Midnight Lovers #16 (+18)


O relógio marcava sete horas, Asami tinha acabado de voltar de um banho quente na casa de banho, sabia que naquela noite teria clientes, fora avisado para Katsuragi, embora não soubesse exatamente quem era ele, então deixou os cabelos compridos e negros presos de lado, somente por um pequeno laço vermelho, o kimono preto cobria o corpo num obi informal, antes de entrar, fitou o amigo na porta de seu quarto e deu um sorrisinho canteiro, até mandou um beijo sutil para ele, adentrando o local em seguida. Na própria cama, com a cigarrilha na mão, fitou o loiro, com seus cabelos longos e ondulados, adorava os cabelos dele, de alguma forma, faziam parecer um oceano num dia ensolarado. 
- Seijuro-san... Não disseram que era você. Eu teria me arrumado melhor. 
Disse num pequeno sorriso.
Quando ele voltou, Seijuro já havia se acomodado deliberadamente em seu futon limpo e que cheirava a incenso de canela. O observou e podia sentir o cheiro de seu banho recente. 
- Não me importo com tantos adornos, assim parece bom.
Asami sorriu meio de canto e ajoelhou-se ao lado dele, ainda estava um pouco dolorido, mas não expunha o fato, agia suavemente, com um sorriso nos lábios enquanto falava com ele. 
- Você é meu único cliente de hoje?
- A menos que vá querer outro cliente após as três da manhã.
- Não. - Asami riu baixinho. - Queria saber por quanto tempo havia pago por mim, gosto quando só tenho você. - Disse e ajeitou uma das mechas do cabelo dele atrás de sua orelha. - Está lindo hoje.
- Eu paguei por mais horas do que realmente vamos ficar. 
Seijuro disse e tocou sua mão, segurando-a após tocar o rosto, acariciou com o polegar sua palma. Asami sorriu meio de canto ao sentir o toque e aproximou-se, o beijou no rosto e desceu ao pescoço, dando pequenos beijos pela pele dele.
- Hum, kimochi... Está cheirando flores.
O loiro sentiu cada beijo suave, do rosto ao pescoço, não dava a ele o impasse, o deixava tocar. Tragou a cigarrilha a última vez e a apagou, esticando a mão para tocar seu obi, afrouxando o laço, apenas para abrir o kimono. Asami sorriu meio de canto, o deixava tocar e ajoelhou-se em frente a ele, embora agora se sentisse um pouco envergonhado pelas cicatrizes que restavam no corpo, não era mais tão desinibido como antes. 
- ... Como foi o seu dia?
- Hum, está bom agora. E o seu? 
Seijuro desenlaçado, não fez muito além de abrir sua roupa, fitando seu corpo magro e bonito sob a seda. Asami sorriu novamente. 
- Melhor agora com você. 
Murmurou, falava daquela forma com alguns rapazes, embora de certo modo, sentisse que com ele era diferente. Devagar, puxou o kimono, retirando-o. Seijuro se deitou em seu futon, deliberadamente como os demais feitos até então. O assistiu no despir e alcançou uma de suas feridas, sentindo a cicatriz no dedo, gostava de sentir o relevo suave de seu corpo, tentando curar o machucado. Asami uniu as sobrancelhas conforme sentiu o toque e teve o impulso de puxar o kimono novamente, mas não o fez.
- ... Desculpe, sei que não sou mais tão bonito... Por isso Katsuragi não cobra mais o mesmo valor.
- Não vejo nada que me incomode.
Asami desviou o olhar a ele e sorriu meio de canto.
- Quero que use óleo chinês. - Seijuro disse, indicando a massagem.
- Ah... Hai. - Asami sorriu e buscou a pequena caixinha de óleos que tinha no quarto, escolhendo o que ele havia pedido. - Nas costas?
- Hum, no tronco. 
Seijuro disse e tocou os botões da camisa, descasalando-as até abrir a peça e então tirar do corpo. Asami viu-o tirar a camisa e sorriu a ele, assentindo. Gostava da ideia de poder massageá-lo de frente. Passou um pouco do óleo nas mãos e deslizou pelo peito dele quando enfim o viu tirar a camisa, sentindo sua pele tão fria, mas naquele dia, tão gostosa.
- Hum...
Seijuro cruzou os braços atrás da nuca, deitado-se neles, observando o moreno enquanto formulava a massagem, iniciando-a. Asami se sentou sobre o corpo dele, em seu baixo ventre, e nu, deslizou as mãos pelo corpo dele, acariciando-o enquanto podia massagear seu tórax com o óleo cheiroso. Por um momento breve, o loiro fechou os olhos, sentindo sua massagem, mas voltou a abrir os olhos e encara-lo. Asami observou-o, achava seus olhos dourados lindos, tinha que sorrir toda vez que ele olhava para si. Pressionou as mãos em seu peito, descendo para o abdômen. 
- Você tem um corpo lindo.
- Você pode aproveitar ele. 
Seijuro disse e estendeu a mão para ele, esperando um pouco de seu óleo. Asami sorriu e assentiu, colocando pouco do óleo na mão dele. Seijuro esfregou os dedos e então esticou a mão, o tocou no meio das pernas, usando o óleo em seu corpinho adormecido. 
- Também gosto do seu corpo.
Asami sentiu o toque no sexo e estremeceu, mordendo o lábio inferior e se sentiu um pouco ingênuo por não ter pensado que ele queria o toque no sexo tão logo. Seijuro o massageou, esfregando os dedos lubrificados em seu sexo macio, facilmente o enluvando com o óleo de cravo, o que provavelmente lhe daria algum formigamento. Asami inclinou o pescoço para trás, deixando escapar um gemido baixinho, mas prazeroso. 
- Não sabia que queria que eu fosse tão direto, desculpe.
- Eu deixo você ir como quiser, Asami. 
Seijuro deslizava ainda os dedos nele, na base e na parte abaixo dela, sentindo sua pele quente, diferente da própria. Asami sorriu, sentindo-se formigar entre os dedos dele, queria dar a mesma sensação a ele e por isso o tocou com o óleo, da mesma forma o sujou e apertou-o entre os dedos numa suave massagem. Seijuro sentiu deslizar para baixo, dando espaço para expor o corpo o qual ele aos poucos desnudou ao abrir a calça e a abaixar apenas quanto fosse suficiente para tocar. Sentiu-o assim como o fazia sentir a si. Asami sorriu a ele e se abaixou, beijou-o em seu pescoço novamente, gostava tanto do contato da pele gelada dele naquele clima, gostaria de poder beija-lo inteiro. 
- Quer minha boca?
- Quero devagar. Não vá direto no meu pau.
Asami assentiu e abaixou-se sobre ele, em seu peito, beijou sua pele, sentindo a maciez dela, tão gostosa de tocar, beijou até chegar em um de seus mamilos e lambeu, sugando-o suavemente, sentiu o gosto do óleo com canela, não era ruim, e não faria mal a si. Seijuro observou-o enquanto descia com seus beijos sutis, do pescoço ao peito onde se demorou um pouco. A medida em que desceu, o tocou no mesmo lugar, em seu mamilo, embora com a mão. O menor estremeceu conforme sentiu o toque sobre o mamilo e desviou o olhar a ele, tinha um sorrisinho malicioso no rosto. Devagar, desceu para seu abdômen e deu uma pequena mordidinha no local, sorriu novamente e beijou-o em sua coxa, mordeu a parte interna dela, para si aquilo era comum, dar prazer a ele da forma como quisesse, esperava que ele não achasse ruim. Seijuro deixou-o descer e ia o retribuindo com a mão na medida do possível. Porém, desviou-se para as costas, desceu da nuca pela espinha dorsal até suas nádegas, apalpando-a. 
Ao sentir seu toque nas costas, Asami fora capaz de sentir cada pequena barreira que ele tinha com as cicatrizes, incomodava um pouco, mas era ele, gostava do toque dele, sempre fora tão gentil. Devagar, segurou-o entre os dedos e afundou-o na boca, como ele queria, deixando-o sentir cada milímetro que era colocado em si, e ao fim, gemeu contra ele. Seijuro sentiu a vibração vocal quando ele gemeu ocupado no que fazia, com o dedo médio circulou e massageou suavemente sua entrada, dando a ele algum agrado como ao que recebia em sua boca receptiva, ele sempre fazia aquilo como se gostasse muito. Asami arrepiou-se com o toque dele, e realmente queria sentir ele dentro de si, por isso empinou os quadris, tentando dar maior comodidade a ele para tocar a si e retirou-o devagar da boca, voltando a colocá-lo em seguida e ao retirar mais uma vez, o sugou em sua ponta, tinha a boca quente, receptiva para ele, como ele havia dito, era bom naquilo, gostava de fazer. O maior esfregou os dedos em seu âmago, sentindo a imposição dos quadris ao toque conforme se empinou. Massageou-o, e então, como seguiu a dentro de sua boca, penetrou os dedos para dentro de seu corpo.
Asami gemeu novamente, contra o sexo dele na boca, o observou enquanto o fazia, tinha um pequeno sorriso no nos lábios e os cabelos negros caíam ao lado do rosto como um véu o laço não deixava que eles atrapalhassem a si no que fazia. O sugou, firme, empurrando-o inteiramente pra dentro da boca, sentindo-o na garganta. Seijuro sentia a pressão que colocava junto ao céu da boca e sua língua, tragando a si com consistência. Penetrou-o com o dedo e sentiu estreito como o interior de sua boca. Asami retirou-o da boca e mordeu-o em sua ponta, deixando escapar um gemido dolorido conforme sua entrada no corpo. Estremeceu, visivelmente para ele. 
- Seijuro...
O loiro sentiu a pele arrepiada diante da mordida na região. Não podia retribuir aquilo, mas entrou com um segundo dedo e não tinha mesmo recato para se aprofundar nele. Outro gemido deixou os lábios de Asami, pouco mais alto dessa vez, mas não era irritante a ele, enfiou-o na boca mais uma vez, sugando-o. Seijuro moveu a pelve embaixo dele, incentivando em sua boca o ritmo, já estava preparado o suficiente. Tirou os dedos que entraram por pouco tempo. Asami desviou o olhar a ele só senti-lo retirar os dedos e uniu as sobrancelhas, retirando-o da boca.
- Quer entrar agora?
- Vem cá. Você queria sentar no meu colo, não queria?
Asami assentiu e sorriu a ele, sutilmente, erguendo-se e se aproximou dele, sentando-se sobre o corpo do vampiro, em seus quadris, e deixou o sexo dele entre as próprias nádegas, mas não o guiou para dentro de si, ao invés disso, roçou-se nele, deixando-o sentir o toque quente do corpo e a maciez das nádegas. Seijuro segurou seus quadris, sustentando-o onde estava, sentindo-se no meio de suas nádegas e o movimento pélvico quando se roçava. Sentia exatamente o que ele queria prover, o calor e a maciez de seu corpo. O moreno sorriu a ele e abaixou-se, beijando-o em seu rosto, seu queixo e afastou-se novamente, agora o guiou para o próprio corpo e devagar, sentou-se sobre ele, devagar porque era difícil deixa-lo entrar no corpo por completo de uma vez, ele era grande. 
- Ah...
Seijuro retribuiu seus beijos embora os fossem no pescoço, sentindo seu cheiro, seu gosto de banho. Afastou apenas quando se pôs a descer, sendo levado para dentro, encarando sua expressão dolorida, mas sorriu, gostava da expressão que ele fazia. Asami gemeu, dolorido, mas prazeroso, já era acostumado aquilo, mas com ele, parecia sempre que era a primeira vez por algum motivo engraçado. Sorriu meio fraco, unindo as sobrancelhas e sustentou as mãos contra o tórax dele, arrumando um apoio para se mover, e devagar, subiu e desceu sobre ele.
- Está doendo, hum? Ou já está gostoso? 
Seijuro indagou, deslizando as mãos pela cintura dele, passou os braços e no fim chegou as mãos no peito, segurando-o. Moveu a pelve, sem força.
- Está doendo. - Riu baixinho. - Mas... Eu quero tanto que faz ser gostoso. - Murmurou e conforme o sentiu segurar a si, mordeu o lábio inferior, inclinando sutilmente o pescoço para trás.
- Quer tanto, hum? Está com apetite hoje, Asami? 
Seijuro disse e deslizou as mãos por sua cintura, empurrando-o para baixo, desse modo então o completou consigo. Asami gemeu novamente, um gemido manhoso e assentiu, abaixando-se e beijou-o em seu queixo novamente. 
- Você é gostoso...
- Então bom apetite. 
Seijuro disse e por fim deslizou as mãos até suas nádegas, o apalpou e embaixo dele passou a se mover, vagarosamente se guiando para cima e para baixo, logo gradativamente se tornou rápido. Asami sorriu a ele, sentia todo o corpo se arrepiar conforme os movimentos dele e mordeu o lábio inferior, até finalmente o sentir adentrar e sair do corpo rapidamente, claro, o ajudava nos movimentos, se movendo sobre ele, e podia ouvir o barulho dos corpos a cada vez que se sentava sobre ele. Inclinou o pescoço para trás, sentindo os cabelos caírem sobre as costas, puxou a longa fita vermelha, soltando-a a deixar de lado. 
- Seijuro... Ah!
O loiro deslizou o toque em suas nádegas, dando um firme aperto ao empurrar para baixo, incentivando seus movimentos como também o fazia, se empurrava para cima como ele para baixo, tornando o encontro mais firme. A mão desocupada levou até seus cabelos escuros, entrelaçou os fios e correu pelo couro cabeludo, deslizando pela mecha longa até soltar os fios. Asami sorriu a ele conforme sentiu o toque e o fitou, gostava do modo como ele parecia distraído consigo, de alguma forma, ele parecia olhar para si com um certo carinho embora sua expressão fosse sempre tão dura. Abaixou-se e igualmente o tocou nos cabelos, acariciando-o, e fitou seus lábios, gostava de beija-lo no corpo, no rosto, mas... A boca era algo tão íntimo para si, mas não devia, só beijava o amigo até então... Não iria, não iria fazer aquilo. 
- Você... Você está tão quente... Mesmo que seja frio. Está tão gostoso...
- Estou, hum? 
Seijuro indagou a ele, não esperando retruque de fato; não iria mesmo dizer a ele a razão de estar quente. Ao tocar sua cintura, subiu para as costelas e o trouxe ao peito impondo pelas costas, fazendo se deitar no peito e desse modo pôde se mover, empurrando-se por baixo. Asami assentiu a ele e se deitou sobre seu peito, sentiu o choque de temperatura ainda que sentisse que ele estava quente e sua pele era tão gostosa. Beijou-o novamente em seu pescoço e no queixo, nas bochechas, sorriu em seguida conforme o sentia se empurrar para si. 
- Kimochi...
O loiro sentia seus beijos dispersos, percebia o quanto ele gostava de fazer aquilo, achava graça. De suas costas, as mãos desceram desenhando sua forma até as nádegas onde o apertou, segurou e continuou a se mover, agora mais firmemente. Ao sentir o aperto, o corpo do moreno estremeceu, teve que morder o lábio inferior e agarrou-se a ele conforme sentiu seus movimentos mais firmes, abraçando-o meio desajeitado ao redor do pescoço, a sensação era tão gostosa, embora soubesse que mesmo forte, ele não usava nem um terço da sua força consigo. Podia se lembrar disso vendo os olhos dele, toda vez que via aquela pequena luz amarela avermelhada, eram lindos. 
- Mais... Mais forte Seijuro...
Seijuro fitou como de perto seu rosto estava e não era tímido, se tivesse sua atenção, retribuiria à altura, gostava de olhar e era o que fazia. Atendeu ao pedido, dando mais força ao ritmo pélvico e olhava em seu rosto, notando suas expressões. Asami afastou-se sutilmente conforme o sentiu ser mais firme, e podia senti-lo tocar a si onde gostava, gostava daquela firmeza dele, dos toques mais rudes, era o que fazia ser ele, afinal. E naquela distância fitou o rosto dele, embora tivesse a feição entre o dolorido e o prazeroso e mordeu o lábio inferior num pequeno sorriso de canto, estava perto, estava realmente perto dele, e beijou o cantinho de seus lábios, sutilmente. 
- Ah!
O loiro não deu demasiada importância ao beijo ali, imaginava que sua intenção seria atingir a bochecha e aquilo já lhe era um hábito. A mão direita desceu um pouco mais e tocou o meio de suas nádegas, sentindo a ereção deflorar a seu corpo; a mão esquerda subiu até seus cabelos espalhados e os juntos num rabo de cavalo a medida que segurou contra o topo de sua cabeça. Asami manteve-se parado conforme sentiu o toque dele entre as nádegas, por um momento até sorriu novamente para ele, empurrando os quadris para baixo, contra os dele e gemeu dolorido conforme sentiu o encontro mais firme. O gemido não veio sozinho, já que em seguida ele segurou os cabelos e podia sentir os fios puxados, doloridos, o que tomou conta da expressão por um momento, ele gostava de segurar a si daquela forma. 
- Hum...
- Se mova. 
Seijuro indicou, soando baixo e muito mais suave do que os dedos em seus cabelos. Ao puxa-lo, lambiscou seu pescoço, sua orelha e mordeu com gentileza, roçando os dentes da forma o qual era suficiente para arrancar algumas gotinhas de seu sangue mas não para penetrar sua carne. Asami suspirou, assentindo a ele conforme pedido e moveu os quadris, sentindo aquele mesmo encontro dolorido conforme ele se movia e mordeu o lábio inferior, sentindo suas presas que riscaram na pele e teve que estremecer, excitado. De alguma forma, não tinha medo dele, na verdade, sabia que ele era bem mais forte, sentia sua força, mas se sentia confortável junto dele, sabia que ele não iria machucar a si, sabia que ele não iria se quer tocar a si de forma rude se não quisesse. E era isso que fazia dele tão especial para si, era o cliente favorito, mesmo que outros vampiros ou humanos viessem, mesmo que fossem bonitos ou agradáveis, ele era diferente. 
- Pode... Pode morder se quiser...
- Quando gozar. 
O maior murmurou, soando contra sua pele. O movia ainda, esfregando-o contra a pelve, saindo e entrando, não tão rápido mas era forte, bem encaixado. Lambeu seu pescoço, mordiscou seu lóbulo, tragou o cheiro de sua pele. Asami assentiu e podia sentir o medo suave que tinha sempre daquela mordida, era excitante de alguma forma, sentir medo, sentir receio, e ao mesmo tempo querer ser mordido, gostava de ser uma presa, era o que fazia ser interessante. Conforme se empurrava para baixo, podia senti-lo a fundo no corpo, ah, como gostava, sentia o corpo estremecer, excitado, ele sabia onde tocar a si. 
- Eu... Eu não vou demorar pra gozar assim...
- Hum, é? Então me faz gozar junto com você, você sabe fazer isso. 
Seijuro disse, gostava de incentiva-lo. Tinha o hábito de dar passe para o garoto, como se também estivesse servindo prazer a ele e não só o contrário. Empurrava-o, sentindo o movimento de suas nádegas contra o ventre, não se levantava, mas conseguiam algum atrito, se esfregando, por consequência conseguia sentir sua ereção no abdômen, onde ele usava de uma forma para se estimular. Asami assentiu ao ouvi-lo, gostava quando ele elogiava a si, tinha que sorrir por isso e afastou-se sutilmente, apoiando-se em ambas as mãos no chão, aos lados do corpo dele e agilizou até mesmo os próprios movimentos, subindo e descendo sobre ele, firme e moveu os quadris, rebolando sobre ele, dando a ele a visão do próprio corpo e das próprias expressões, não podia conter os gemidos que deixavam os lábios e por fim, atingiu o ápice, mordendo o lábio inferior. 
- Ah! S-Seijuro...
O loiro o deixou se afastar, embora lamentasse a perda de seu cheiro próximo, gostava de se acomodar em seu pescoço. Alcançou suas coxas, onde o segurou enquanto via se mover com vigor, não era tão rápido, mas era hábil e firme, tão logo se desfez e quando tomou dele seu ápice, o pegou pela cintura num enlace firme e rápida, o virou para seu futon onde se deitava antes, o colocou e por cima dele, no meio de suas coxas, se moveu duas vezes mais até gozar e quando fez isso, já havia mordido a intercessão entre seu ombro e pescoço. Conforme se deitou, Asami o teve sobre o corpo e gemeu, dolorido, e pouco mais alto conforme sentiu suas presas adentrarem a pele, mas silencioso, só conseguia pensar no líquido frio que estava dentro do corpo, ele sabia que não podia fazer aquilo, não deixava ninguém fazer, além do amigo, e por isso tinha as sobrancelhas unidas naquele momento.
- S-Seijuro... Você não... Ah... 
Gemeu, não sabia se prazeroso ou dolorido, ainda tinha as sensações do ápice, mas era sugado por ele no pescoço, e teve que fechar os olhos, firme. Seijuro bebeu dele, mas tinha cuidado embora parecesse indiferente, sorvia devagar, talvez não para ele, humanos eram sempre sensíveis demais. Quando se deu por satisfeito sem que lhe causasse alguma anemia, tirou o beijo vampírico de seu pescoço e lambeu as feridas, cessando o fluxo do sangue e se afastou. Asamo manteve os olhos fechados conforme o sentia beber de si, não disse nada, nem resmungou, apenas o observou conforme ele havia se afastado. 
- Você gozou dentro...
- Bem, eu achei que eu podia.
- Sabe que não...
Asami disse a unir as sobrancelhas.
- Hum, bem, você pode tomar o chá que costumam tomar, não é?
Asami assentiu. 
- ... Eu irei.
- Sabe que não vou te fazer nenhum mal quanto a isso.
O moreno desviou o olhar a ele. 
- Mas... Katsuragi disse que um vampiro pode sim engravidar um humano...
- Estou dizendo que não tenho doenças. E apesar disso, é difícil engravidar embora seja  possível. Mas não se preocupe, se engravidar, eu cuido. 
Seijuro disse, afagando seus cabelos, na verdade o estava provocando. Deu até um sorrisinho provocador. 
- Ah, eu não... Não imaginei que você tinha doenças, sei que é um vampiro. - Asami sorriu meio de canto, observando-o e uniu as sobrancelhas em seguida. - Ah não fale assim... Eu não quero ter um bebê sendo prostituto. Quero ter quando eu puder ter uma família.
- Você é tão jovem também. Quantos anos tem? Dezesseis? Sete?
- Dezesseis. - Asami sorriu.
- Eu nunca soube quantos anos você tem...
- Talvez uns duzentos.
- Duzentos...?
- Sim. Sou quase um bebê.
Asami riu. 
- Bebê sou eu! Você tem duzentos anos!
Seijuro riu, entre os dentes. 
- É um ponto de vista.
O moreno riu e abraçou-o ao redor de seu pescoço, puxando-o para si e roçou o nariz ao dele. 
- Você é lindo.
Seijuro abaixou-se para ele, sentindo seu roçar suave, parecia um pequeno animal. 
-  Está bem humorado hoje, aconteceu algo bom?
Asami sorriu meio de canto. 
- Você veio me ver.
- Venho com certa frequência. 
O loiro disse e se ajeitou, deitando-se agora ao lado dele em seu futon
- Eu sei, mas... Eu sei lá, eu queria te ver hoje.
- Ah, e nas outras vezes não?
- Claro que sim! - Asami riu.
- Sei, sei.
O moreno sorriu e guiou a mão ao próprio pescoço, dolorido. 
- Ai... Sabe que é o meu melhor cliente.
- Eu imagino que sim.
- Hum, não sejam tão chato. - Disse num sorrisinho. - Ne... Eu descobri o nome do vampiro que ficou comigo naquele dia.
- Hum, está apegado a isso, ah? Quem foi?
- Bem, você me perguntou aquele dia... Achei que estivesse interessado. Mas... Não tem problema esqueça.
- Me diz quem foi.
- O nome dele é Ryoutaro. - Disse a unir as sobrancelhas. - Ele deu um nome falso para o Katsuragi.
- Por que um vampiro daria um nome falso? Deve ser um frouxo. 
Seijuro disse e o ouviu completar o comentário. Ficou confuso, uma vez que Ryotarou costumava ser bastante devoto ao primo para tentar ir num bordel, ainda que fosse com intuitos sádicos. 
- E era mesmo um frouxo. Eu sei quem é.
Asami uniu as sobrancelhas. 
- Sabe? Ah... Ele é conhecido?- Não sei se é conhecido, mas é de uma família antiga.
- Hum... Por isso ele era tão forte?
- É, mas se ele fosse usar mesmo a força, teria te matado, provavelmente não fez com tudo o que podia.
Asami uniu as sobrancelhas e assentiu.
- ... Bem, ele quase me matou, só provavelmente não matou porque Katsuragi iria atrás dele.
- Uh, Katsuragi não poderia fazer muita coisa a respeito dele, ele é mais velho que Katsuragi e é um vampiro nascido.
- Ah... Ele... Eu... Acha que ele vai voltar pra me matar?
- Não, já teria feito se quisesse. Eu não vou deixar ele fazer isso, de toda forma.
Ao ouvi-lo, Asami abriu um pequeno sorriso e virou-se para ele, aconchegado-se com a face sobre seu tórax. 
- Eu nunca tinha visto ele por aqui... Espero que ele não volte mais.
- Vou falar com o companheiro dele, vai ser mais divertido do que enfiar a mão na cara dele.
- Ele tem namorado? E por que vem até um bordel? Ah, homens... É verdade.
- Hum, seus clientes provavelmente são casados, garoto. Mas é estranho porque ele é um vampiro e é bem obcecado pelo parceiro dele.
- Ah, eu sei... Mas, ele não transou comigo realmente, ele só me machucou. Quer dizer... Ele não entrou.
- Eu sei, mas ainda assim, ele poderia fazer isso com outras pessoas, na rua ou coisa assim. Mas não se preocupe, vou dar jeito nele.
Asami uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo. 
- Não quero que se machuque... Não precisa ir lá. Eu que não devia ter ido de toda forma, eu... Fui idiota.
- Concordo que foi.
- Eu sinto muito.
- Bem, você precisou disso pra ter certeza do que não fazer. Poderia ter trabalhado pra mim.
- Eu sei, mas eu não queria pedir dinheiro a ninguém, ainda mais a você, eu... Tenho muita vergonha.
- Não ia me pedir dinheiro, ia trabalhar pra mim.
Asami assentiu e abaixou a cabeça, abraçando-o firme. Seijuro tocou seu cabelo, acariciando seu couro cabeludo com a ponta dos dedos. 
- Você quer alguma coisa mais? Um chá? Um banho?
- Talvez o chá.
Asami sorriu e assentiu, beijando-o no ombro. 
- Me espera aqui então. Pode abrir a janela se quiser, e tem cobertores no armário.
- Você consegue se levantar agora?
- Ah, minhas pernas estão um pouco trêmulas, mas... Eu posso me apoiar até a cozinha. - Asami sorriu.
- Tudo bem. 
Seijuro disse num sorriso canteiro e continuou no futon, bem acomodado, após lhe ceder algum apoio para levantar. Asami sorriu novamente e beijou-o na bochecha, se levantando e vestiu o kimono meio desajeitado sobre o corpo, devagar seguindo para a cozinha e acenou para ele antes de sair do quarto, brincando somente é claro. Na cozinha, buscaria o bule para fazer o chá, mas acabou por ver um vulto, então cessou e se escondeu ali, fitando sutilmente quem podia estar ali naquele horário. Era Kuro, e sorriu de canto, mas o sorriso sumiu conforme viu sua companhia, não estava sozinho, Tsukasa estava com ele na cozinha, mas ele não devia levar clientes ali, muito menos naquele horário. Fitou o moreno, que estava sobre a mesa e o outro no meio de suas pernas, o kimono dele estava aberto, sabia o que estavam fazendo, e tudo bem, era cliente dele, mas não estava preparado de nenhuma forma para vê-lo se aproximar e selar os lábios do outro. Arregalou os olhos a fita-lo e firmemente bateu a porta da cozinha contra seu limiar, deixando claro que estava ali. Irritado, seguiu em direção ao próprio quarto novamente, apoiando-se na parede, e se sentia um idiota, devia mesmo, sabia que não era realmente tão especial para ele. Seijuro sentiu o cheiro se reaproximar, mas não era a tempo de fazer um chá, era logo após sair, porém, não entrou para o quarto. Esperou um minuto inteiro, e então se levantou, abriu a porta e observou o menor ali. Observou suas pernas um pouco mais frágeis do que a forma como havia saído, pela expressão, não estava realmente feliz. Se abaixou e pegou sua cintura com um dos braços, ergueu do chão e levou de volta ao futon logo após fechar a porta. 
Naquele minuto que ficou ali, Asami pensava em várias coisas, estava magoado, estava realmente magoado com ele, além dele estar com ele na cozinha, onde costumavam ficar, estava o beijando, como fazia consigo, e ainda conseguia dizer que amava a si, que era único. Pro inferno com ele. Ao ver o loiro abrir a porta, ergueu a face para observa-lo, e os olhos se encheram de lágrimas, não sabia como diria aquilo a ele, ou como poderia traduzir, talvez o melhor fosse ficar em silêncio mesmo. O abraçou com ambos os braços ao redor de seu pescoço e silencioso permaneceu, mesmo quando fora deitado, repousava a face em seu ombro. Seijuro se sentou no futon, ainda o sentia pendurado como um adereço junto ao pescoço, mas ficou ali, preferia não perguntar. 

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