Akuma e Orochimaru #2 (+18)


- ... Inferno. 
Orochimaru disse, havia pago pelo quarto da noite anterior e saído, mas estava com dor, precisaria procurar alguma erva medicinal que ajudasse a si... Mas onde? Pelo caminho seguiu silencioso, comprou takoyakis e ajeitou a espada na cintura enquanto caminhava em direção a cidade pela estrada deserta naquela parte do dia, não esperava vê-lo novamente, talvez... Fosse somente um sonho? Mas estava com dor, não poderia ser... 
Akuma não pretendia reaparecer naquele horário, nem ir buscar o homem da noite passada, não tinha apetite naquele dia, havia se fartado após o sexo, então tinha uma boa reserva de consumo. Porém, sabia que estava sendo lembrado, e sabia por quem, justamente porque fora o único homem que se deixou ser visto e ainda continuar vivo por seu caminho. Não estava induzindo seus pensamentos, na verdade eles mesmos estavam buscando a própria presença então, nada que não pudesse generosamente atender, o agraciou com a própria presença. 
- Dores no corpo, Samurai?
Ao ouvir a voz, Orochimaru assustou-se e reagindo rápido, secou a espada da bainha e apontou na direção dele, em frente a seu rosto.
- ... Não me assuste.
Embora pudesse sentir o vento da lâmina passar alguns centímetros do rosto, Akuma não se moveu, sorriu. 
- Estava pensando em mim, estou aqui.
- ... - Orochimaru abaixou a espada e fitou o rosto dele, era bem diferente agora que podia vê-lo. - Você é mais bonito no claro.
- Ah, você prefere? Eu gosto mais do escuro. 
Akuma sorriu, mostrando os dentes de modo típico. 
- ... Eu... Disse isso alto? - Orochimaru disse, envergonhado e suspirou.
- Bem, mesmo que não tivesse dito, você sabe.
- Sim, você saberia. - Suspirou. - Hum, você pode aparecer na luz do dia, achei que só me infernizaria a noite.
- Eu já disse que não sou um vampiro. - Riu. - Gosto mais da noite, mas você me chamou de dia.
- Eu não te chamei... Só pensei em você.
- É quase a mesma coisa. Quer mais daquilo, ah? 
Akuma indagou. Desta vez o quimono era preto e mesmo seu bordado tinha a mesma cor. Orochimaru negativou e suspirou, guardando a espada na bainha novamente. 
- Não.
- Hum, então queria companhia?
- ... Não havia pensado sobre isso. Eu apenas estava me lembrando de você, mas não estava te invocando.
Akuma sorriu, achando graça do termo. 
- Certo, eu volto a noite pra gente ter nosso momento íntimo.
- ... Eu não quero te ver mais. - Orochimaru disse, seguindo o caminho.
- Ah, por que não?
- Porque não, não tem porquê.
- Tem que ter um porquê.
- Porque eu não quero transar com um demônio novamente.
- Hum, você prefere transar com os seres humanos?
- Prefiro não transar, e você sabe.
- Ah, por que não? Você devia ser um padre então. Por falar nisso, talvez eu devesse ir atrás de algum.
- Está no país errado pra achar um padre.
- Eu posso estar em qualquer lugar, meu querido Orochimaru. - Sorriu e seguiu, caminhando mais perto dele. - Você prefere os homens sujos?
O moreno desviou o olhar a ele.
- Sujos?
- Sim. Os humanos são sujos.
- Ah, eu sou sujo, é?
- Não, mas você tenta se sujar.
- Do que está falando?
- Os homens são sujos, não só de corpo, são de espírito. Você tenta ser como os outros homens. Mas tenha cuidado, os sujos são os que sucumbem mais facilmente.
- E por que acha que não sou como os outros homens?
- Meu querido, eu entro na sua cabeça.
Orochimaru sorriu meio de canto. 
- Hum, e o que me difere deles? Eu não sou como um porco voraz por arrancar as roupas das mulheres?
- Hum, existem muitas coisas que se passam na cabeça dos homens, nem sempre sobre mulheres, embora boa parte seja sobre isso. - Akuma sorriu. - Eu gosto e não gosto de você, justamente por ser um tanto diferente disso.
Orochimaru desviou o olhar a ele e cessou o passo, ainda usava o kimono vermelho dele. 
- Demônios não deveriam gostar de pessoas sujas e maldosas?
- Gosto de pessoas maldosas, mas mesmo a maldade é um ponto de vista. No entanto, posso gostar de almas difíceis de corromper.
- Hum, entendi. Você quer a minha alma, não quer?
- Hum, eu não sei. Você é saboroso. Qual sua comida favorita? 
Akuma indagou embora pudesse descobrir. 
- Bolinho de shisô.
- Agora veja bem, se você tivesse apenas um bolinho de shisô, comeria ele de uma vez sabendo que talvez nunca mais poderia tê-lo?
- Hum, entendi o que quer dizer, quer dizer que eu nunca mais vou me livrar de você porque você quer me dar mordidas para sempre.
- Olha só, você é um homem sábio.
- Hum, então eu estou mesmo ferrado.
- Eu sou bonzinho, posso ser de muita ajuda.
- Eu não preciso de ajuda.
- Oh, você não quer nada na vida? Quer ser um samurai forte.
- Sim, mas eu consigo isso sozinho.
- Você sonha pequeno. Tudo bem.
- ... Pare de me seduzir, demônio dos infernos.
- Eu não estou seduzindo você, mas vou levar isso como um elogio. - Akuma riu, o havia entendido.
Orochimaru estreitou os olhos, não queria dar ouvidos a ele, mas já estava pensando sobre ele e negativou. 
- Droga...
- Oh, não adianta tentar me ignorar.
- Mas que saco, você parece uma praga.
- Apenas siga seu caminho, viajante solitário.
- ... - Orochimaru suspirou e cerrou os dentes, desviando o olhar a ele. - Vai vir comigo ou não vai?
- Oh, um convite. Estou indo.
- Hum... 
O samurai murmurou para si mesmo, talvez fosse bom ter alguma companhia enquanto caminhava. Do obi tirou um pequeno embrulho com dois últimos motis e estendeu na direção dele. Akuma olhou seu movimento e tirou seu lanche breve da roupa, a qual antes a si pertencia, continuava usando, certamente era por isso que pensava em si, o cheiro, que por sinal tratou de intensificar no tecido. 
- Eu não preciso de comida humana, mas isso foi adorável.
- ... Eu quero que você experimente, é gostoso. - Orochimaru disse a fita-lo de soslaio.
Akuma arqueou a sobrancelha curta, mas aceitou ao estender a mão a ele. Tocou o doce e apalpou. 
- É macio... É com recheio de doce de feijão.
- Hum, gosta de doces? 
Akuma indagou e então mordeu o doce, partindo facilmente. Saboroso, no entanto algo faltava nele, talvez apenas não tivesse hábito. 
- Gosto. - Orochimaru disse e suspirou, seguindo a caminhar com ele e o olhava de relance, vendo-o comer o doce. - Gostou?
- Hum, estranho. Mas é gostoso. E agora, vai me dar mais um docinho pra comer?
- Hum? Não, eu só tenho esse.
- Estou falando do doce que me deu ontem. Eu tenho um doce pra você chupar também, se quiser provar o meu doce. Ele está bem quentinho.
Orochimaru desviou o olhar a ele.
- Está sendo pervertido, não é? Seu desgraçado.
- Gosta de me chamar de desgraçado e maldito, soa um pouco redundante já que no fim eu sou um demônio. Mas por que tão revoltado? Sei que você gostou de ontem.
- ... Eu não quero falar sobre ontem, quer ser meu amigo? Então comporte-se.
- Que? - Akuma gargalhou. - Não quero ser seu amigo, não sou a imaginação de uma criança. Eu quero você e certamente não como amigo.
Orochimaru suspirou e desviou o olhar a ele, se ele queria a si, ele teria um grande problema, a própria vida não havia sido fácil, ainda assim nunca pensaria em vender a alma para um demônio, mas não pensaria em nada realmente, ou ele poderia ler o que pensava.
- ... O que você quer pra me deixar em paz?
- Bem, o que você pode me oferecer?
- ... Bem, eu não tenho dinheiro, não venderia minha alma pra um demônio, o que eu posso te oferecer é sexo.
- Tudo bem, então aonde quer fazer? Aqui? Na árvore?
- ... Aqui na estrada não, alguém pode ver a gente.
- E aonde você quer? No futon?
- ... Vai me deixar mesmo em paz?
- Claro, se cuidar bem de mim essa noite.
- Hum, então vamos marcar uma hora? Certo. Estarei na cidade se quiser me encontrar.
- Que marcar hora, vamos começar agora.
Orochimaru arqueou uma das sobrancelhas, mas assentiu. 
- Certo. Quanto antes começarmos, antes eu me livro de você. 
Disse e puxou-o para dentro da floresta junto consigo, afastando-se da estrada. Akuma sorriu, mostrando-lhe os dentes ao fazê-lo. Seguiu logo atrás dele conforme foi puxado, notando seus dedos trêmulos enroscados ao quimono que usava. Tratou de aflorar sua cabeça, sugerindo pensar sobre a noite passada, ele parecia bem com isso. O menor suspirou, sentindo uma estranha pontada no baixo ventre e ao chegar num lugar bom com ele, deixou a espada de lado, desenlaçando o obi.
- Quem você quer? 
Akuma indagou e quando se voltou de frente a ele, o provocou com a imagem da noite passada, feminina. Levou as mãos para sua roupa, ajudando a desenlaçar a peça.
- Você. Sua forma normal, não quero nenhuma mulher.
- Ah, você quer na sua bunda, como ontem, ah? E isso eu posso te dar assim. 
Akuma disse e o pegou pela cintura, vigorosamente o virou de costas e empurrou para a árvore próxima onde o encostou e ergueu seu quimono, expôs suas nádegas. Orochimaru silencioso o fitou, talvez até um pouco analítico, não o havia visto naquela luz ainda, ele tinha dentes pontiagudos, mas era bonito, realmente. Ao se virar, apoiou-se firme na árvore e estreitou os olhos. 
- Não... Hey!
- O que? 
O maior indagou, não entendendo o protesto ainda que pudesse ler seus pensamentos. 
- Quer olhar pra mim primeiro, ah? Encarar meus dentes.
- ... Não quero. É que essa posição é horrível... Eu... Não quero ficar assim, é vergonhoso.
- Hum, você ficou de quatro ontem, agora só está de pé. 
Dito, Akuma se aproximou dele e então roçou os lábios em sua nuca, tal como os dentes logo em seguida, arranhando sua pele de onde tirou algum sabor. 
- ... 
Estremeceu com o toque dos dentes e era estranho, mas estava excitado por sentir o corpo dele atrás do próprio, e sabia de alguma forma que ele não estava causando aquelas sensações, sabia que eram próprias mesmo. Akuma não podia sentir exatamente sua excitação, exceto quando a causava propositalmente, mas sentiu estremecer e quase soprar a voz de forma trêmula, estava ansioso. Lambeu sua pele e deslizou a língua cálida de onde mordeu até o delicado osso atrás de sua orelha, então o lóbulo, gostava de seu sabor e precisava se conter para não morde-lo. Com alguns movimentos atrás dele, podia não mostrar os gestos, mas tinha certeza que em sua mente podia imaginar quais eram os movimentos ali atrás.
Orochimaru podia sentir todo o caminho da língua dele, e o corpo estremecia enquanto ele o fazia. Mesmo seus movimentos, de olhos fechados e cabeça baixa, podia imaginar, ele estava se ajeitando para entrar em si, não podia ver seu kimono, mas sabia que estava abrindo, ouviu o desenlaçar do obi, o que fez a pele arrepiar. 
- ... Hum...
- O que? 
Akuma indagou e soou baixinho, perto como estavam, ouvindo bem seu murmuro. Como abriu a roupa e deslizou o tecido sobre a pele também fez ao tomar o corpo nos dedos e roçar em sua pele, encostando-se em suas nádegas. Orochimaru negativou várias vezes, estava um pouco inquieto, ansioso e excitado e gemeu ao sentir o toque, involuntariamente. 
- Ah...
Com ajuda da mão, o maior enfiou-se em meio às suas nádegas, apenas se pôs entre elas, tocando com o corpo viril. Sabia que estava eufórico, sabia que estava ansioso e excitado, tratou de intensificar as sensações, fosse sua expectativa, fosse sua sensibilidade ao toque. 
- O que há, Orochi-chan? Meu corpo te deixa nervoso?
- ... Estou dolorido, por isso tenho medo que doa mais. 
Orochimaru murmurou e suspirou, cerrou os punhos, mas esqueceu que se apoiava na árvore e sentiu a fisgada de uma farpa num dos dedos.
- Hum, seu nervosismo não é esse. - Akuma disse, era de expectativas. - Eu posso te ajudar a relaxar aqui embaixo e não te causar tanta dor. Também posso fazer ser bem dolorido... - Riu baixinho, entre os dentes.
- ... Não faça isso... - Orochimaru disse e mordeu o lábio inferior, sentindo o corpo estremecer em expectativa. - Devagar...
- Você quer os meus dedos antes? Acho que se lembra o quanto foram gentis com a massagem de ontem.
- Hum... - Orochimaru abaixou a cabeça, não sabia o que dizer, não queria pedir os dedos dele, não queria fazer aquilo, parecia tão errado. - ... Tudo bem.
- Tudo bem? Eu estou perguntando se quer.
- ... Eu quero... Eu quero.
Akuma sorriu e pôde notar seu olhar soslaio, observando canteiro. Levou a mão até a boca e penetrou-a com dois dedos quais vagarosamente tirou de dentro dela, umedecendo-os embora soubesse que não precisava mesmo daquilo, podia causar umidade em seu corpo de outra forma. Levou a mão atrás dele, tocou seu âmago e então massageou por fora, tão logo pressionou e empurrou os dois, claro, não sem antes deixá-lo sensível o bastante. Orochimaru de cabeça baixa, o observava de canto, vendo seus lábios sujos agora por sua saliva que sujava os dedos. Estava com medo, mas com vontade, então não se opôs ao toque. Suspirou, sentindo um arrepio percorrer o corpo conforme o sentiu tocar a si e gemeu, estava realmente dolorido ali, havia feito na noite anterior com ele, então se contorceu sutilmente com o toque. 
- Ah! Droga... Dói...
- Ah é, mas você sabe que dor e prazer são grandes amigos, Orochimaru. 
Akuma disse enquanto os dedos se enfiavam para dentro, podia sentir que estava apertado e não era por sua virgindade, sim por seu corpo sensível e inchado da noite anterior. 
- Oh, parece muito macio aqui atrás..
- Ah... 
Orochimaru gemeu enquanto o sentia se empurrar para dentro e cerrou os dentes, agora as farpas da árvore pareciam sutis perto do corpo dolorido. 
- Filho da... Puta...
Akuma riu, entre os dentes. Ele era tão sensível, demais, para um guerreiro. Com a mão desocupada o tomou nos cabelos, segurou com firmeza e ergueu os fios curtos de sua nuca, expôs o pescoço novamente, o lambiscou e daquela vez sim mordeu, pressionou os dentes e tragou seu gosto, mas claro, não deixou aquela sensação ser dolorida ao todo, também o fez descobrir a que se referia quando dizia sobre prazer e dor de mãos dadas. 
- Ah! - O menor gemeu ao sentir a mordida e fechou os olhos, firme, estremecendo conforme sentiu o sangue escorrer pela pele. - ... Você é como um vampiro desgraçado.
Akuma sorriu e soou num sopro nasal ao ouvi-lo. Lambeu sua pele quando saiu de dentro dela, limpando seu sangue que escorreu com suavidade, corando a pele mas não o kimono, era vermelho como seu sangue. 
- E você já viu algum vampiro? 
Indagou em provocação. Moveu o punho, empurrando agora mais firme os dedos dentro dele, exatamente aonde ele gostava.
- Não, mas existe folclore... 
Orochimaru murmurou e gemeu ao sentir seus dedos doloridos. Inclinou o pescoço para trás, mesmo sem a intenção, esquecendo-se que ele lambia o local e mordeu o lábio inferior, era o que podia fazer, não queria teimar com ele, queria deixar ele fazer o que quisesse, desde que fosse embora.
- Você quer mesmo que eu vá? 
Akuma indagou, tinha ciência de seus pensamentos, como sempre. Beijou-o porém, mais delicado que a mordida, era um xavecador no fim de tudo.
- Quero, quero que me deixe em paz. Você só quer corromper o meu corpo e tomar o meu sangue, não tem nada de útil pra me oferecer.
- Uh. Eu perguntei o que você queria, você só pediu pra que eu fizesse isso e então fosse embora, quem não aproveitou foi você. Além do mais, sentir prazer não é útil pra você? Sei que está de pau duro e que está sentindo algo bem gostoso dentro de você.
Orochimaru silenciou-se por um momento e suspirou.
- Eu não posso gostar de ninguém, se não não terei tempo de aprender, de viajar... 
Disse de dentes cerrados, mas mordeu o lábio inferior.
- Oh, tem medo de gostar de mim, Samurai? 
Akuma indagou, risonho. Voltou a lamber seu pescoço, deslizando pela nuca onde podia facilmente sentir seu cheiro. Orochimaru fechou os olhos, firme, havia falado demais, devia ter ficado quieto. Negativou apenas.
- Em sua defesa posso dizer que não é difícil se render a uma criatura como eu. 
Akuma riu, entre os dentes. Moveu o punho, acertando mais firmemente a parte sensível de seu corpo. Com o braço livre o tomou conta a mesma firmeza ao redor da cintura, colando-o consigo sem que impedisse o movimento da mão. Já a mão desocupada, ao redor de seu corpo, tocou seu ventre e subiu pelo peito, com os dedos e unhas gradualmente negros, eram como fumaça tocando a própria pele, e na dele, aquecendo-o sob o toque. 
- Você é bem convencido, não é? 
O menor murmurou a estremecer conforme sentiu o toque no interior, tentou sufocar o gemido, mas ele foi mais alto do que pensava. Estreitou os olhos. 
- Droga...
- Não, eu sou realista, sou persuasivo, sei ser um bom xavecador e ainda posso dar as coisas que deseja, não acha que são atributos convincentes? Oh. - Akuma murmurou diante de seu protesto vocal, havia sido bem audível e sabia que seria, mas fingiu-se surpreso, apenas para provoca-lo. - Que voz adorável. 
Claro que havia sido grave e não exatamente adorável. Tornou empurrar o dedo no mesmo lugar e com a mão desocupada, tocou seu mamilo, apertou e acariciou tornando-o firme sob o toque, ele gostava ali, embora tentasse se convencer que não, sabia que ganhava alguns espasmos em sua ereção conforme o estímulo da região.
Orochimaru negativou, não queria ouvir o que ele pudesse dizer, não precisava pensar nele, nem olhar pra ele. Fechou os olhos, sentindo o toque no mamilo que arrepiou a pele e podia sentir o corpo pedir por ele, trêmulo a cada investida que ele dava contra si.
- Posso te dar mais que prazer. - Akuma sussurrou junto a sua pele, ao pé do ouvido e mordiscou seu lóbulo. - Me dê seu gosto, seu corpo e eu te dou o que precisar. 
Devagar tirou os dedos que o penetravam, saindo dele se encostou em suas nádegas, deixando sentir a firmeza com que esperava por ele. O menor sentiu a pele se arrepiar ao ouvi-lo, estava confuso, mas excitado, o queria realmente, queria fazer aquilo com ele mais uma vez. Suspirou e virou-se de frente a ele, sem anunciar nada, mesmo que ele se roçasse em si. Abraçou-o ao redor de seu pescoço e puxou-o para si, guiando as pernas ao redor de sua cintura, queria colo, mesmo sem pedir de fato, queria olhar pra ele, já que teria que fazer aquilo, não iria se esconder. Akuma sabia o que ele queria fazer em sua menor menção de fazê-lo, portanto era por isso que agora estava por toma-lo defronte. Sentiu suas pernas firmes ao redor dos quadris, deslizou as mãos em suas coxas e desnudou do próprio quimono agora em seu corpo. O encarou, sorriu, mostrando os dentes, ele tinha alguma intenção, embora no fim estivesse fazendo apenas o que queria fazer buscando algum pretexto. Sob suas nádegas se tomou nos dedos e se ajeitou para ele, sentiu-se em seu corpo que perto do próprio era frio, gostava daquele pequeno choque de temperatura.
Orochimaru suspirou e agora sem o kimono sentiu as farpas da árvore contra a pele nas costas e gemeu, dolorido, mas não disse nada de fato, estava esperando, esperava por ele, esperava que ele entrasse e estremeceu ao senti-lo roçar em si, olhava pra ele e pensava como ele tinha olhos bonitos, mesmo sem perceber, se pegava pensando nisso e tinha que afastar para que ele não lesse os pensamentos. O maior se aproximou dele, e embora perto de seu rosto, ainda de olhos abertos encarava-o com os olhos cintilantes, menos aflorados pela luz do dia. Lambeu seu queixo, subiu até os lábios e enfiou a língua em sua boca, firmemente. Tal qual o fez, também se moveu embaixo, empurrou a pelve para ele, indo para dentro de seu corpo, menos facilmente ali do que em sua boca. O samurai o beijou da mesma forma, firme e teve que fechar os olhos, não conseguiu mante-los abertos. Não conseguiu porque abaixo, ele se empurrava para dentro do corpo e a pontada dolorida invadiu a si, que gemeu contra os lábios dele. Os braços ao redor do pescoço dele se dispersaram e agarrou-o nos ombros com ambas as mãos, apertando-o firme. Bem, Akuma deixou de conter o ritmo ao sentir sua semelhante firmeza, queria força, estava eufórico, então não tinha porque dar outra coisa. Empurrou-se com mais firmeza, fazendo-se dentro dele numa só estocada e gemeu igualmente em sua boca colada à própria. Deslizou as mãos de suas coxas até as nádegas, sustentou seu corpo na altura necessária e então deu novamente a investida, iniciando ritmo. Orochimaru fechou os olhos, firme ao senti-lo inteiramente dentro do corpo e mordeu o lábio inferior dele, não queria descontar a dor, mas acabou fazendo isso porque apertou demais a mordida. 
- Ah!
Embora pudesse sentir sua firmeza, Akuma não sentia dor com facilidade, quando sentia, sabia muito bem lidar com ela, afinal, era um demônio. Grunhiu porém, contra sua boca, era uma provocação. Expôs a língua entre os lábios, lambiscou o dele ainda que o próprio estivesse entre seus dentes. Se moveu novamente, tornando investir tal como começou o ritmo, passando a formular o vaivém. O menor soltou o lábio dele conforme sentiu a força de seus movimentos e inclinou o pescoço para trás, sentindo os fios pretos de cabelo se colarem a pele, ele era quente, muito quente, o que fazia a pele aquecer muito rápido, mas não reclamava, não era ruim de fato.
- Akuma...
Akuma conseguia se surpreender com a forma com que ele se entregava facilmente. Ele era dócil, era como se estivesse o tempo todo esperando por alguém para ele, alguma companhia. Tentou vasculhar suas carências, mas não deixou de ter atenção ao que fazia, agora tinha movimentos mais rápidos e deslizava facilmente para dentro, ainda que seu corpo não fosse totalmente receptivo para isso, sentia seu cheiro de sangue. De olhos fechados, Orochimaru podia senti-lo dentro de si, mas sabia também que ele estava em outra parte, ele tentava vasculhar a própria cabeça. Sabia disso porque as memórias vinham sem que procurasse por elas, ele tentava saber quem era, o que queria e trouxe para si a memória de quando era criança. Não havia sido um passado muito feliz, o pai havia abandonado a si, mas antes de ir havia sido muito mal tratado, e não era algo que que queria que ele visse. Naquela lembrança especificamente, estava sozinho, em pé fora de casa, o céu tinha muitas estrelas e ao ver o semblante do homem carregando uma lanterna a gás, correu para dentro de casa para avisar a mãe, era o que fazia, todas as noites, mas naquela ele havia visto a si e entrando para casa, carregou a si para fora pelos cabelos até jogar na grama, sem se importar com a elevação da varanda. Fora quando quebrou o braço. Não queria pensar naquilo, não naquela hora que sentia prazer, e fora quando se deu conta do que ele estava fazendo. Abriu os olhos negros a fita-lo e a mão soou num tapa contra o rosto dele, firme. 
- Pare!
Akuma visualizou sua pequena lembrança, talvez até uma que ele não costumava recordar, não tinha certeza. No entanto, estava um pouco concentrado demais na vista, era como assistir de forma presente, e ainda assim ser atento as sensações do corpo, por isso não notou quando veio o tapa, apenas quando ele falou para chamar a atenção. Notou que havia sido atingido apenas pela posição que agora estava, olhava para o outro lado. Sorriu porém, mostrando os dentes a ele. 
- Oh, você me bateu? 
Disse, provocador em tom risonho, não havia sentido, embora pudesse sentir agora. Era capaz de ignorar a dor ou toques, era capaz de ignorar o próprio estado presente, como uma intensa meditação, como estar em vários lugares ao mesmo tempo, podia estar em sua cabeça, em seu cor, em suas lembranças ou mesmo em seus sentidos. Tornou imergir em suas lembranças, procurou seus medos e suas aflições, cobras era uma delas. Era como ter uma dor de cabeça estranha agora, não era tão suave quando a lembrança anterior, que ele fazia para que não pudesse perceber, agora ele queria que Orochimaru percebesse que estava lá. Se lembrou da cobra que entrou na própria casa quando era pequeno e do medo que havia sentido, também de como a mãe ria enquanto arrumava os próprios cabelos dizendo que era perseguido pelas cobras por causa do próprio nome. Se lembrou de sentir medo de altura quando uma vez ficou preso no telhado de casa ao tentar resgatar um pequeno animal que havia subido, mas o pai era o que sempre estava nas lembranças. Se lembrava daquela noite, mas tentava lutar contra a lembrança dela então podia ver apenas as silhuetas. Piscou várias vezes, franzindo o cenho, estava irritado com ele. 
- Já chega!
Akuma sorriu para ele, silencioso desta vez. Talvez fosse suficiente aquela altura, ele era sensível, embora em sua aparência física nada parecesse. Erguera uma das mãos, tocou seu rosto, deslizando o dorso dos dedos em sua bochecha fria. Podia ver que estava irritado e alimentar suas emoções instáveis causavam uma sensação eufórica em si mesmo, era como receber um combustível. 
- Que menino medroso. 
Sussurrou, sem precisar falar diretamente para ele, falava exatamente onde ele queria que saísse, sua cabeça. Se moveu, vigoroso, deixou de focar em sua vida e focou ali, em seu corpo, nas sensações que lhe causava e que ganhava, estava mais empolgado agora, alimentado por seus receios. Orochimaru suspirou e novamente fechou os olhos, firme conforme ouviu a voz dele, era um maldito, mas era um demônio, não podia esperar menos dele. Gemeu ao senti-lo se mover contra si, e fora um movimento muito firme, teve que agarrar-se novamente aos ombros dele. 
- Ah! Não... Eu... Akuma!
- Se concentre aqui agora, viajante solitário. 
Akuma disse como ele havia se apresentado antes, provocando-o. Segurou por suas nádegas ao que retomou ambas as mãos ali, puxou-o para si como se empurrava para ele, não precisava de rapidez mas não era lento, porém continuava firme, apenas não demasiado e aos poucos se tornava alternado e gradativo, se concentrou nele e nas sensações que ele causava ao corpo. Orochimaru fechou os olhos novamente, mas fora somente para inclinar o pescoço para trás, dolorido, excitado, sentia todas as sensações juntas e ainda tinha a dor das costas pressionadas contra a madeira da árvore.
- Você gosta disso, Pequeno Orochi? Gosta como meu pau entra em você? - O maior provocou. - Pode sentir como eu? Cada centímetro até esse ponto onde você gosta de ser tocado. 
Disse a arqueado alcançou seu pescoço, beijou, lambeu e desceu ao peito, sugou sua pele sem perfurar, manchando a sugada arroxeada. O menor assentiu ao ouvi-lo, não poderia mentir para ele, ele poderia ler o que pensava, então decidiu não prolongar a mentira de que gostava mesmo dele dentro do corpo, gostava de sentir cara investida dele. 
- Eu gosto...
Akuma sorriu, prevendo sua sinceridade forçada, riu entre os dentes afinal. 
- Quando eu for embora, qual vai ser o homem que te fará sentir assim? 
Indagou, imaginando se pensaria em alguém, no fim no entanto queria apenas provoca-lo, queria fazê-lo pensar. Orochimaru o fitou, não tinha ninguém em mente, porque sabia que não conhecia ninguém, mas sabia onde tinha um bordel conhecido, que poderia ir caso se sentisse excitado no meio da noite, nunca havia acontecido, mas agora tinha sensações estranhas no corpo. Já sabia que o bordel era em sua grande parte, de garotos. 
-... Ninguém vai.
- Hum, eu aposto que não. 
O maior disse e tinha consciência de suas alternativas mentais. Por uma razão esperava que ele realmente procurasse ajuda, porque sabia bem que não ia conseguir sentir o mesmo que lhe proporcionava. Sorriu, esperaria por isso. Lambiscou seu mamilo e voltou a de erguer para o rosto, mordiscou seu lábio e deslizou a língua sobre ele. Com a mão direita segurou firmemente seus cabelos, enroscando os fios da nuca nos dedos. Continuou o ritmo, podendo ouvir a pelve atingir a sua a medida em que vigorosamente seguia para dentro, agora ele já estava mais quente e mais acessível, ainda mais ao intensificar sua sensibilidade. Orochimaru fechou os olhos, queria manter eles abertos, mas não queria olhar os olhos amarelos e penetrantes dele, parecia que era mais fácil ainda lendo os pensamentos daquela forma. Mordeu o lábio inferior e gemeu, prazeroso, ainda pouco dolorido pela força e mais alto ao sentir as costas doerem, sabia que havia cortado. 
- A-Akuma...
- O que, gosta do meu nome? 
O maior indagou em retruque, já havia sido chamado pelo menos três vezes até então. Sobre ser capaz de fazer sua leitura mental, poderia ainda que não estivesse com ele, mesmo com seus olhos fechados, podia até mesmo fazer parte de seu sonho, talvez devesse fazer isso pensou. O sustentou na pelve e tomou seus braços, os uniu e ergueu a altura de sua cabeça, atando seus pulsos juntos quais segurou mesmo contra a árvore em suas costas. Pode ver a extensão de seu peito levemente arqueado, as mangas amarrotadas do quimono que deslizaram por seus braços agora erguidos. Com o outra braço, enlaçou novamente seus quadris e continuou o movimento, puxava-o para si como se levava para ele. O menor mordeu o lábio inferior, preferiu daquela forma a responder o porque de o chamar, era porque estava gostoso, nenhum outro motivo e achou que chamar o nome dele evidenciaria isso sem precisar dizer. Estremeceu conforme ergueu os braços, não havia entendido o que ele queria fazer, mas deixou-o fazer, entregando-se a ele. Gemeu, prazeroso dessa vez, inclinando o pescoço para trás, de maneira que encostou a cabeça na árvore.
- Eu... Eu quero gozar...
- Goza. Me deixe ver você gozar. 
Akuma disse ao se aproximar, soou contra seus lábios mas se afastou após mordiscar seu queixo, olhou novamente seu peitoral exposto até chegar ao sexo, desnudo como já estava, encarou-o enquanto se movia, queria vê-lo gozar. Tão logo intensificou as sensações que provia a ele, calor, sensibilidade, prazer e também as próprias, gozaria com ele, gozaria dentro dele. Orochimaru desviou o olhar a ele, ele era tão bonito, não cansava de constatar e olhar pra ele, aumentava a excitação que sentia. Sabia, tinha certeza que não era ele quem provia a si daquilo, ainda que ele estivesse mexendo com as sensações, era uma pontada no baixo ventre a cada vez que via seus dentes pontiagudos, que sentia seu toque pesado. Suspirou e fechou os olhos mais uma vez, e mesmo de olhos fechados, pensava nele. Gemeu, pouco mais alto ao sentir o corpo estremecer e gozou, sentindo os espasmos do corpo. 
- Ah!
Akuma sorriu num riso quieto ao notar o barulho em sua cabeça, sabia que estava pensando e nem tudo era pelo que lhe causava, ele gostava daquilo, gostava das sensações e das coisas que provia a ele, também gostava do que via quando abria os olhos, não que tivesse alguma dúvida no fim de tudo, qual homem não gostaria de um tanto de prazer? Soltou seus pulsos no fim, deixando se livrar da posição, enlaçou sua cintura com firmeza e então o puxou vigorosamente contra a pelve, enterrando-se dentro dele enquanto o fazia fluir e sujar sua pele, não muito diferente, gozou, como da primeira vez, dentro dele. Orochimaru fechou os olhos, firme conforme o sentiu puxar a si, gemeu, dolorido, alto e mordeu o lábio inferior, agora solto, teve que se apoiar nele, em seu ombro, firme e puxou-o para si, abraçando-o talvez até um pouco desajeitado, mas estava tão gostoso, tão bom, que não conseguia nem reagir corretamente.
- Ah! Eu...
Akuma puxado se acomodou contra seu pescoço, sentindo seu abraço atordoado e seu ápice morno tocar a própria pele diante da proximidade, em proveito sentiu seu cheiro, lambiscou sua pele e mordiscou-o, sentindo seu gosto, gostava de seu odor e sabor, por um momento apenas o deixou aproveitar seu clímax como se aproveitou da mesma forma do que sentia. Orochimaru suspirou, ah, estava se sentindo tão bem, tão leve, era por isso que sabia que era errado. Beijou-o no rosto, sem perceber que o havia feito e se afastou pouco tempo depois, encostando a cabeça na árvore novamente.
O maior sentiu o toque trêmulo de seus lábios, ganhado o beijo que era quase dócil e inocente demais, sorriu para ele ainda que seus olhos estivessem fechados, era como se estivesse tentando disfarçar o gesto. 
- Hum, isso é tão gostoso, não é? 
Indagou embora não quisesse mesmo resposta. Tocou seus cabelos, pressionando a nuca. Orochimaru desviou o olhar a ele e assentiu, havia tentado aproveitar o que estavam tendo naquele dia, já que seria a última vez, era ingênuo, esperava mesmo que ele cumprisse o que prometeu. 
- É muito bom...
- Como pode querer que eu vá embora quando se sente tão bem comigo, ah? 
Akuma indagou, justamente por seus pensamentos. 
- Não posso me sentir assim todo o tempo... E nem quero.
- Ah, é claro que pode. Posso te dar prazer o quanto quiser.
- Eu preciso seguir o meu caminho, e você me prometeu.
Akuma sorriu. 
- Vamos ver como se sai, Orochimaru. 
Disse quando enfim o colocou no chão, ajustou-se nas roupas, escondendo-se atrás do quimono. Não havia dito com todas as palavras, nas não diria isso a ele naquele momento. 
- ... O que quer dizer com isso? 
Orochimaru disse conforme agora no chão, ajeitou o kimono, mas sentiu as pernas fraquejarem.
- Está dizendo que precisa seguir seu caminho, estarei vendo como se sai nele.
- ... Não entre ais na minha cabeça. Disse conforme se apoiava na árvore.
Akuma sorriu. 
- É adorável que confie em mim a ponto de pedir alguma coisa acreditando que eu vá atender.
Orochimaru suspirou, ajeitando o kimono e tentou se manter em pé sem cair, sentia as costas machucadas, mas cuidaria disso mais tarde.
- Precisa de ajuda, viajante solitário?
- Não, estou bem... Adeus, Akuma.
Akuma não disse nada a ele, apenas lhe deu um breve sorriso como despedida, tão logo partiu dali, ao menos por hora. Ao se ver sozinho, Orochimaru ajeitou o kimono, a espada, e suspirou, estava um pouco confuso, tentou até mesmo olhar as próprias costas, mas não podia ver. Pararia em alguma estalagem para pedir ajuda com aquilo mais tarde. Caminhou de volta para a estrada, mas teve que cessar o passo antes mesmo de começar. O rosto se corou completamente, quase como se estivesse em chamas, porque havia sentido algo escorrer pelas pernas. 
- ... Inferno. - Disse num suspiro e olhou a estrada vazia, teria que se banhar antes de seguir viagem. Estava puto com ele.

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