano e deixou ao lado, junto a bacia. 
- Limpinho.
Tsukasa riu. 
- Hum, não geraria um filho, sinto muito. 
Dito, levou um dos braços abaixo da cabeça.
- Eu sei disso, só estou dizendo que não estou preocupado.
- Você seria um bom pai. 
Tsukasa disse, seguindo o raciocínio dele.
- Duvido muito.
- Hum?
- Duvido muito que seria algo como um pai.
- Um dia quem sabe e você seria ótimo. Você é amável, carinho.
- Não, não acho. Não tenho intenção de fazer uma criança algum dia. Mas tenho outro bebê pra cuidar, crescido.
Tsukasa desviou o olhar a ele, observou-o silencioso, sentiu-se culpado por um momento, sabia que ele deveria arrumar uma pessoa melhor do que a si. 
- ... Você deveria sair daqui.
- Hum, talvez algum dia eu saia e vá viver sozinho. Por hora tenho apenas dezenove anos, quando tiver vinte e dois.
- Eu te levo, Kuro. É só dizer que quer ir comigo.
- Não se preocupe comigo, Tsukasa. - Kuro sorriu e acariciou sua nuca. 
Tsukasa uniu as sobrancelhas. 
- ... Tudo bem.
- É verdade, não se preocupe, hum? Eu cresci habituado com esse lugar...
- Eu sei, mas odeio ver você aqui. Não suporto saber que se deita com outros homens.
- Hum, é? - Kuro sorriu canteiro. - Está cativado, é? Quer que eu foda só com você?
- Quero e posso te pagar por isso se for comigo.
- Ah é? E vai me manter junto com a sua esposa?
- Eu compro uma casa, só pra você.
- E por que faria isso, hum? Eu sou um pouco orgulhoso, ser cuidado pois alguém não é exatamente algo que eu gostaria.
- Eu só não quero que você corra perigo. Pegar alguma doença ou algo pior. Já esfaquearam um garoto nesse bordel.
- Vê o que fizeram com o Asami?
- Mas isso não é frequente e sobre doenças, eu cuido bem dos clientes que vou atender, não é um bordel que qualquer um pode pagar. Sobre Asami, ele escolheu isso, foi uma escolha estúpida. Mas posso atender só você, só precisa dizer ao Katsuragi. Claro que vai ser muito difícil atender só um cliente bonitão e bem gostoso, mas... Por você eu posso me esforçar.
- Hum, vou falar com ele. Espero que se comporte, hum?
- Comportar, hm?
- Sim, espero que realmente não fique com mais ninguém.
- Claro, meu amor, serei fiel. - Kuro brincou.
- Espero. Te darei uma aliança. - Tsukasa disse e riu.
- Sim, eu espero.
- Com diamantes e tudo mais.
- Claro, esse é um dos benefícios de ser um jovem rico.
Tsukasa riu e negativou, puxando o cobertor sobre o corpo agora que já estava limpo. 
- Deite comigo.
Ao se deitar, Kuro acomodou-se perto dele. 
- Tsukasa, eu não sei como funciona sua cabeça, também não sei como é sua interação familiar, mas eu espero que você tenha entendido o que nós conversamos antes, quero que um dia deixe sua esposa e talvez, ganhe seu esposo. Quero que você seja feliz.
Tsukasa desviou o olhar a ele.
- Um dia... Será meu esposo.
O observou, mas Kuro não disse nada, não teve certeza se ele se referia a si, mas sorriu.
- É você mesmo que será meu esposo.
- Ah, eu, hum? - Kuro sorriu canteiro, novamente.- Isso soa sexy, ah.
- Soa é?
- É, soa sexy pra mim alguém querer se casar comigo, uma vez que já pode ter o que precisa de mim.
Tsukasa sorriu. 
- Não quero me casar com você só pra fazer sexo.
- É por isso que é sexy, gosto de imaginar que alguém quer pertencer a mim.
Tsukasa sorriu e segurou a mão dele, beijando-a.
- ...Eu gosto muito de você. Quer dizer... Eu... Eu amo você.
Kuro acariciou sua mão, retribuindo o contato. Fitou-o enquanto dizia, mas ouvir sua declaração, o que? Perguntou a si mesmo, havia sido num dia onde resolvera retribuir aos carinhos de Asami e agora ganhava o mesmo de Tsukasa e o pior disso era saber que no fim, ouvi-los dizer, fazia perceber que queria estar verdadeiramente com os dois. 
- Eu.. eu... Acho que está confuso, você deve estar se relacionando pela primeira vez com um homem.
- Não. Eu sei o que eu sinto, não sinto isso por outros homens. Não me ofenda.
- Não estou dizendo que se sente assim com todos os homens, estou dizendo que talvez por ser a primeira experiência e... Oh, eu devo ter expressado mal, sinto muito. Mas falar sobre amor é mesmo muito profundo, não acha?
- Sim, se expressou. - Tsukasa disse num suspiro. - Eu sei o que eu sinto. Não estamos nos conhecendo hoje.
- Não se ofenda. É... eu, também sinto algo sobre você. Não devia. 
Kuro sorriu, talvez estivesse mesmo sincero naquele dia e pensar sobre isso, fez uma sensação desagradável na própria cabeça.
- Hum... Tudo bem, não precisa se sentir da mesma forma.
- Eu sinto e eu não posso, porque sou um prostituto. 
Kuro disse, após ouvi-lo, soava como alguém desacreditado, não falava por pena, na verdade, estava mesmo apaixonado. Tsukasa suspirou. 
- ... Sinto muito por... Bem eu não devia ter dito.
- Eu não estou mentindo, se acha que vou dar meus sentimentos a qualquer cliente por uma confissão, por pena. - Kuro sorriu, canteiro. - De verdade, eu queria ser o seu esposo. - Tocou seu rosto, menos iluminado como alguns minutos atrás, não falava por pena. - Queria te conhecer no trabalho, ser seu amigo, quem sabe algum dia enquanto bebêssemos fora do expediente então ficássemos bêbados, iríamos para nossas casas cambaleando e falando asneiras, você tropeçaria e eu seguraria você, em algum momento acabaríamos encostados na parede de um beco escuro e então, daríamos um puta amasso. - Riu, baixinho. - Mas talvez na próxima vida.
Tsukasa desviou o olhar a ele, não sabia se acreditava, se não acreditava, estava confuso, mas, ele parecia ser sincero, por isso, acariciou os cabelos dele e selou seus lábios, queria poder rapta-lo e levar embora consigo, mesmo contra a vontade dele, mas não podia, respeitava ele, respeitava o que ele queria, é o que podia fazer era apenas apertar seu kimono em suas costas. 
- Olha, eu tenho que trabalhar amanhã. Mas... A oferta ainda está de pé, para te levar comigo. Você seria feliz, teria tudo que quisesse, poderia trabalhar comigo se quisesse seu próprio dinheiro. Teríamos flores, se você gostar, você faria aulas de música, dança. E... Quem sabe... Bem um filho. Mas, não vou prometer isso.
- Flores, hum? Você gosta de flores? 
Kuro indagou ao pensar no detalhe. Na verdade ele parecia lidar com delicadeza? Talvez acostumado a lidar com a sua esposa. 
- Prefiro imaginar que te pegaria transpirando após o horário de trabalho. Mas posso dar flores a você.
- Desculpe, esqueço que homens não gostam de flores.
- Você não gosta? O Masami gosta, embora ele goste de flores que fazem chá.
- Eu gosto, é que... Não sei como agradar você na verdade.
- Hum, me agradar ah? Na verdade me agrada olhar pra você estando nu em meu futon.
Tsukasa sorriu meio de canto. 
- Ah é?
- É, me agrada saber que te faço feliz.
- Você é um galanteador, garoto. Sei que não sou tão bonito assim.
- Talvez um pouco. Mas não falo mentiras. Olho pra você e me dá vontade de te lamber inteiro. Mas, precisa dormir, deixarei que faça isso.
Tsukasa sorriu e acariciou o rosto dele, puxando-o para si novamente a lhe dar mais um selo. 
- Boa noite, Kuro.
- Boa noite, Tsukasa. 
Kuro disse e retribuiu aquele novo toque, bem, havia lhe dado liberdade de fazer e ele pelo jeito, havia gostado. 
- Então, somos noivos, ah? Disse que queria ser meu esposo. Eu posso esperar.
Kuro sorriu, num risinho canteiro. 
- Ah claro.
- Ótimo. Trarei o anel de diamantes.
- Não precisamos de extravagâncias, pode ser um de latinha.
- Ah então tá bom. Trarei um de doce.

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