Tsubaki e Izumi #21


Devagar, Izumi caminhou pela pequena feirinha, havia ido para o mesmo lugar onde o conhecera a primeira vez, e estava de mãos dadas com o pequeno que animado, indicava com a mãozinha pequena uma das lanternas coloridas que brilhavam numa das barracas, havia comprado para ele aquele pequeno bastão aceso, e era quase como hipnotizá-lo, chegou a rir com seus olhões presos ao objeto. 

- Mamãe, vai queimar minha mão!
- Não vai não meu amor.
Falou a sorrir e pegou o pequeno objeto, esperando-o apagar para de desfazer dele.

- ... Mamãe... Será que posso pegar um docinho?
- Eh? Qual docinho?
- Daqueles de morango, que eu comprei aquela vez.
- Você ainda lembra do docinho?
- Uhum. 
Izumi sorriu novamente e assentiu, seguindo com ele para a barraca dos doces e dessa vez retirou uma nota de alguns bons ienes, lembrou-se de quando precisou contar as moedas para comprar para ele o doce e uniu as sobrancelhas.
- "Tubaki" vai vir?
- Vai sim, ele... Já deve estar chegando.
Após encerrar a reunião de trabalho, que não era exatamente a da cafeteria, Tsubaki tomou o automóvel e mesmo assim o assunto se prolongou ao telefone. Trabalhava com o próprio pai, a cafeteria era apenas uma ramificação do serviço, ou não exatamente isso. Estacionou o veículo quando alcançou o fluxo de pessoas, posicionou o carro na vaga e feito isso desembarcou e já desligado do serviço, passeou por lá, acharia-o sem ligar. Izumi comprou um espetinho para ele também, não queria que ele comesse só os doces e por fim pôde ver o outro a caminhar entre as pessoas. Suspirou e mordeu o lábio inferior, erguendo uma das mãos a chamá-lo. 
- Tsubaki!
Por um reflexo, Tsubaki levemente ergueu a mão e juntamente acenou, até que então o alcançasse. Não havia tido tempo de trocar as roupas, portanto ainda vestia calça e blazer sobre a camisa preta e azul gravata da mesma cor, não havia saído de um velório apesar da roupa escura. 
- Peixinho. 
Pegou o pequenino no colo e seu pai, cumprimento com um beijo na bochecha, embora canteiro a sua boca. Izumi sorriu ao vê-lo, estava tão bonito que até suspirou e viu-o pegar o pequeno no colo que após o beijo dado em si, ofereceu a ele seu espetinho de carne. 
- Qué? Eu divido.
Tsubaki sorriu ao pequenino ao vê-lo e abriu a boca, esperando pelo aperitivo. O menor ergueu o pequeno espetinho e deixou-o morder o pedaço de carne.
- Cadê, mamãe, cadê? 
- Ta aqui. 
Izumi sorriu e entregou ao pequenininho a caixinha de chocolates que ele pegou rapidamente, observando-a e parecia conferir se estava tudo ok para depois entregar ao outro. 
- Feliz dia dos papais, Tubaki.
- Ele que escolheu. Queria te dar chocolate porque viu na loja. 
Izumi sorriu meio de canto. Tsubaki mastigava devagar e viu o pequeno morder igualmente o espetinho, mastigava também devagar enquanto procurava com o outro a caixinha que tratou de conferir e aceitou. 
- Ah, feliz dia dos pais. 
Disse e sorriu, ainda que tivesse a boca meio ocupada, beijou seu pescocinho e igualmente cumprimentou do seu pai. Tornou beija-lo, agora na testa. 
- Feliz dia dos pais. Nós vamos comer chocolate juntos? 
Indagou ao pequenino, e roçou seu narizinho pequeno e achatado com o próprio. Izumi sorriu a ele, erguendo a face e selou-lhe os lábios ao invés de retribuir um beijo sutil no rosto. O pequeno sorriu e assentiu, abraçando-o no pescoço. 
- Vamos!
Tsubaki sorriu a ele e por fim se ajeitou para seguir caminho. Continuou com o pequeno no colo, já o outro, envolveu seus ombros. 
- O que vamos comprar?
Izumi sorriu a ele e abraçou-o igualmente, estava feliz de estar com ele.
- Hum, eu fiquei esperando você pra comer, comprei pro pequenininho porque ele não espera. - Riu.
- Porque é comilão. - Tsubaki disse e cutucou a barriguinha do menor. - O que vocês querem? Yakisoba? Sushi?
- Sou nada! 
Izumi riu e beijou o pequeno no rosto. 
- Eu queria yakisoba.
- Então vamos comer yakisoba, com bastante legumes pra esse gordinho. E pra mamãe continuar magrinha. - Tsubaki brincou.
Izumi riu baixinho e sentiu a face se corar sutilmente. 
- Mamãe estava animada pra ver você, estava cantando no banho. 
- ... H-Hasu!
- Ah é? Estava cantando o que?
- Música romântica. 
- Hasu, não entregue a mamãe... - Corou-se novamente.
- Músicas românticas, é? Acha que a mamãe vai querer cantar no meu chuveiro?
O pequeno desviou o olhar a si e riu baixinho. 
- Não, ele vai ficar com vergonha. 
Izumi sorriu a ele, meio de canto e sentiu um sutil arrepio pelo corpo com a ideia de estar no chuveiro com ele.
- Ah... Que pena. Se não cantar não vai na casa do Tsubaki. - Tsubaki brincou em chantagem.
- Tem que cantar, mamãe! 
Izumi riu e assentiu. 
- Ta bem, eu canto...
- Tem? Por quê? Você quer dormir lá, quer?
- Quero sim!
- E a mamãe? - Tsubaki indagou a fitar o outro.
- Eu... Quero sim. 
Izumi sorriu e mordeu o lábio inferior.
- Hum, então vamos cantar no chuveiro.
- Vamos. - Sorriu. 
- Eu quero! 
- Não Hasu. - Riu. - Não pode tomar banho com os adultos...
- Hum, eu tomo banho com ele na banheira. Mas depois da mamãe.
Izumi suspirou ao ouvi-lo e encolheu-se sutilmente.
- V-Vamos comprar a comida.
- Vamos sim. Comer bastante? 
Tsubaki disse ao pequenino e voltou a cutuca-lo.
- Um monte!
Izumi sorriu e assentiu, indicando a barraquinha de comida. 
- Ne... Foi aqui que nos conhecemos.
- Eu me lembro de trombar com um pequenino perdido. 
Tsubaki disse e seguiu até o atendente onde formulou o pedido do jantar. Pediu o macarrão oriental, também alguns aperitivos com carne e gengibre. 
- O doce pegamos depois. - Disse ao pequeno, enroscado consigo.
O pequeno sorriu, repousando a face sobre o ombro dele, e Izumi sabia que o filho gostava muito do outro, até achava engraçadinho como ele realmente achava que ele era seu pai, mas tinha medo que ele se apegasse demais e o outro acabasse por terminar aquele relacionamento consigo mais pra frente, quer dizer, não tinham realmente um relacionamento, mas faltava pouco. 
- Ta bem. Hasu vai comer o salgado primeiro.
- Hum, eu gosto muito desse tempero com gengibre. Você gosta de pastelzinho, hum hum? 
Tsubaki disse ao pequenino e beliscou delicadamente sua barriguinha. 
- Gosta? 
Se voltou ao maior e então seguiu à mesa, sentou-se com eles. O menor riu e assentiu a ele, mordendo o lábio inferior pequenininho.
- Paara!
Izumi riu, divertindo-se com seu mordisco.
- Eu gosto também. Vínhamos comer aqui antes... Quando dava. 
Sorriu meio de canto. O pequeno estreitou os olhos.
- Quando dava, hum? Um dia vou levá-los num lugar onde não daria. 
Izumi desviou o olhar a ele e abaixou a cabeça um pouco corado. 
- Não precisa gastar tanto... Eu gosto do yakisoba daqui.
- Hum, eu gosto de gastar com vocês.
O loiro sorriu meio de canto. 
- Agora a mamãe pode me dar docinho. Antigamente não podia. 
Izumi uniu as sobrancelhas. 
- ... É mamãe pode.
- É, isso é bom. Agora vocês podem comprar um monte de coisas.
O loiro sorriu a ele.
- Eu... Sabe que não tenho como agradecer.
- Não precisa me agradecer, você trabalha por isso.
- Mas foi você que me deu o trabalho.
- Te dei o empurrão, andar foi por sua conta.
Izumi sorriu meio de canto. 
- Você sabe que é maravilhoso, não seja modesto.
- Não estou sendo modesto, você está.
O loiro sorriu novamente, aproximando-se do outro e lhe selou os lábios. 
- Eu tô aqui hein? - Disse o pequeno.
- Claro que está. Sinto uma bolinha no meu colo. 
Tsubaki disse a ele, mesmo ainda contra os lábios de seu pai, o qual retribuiu o beijo. 
- Mas pode beijar a mamãe, eu deixo.
Izumi riu e negativou ao pequeno.
- Iremos mesmo pra sua casa?
- Bem, eu fiz o convite. Se você quer ir, é você quem deve dizer. 
Tsubaki disse e àquela altura já estava brincando e afagando os cabelos do pequenino.
- Mamãe quer sim, ele vai dizer que não, mas quer sim.
- Ah, é? É mamãe?
Izumi riu baixinho e negativou. 
- Não vou dizer que não...
- Hum, também achei que não fosse dizer não.
- Gosto da sua casa, da sua companhia e... O Hasui também gosta. 
- Eu gosto, a cama é grandona e macia!
- Hum, isso é bom. - Tsubaki sorriu ao rapaz e logo ao menor no colo. - É? E os filmes, hum?
- Também. Mamãe não me deixa mais ver dorama. - Hasui cruzou os braços.
- Eu nunca deixei, você vê nas minhas costas, coisinha.
- O que tem?
- É pra adulto, não você.
- Ah, mas alguns são de comédia. Ou ele vê coisas pra maior de dezoito desse tamaínho?
- Ele vê as de comédia, mas pode achar coisas estranhas por engano, né. Me preocupo.
- Semana passada tinha dois meninos na tv.
- Eh? Como assim? 
- Dois meninos namorando. Parecia você mamãe.
- Namorando sem roupas? 
Tsubaki indagou, achando graça, mas soava sério. O pequeno arqueou uma das sobrancelhas. 
- Por que eles estariam namorando sem roupas...?
- Pra tomar banho depois.
- Ah... Entendi.
Izumi engoliu em seco ao ouvi-lo falar com o pequeno e por fim suspirou quando o menor assentiu.
- É assim que vocês fazem os bebês?
- Não, assim a gente toma banho. - Tsubaki apalpou seu nariz.
- Ah... Ta bom.
- Você está muito curioso hoje, Hasu.
- Os bebês nós compramos na internet. - Disse Tsubaki.
- Que? Mamãe me comprou?!
O moreno riu, achando graça, quase gargalhou. Izumi riu igualmente, porém baixinho e desviou o olhar a ele. 
- Calma, não comprei não.
- Não, mamãe te trouxe de dentro. Eu que provoquei você.
- De dentro de onde? Um ovo?
- Da barriga, ora. Nunca viu alguém com gravidez?
- Já vi na rua, mas não sabia que era bebê.
- Então como sabe o que é gravidez?
- Não é quando as moças ficam com a bariga grandona?
- É sim. Achou que fosse o que? Dodói?
- Achei que elas tinham engolido uma melancia.
- É, é isso mesmo. Mas por onde entra? 
Tsubaki disse, ajeitando-se a medida em que recebiam os pedidos, sentia o cheiro do macarrão que soltava fumava com o calor. 
- Pela boca, ué. 
Izumi riu e negativou a observar o filho. 
- Mas todo mundo sempre tem um papai pra ajudar a engolir. - Disse o pequeno.
- É, papai coloca aos poucos lá dentro. - Tsubaki complementou.
Izumi corou-se ao ouvi-lo e abaixou a cabeça, envergonhado. 
- Você vai ajudar a mamãe a engolir outro neném?
- Hum, não, eu gosto de ter você, não preciso colocar outro la dentro. Mas a gente pode fingir que coloca. 
Izumi desviou o olhar ao maior e cobriu o rosto com uma das mãos. 
- Então não vou ganhar um irmãozinho? 
- Hasu... Vamos... Vamos mudar de assunto. - Izumi sorriu.
- Você quer ter irmãos, hum?
- Quero... Quero um menininho pra eu poder brincar.
- Menino? Achei que ia querer uma menina. E a mamãe, queria uma menina ou um menino?
Izumi sorriu meio de canto. 
- Quero só o meu Hasui.
- Que é quase uma menina e um menino juntos. - Tsubaki provocou o pequenino.
- Não! Sou menininho!
- Claro que é. Tem Piu piu.
Izumi riu. 
- Vai comer seus vegetais?
- Talvez...
- Vai comer sim, hum? São bem gostosos. 
Tsubaki disse e após ajeitar o jantar, pegou os hashis descartáveis, com ele um dos brócolis e levou em frente sua pequenina boca. 
- Vamos lá.
O pequeno revirou a boquinha num bico, não gostava muito de vegetais, mas dados pelo outro ele aceitaria um ou dois e abriu a boquinha.
- Isso. Come pra ficar fortinho. 
Tsubaki disse e deu a ele, esperando se manifestar sobre o sabor do brócolis.
- Isso é horrível. 
Hasui disse a mastigar.
- Hum, não sabia que você estava aprendendo a ficar enjoado. - Tsubaki tocou seu narizinho.
- Não pode recusar comida, Hasu. 
- Mas é ruim, mamãe.
- Quando o conheci você não era assim.
O pequeno uniu as sobrancelhas e assentiu. Tsubaki sorriu.
- Não precisa comer. Felizmente o Tsubaki aqui te achou pra você não precisar mais comer coisas ruins.
O menor desviou o olhar ao moreno e assentiu, abraçando-o ao redor de seu pescoço. Tsubaki riu entre os dentes. 
- Vamos experimentar outra e ver se você gosta? Quer provar também mamãe? 
Disse ao outro, que não ia exatamente experimentar.
- Vamos sim. 
Izumi sorriu ao maior e pegou uma das verduras verdinhas, guiando aos lábios. O pequeno assentiu meio contido, concordou, mas não queria realmente. Tsubaki pegou com o hashi, uma daquelas que pareciam pequenas árvores, mais clara que o brócoli e sugeriu a seu pai. 
- Aqui, mãe.
Izumi abriu a boca, aceitando a pequena arvorezinha e sorriu.
- Oishi
- Eu também quero.
Disse o pequeno.
- Hum, não sei. Acho que esse é só da mamãe.
- Não! Tem que dividir comigo.
- Você não gosta dessas coisas. 
Tsubaki disse e desviou o olhar a seu pai do outro lado, lhe deu uma piscadela.
- Mamãe, eu quero arvorezinha!
Izumi riu e negativou. 
- Só uma então.
Tsubaki riu, tendo driblado o garoto. Pegou uma delas e levou em frente a sua boca, o pequeno abriu a boquinha e aceitou o pequeno legume, sorrindo em seguida. 
- É gostoso.
- É gostoso? Vamos te dar outro então?
O menor abriu a boca, esperando pela comida. Tsubaki pegou desta vez o brócolis e levou para sua boca, tentando não deixa-lo ver. O menor uniu as sobrancelhas e fechou a boca. 
- Esse não é a arvorezinha.
- É uma arvorezinha diferente, mais madura.
Hasui uniu as sobrancelhas, mas aceitou o pequeno legume.
- Veja, é gostoso. Mamãe gosta desse também. 
Tsubaki disse e levou outro brócolis também para seu pai. Izumi aceitou o vegetal e sorriu a ele, assentindo. 
- Vai, come sua comidinha.
- Vou te colocar do lado e você come sozinho?
O pequeno assentiu e esticou as mãos para pegar o hashi.
- Quer um talher? 
Tsubaki indagou ao pequenino após acomoda-lo na cadeirinha mais alta. Após se servir, serviu ao outro e enfim, começaram a comer. O menor negativou a pegar os hashis e meio desajeitado, pegava a comida a levar aos lábios. Quanto a Izumi, comia silencioso enquanto o observava e ao filho, rindo baixinho.
- Quer um garfo?
- Iie, eu consigo!
- Hum, que mocinho tão esforçado. - Tsubaki afagou seu cabelo claro. Continuou a comer em seguida no entanto. - Nós vamos comer algo gostoso e doce depois, só porque você está se esforçando. - Disse ao pequenino e tocou a perna do outro, quietinho enquanto comia. - E porque hoje é seu dia também.
O menor sorriu, animado e assentiu, voltando a comer com o hashi. Izumi desviou o olhar a ele ao ouvi-lo e sorriu igualmente, deslizando a mão pela mesa a segurar a dele. 
- Obrigado.
Tsubaki sorriu a ele e esticou a mão antes tocada, afagou sua nuca porém não durou. Sentiu o celular vibrar no bolso e teve de atender a ligação, o qual não deixaria durar por muito tempo, mas era trabalho. 
- Um minuto. 
Disse ao rapaz e se levantou, tomando distância, mas nada além de alguns poucos metros. Izumi apertou a mão dele sutilmente antes de solta-la e sentiu sua carícia gostosa na nuca. 
- Ah? Ta bem. 
- Eu já disse que após as seis não gosto de receber ligações. 
Dizia de longe, pouco se ouviria mas ainda assim, ouviria. 
- É simples, ligue no horário, amanhã retorno a ligação ou me ligue de volta. Se você fizer da forma certa, não terá razões emergenciais para ligações. Hum, ligue para o secretário dele. 
Disse e então deu fim à chamada, voltou um pouco depois, se sentou e voltou a tocar sua coxa. 
- Problemas com fornecimento.
Izumi sorriu e continuou a comer, porém desviou o olhar a ele meio de canto, podia ouvir sua conversa ou um pouco dela. 
- Ah... Hai.
- Está gostoso? 
Tsubaki perguntou a ele e não a seu filho desta vez. Voltou a comer em seguida, pegando um dos pasteizinhos orientais, provando da carne temperada que mencionava antes. Um pouco aborrecido pela ligação no entanto, nada que não deixasse passar em alguns minutos. 
- Está sim. - Izumi sorriu e bebeu um pouco do chá que havia comprado em conjunto para si. - Eu adoro yakisoba.
- Da próxima vez farei pra você em casa. Amanhã quem sabe, se quiser repetir a opção de jantar.
Izumi assentiu e desviou o olhar ao pequeno distraído com seu macarrão. 
- Quero muito ir a sua casa...
- Quer, him? Também o quero lá. 
Tsubaki sorriu-lhe de canto com a boca que ocupou com o jantar. Izumi sorriu e mordeu o lábio inferior, acariciando a mão dele.
- Vão querer passar em casa antes? 
Tsubaki indagou e pegou o pequeno pastel e levou em frente a boca dele.
- Mamãe trouxe algumas roupas. 
Izumi sentiu a face se corar ao ouvi-lo, porém assentiu, aceitando o pastel.
- Hum, veio preparado? 
Tsubaki indagou, surpreso e comeu o restante de seu pastel chinês já mordido.
- Hai... Um pouquinho. - O loiro sorriu.
- Hum, isso me surpreendeu. Trouxe as do pequeno também?
- Trouxe sim. - Izumi sorriu.
Tsubaki sorriu, na falta do riso, achava graça. 
- Acho que alguém me queria hoje.
- Desculpe, não era pra ele falar. - Riu.
- Não disse nada. Mas odeio pedidos de desculpas sem razão.
Izumi assentiu e desviou o olhar para as comida, voltando a comer. Tsubaki continuou a comer e volta e meia recebia alguma olhadinha canteiro, assim como o toque de sua mão. Afagou-o igualmente e assim prosseguiu até dar fim no jantar. 
- Devia levá-los para comer um docinho gostoso, papai?
Izumi desviou o olhar a ele num pequeno sorriso quando se fez satisfeito e observou o menorzinho. 
- Não gostou do chocolate...?
- Claro que gostei, mas esse chocolate é meu, e vocês?
O pequeno uniu as sobrancelhas.
- Não vai me dar nem unzinho?
- Hasui!
- Nenhum. Ou talvez eu deixe a gente comer juntos vendo aquelas novelas que você gosta amanhã a noite, ah?
Izumi riu e negativou. 
- Vocês dois...
Tsubaki sorriu ao outro e por fim se levantou para então formular o pagamento dos pedidos. Izumi desviou o olhar a ele, iria se prontificar a pagar o jantar, mas sabia que discutiram e preferiu não dizer nada. 
- Vamos Hasu? Deixa eu arrumar seu casaco.
Após regredir, o moreno fitou o pequenino caçando seus últimos fios de macarrão, tinha a boquinha um pouco suja de molho. 
- Mas é bonitinho.
Izumi riu ao ouvi-lo e ajeitou o casaco do pequeno, limpando sua boquinha. 
- Pronto, está com fome ainda? 
- De sorvete! 
- Não, sorvete não pode.
- Por que não? - Tsubaki indagou curioso sobre sua razão.
- Hasui vai ficar com dor de garganta.
- Ah, se for assim nunca tomará. Dou um chá para ele em casa. Pode ter um brownie junto do sorvete, que tal?
Izumi sorriu a ele e ao pequenininho.
- Tá bem...
- Oba!
- É, mamãe também ganha. Quero que prove.
- Tá bem. 
Izumi sorriu, levantou-se e pegou o pequeno no colo.
- Se quiser eu posso levar ele. É gordinho, está pesado, não? 
Tsubaki indagou e beliscou a barriguinha dele.
- Eu não sou pesado! Nem gordinho.
- Gordinho, olha só essa barriguinha redonda. 
Tsubaki disse e ergueu sua blusinha, mostrando a ele sua barriguinha redonda, mas que não era de fato gorda.
- Mamãe, fala pra ele que eu sou magrinho!
Tsubaki abaixou-se, beijando sua barriguinha onde soprou e fez ruir, assim como dar cócegas. Izumi riu e segurou firme o menorzinho que se moveu em pequenos chutes no colo. 
- Não, Hasui! 
- Paara!
Tsubaki riu e então cessou, deixando em paz sua barriga. 
- Tá bem, vamos lá. 
Segurou o louro pelo ombro, levando-o consigo, caminhando pela feirinha noturna bem iluminada. Izumi seguiu junto do outro pelas pequenas barracas, sorrindo enquanto carregava o pequeno consigo. 
- Onde vamos? É longe?
- Não exatamente, mas precisaremos do carro. É perto de casa.
- Ah, então tá bem. - Sorriu. 
- Oba! Vamos passear de carro!
- Você gosta de carro? - Tsubaki indagou ao pequenino. Voltou-se para seu pai. - Depois iremos para casa.- Tá bem.
- Gosto, mas só andei com você. 
- Talvez sua mamãe um dia tenha um carro.
Izumi assentiu e abaixou a cabeça. 
- Eu nunca aprendi a dirigir...
- Oh, mesmo? Posso pedir que alguém te de aulas.
- Jura? Eu ia gostar. - Izumi sorriu. - Assim não precisaria mais do ônibus.
- É, o transporte público pode ser um pouco ruim. O carro seria ótimo até pra vocês passearem.
O loiro assentiu e sorriu. 
- Eu... Posso fazer as contas, acho que guardando um pouquinho posso comprar um carro.
- Existem carros bons e em conta. E o seu curso, como está? 
Tsubaki indagou e finalmente chegou no carro, abriu a porta após desalarma-lo. Izumi sorriu e assentiu, o pequeno agarrou-se no próprio pescoço e repousou a cabeça no próprio ombro. Acariciou os cabelinhos dele. 
- Está ótimo, aprendi a fazer todos os tipos de torta.
- Vai ter de ir para trás, peixinho. 
Tsubaki disse ao menor, agarradinho a seu pai. Viu o pequeno assentir, bocejando a observa-lo.
- Está com soninho meu amor?
O menor assentiu.
- Então é melhor ir para casa?
Izumi desviou o olhar a ele. 
- Ah... Eu acho melhor, mas... Se quiser muito que a gente prove o brownie acho que ele acorda na sorveteria.
- O que você achar melhor, papai.
Izumi desviou o olhar ao pequenininho e uniu as sobrancelhas. 
- Podemos ir amanhã?
- Claro. Amanhã o dia vai ser cheio, ah?
Assentiu e sorriu a ele. 
- Então vamos, vou colocar o peixinho pra dormir.
- No aquário, peixinho. 
Tsubaki disse após tomar posse do assento de motorista e então ligar o carro, assim tomando rumo para casa, não muito distante dali. Izumi sentou no banco do carona e deu um sorriso a ele, colocando o cinto. Tsubaki deu início ao caminho, aproveitou para deixar alguma música baixa tocando, dando maior conforto ao pegar a breve viagem. 
- Seria bom viajar, hum? Num conversível ainda.
Izumi desviou o olhar a ele e sorriu. 
- Eu nunca saí daqui de Tokyo, só quando era bem pequeno.
- Hum, talvez possamos fazer um passeio rápido num fim de semana.
- Seria muito bom. Não é Hasui? 
Desviou o olhar ao pequeno e notou que ele já dormia, com a cabecinha pendendo para o lado.
- Acho que o gorducho está desmaiado. 
Tsubaki provocou, embora ele dormisse. Izumi riu. 
- Acordamos cedo hoje pra comprar o presente. Ele pulou na cama.
O moreno fitou-o de soslaio e sorriu.
- Ele acha mesmo que sou pai dele, hum?
Izumi desviou o olhar a ele e sorriu. 
- ... Eu queria que você fosse.
- Eu teria cuidado de vocês.
O loiro uniu as sobrancelhas e assentiu, tudo que queria era pedir desculpas a ele mesmo que não soubesse porque, era o que sabia fazer, o tempo todo desde que era mais novo parecia estar sempre cometendo erros e não aguentava mais se sentir daquele modo. Sentiu as pequenas lágrimas nos olhos e piscou algumas vezes, afastando-as. 
- Queria ter te conhecido anos atrás...
- Minha mãe costumava dizer, não cai a folha de uma árvore se assim não for necessário. As coisas acontecem como tem de ser. Certamente não teria o Hasui se houvéssemos nos conhecido antes, e por sinal, nos conhecemos por causa dele.
Izumi desviou o olhar a ele e assentiu, negativando em seguida. 
- Desculpe, eu não quero estar triste, é que... É difícil...
- Eu sei que é. - Tsubaki disse e tocou sua bochecha. - Mas agora está tudo bem.
- Obrigado...
Tsubaki estacionou pouco depois, desligou o carro ao chegar na garagem de casa e por fim o ajudou com o pequeno que dormia. 
- Fique a vontade, Izumi.
Izumi saiu do carro junto dele e ajudou o pequeno a sair do carro, ainda dormia, largado em seus braços conforme fora pego. 
- Apagou mesmo. - Riu. - Obrigado.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário