Broken Hearts #28 (+18)


Yori suspirou, fundo, estava imerso no sono. Gostava tanto de dormir na cama dele que dormia profundamente sempre. O peito subia e descia, mas estava incomodado, não por alguém falando consigo ou por algum sol que entrasse pela fresta da cortina, era o sonho. O sonho estava incomodando de uma forma que se movia na cama, e gemia baixinho, de cenho franzido. 
- Hideki... 
Murmurou, agarrando-se ao travesseiro, firme e negativava, até acertou o rosto dele por acidente com uma das mãos enquanto dormia. 
- Não me machuque... Não... Sai...
Hideki abriu os olhos ao sentir o tapa, não era bem firme, era mais desengonçado. Incomodado olhou para ele, vendo se agitar suavemente na cama, movimentos lentos, mas segurou seus braços, os voltando para o lugar. Sentia seu desconforto, mas pelas palavras julgou estar sonhando consigo, algo ruim que lhe houvesse acometido certamente. 
- Yori. - Chamou com a voz rouca e sonolenta. 
- Hideki... 
O menor murmurou novamente e ao senti-lo segurar a si abriu os olhos, na verdade, arregalou e o fitou, puxando os braços para tentar se soltar. 
- Eh? Não... Não me bata!
Hideki franziu o cenho, na verdade sua reação causou em si uma sensação de irritação que terminou com o sono rapidamente. O soltou e levou o dedo em frente a boca.
- Sh...
O menor uniu as sobrancelhas novamente e assentiu, mantendo-se encolhido.
- Detesto escândalo. Você está só sonhando.
- ... Não estou fazendo escândalo.
- Está desesperado pedindo pra eu não te bater. O que está sonhando?
- ... Estava sonhando com você. - O menor disse e se sentou na cama, esfregando os olhos. - Que estava no quarto...
- E então eu te bati?
O menor assentiu, silencioso e abraçou as pernas.
- E como eu bati em você?
- Eu... Estava preso na cama. Você segurou o meu cabelo com força e... Eu não quero falar.
- E eu comi você?
- Na verdade você puxou o meu cabelo e pediu pra te chupar.
- E você não gosta disso?
- Eu gosto sim... - Yori disse, sentindo o rosto corar. - Mas depois você transou comigo e bateu... Na minha bunda... E doía muito.
- Uh, e você não gosta disso?
- ... Eu não sei o que eu deveria responder.
- A verdade.
- É que... Eu gosto de transar com você, mas de sentir dores como as que eu sentia quando era humano e ficar dias sem sentar não.
- Se você não tem certeza, posso te fazer descobrir agora. Você pode chupar meu pau, depois eu posso transar com você e bater na sua bunda.
Yori desviou o olhar a ele e embora tenha sentido um arrepio percorrer o corpo, negativou, com o rosto corado.
- Agora...?
- Não, amanhã, podemos marcar o horário.
O menor estreitou os olhos, vendo os olhos amarelos dele brilharem no escuro. Hideki levou a mão para baixo, abaixando as roupas sob o cobertor. 
- Vem.
- ... 
Yori assentiu, seguindo devagar até ele, mas não sabia se deveria, havia acabado de acordar.
- Você não quer? 
Hideki indagou notando sua cautela, fosse qual fosse seu motivo.
- Quero sim... - Yori murmurou e aproximou-se dele, abaixando-se e fitou-o já sem roupas, e tinha uma certa ereção. - ... Está duro?
- É, parece que eu gosto do seu sonho.
O menor sorriu meio de canto. 
- Gosta de me bater? Só não me machuque muito.
- Não de bater, gosto de transar com você, e gosto que tenha sonhado algo sexual comigo.
- Ah... Isso é excitante mesmo... Parece. 
Yori riu baixinho, envergonhado e segurou-o entre os dedos, apertando-o suavemente.
- Isso o que? O sonho ou minha ereção? 
Hideki indagou, claro que gostava de deixa-lo envergonhado.
- O sonho... 
Yori murmurou e enfim o lambeu, fechando os olhos, envergonhado ainda.
- Ah, você gostou? Não parecia quando me pediu pra não te bater. 
Hideki disse e no fim soou um pouco mais rouco diante do toque de sua boca. O menor riu baixinho. 
- É que o bater não era fraco... Você parecia que queria que quebrar mesmo. 
Disse e o colocou na boca, sugando-o.
- Hum, sempre pareço querer quebrar as coisas. 
Hideki disse, na realidade era isso mesmo, sempre era muito firme em tudo. Fechou os olhos por algum tempo, sentindo sua carícia oral. Yori deu um sorrisinho, mas ele não poderia ver, ainda era estranho fazer aquele tipo de coisa, mas tentava se concentrar em fazer bem feito, por isso fechou os olhos, e o empurrou para dentro da boca até onde podia. O maior suspirou sem nem mesmo precisar fazer isso. Enfiou as mãos sob o cobertor, encontrando os cabelos curtos de Yori o qual segurou com firmeza, o empurrando em direção ao corpo, bem como ele mencionou que tivesse feito em seu sonho, embora não tivesse certeza se era daquele modo. Ao sentir as mãos dele sobre os cabelos, o loiro arregalou os olhos, não queria que ele empurrasse a si ou poderia engasgar e teve que fechar os olhos firme para que isso não acontecesse, concentrando-se em respirar pelo nariz, até se lembrar de que na verdade, não precisava respirar. Ao retirá-lo da boca, mesmo com o impasse de sua mão, o lambeu, gemendo baixinho pelos fios puxados. Hideki ficou ali no entanto, não se enfiou em sua boca, apenas o segurou com firmeza e se impôs para ele com um movimento pélvico, mas não foi brusco em demasia, pelo menos não agora que ele era um vampiro. Ao colocá-lo na boca novamente, o menor o deixou se enfiar na boca, sabia que ele não desrespeitaria a si, pelo menos naquele momento, já que podia não ser bom pra ele se engasgasse. Iniciou os movimentos de vai e vem, colocando-o e retirando-o da boca.
- Hum... 
Hideki murmurou, resmungou, ao sentir um arranhão na pele, sensível onde estava e com seus dentes sem costume de tamanho. Yori uniu as sobrancelhas, atento demais ao que fazia, nem havia percebido que o havia machucado, somente quando o gosto de sangue invadiu a boca. Tirou rapidamente e desviou o olhar a ele. 
- Desculpe...
O maior erguera a nuca de onde estava, voltando a direção visual a ele. Rosnou suavemente, reclamando, mas não era como se impedisse de morder a si, na verdade sentia como se aquilo fizesse parte da relação. Yori abaixou a cabeça, não havia sido intencional, e novamente o colocou na boca, sugando-o firme em sua ponta.
- Vem cá, Yori. Vem com a sua bunda pra cá...
- Eh? - Yori disse a retirá-lo da boca novamente e lambeu os lábios a limpá-los. - ... Quer que eu... Sente no seu rosto? 
Disse e tinha o tom suavemente vermelho nas bochechas.
- É, sentar na minha boca enquanto me chupar.
- Ah... Hai... Eu... 
O menor disse, um pouco desajeitado e tentou se ajeitar perto dele, mas não sabia como, então ficou de quatro sobre o corpo dele, era o jeito que achou melhor para fazer. 
- Assim?
Hideki o ajudou a se ajeitar, mas antes disso tirou sua roupa, despindo da peça íntima a tornar sua pelve livre, era a única coisa que usava para dormir. Puxou seus quadris confirme se ajeitou, fazendo se abaixar e então estar mais perto do rosto, descobriu então que embora não estivesse completamente ereto, já estava um tanto firme. Yori suspirou e o deixou puxar a própria roupa, estava um pouco incomodado com a posição nova ainda, mas manteve-se, mordendo o lábio inferior conforme se aproximou novamente do sexo dele, e o enfiou na boca, sugando-o. O moreno sentiu seu toque, sua boca, mas estava mais atento ao que sentiria quando enfim o fizesse sentir a sucção na nova posição o qual o colocou. Deslizou as mãos por seus quadris, subindo pelas coxas até as nádegas e o fez descer a pelve e por consequência, seguir para dentro da boca, o ajeitando a segurar entre os dedos firmes com uma das mãos. Yori uniu as sobrancelhas conforme sentiu a boca fria dele ao redor de si e agarrou-se firmemente na cama, tão firme que sentiu os dedos estalarem por um momento.
- Hum... 
Gemeu, contra ele, já que o tinha dentro da boca, e não pretendia tirar. Hideki ouviu seu grunhido, era quase manhoso. O tragou, sugando com firmeza, quase se esquecia de dar atenção ao movimento de sua boca em si, percebeu que estava mais empenhado em dar prazer a ele do que sentir, perceber isso fez imaginar quanto tempo havia perdido tomando o garoto a força ao invés de tentar construir uma relação com ele, embora até hoje sentisse que isso era difícil. Era difícil esperar, era difícil saber o que ia de passar na cabeça dele, não saber se de repente ele ia querer o mesmo, e se não quisesse? Foi o que supôs por todo o tempo em que o tomou, não pretendia viver uma vida infeliz sem ter a pessoa que desejava. Mas era difícil também lidar com o fato de que o fez sofrer por diversas vezes. De olhos fechados, Yori apreciava os movimentos dele, era estranho receber atenção ali enquanto fazia o mesmo, não tinha costume e conforme o corpo se arrepiava, tinha que se afastar dele, pouco, para deixar um gemido escapar e logo coloca-lo na boca novamente. 
- Hum... Hideki... 
Murmurou, manhoso como ele mesmo havia notado, era estranho porque mesmo que ficasse amedrontado com algum sonho, mesmo que tivesse lembranças ruins, não conseguia ir embora, de alguma forma queria cuidar dele, sentia que gostava dele, não... Certamente estava apaixonado por ele.
O maior deslizou a mão por sua base, acariciando no típico toque pesado, porém com alguma cautela, movimentando a pele delicada que tinha ao redor de seu corpo firme, empurrando com ajuda da boca, embora por um momento tivesse cessado para falar com ele. 
- Você gostou disso, ah? 
Indagou e tornou coloca-lo na boca, sugando todo seu comprimento, não precisava respirar então era capaz de coloca-lo nela sem se incomodar com a garganta. Yori assentiu e estremeceu, não sabia se ele havia sentido a sensação gostosa pelo próprio corpo, que não era só de ter o sexo na boca dele, mas também pelo que estava constando sentir, pela sutil vergonha que tinha, esperava que ele não se concentrasse muito nos próprios sentimentos. Empurrou-o na boca, o mais fundo que conseguiu e ao retirá-lo, sugou-o em sua ponta mais uma vez. Uma das mãos deslizou pela coxa dele e curioso tocou a parte inferior de seu sexo, apertando pouco mais forte do que gostaria. O maior moveu a pelve num breve reflexo, sentindo-se envolto por toda sua boca, ainda tinha algum calor. Sentiu porém deslizar a mão, apalpar a coxa antes de então seguir até a parte não tão firme quanto a que dentro de sua boca, gemeu, deixando por consequência sentir a vibração vocal em sua ereção dentro da própria boca, o mordeu, mas foi gentil o bastante. O loiro estremeceu quando o sentiu morder o sexo e apertou-o pouco mais, sem intenção, fora um reflexo e sentiu o sexo pulsar em sua boca.
- E-Eu... Melhor parar, Hideki...
Dito, na verdade, Hideki parou mesmo, mas não pela razão dele. O lambeu atrás da base, por toda ereção até às glândulas e mordiscou com cuidado antes de então passar ao meio de suas nádegas e tocar sua entrada com a língua, lambendo com firmeza seu âmago. Ao sentir o toque, Yori arregalou os olhos, tirando-o da boca rápido. 
- Hideki! 
Falou, não tão alto de fato e apertou-o novamente entre os dedos, sentindo o rosto queimar pelo local estranho onde recebia a carícia. O maior sentiu no corpo suas sensações invadirem a si com uma timidez intensa, sorriu para si mesmo, achou graça, achou fofo. Deslizou as mãos por suas pernas e o segurou através delas, o mantendo no lugar. O lambeu novamente, criando um pequeno ritmo com a língua, circulando, apertando. Aquela altura, podia sentir os toques dele, mas a ereção era por outra razão, era simplesmente por toca-lo. Yori gemeu, achou que o gemido não fosse por prazer de ser tocado ali, mas era, o corpo havia se arrepiado e tentava manter a concentração do que fazia, mas era difícil, então a mão antes na parte inferior de seu sexo segurou o membro dele entre os dedos e apertou-o. 
- Hideki... Não, eu...
- Hum... 
Hideki murmurou sob seus dedos firmes, tudo bem desde que ele não esquecesse que o que tinha em sua mão não era um travesseiro ou um lençol, em retruque pulsou entre seus dedos. No entanto não havia perdido a atenção, mordiscou sua nádega, arranhando com os dentes, sugou a região posterior de sua coxa, marcou num chupão dolorido, embora não tivesse o uso dos dentes e então tornou subir, lambendo aquela parte que lhe causava rubor. Yori gemeu dolorido, mas fora baixinho conforme sentiu a sugada firme dele, negativou, não conseguiria aguentar muito tempo se ele continuasse, era um estranho lugar para gostar do toque, mas gostava. 
- Hideki eu... Eu quero gozar...
- Goze, Yori. 
O menor disse e tornou morde-lo, causando dentre o prazer pequenos momentos doloridos para ele. Devagar empurrou suavemente a língua, pressionando sua entrada e podia senti-lo contrair contra o toque da boca. Yori negativou, olhou para baixo, para ele, e não podia vê-lo corretamente, mas estava gostoso. Mordeu-o na ponta de seu sexo, descontando as mordidinhas doloridas que ele dava em si e apertou o lençol da cama quando não aguentava mais se conter, por fim, atingiu o ápice, e esperava não suja-lo muito, mas era inevitável. O maior deu um tênue sobressalto com a mordida, embora já houvesse recebido antes, aquela não estava esperando, mas não se importou. Empurrou a língua, penetrando-o suavemente, sem ir muito adiante, mas era suficiente para provoca-lo. No mais, tão logo sentiu o pescoço seu toque ainda morno, aquecendo a pele distinta da dele, tão fria. Sentiu seus quadris vacilarem, mas o abraçou, empurrando o rosto mais firme entre suas nádegas a lambe-lo até que seus espasmos terminassem, assim como seu clímax. Yori uniu as sobrancelhas conforme o sentiu segurar a si, sentia as pernas vacilarem e na verdade, queria sair dali de cima, estava envergonhado, tinha o tom vermelho no rosto e sentia o corpo leve, anestesiado, era tão gostoso. 
- ... Hideki... Ah...
Hideki sentia o misto de sensações que ele sentia, vergonha, prazer, desconforto e ainda conforto. Antes de então solta-lo, deu um beijo breve em sua nádega e mordiscou, só então deixou livre para sair se assim quisesse.
- Que sensível.
Ao se levantar, na verdade Yori não levantou de fato, mas saiu de cima dele, e sentou-se na cama, escondeu o rosto com uma das mãos enquanto o fitava entre os dedos, tinha um sorrisinho nos lábios. 
- ... Não tenho culpa, você foi a primeira pessoa que eu fiquei.
Hideki sorriu sem perceber, talvez um contágio pelo sorrisinho dele. 
- Você gostou, hum?
Yori assentiu e ajoelhou-se na cama. 
- ... Mas eu quero mais.
- Quer mais lambidas aí atrás? - Hideki indagou, embora soubesse que não era disso que ele falava. -  Eu não terminei.
Yori riu baixinho e negativou. 
- Quero fazer amor com você.
- Quer fazer amor, hum? 
Hideki indagou e ergueu a mão, chamando por ele novamente sobre o colo, agora não na posição invertida, mas tudo onde deveria estar. Yori assentiu e aproximou-se dele, sentando-se em seu colo e sorriu meio de canto, ele era tão bonito, gostava tanto de olhar pra ele e se deu conta disso por um momento, mas distraído, sentiu o coração pular no peito num pulsar forte e assustou-se, levando a mão sobre o local e arregalou os olhos, por um momento achou que iria morrer. 
- Hideki... Eu acho que eu vou morrer.
O moreno sentiu seu sobressalto, mas não foi atencioso a ele porque sentia os sentimentos além das reações, então soube que ele sentia algo intenso. Levou a mão sobre a dele, em seu peito, sentiu seu coração bater, não sabia se estava surpreso por ele se assustar com aquilo, uma vez que era humano, era comum para ele. Mas, sentir sua palpitação, era firme, quase imaginou que ele fosse mesmo morrer em algum momento, mas se deu conta que não e levou sua mão ao próprio peito, deixando sentir que também tinha. 
- Você já está morto.
Ao sentir o toque dele, devagar Yori guiou a mão ao peito dele, sentindo seus batimentos, estranhou, não tinha mais batimentos, ele menos, nunca havia sido vivo. 
- ... Mas como isso é possível?
- Sensações intensas causam isso. Amor.
O menor uniu as sobrancelhas por um momento, sabia o que sentia, mas nunca havia dito a ele, e por isso o rosto ficou vermelho mais uma vez.
- ...
- Você é um pimentão? 
O maior disse, notando seu rubor. Ergueu a mão e atingiu seu rosto, porém, com um afago na bochecha, deslizando aos cabelos curtos, embora brando, num minuto seguinte o puxou e foi com força, trazendo para si, o beijando com a firmeza que certamente já lhe era conhecido. Yori sorriu de canto conforme o ouviu e fechou um dos olhos rapidamente conforme sentiu a mão dele se aproximar, achou que seria um tapa, mas fora bem mais suave que isso. Desviou o olhar a ele, ele era tão bonito, constou novamente, mas não teve tempo, retribuiu o beijo, firme, fechando os olhos e gemeu contra os lábios dele, sentindo uma pequena fisgada na língua a ir direto para dentro de sua boca e dar de frente com suas presas afiadas. O maior sentiu seu cheiro pelo ar, seu sabor na boca, mas aquilo era apenas um incentivo, o beijou com o mesmo vigor de início, passeando pelos cantos de sua boca com a mesma grosseria. Yori uniu as sobrancelhas, tentando se apoiar sobre o corpo dele, com ambas as mãos aos lados de seu corpo sobre o colchão, mas os braços fraquejavam conforme ele puxava a si contra seu rosto para o beijo. Ao envolveu sua cintura com um dos braços, Hideki revirou-se com ele na cama, colocando-se agora por cima de seu corpo miúdo, no meio de suas coxas firmes e agora frias. O menor sentiu o peso do corpo dele sobre o próprio, era como uma jaula ainda que não fossem grades, sabia que não conseguiria sair dali nem se quisesse, e não queria, mas fazia essas observações para si. Ao cessar o beijo, selou seus lábios, uma, duas vezes e abaixou a cabeça, beijando seu queixo seu pescoço e o mordeu no ombro, sem dó, cravou as presas em sua pele, sentiu até mesmo o ossinho da clavícula.
Hideki terminou seus beijos depressa, seguindo ao pescoço, não esperava por isso, mas gemeu dolorido sob sua mordida inesperada, não entendeu o momento em que ela veio, mas não reclamou embora tenha grunhido, no entanto, abaixou-se, o mordeu, da mesma maneira, penetrou vigorosamente seu pescoço, embora tenha ganhado um pequeno cuidado ao fazer aquilo com o tempo. Ao sentir a mordida porém, Yori sentiu o corpo mole, assim como ele não esperava pela própria, não esperava pela dele e quase gritou contra a pele dele, retirando os dentes de sua carne e manchados de sangue mesmo, assim como os lábios gemeu contra sua pele, dolorido, franzindo o cenho e apertou-o nos braços com ambas as mãos. 
- Ah! Hideki!
O maior tragou pouco de seu sabor, tão logo que sentiu deixar o próprio corpo, deixou o dele e se afastou, fitando seu rosto enquanto lambia os próprios lábios e também lambera os dele. 
- Por que parou?
- Ai! 
Yori disse a fita-lo, queria ter tenta resistência a dor quanto ele, mas o susto e a dor havia sido tão grande que quase sentiu a vista escurecer, esquecia-se de que sempre fora um humano, agora resistia mais a ele, mas ainda era um pouco atrapalhado. De todo modo, aproximou-se e lambeu seu pescoço onde havia lambido e mordiscou a pele. 
- Que susto.
Hideki o olhou, ficou confuso pela reação dele, mas sorriu canteiro, num riso mudo, sentindo suas lambidas. 
- Você também me assustou. 
Disse, embora o susto de ambos fossem diferentes. Olhava para ele ainda enquanto ajeitava a ereção entre suas pernas, suas nádegas, se esfregou em sua entrada e no fim se empurrou para ele, firme, não foi rápido, mas continuo. Ao fita-lo, Yori sorriu meio de canto, mas nem teve tempo antes de o senti-lo se enfiar em si e gemeu, inclinando o pescoço para trás, deixando escapar um gemido dolorido, mas prazeroso, mordendo o lábio inferior e até arrancou algumas gotinhas de sangue por acidente. 
- Ah... Hideki...
Quando chegou no fundo, o maior tomou seu interior com toda a ereção, mal chegou dentro dele tão logo o tomou numa das coxas onde deu firmeza e se moveu, saiu e tornou entrar, mas foi vagaroso, inicialmente, criando o ritmo de modo gradativo, porém não muito paciente, tão logo tinha força enquanto apoiava um dos punhos no colchão abaixo dele. Yori apertou os olhos fechados conforme o sentiu se mover, sabia que ele não tinha nenhuma paciência, por isso não reclamou. Abriu os olhos devagar e lambeu os lábios a fita-lo, podia ver os olhos brilhantes dele, gostava, e sorriu sem intenção. 
- Kimochi... Ah!
O moreno olhou para ele em retribuição, como ele, notou seus olhos cintilando, fossem por excitação, fossem pelo cheiro ou gosto do próprio sangue, estavam rubros, diferentes dos próprios, mas igualmente acesos. Abaixou-se, lambeu seus lábios, mordiscou e arrancou um novo trago de seu sabor. Ao erguer a mão de sua coxa, tomou vigorosamente seus cabelos, os segurando com força, tomando o impulso para se mover e penetra-lo com firmeza. Yori fechou os olhos por um segundo conforme o sentiu lamber os lábios e gemeu conforme sentiu a mordida, não esperava o toque nos cabelos, mas se parecia com o sonho, e de alguma forma, sentia prazer com aquela dor era gostoso, estranho, mas gostoso, havia aprendido que com ele era assim, e ele havia sido a primeira pessoa a dar prazer para si, então, era tudo que sabia sobre prazer. Fechou os olhos mais uma vez e gemeu pouco mais alto, mas não pediu que ele soltasse, queria mais, queria mais forte e agarrou-se mais uma vez ao braço dele, firme, e as unhas se cravaram em sua pele.
Hideki abaixou-se no meio de suas pernas, tornando a penetração mais profunda, embora continuasse a entrar e sair dele. Uma das mãos se enroscavam em seus cabelos dourados, embora fosse firme, como ele havia aprendido a sentir o prazer e a dor de mãos dadas, havia aprendido a ser um pouco menos intenso, havia aprendido a conter a vontade de toma-lo com tudo o que tinha, por sorte no entanto, ele havia se tornado mais resistente à dor. A outra mão, deslizou por sua coxa, subiu pela nádega que apertou, passou pela pelve, tocou seu abdômen no espaço que tinha sem que o peito o cobrisse, tocou seu peito onde sentiu sua palpitação branda, tocou seu mamilo que apertou nos dedos com certo cuidado. Não deixou porém, de beija-lo, invadindo sua boca, num beijo que era descontraído, embora tivesse certa atenção nele. Yori gemeu novamente, pouco mais alto contra os lábios dele ao senti-lo inteiro dentro de si, se agarrou nele, ao redor de seu pescoço e lhe deu uma pequena mordida no lábio inferior, porém, sentiu o corpo se contrair suavemente com a passagem de sua mão, gostava tanto dele, sabia disso porque o corpo pedia por mais mesmo já tendo tanto. 
- Hum... Ki... Kimochi... 
Murmurou, contra os lábios dele.
- Kimochi... 
Hideki soprou, não por necessidade de ar, mas pela excitação.  Enfiou a mão entre ambos, tomou seu sexo parcialmente firme, envolveu nos dedos e passou a massageá-lo, apertando nos dedos, o masturbando no ritmo da pelve, que não era de fato tão rápido, gostava de sentir devagar o quanto passava até chegar o fundo, mas tinha firmeza, estocando contra ele. Yori sorriu a ele e mordeu o próprio lábio dessa vez quando o sentiu tocar o sexo, inclinando o pescoço para trás, estava sensível, e estremecia quando ele tocava a si tão intimamente. 
- Hideki... - Murmurou, contra os lábios dele. - Não precisa se conter tanto, me... Me mostra como você gosta. 
- Eu também gosto assim. 
Hideki falou baixo, audível o suficiente para ele, mas seria gradativo, havia começado o sexo justamente por seu sonho dolorido, faria-o notar a junção das sensações e o resultado disso, queria que ele sentisse tanta vontade quanto a si, queria causar-lhe a dor e perceber que ela não era de fato apenas incômoda. Se afastou dele, por consequência o puxou e sem dificuldade o virou de costas, não se demorou para tê-lo de quatro. Ajoelhou-se atrás dele, encostou o ventre contra suas nádegas, roçando a ereção em sua bunda firme, mas podia senti-lo se empinar suavemente, só então tornou penetra-lo, entrou nele, resvalando por todo seu caminho até completa-lo consigo. Tomou seus quadris, apertou sua pelve e por lá passou a puxa-lo, com força, mais do que usava antes. Ao ouvi-lo, Yori sorriu de canto e achou que ele fosse continuar, mas foi virado na cama e não disse nada, agarrou-se no lençol somente, empinando os quadris como havia aprendido a fazer, mesmo inconscientemente. Ao erguer os quadris, o sentiu se empurrar pra dentro mais uma vez e gemeu, prazeroso. 
- Hideki... Ah! 
Ao senti-lo puxar a si, sentiu os quadris dele baterem contra as nádegas, firme, podia sentir os ossos contra os dele e era tão gostoso. 
- M-Mais... Eu...
Com firmeza, o maior ainda o tomava, penetrando-o com força, sentia seu corpo responder em espasmos, estava gostando. Intensificou, como ele pediu, e ao atingir seu corpo, sentia as coxas encontrarem as dele, como a pelve em suas nádegas. Subiu uma das mãos porém, segurou seus cabelos não muito longos, mas suficientes, enroscou os dedos a eles, puxando-os junto ao ritmo, tinha algum cuidado para não terminar os arrancando no final.
- Ah! 
Yori gemeu, mais alto conforme o sentiu se empurrar contra si e abaixou a cabeça, mas teve os cabelos tomados por ele o que forçou a si a inclinar o pescoço para trás. Estremeceu e agarrou-se firme ao lençol, tentando se manter no lugar na cama, embora fosse difícil, conforme ele se jogava contra si, as pernas quase dobravam contra a cama. 
- Você... É muito forte... Ah!
- Você não quer assim? 
O maior indagou e soou um pouco rouco, excitado como estava. A mão desocupada correu por sua cintura, sentindo sua pele que estava morna e arrepiada. Seguiu ao meio de suas pernas, tocou seu sexo não tão ereto, mas tinha alguma firmeza, massageando-o.
- Eu não reclamei... 
Yori disse, baixinho e sorriu meio de canto. Conforme o sentiu tocar a si, uma das mãos guiou sobre a dele e sentiu sua pele fria, a acariciou sutilmente e apertou sobre o sexo. Hideki arqueou-se sobre ele, de modo que toca-lo ficasse mais fácil na posição. Com seus cabelos segurados, via sua nuca a mostra e mordiscou, arranhando-a com as presas.
- Gosto do seu pau... 
Murmurou contra a pele que tragou sem perfurar, causando uma mancha da sucção. Ao ouvi-lo, o rosto de Yori novamente tomou o tom vermelho, era estranho ouvir ele dizer aquele tipo de coisa, mas agradável ao mesmo tempo. Sorriu e queria virar um pouco o rosto para beijá-lo, mas sentiu o puxão nos cabelos e teve que se manter no lugar com um gemido dolorido, e mais um quando ganhou o arranhão. 
- Ah...
- Gosto mais quando ele está duro, querendo gozar. 
Hideki falou baixo, ainda em sua pele. Tão logo passou a masturba-lo, tão rápido quanto a pelve atrás dele, sentindo seu corpo morno, a sensação úmida entre suas nádegas, podia não dizer tanto a ele, mas sabia que ele seria capaz de descobrir se quisesse, o quanto precisava dele, o quanto gostava do sexo com ele. Ao ouvi-lo dizer, estranhamente deu em Yori a vontade de vasculhar pelos sentimentos dele, talvez pudesse só um pouquinho, não sabia se isso era uma invasão de privacidade, por isso não fazia, mas naquele momento sentiu vontade, não diria nada sobre. Conforme se concentrou nele, nem havia notado quando prendeu a respiração e sentiu o sexo pulsar entre seus dedos tamanha foi a onda de prazer que sentiu, ele estava tão excitado daquela forma? A ponto de fazer o próprio corpo vibrar só por sentir uma parcela dele? Sorriu, para si mesmo e mordeu o lábio inferior, havia se concentrado demais nele e nem havia notado, mas o corpo se sentia leve, leve demais e podia sentir um formigamento, ainda maior quando o sentiu tocar onde gostava, estava sentindo o prazer dele junto do próprio. 
- Hideki! 
Chamou, talvez mais alto do que gostaria e agarrou-se firmemente na cama, gozou, sem nem ter tempo de dizer o restante da frase a ele. 
- Ah!
Hideki sentiu seu corpo trépido entre os dedos, a sensação de seu prazer se intensificou, sabia o porquê, sabia o que ele estava fazendo. O apertou no sexo, suavizando o ritmo da massagem até então aparta-lo, se ele ia gozar, faria gozar sem mesmo precisar de um agrado ali. Intensificou o ritmo, pela onda de prazer que ele sentia, certamente seria capaz de suportar. Fechou os olhos e por um minuto deixou de dar atenção a ele, sentiu puramente o prazer que ganhava de seu corpo, passando vigorosamente por sua intimidade, violando seu corpo pequeno com insistência, sentindo o calor brando que ainda restava em seu sangue. Deixou a voz fugir da garganta num gemido rouco, evidentemente satisfeito, quando enfim, gozou com ele. Conforme o sentiu agilizar o ritmo, Yori teve que se apoiar mais firmemente na cama, mas era difícil com a sensação prazerosa que tinha pelo corpo, e os braços fraquejavam. Os gemidos pouco mais altos deixaram os lábios e ao senti-lo gozar afrouxou um pouco o aperto no lençol, sabendo que ele também  afrouxaria os movimentos, mas não foi exatamente o que ele havia feito e numa estocada a mais caiu na cama, o rosto contra o lençol e gemeu dolorido, virando o rosto de lado. O maior o penetrou com insistência durante todo o ápice, até que estivesse sensível o bastante, excitado o bastante, só então diminuiu a frequência, segurando sua pelve já erguida, puxando com força ainda que sem rapidez, por fim, apartou e devagar saiu dele. Por um momento ficou ali aonde estava, dando a ele um tempo para se recompor, no fim se deitou, sobre o corpo dele, debruçado na cama. Yori mordeu o lábio inferior conforme ainda o sentia se mover, era dolorido, mas gostoso. 
- Ah... Eu... Isso é tão bom...
- Kimochi
Hideki sussurrou e mordiscou seu pescoço com os dentes frontais, não feriu a pele. Yori sorriu e virou-se em direção a ele, o rosto somente.
- Eu... Desculpe, eu estava sentindo você.
- Eu sei disso. - O maior disse sob sua confissão.
- Eu só queria saber se você gostava..  - O menor disse num pequeno sorriso.
- Se gostava de que? De sexo? - Hideki indagou, em tom risonho.
- Sim... Se estava gostoso.
- Você devia saber, se não posso me controlar, é porque eu gosto muito disso. Mas agora ao menos você já sabe.
- Ophelia disse que você é como um adolescente ainda.
- Ah, ela disse, é? 
Hideki disse, imaginando que havia sido chamado de imaturo. 
- Sim, mas como um adolescente na cama, não um adolescente nas atitudes... Não que ela tenha falado de você na cama... Eu... Esquece.
- Eu nunca tocaria na Ophelia. - Hideki disse, confuso por sua confusão.
- É... Eu sei... - Yori disse, corado e se pudesse esconder o rosto, esconderia. - Desculpe.
Hideki estava um tanto confuso, mas não perguntou novamente. 
- Ophelia não sabe de nada.
- Eu acho que ela está certa nisso, você... Tem a fome de um adolescente.
- Você acha, é? Me diga como sabe disso.
Yori sorriu. 
- Esta bravo? Eu só disse que você é bom de cama.
- Como você sabe como um adolescente é na cama?
- Eu sou um adolescente, ué.
- Então você me quer tanto quanto eu quero você?
Ao ouvi-lo, o loiro sentiu o rubor no rosto novamente, mas assentiu.
- Usotsuki. - Falou baixo.
- Eu quero sim.
- Hum. Acho que sim...
Yori sorriu. 
- Me deixa... Me deixa levantar. Eu...
Hideki afastou-se seguindo para a cama, deu espaço a ele conforme ao lado de acomodou. 
- Aonde vai?
- Em lugar nenhum, quero olhar pra você. - O menor disse num pequeno sorriso e ajoelhou-se na cama, fitando-o. - Eu gosto de saber que você não tirou o colar... É fofo.
- É um presente. 
Hideki disse e tocou o colar conforme ele falou, olhando para o pingente. Yori sorriu e abaixou-se, selando os lábios dele, e uma das mãos, acariciou os cabelos dele, colocando uma mecha atrás de sua orelha. 
- Você... É tão bonito. Como pôde achar que eu não ficaria com você se tentasse me conquistar assim? Você é bonito, é atencioso. - Disse, indicando o colar.
- Você queria morrer. Eu não sou um humano. Eu bebo sangue.
- E daí? Eu não aceitei morrer por você?
- Mas você queria morrer naquele dia, você ia cometer suicídio, um desconhecido não faria você mudar de ideia. Morrer precisa de muito pensar para fazer.
- Eu ainda... Não consigo entender porque você me sequestrou naquele dia. O cheiro? Ou... Estava me caçando? Pensou em me matar?
- Eu só estava dando uma volta, voltava da cidade ou estava indo até ela. Não estava pensando em caçar, mas eu senti seu cheiro, e já havia sentido bons aromas mas não como o seu, então eu deduzi que você poderia ser mais do que qualquer outra pessoa pra mim. Não posso dizer que senti amor à primeira vista, mas quanto mais eu senti seu cheiro, mais tempo eu vivi com ele, certamente me cativou mais que qualquer um teria feito em muitos anos. No começo eu pensei que seu sangue seria suficiente, depois, seu corpo, e depois...
Yori sorriu meio de canto ao ouvi-lo. 
- Pra mim parece amor a primeira vista e é adorável. 
Disse e deitou-se junto dele, repousando a face em seu tórax. Hideki não disse nada, era normalmente muito sincero, mas falar sobre coisas românticas era algo novo, então ainda parecia estranho, incomum, mas não se incomodava.
- E se... Nós fossemos a cidade amanhã? Passear.
- Se você puder se conter perto dos humanos...
- Ah... Eu vou a feira com a Ophelia e fico bem.
- Certo, podemos ir.
O menor sorriu. 
- Tá bom! Vou te levar nuns lugares bem legais.
- Eu quero saber, no fim das contas, como está com as questões que fizeram você ir até aquela ponte.
Yori desviou o olhar a ele. 
- Você quer dizer... Como eu estou com a morte dos meus pais?
- Com tudo. Com qualquer coisa.
- ... Bom, eu me distrai muito aqui... E descobri que talvez a vida não seja tão vazia.
- Distraiu, hum? Talvez algo esteja preenchendo você e não distraindo.
- Hum, acho que sim. -O menor sorriu. - Eu encontrei um grande cão selvagem que quer me engolir, e me apaixonei por ele. - Riu baixinho.
Bem, Hideki não sabia se era um elogio mas sorriu canteiro, pela conclusão da frase. 
- Não de preocupe, não vou engolir você, só passar vontade.
Yori riu baixinho. 
- Tá bom então.

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1 comentários:

  1. Lindo!!! Amo muito quando os dois estão assim se dando tão bem. É incrível ver que o Yori (não mais tão cu doce assim), está se sentindo meio "liberto"? Bem, para mim ele está se sentindo assim, é como se realmente tivesse deixado para trás todos os problemas que o levaram a querer morrer e agora está bem e está amando, e sendo amado.
    Hide-chan também tem evoluído bem! Está mas safado ainda (AMO E QUERO MAIS), porém, mais carinhoso, bem ao seu modo, mas tá :v

    Obrigada por mais esse cap, vocês Kaya e Kyo são demais <3

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