Broken Hearts #27 (+18)


- Ophelia, eu não estou aguentando, eu vou morrer... - Yori disse num suspiro e se encostou na parede de pedra. - Me ajuda. 
- Yori-chan, pare de ser exagerado, é só um pouco de calor.
- Um pouco? Está 35 graus lá fora! 
- Sim, mas você não vai morrer.
- Eu vou sim! Eu sou vampiro agora, parece muito pior do que quando eu era humano.
- Tem ar-condicionado no quarto do senhor Hideki.
- Mas eu não quero ficar algemado lá o dia todo... Quero sair. 
- Hum... Bem, tem uma piscina lá fora, os empregados ainda fazem a manutenção, mas... O senhor Hideki não me deu permissão pra levar você.
- Piscina?! Eu quero ir sim! 
- Mas eu posso levar uma bronca, Yori-chan.
- Só porque eu quero entrar na piscina? Eu sei nadar. Quer dizer, não sei nadar muito bem, mas eu não vou morrer afogado. 
- Bem, certo... Mas não entre com roupas curtas, os empregados estão trabalhando no jardim.
Yori assentiu e vestiu o short do pijama, não era muito curto nem muito comprido, assim como a camiseta azul claro. 
- Assim está bom?
- Acho que sim. Vamos.
- Por que ele me escondeu essa piscina por tanto tempo? 
- Bem, acho que ele não queria que você tivesse contato com a água.
- ... Hum... Entendi. Mas agora eu sou como ele. - Sorriu. - Eu vou ficar com vocês pra sempre. 
- Sim, será adorava ter a sua companhia, Yori-chan
O menor sorriu a ela e ao sair, não havia sol, é claro, já estava de noite, mas ainda assim o valor era quase infernal. Suspirou e teve que atravessar uma grande parte do jardim até chegar a piscina, por isso não a encontrava, era grande, mas estava escondida. 
- Ela é enorme! Por que o Hideki nunca vem aqui?
- Bem, não é bem a cara dele.
- Hum... Me espere aqui, Ophelia. 
O menor disse e correu em direção a água, mergulhando e sentiu a água fria amenizar os efeitos do calor na pele quando saiu. 
- Ah... Isso é bom. 
- Yori-chan, não fique no fundo.
- Tá bem!
O calor era mesmo insuportável, embora Hideki guardasse as reclamações para a própria cabeça ao sair do quarto e se deparar com uma temperatura ambiente muito diferente. Ophelia não estava em casa quando chegou, ele também não, mas sabia que não estavam longe porque sentia o cheiro por perto e não estava se distanciando, estava num local apenas, e sabia bem de onde vinha. Cruzou o caminho até chegar lá, se podia se irritar naquele dia, podia, mas por alguma razão não fez, sabia dos efeitos adversos de sua nova condição, também, porque ele parecia como um pequeno pato a tomar banho. Ficou ali, de braços cruzados, ao lado da tensa feição de Ophelia, observando o garoto perambular pela piscina. Ao colocar a cabeça pra fora da água, Yori fitou Ophelia com um sorriso no rosto, mas o sorriso aos poucos sumiu quando o viu ao lado dela, e devagar foi pra dentro da água de novo, deixando só os olhos pra fora.
- O que é? Você é um crocodilo? 
Hideki indagou ao perceber seu sorriso murchar diante da própria presença. Yori sorriu novamente, embaixo da água dessa vez e novamente retirou a cabeça toda da água. 
- Estou com calor.
- Está se escondendo por quê? Fez coisa errada?
- Não... É que a Ophelia disse que você não ia gostar que eu viesse pra piscina.
- E então por que está nela?
- Porque eu iria derreter se eu não entrasse nela. E achei que você não iria querer encontrar só as minhas roupas e pasta de Yori no chão.
- Achou, ah? Então por que está se escondendo se acha que fez certo?
- Porque aqui você não pode me pegar. - Yori riu.
- Eu posso sim. Mas não vou entrar na piscina, se é o que está tentando fazer. Saia, agora.
Yori sorriu meio de canto. 
- Eu sei que você não vai, eu só queria dar um mergulho. 
Disse e saiu da água, como pedido, pegando a toalha ao lado. Hideki puxou-o pelo braço antes que pegasse a toalha, mas claro que não foi tão brusco como teria sido para seu corpo humano. Ao pegá-lo, ergueu no colo e ameaçou joga-lo, balançou, uma, duas vezes, e apenas na terceira, o jogou na água. 
- Ah!
Yori gritou conforme fora pego no colo e segurou-se nele, firme, riu baixinho porém com a brincadeira, mas acabou sendo jogado mesmo, e por isso, mergulhou. Mas acabou ficando embaixo d'água, era proposital, sabia que ele se preocuparia consigo e flutuou o corpo, como se estivesse morto.
- Yo...? 
Quando Hideki o indagou, ele saberia que fora um comentário aflito, ele já sentia isso afinal, ainda que não estivesse mostrando na voz. Porém, se lembrou do detalhe, ele era um vampiro. 
- Não seja tolo, você é um vampiro.
O menor mergulhou novamente e quando voltou, riu e tossiu, havia ficado muito tempo sem respirar.
- Tá vendo? Tentou me matar afogado.
- Eu não, você sim. Você parece um patinho nadando.
O menor riu e saiu da piscina novamente. 
- Com licença, Yori-chan, acho que está em mãos melhores.
- Tchau, Ophelia. 
Yori disse num sorrisinho e novamente pegou a toalha. Hideki permitiu-a voltar a seu afazer e fitou o garoto, já saia novamente da água. 
- Você pode ficar na piscina, desde que no horário certo.
- Eu não virei aqui de manhã ou a tarde, não se preocupe. 
O menor sorriu e ainda que estivesse molhado, se aproximou dele e selou seus lábios, retirando a camisa molhada que colava no corpo.
- É, acho que eu sei disso. - Hideki tocou seus ombros agora nus. - Volte para a água.
 Disse e gesticulou apenas com os dedos, indicando ao serviçal responsável pelo jardim que deixasse o lugar.
- Você não vem comigo?
- Vai. 
Hideki disse e tocou a gravata no pescoço, afrouxou-a, sugerindo como resposta. Yori sorriu e assentiu, pulando de novo na piscina, e nunca pensou que o veria daquela forma, mais a vontade. Ao sair, o fitou com um sorriso. 
- Você fica lindo com roupa social...
O maior viu-o sumir na água e voltar tão logo, podia sentir a clareza de suas emoções, ele parecia feliz e por consequência seus sentimentos faziam sentir o mesmo. Sorriu, meio de canto, meio sem saber o que fazer diante do elogio, no fim após tirar a gravata, tirou também a camisa e por último a calça, ficou apenas com a boxer. Yori observou-o enquanto retirava as roupas, ele era realmente bonito, ainda que sentisse um pouco de vergonha de dizer. 
- Mas... Acho que prefiro assim.
- Assim? 
Hideki indagou, embora tivesse certa ciência sobre o que ele falava. No fim, seguiu até a beira da piscina onde então entrou, sentindo o toque da água suavizar o calor do clima.
- Sem roupa.
Yori disse num risinho e aproximou-se dele, guiando os braços ao redor de seu pescoço.
- Parece animado hoje. Como pode estar animado durante um tempo quente como esse?
Hideki indagou ao sentir o enlace de seus braços os quais retribuiu, pegando sua cintura. - Yori sorriu a ele e selou seus lábios.
- ... É que você deixou café da manhã pra mim hoje e eu... Achei muito fofo.
- Ah, deixei, hum? Quem garante que não foi a Ophelia?
- Ah... Eu achei que tivesse sido você.
- Eu não disse que não fui eu.
Yori sorriu meio de canto. 
- É que tinha uma rosa na minha bandeja... Supus que a Ophelia não me daria flores.
- Tinha? Vou dar um jeito na Ophelia..
Yori uniu as sobrancelhas e Hideki sorriu, muito tênue.
- Quem foi afinal?
- Ninguém. 
Hideki disse e deslizou as mãos por sua cintura, não era difícil toma-lo e vira-lo de costas, como fez, encostou-o ao peito, mas levou as mãos para baixo, tocando as roupas que usava embaixo. Ao se virar, Yori apoiou-se na borda da piscina e arregalou os olhos, não esperava que ele fosse querer tocar a si na piscina. 
- F-Foi você...
- Fui eu. 
Hideki disse, em sua insistência de curiosidade. Encostou a pelve contra suas nádegas que desnudou. Mas de início beijou seu ombro e mordeu, sem intenção de tragar seu sangue, era uma mordida firme, mas não era a mordida de fome. Yori sorriu ao ouvi-lo e suspirou ao sentir seus lábios tocarem o ombro, mas a mordida era dolorida demais para ficar em silêncio, por isso gemeu. 
- Ah! Hideki!
Hideki sugou a pele, tentou mancha-la sem tirar uma gota sequer de seu sangue. E ele já devia sentir o fato de que estava animado por ele, para ele. Empurrou a pelve contra seu corpo. Yori uniu as sobrancelhas, podia sentir seu sexo contra as nádegas, o que era excitante, mesmo estando na piscina. 
- E-em baixo d'água... Não vai doer mais?
- Hum, eu posso enfiar meus dedos em você até você se sentir relaxado.
O menor sentiu um arrepio percorrer a coluna e mordeu o lábio inferior. 
- Isso... Pareceu estranhamente excitante.
- Pareceu, hum? 
Hideki disse, de algum modo habitualmente sério, mas entendia o que ele queria dizer. Deslizou os dedos para entre suas nádegas como bem disse, seria apertado deslizar, mas nada que não pudesse forçar, e foi o que fez, penetrou-o sem dó, precisava do pouco que seu sangue daria para ter lubrificação e assim relaxa-lo. Yori assentiu e em silêncio sentiu todo o caminho que a mão dele havia feito até tocar a si nas nádegas e gemeu, conforme o sentiu entrar em si, cerrando os dentes firmemente. 
- H-Hideki...
- Preciso do seu lubrificante. 
O maior disse, ele saberia sobre o que falava. Empurrou o punho e sentiu-o se contrair em reflexo, mas continuou, sentindo a passagem difícil. Yori uniu as sobrancelhas e firmemente cerrou os punhos. 
- M-Mas dói muito... - Murmurou manhoso.
- Você sabe que vai gostar assim que eu achar seu botão mágico. 
O maior disse, referindo-se a una parte sensível de seu corpo. Buscou por ela mesmo no difícil acesso do dedo. O menor assentiu e inclinou-se pouco para frente, fechando firmemente os olhos, mas gemeu conforme o sentiu tocar finalmente onde gostava. Mordeu o lábio inferior e sentiu uma estranha pontada no sexo. 
- E-Eu te chamo pra tomar banho comigo e... Você enfia os dedos em mim... - Riu baixinho.
- Nunca é só um banho, Yori. 
Hideki disse e moveu o punho, sentiu sua leve onda de prazer ao encontrar o que ele queria. O menor abriu um pequeno sorriso e mordeu o lábio inferior, estremecendo com o toque e gemeu, dolorido, prazeroso, os dois. Hideki via-o de soslaio, notando parte de sua expressão. Moveu o dedo que não demorou para unir ao segundo. Era grato pelo fato de que agora sentir dor podia ser parte do que lhe causava prazer, era parte de um vampiro afinal. O menor gemeu novamente ao senti-lo empurrar outro dedo para si e fechou os olhos, firme, guiando uma das mãos sobre a dele, a que estava livre e entrelaçou os dedos aos dele, apertando-a. Hideki sentiu no toque a recepção não muito fácil, mas deslizou para dentro com junção no outro dedo e formulou novamente aquele custoso vai e vem. Yori apertou a mão dele, firme e mordeu o lábio mais uma vez. 
- Ah! Droga!
- O que? Está resmungando por quê? 
O maior indagou embora soubesse bem a razão, mas estranhasse o protesto como foi feito. Empurrou a mão, estalando contra sua pele, agitando a água. O menor gemeu, abaixando a cabeça e estremeceu diante da investida, não era ruim, ele sabia, poderia sentir a si, mas a dor ainda era algo novo. Hideki era firme e agora podia ser, mas havia conseguido alguma suavidade com o tempo com que passou com ele, ainda que tivesse um toque naturalmente firme para ele, ele ia saber. Investiu e estimulou com insistência aquele ponto dele que sentiu sobressair no toque. Yori estremeceu novamente e empinou ainda mais os quadris para ele, era a forma de mostrar que gostava do toque, ainda que de forma sutil. O sexo estava ereto, ainda que ele não tivesse o toque nele, mas estava animado.
- Você é quase um pervertido, não é? 
Hideki indagou sem realmente querer uma resposta. Sabia que ele estava excitado porque sentia a sensação crescente em seu corpo, como seu sexo. Aos poucos o ritmo ganhou facilidade, fosse dentro da água ou dentro de seu corpo. 
- E-Eu não era... Você me estragou. - Yori disse a ele, não que estivesse falando sério e suspirou, desviando o olhar para baixo, tentando ver através da água. - Entra... Entra, Hideki...
- Estraguei, ah? Talvez tenha consertado. 
Hideki disse e não precisava pedir muitas vezes, tão logo atendeu ao pedido manhoso e que agora sabia, era um pedido real e não oportuno. A boxer que usava abaixou o suficiente, não seria fácil, mas nada seria mais rude que já não houvesse sido pior antes. Beirou seu corpo, em seu íntimo, posicionou-se sem delongas e então deslizou, dificultoso, para dentro. Yori suspirou, podia sentir os movimentos dele atrás de si, e ainda eram agoniantes, era estranho não saber o que ele estava fazendo, e ele costumava sempre virar a si de costas daquela forma. Fechou os olhos, sabia que ele entraria em si e ao senti-lo se empurrar, gemeu dolorido, alto, e guiou uma das mãos a boca, mordendo a lateral da mão para sufocar o gemido, mas acabou por perfurar a pele e gemer mais alto ainda.
- Coisas demais para esconder, Yori? 
O maior indagou diante de suas tentativas de passar despercebido na piscina, mas já estava gemendo e ele nunca percebia que costumava ganhar altura mesmo quando achava que não. Mas gostava de ouvir, fosse de dor, fosse de prazer. Yori gemeu pouco manhoso, não era acostumado a dor ainda que fosse um vampiro, e abaixou a mão num reflexo, vendo as gotas de sangue se misturarem a água, por sorte, estava bem alimentado, fecharia logo. 
- ... Itai...
Após se soltar dos dedos, Hideki levou a mão até seu rosto, direcionou-o para o lado e então selou seus lábios, penetrou sua boca, o beijou. Sentia o cheiro dele, fosse onde entrava por seu sangue derramado quanto por sua mão ferida, quem sabe apenas por estar dentro dele. Se moveu, deu a primeira investida, era sem rapidez, mas era bem consistente. Seguida por outra em algum momento, mas esperou algum tempo, tão logo, criou ritmo, vagarosamente aumentando. Ao se virar, Yori retribuiu o toque dos lábios e também o beijo. Tocou a língua dele como ele tocava a si, na verdade tentou, porque ele era bem mais intenso do que conseguia ser, ainda era um pouco inexperiente. Gemeu, contra os lábios dele conforme o sentiu se mover e firmemente fechou os olhos, sabia que ficaria gostoso, mas por hora era dolorido, ele saberia. Hideki levou as mãos aos seus ombros, segurando-o por lá. Mas ainda o beijava, mesmo sob seus gemidos protestantes contra os lábios, era um pouco desajeitado, desatencioso mas continuou, assim como embaixo. Arqueou-se, encaixando-se mais nele, dando mais rapidez ao ritmo. De olhos fechados, o menor apreciava o beijo, e também os movimentos dele, ele era preciso no que fazia, mesmo sem enxergar o próprio corpo, o sentia tocar a si onde gostava e teve que gemer contra os lábios dele, dessa vez não só dolorido. 
- Hideki... Ah...
O maior gostava do sexo com o garoto, e depois de sua mudança como um vampiro, podia sentir prazer mais vívido, podia sentir com ele e dar a ele do mesmo, o que tornava ainda mais intenso, o que por consequência atraía mais. Deslizou as mãos por seus braços, tocou sua cintura, sentiu os ossos da pelve onde o segurou e o puxou para si. Ao interromper o beijo, seguiu ao pescoço, à nuca, como um animal segura seu parceiro, onde o mordeu. Yori podia sentir seus toques, eram tão suaves, tão gostosos, que chegava a arrepiar só do mínimo toque dele, não sabia quando aquilo havia acontecido, de ficar tão atraído por ele, mas o cheiro dele, por estar perto de si, fazia o corpo pedir por um toque, uma carícia, qualquer coisa. Empurrou os quadris para trás, foi sutil e por fim sentiu a mordida dolorida, teve que gemer. O maior fechou os olhos enquanto bebia seu gosto, com apenas pequenos tragos, suficientes para se manter ali, mas não para tirar a vitalidade dele. Ainda podia sentir o toque morno na língua, como se a vida ainda corresse levemente por suas veias, embora não mais. Pressionou sua pelve, continuamente o puxava como se levava para ele, se encaixando, agitando a água ao redor. Yori fechou um dos olhos, dolorido ao sentir o sangue deixar a si, mesmo sutil em suas pequenas sugadas, era gostoso paralelo aquela dor suave que agora sentia. Uma das mãos guiou ao próprio sexo, segurando-o entre os dedos e apertou sutilmente. 
- Hum...
Hideki sentiu suas sensações como proveu as próprias a ele. Sentia seu misto de prazer e dor, mas sabia que uma sensação intensificava a outra. Tão logo já tinha ritmo vigoroso a ponto de não ser capaz de sustentar sua nuca junto ao lábios, portanto o soltou. O menor uniu as sobrancelhas, já não sentia mais a dor, ela era de alguma forma, anestesiada pelos movimentos prazerosos dele. Ele sabia onde tocar, e fazia com insistência. 
- Hideki... E-Eu...
- Quer gozar. 
O maior completou sua frase, porque sentia suas sensações e por consequência ele fazia com que quisesse o mesmo. Deslizou as mãos para cima, uma até seu ventre e apertou sua mão em seu sexo, já a outra, ao peito, beliscou seu mamilo, com certo dolo mas com algum cuidado.
- Ah! 
Yori gemeu ao sentir o toque no mamilo, era tão intenso, bem mais do que era quando era só um humano, e por isso não conseguia se conter por muito tempo, alguns poucos minutos depois de dizer a ele, já havia gozado e gemeu prazeroso, sentindo o corpo aperta-lo dentro de si, e também, sabia que ele sentiria a si, vividamente. Hideki sentiu seus espasmos, seu corpo trépido sob os dedos. Veio à tona levado por seu prazer, gozou com ele e dentro dele, mas não deixou de se mover vigorosamente por isso, tratando de ter prazer até que não suportasse a sensibilidade do ritmo e tivesse de cessar. O loirinho agarrou-se firme na borda da piscina, tentando se manter no lugar devido aos movimentos firmes dele, e era gostoso, aproveitou cada pequena parte do ápice, até que ele finalizasse e por fim, gemeu, prazeroso novamente. 
- Hideki...
- Você gosta ahn? 
O maior indagou e beijou seu pescoço, roçou o rosto em sua nuca mordida antes e soou contra sua pele. Yori assentiu, sorriu ao pensar no fato de que ele parecia um gatinho, tinha um sentimento de ternura ao pensar nele daquela forma. O moreno se afastou em seguida, deixando de estar dentro dele, aquela altura, já estavam limpos pela água da piscina, embora ela mesma tivesse resquícios do prazer dele. Deu-lhe um tapa em sua nádega, por baixo da água mesmo. Yori sorriu meio de canto, envergonhado e se virou de frente pra ele. 
- Sujei sua piscina...
- Sujou. 
Hideki disse a reaproximar dele e o segurou, de frente. Talvez nunca houvesse estado num toque como aquele se não fosse com intenções sexuais. Yori sorriu novamente e o abraçou, repousando a face no ombro dele, e aspirou seu cheiro, deu uma mordidinha, arrancando uma gotinha de sangue. O maior ficou em silêncio, ouvindo sua respiração pesar ao tragar do próprio cheiro, morder a pele e tirar dela algum proveito, mínimo. Não reclamou, não tinha problemas em trocar aquilo com ele.
- Você tem um cheiro tão bom... É como um doce. Eu não canso de dizer isso.
- O seu também é assim pra mim.
Yori sorriu e roçou o rosto ao dele, não sabia quando havia ganhado aquela afeição, mas estava tão feliz por estar ali com ele, de uma forma, ele estava mostrando mais do Hideki agora, e menos daquela máscara rude e grosseira que ele costumava usar. 
- Quer que eu faça o jantar pra você hoje?
O maior sorriu, de canto. Sentia sua carícia indireta com o rosto, sabia que tinha cheiro de comida para ele, mas não achava isso ruim, sentia o mesmo aroma nele. 
- Você não precisa, mas pode se quiser.
- Ah, eu gosto quando você diz que quer... É fofo. 
Yori disse num pequeno sorriso.
- Hum, eu não sou fofo.
- Não disse que é, é que a frase é fofa.
- O que você estava pensando em cozinhar hoje?
- Hum, peixe e arroz.
- Parece bom...
- Você já comeu?
- Sim, sushis.
- Sushis? Mas... Você não come comida humana.
- É, mas já comi alguma coisa, Ophelia era humana e eu cresci com ela.
- Ah... Tudo bem então, eu faço outro dia.
- Não, agora eu quero que faça hoje.
- Mas já comeu sushi da Ophelia.
- O que isso tem a ver? 
Hideki indagou, inicialmente desentendido porém, sentiu algo dele, algo que sabia o que era porque facilmente poderia sentir. 
- Você sabe que Ophelia é como alguém de minha família, não sabe?
Yori formou um pequeno bico, sabia que estava sentindo algo estranho, mas não havia se dado conta de que era ciume. Até então, só havia sentido isso com aquele vampiro, e lembrar dele, deu ainda mais raiva em si. 
- ... Certo, vou fazer.
Hideki sorriu, suavemente, tipicamente tão escondido, mas ele ia ver, ele ia entender que estava achando a situação divertida.
- Esta rindo do que?
- Você está com ciúme.
- Não estou.
- Não tem ciúme de mim?
- ... 
Yori fez um pequeno bico novamente, sem perceber. Hideki levou a mão até sua boca e segurou o pequeno bico que formou, não entendia a razão dele, mas era um gesto que fazia com alguma frequência, sem notar.
- Hum... Eu quero sair da água, já perdeu a graça.
- Então saia. Já deixou o drama do calor. 
Hideki disse e se afastou, não teve dificuldades em pegar sua cintura e coloca-lo na beira da piscina, mesmo desnudo como estava e pode ver seu corpo pequeno e magro fora d'água, mas o ajudou a ajustar a roupa nos quadris, suficiente para deixar a piscina. Yori assentiu e ao ser colocado fora da água, escondeu o sexo com uma das mãos, como se fizesse fila diferença. A pele antes sempre manchada por algum machucado agora era branca, pálida, embora as cicatrizes ainda estivessem consigo.
- Não tem porquê esconder. É bonito.
- Eu não acho bonito... É pequeno.
- Estou falando do seu corpo em geral. Mas claro, seu corpo é todo pequeno, quero dizer, esguio. Eu gosto do seu corpo.
Yori sorriu meio de canto.
- ... Obrigado.
- Quando o vi da primeira vez me perguntei como poderia ser tão bonito sendo um humano.
O menor sentiu o rosto queimar por um momento, as bochechas estavam vermelhas, na verdade, levemente rosadas. 
- Só você me acha bonito. - Riu baixinho.
Hideki causou-lhe timidez mas não entendeu a razão, poucos de seus sentimentos seria capaz de entender, imaginava. 
- Estou certo que não, embora preferisse assim.
O loiro sorriu meio de canto. 
- Bom, as pessoas não prestavam muita atenção em mim, então...
- Talvez você não estivesse olhando ao redor.
- Eu olhava sim. As pessoas são complicadas.
- Bem, eu era a pessoa quem deveria reparar.
Yori sorriu. 
- Eu nunca tinha visto você, e você foi rude comigo no início. Mas você é muito bonito.
- Eu quis dizer que estava esperando eu aparecer.
- Ah... Sim. - O menor sorriu.
- Não precisa ficar nervoso, Yori.
O menor uniu as sobrancelhas, mas sorriu em seguida. 
- Desculpe, não me acostumo com alguém que gosta de mim.
- Entendo. 
Hideki disse porque sabia o que queria dizer, afinal, o que acreditava de seus sentimentos era porque agora podia sentir. De afeto nada entendia exceto pelas novas sensações que descobria com ele. Yori o fitou, ele parecia sempre um pouco confuso, mesmo quando dizia entender e por isso, tocou seu rosto, acariciando-o.
- ... Como você conseguiu me trancar naquele quarto tanto tempo e ser tão ruim? Eu olho pra você e não te vejo mau...
- O mau é um ponto de vista. - Hideki disse sob o toque suave de sua mão, que segurou. - Eu estava um pouco confuso, sobre querer algo depois de tanto tempo.
Yori sorriu meio de canto. 
- Achou que não me queria de verdade?
- Não, achei que queria a ponto de que não me importaria se você não quisesse.
- E você se importa?
- Parece que sim.
Yori sorriu e aproximou-se, selando os lábios dele. Hideki sentiu o toque o qual retribuiu. Ainda estava na água, diferente dele sentado à beira. Já não se lembrava realmente de quando havia estado naquela piscina. 
- Deveríamos vir aqui mais vezes, eu nem sabia que você tinha uma piscina. O que mais tem de legal na casa?
- Bem, você pode explorar e descobrir.
- Posso? Ou vou encontrar outro vampiro preso no porão?
- Não. Mas pode achar algum animal sanguinário, que não sou eu.
- Ah... Melhor não olhar pela casa. - Yori riu.
- Você vai ser fortinho pra lidar com algum bicho a essa altura.
- Mas eu não quero encontrar um bicho...
- Nada pior do que o bicho que dorme com você.
- Bom, desse bicho eu não tenho mais medo.
- Ah não?
- Não.
- Hum...
- Quer que eu tenha medo?
- Não, se eu quiser isso eu posso fazer. 
Hideki sorriu, até mostrou os dentes. Mas não tinha essa intenção, queria ser capaz de lidar com ele. Yori sorriu meio de canto. 
- Talvez eu devesse ter medo...
- Não. 
O moreno disse e ergueu a mão, tocou seu queixo e a pinta que tinha nele, era clarinha, mas podia ver. Yori sorriu novamente e assentiu, abaixando-se mais uma vez e selou seus lábios. 
- Vem... Vamos tomar um banho e deitar na cama. Parece tão macia agora.
- Hum, você não vai cozinhar?
- Vou, depois que eu deitar com você um pouco. 
Yori riu ao se levantar e fitou o pequeno corpinho preto, agora já mais velho que passou por si, notou ser o gatinho. 
- Haiiro! Onde você estava? Eu não te vejo há dias. 
Disse e esticou a mão em direção a ele como costumava fazer, mas ele se afastou num pequeno pulo e rosnou para si, aspirando o ar. 
- ... Haiiro? 
Disse e se levantou, mas ele correu, antes que pudesse pega-lo. 
- ...
Hideki seguiu pelas escadas, saindo da piscina, aproveitou para se secar, despindo-se da roupa íntima sem recatos ao ar livre. No fim se enrolou pela cintura com a toalha. 
- Acho que ele não conhece seu cheiro.
- ... - Yori uniu as sobrancelhas. - Mas... E agora?
- Ele vai se acostumar de novo em algum momento.
- ... Espero que não esqueça de mim.

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1 comentários:

  1. Gente, é a primeira vez em toda essa trajetória da fic que eu realmente gostei da atitude só Yori! Finalmente ele se soltou e se prestou a ficar mais perto do Hide-chan <3 meu casal fofo tá cada vez mais unido! Espero que ninguém venha os atrapalhar ou que o Yori comece ter as paranóias de sempre -.-"
    Obrigada Kaya por mais este cap maravilhoso!!!!

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