Midnight Lovers #8 (+18)


O dia de trabalho de Tsukasa havia sido complicado, foram muitos problemas a serem resolvidos e enquanto se sentava na mesa com a própria esposa, podia ver no rosto dela que parecia tão infeliz quanto a si, não sabia o porque e na verdade, não quis perguntar. 

- Sabe... Acho que hoje nós poderíamos... 
Desviou o olhar a ela e sabia do que falava, mas não queria pensar em fazer aquilo com ela naquele dia, na verdade, só conseguia pensar nele. E em como ele de alguma forma, acalmava a si. Era estranho pensar numa afeição assim sendo que só havia visto ele algumas vezes. 
- Não posso, terei que trabalhar. 
- Mas são seis da tarde.
- Sim, trabalharei a noite. 
Numa golada do saque, Tsukasa desviou o olhar, não queria falar sobre aquilo e sabia que ela estava desgostosa, não podia fazer nada, não conseguiria dar o que ela queria naquele momento. Ao retornar, seguiu caminho aposto ao do trabalho, pegou o caminho do bordel, onde já conhecia e para a própria surpresa, ele não estava na casa e sim no lago, como indicado por Katsuragi. Estranhou, o que ele estaria fazendo num lago no meio da noite? Mas decidiu vista-lo de toda forma, o lago não era longe dali.
- Kuro, olha! Tem peixinhos! - Disse Asami, enquanto se inclinava para tentar pegar um dos peixes. - Podemos levar um?
- E onde colocaríamos esse peixe? Você quer come-los? Pequeno cruel. 
Kurogane disse enquanto o observava a avisar os lago. Tinha os braços cruzados, uma mão para cada manga do quimono onde se enfiavam e assistia o menor.
- Claro que não, eu levo na mão, coloco num saquinho.
- E onde vai guardar? Comprará um aquário?
O menor assentiu num sorriso. Quanto a Tsukasa, havia chego e observava o moreno, com um sorriso nos lábios. 
- Kuro?
- Certo, se você quer um, darei o aquário como presente de natal. - Kuro disse a ele e fez menção de acariciar seus cabelos, porém, percebeu que não estavam a sós. - Tsukasa-san, o que faz aqui?
Asami sorriu e aproximou-se dele para um beijo, porém cessou antes que pudesse toca-lo.
- Como você está? - Kuro indagou a ele e seguiu para cumprimenta-lo. - Asami, venha. Eu estou devendo um peixinho para você agora?
- Está.
- Kuro. Falei com Katsuragi, ele me disse que estava aqui, então... Vim vê-lo. Asami, não é?
- Sim senhor.
- Senhor não, garoto. - Tsukasa disse a observar o moreno maior. 
- Ah, desculpe, não quis te chamar de velho. Você é muito bonito.Tsukasa sorriu meio de canto, assentindo. 
- Tem um tempo livre, Kuro?
Kuro arqueou a sobrancelha, não entendendo como o elogio do menor surgiu tão de repente, acabou rindo. 
- Está nervoso na frente dele, Sami? Ele sempre pergunta algo sobre você, Tsukasa-san. - Disse, na verdade tinha ideia diferente das perguntas de Asami. - Claro, se eu puder levar meu amigo até a casa novamente.
Asami sorriu novamente, meio desajeitado, não costumava ter aquele tipo de conversa. 
- Ah é? - Respondeu Tsukasa.
- Hey! Kuro! - Disse Asami.
- Eu também irei. - Disse Tsukasa.
- Então vamos. Venha, rapazinho tímido. 
Kuro brincou e estendeu a mão ao amigo, o guiou porém por seu ombro. Asami assentiu e seguiu junto dele, silencioso em direção a casa, se sentia nervoso perto do rapaz. Tsukasa permaneceu em silêncio, preferia não conversar de fato enquanto o menor estava ali.
- Quanta tensão, vocês querem ficar sozinhos? 
Kuro indagou, numa brincadeira, embora estivesse no fim provocando o amigo. Asami desviou o olhar a ele e negativou. 
- Kuro... Para. - Asami riu. - Tsukasa-san costuma ficar com você, então não nos conhecemos direito.
- Vocês são namorados? - Perguntou Tsukasa.
- Eh?!
- Ah? - Kuro riu. - Você acha que se namorássemos eu estaria aceitando que ele falasse de você pra mim ou que você é um homem bonito? Eu não teria maturidade para deixar meu companheiro ser um cortesão.
Asami desviou o olhar a ele e uniu as sobrancelhas. 
- Hum. Entendi.
Kuro observou o menor, acariciou seu ombro onde o tocava, esperava não ser mal interpretado. Gostava dele, mas não sabia como faria se estivessem num relacionamento se o deixasse ser de outro homem. Asami negativou, e de fato havia interpretado da pior forma possível mesmo. 
- Tsukasa-san com licença, estava no lago então vou para a casa de banho. Foi bom... Conhecer você. 
Disse com um sorriso ao moreno e abriu o obi do kimono, expondo parte do tórax para ele antes de se retirar, e claro, o fazia de uma forma que queria deixar o ciúme para o amigo, já que havia agido como um idiota. Tsukasa observou o garoto e deu a ele um sorriso, não se importava para onde iria, se importava com o outro, porém cessou os passos conforme o viu abrir o obi, não que estivesse cobiçando algo dele, mas teve um sobressalto. Kuro observou o gesto de Asami, incomodou-se embora não tivesse certeza do porquê, não tinha com ele aquele sensação de posse em demasia, podia lidar com ele e seus clientes, mas naquela situação, se incomodou. 
- Ora, Asami, se o quer, se junte conosco no futon.
Asami desviou o olhar ao outro, de alguma forma parecia estranho o modo como eles agiam, e havia nutrido uma afeição pelo outro que causava um certo desconforto em si, saber que ele podia querê-lo. 
- Ah, você quer que eu me deite com vocês? - Disse a desviar o olhar ao maior ali parado, e quem pagaria pelo serviço. - O que acha, Tsu? Eu não cobro por hoje. 
Tsukasa uniu as sobrancelhas, confuso, mas sabia que estava presenciando uma cena de algum tipo de ciúmes e também sentiu, provavelmente ele queria que não aceitasse o garoto, porém assentiu a ele. 
- Venha.
- É, já que quer tanto o meu cliente a ponto de mostrar o corpo de graça. 
Kuro disse, entre dentes, mas era bem audível porém. Olhou para Tsukasa, se perguntou por um momento se ele conseguiria transar com Asami, uma vez que mesmo que ele tomasse sua mulher, sabia que ele ia até lá para outros tipos de favores. Asami desviou o olhar ao outro e estava de certa forma, irritado. 
- Não quer que ele venha? - Perguntou Tsukasa.
Kuro sorriu, ingracioso.
- Pode vir, quem decide é você. E Asami, você não estudou para ser um cortesão e no fim apelidar Tsukasa.
- Certo, venha Asami. 
Tsukasa disse, indicando que o garoto seguisse com ambos para o quarto, e adentrou, o de Kuro, que era acostumado a estar. Conforme entrou, deixou de lado a cigarrilha e indicou ao garoto que retirasse a roupa. 
- Vamos. 
Asami adentrou o quarto junto dele, já estava lá e estava irritado com o amigo, mas sentiu um certo arrepio conforme viu o maior observando a si, ele também parecia irritado, e de alguma forma, parecia saber que estava só o usando para provocar o outro. Uma das mãos tocou o kimono, hesitante e deixou ele deslizar pelo corpo até atingir o chão. Kuro entrou no próprio quarto e embora estivesse certamente frustrado, naquele momento, era profissional o bastante. O garoto logo se despiu, decidiu desse modo se sentar para observar o início. Havia descoberto o que irritava a si, talvez a falta de consciência dos sentimentos mais fortes do amigo fizesse com que em alguma parte da cabeça, achasse que seu profissionalismo perante os clientes reinava, portanto entenderia uma resposta conveniente diante de um cliente. Tinham uma interação, sabia que era um prostituto e lidava com aquilo desde que não viesse à tona aos próprios olhos, era justamente por isso, que com Tsukasa, mesmo em frente a Asami, havia sequer tocado as mãos do homem, o cumprimentava, mas não era um cortesão sob os olhos do menor, ainda que não deixasse de agradar indiretamente o outro rapaz e vê-lo agora como uma prostituta barata, havia realmente aborrecido a si. Sentado fitou-o se desnudar, pegou a cigarrilha e assim passou a observar. 
- Seu corpo é bonito, embora pequeno. - Tsukasa disse num sorriso ingracioso. 
- Você não gosta?
- Não me atrai realmente, mas não é feio. 
Tsukasa disse a ele e logo viu seus passos em direção a si, o garoto parecia um gato, era afiado nos olhares, quase podia despir a si só com eles e nem se moveu conforme o sentiu se sentar sobre o próprio colo, era algo que fazia de certa forma também para irritar o outro, mas não tinha tanta vontade quando Asami. Nem tanto talento para fingimento. Num breve conflito, Kuro repreendeu mudamente Tsukasa por ser tão sincero ao dizer que não se atraía ir Asami, não queria que o garoto se sentisse recusado ao mesmo tempo que vê-lo se oferecer tirou qualquer vontade de defende-lo, preferiu então olha-los como um voyeur qualquer e dar de ombros sobre a discussão. Tsukasa observou o garoto de perto e sorriu a ele, sem mostrar os dentes, esperava por seus movimentos e sabia que ele estava atrapalhado. Não esperava que fosse tão longe, conforme o sentiu se aproximar de si e beijar o pescoço, suspirou, segurando os cabelos dele e murmurou contra seu ouvido. 
- Sei que está blefando, garoto.
Asami negativou e deslizou o olhar a ele.
- Acho você bonito.
- Sei que está fazendo isso pra causar ciúme nele. - Disse ainda a murmurar.
- Eu posso simplesmente gostar de você também.
- Não gosta, e eu sei. Mas se quiser fazer isso, tudo bem.
- O que estão fazendo? Se não posso sequer ouvir, preferem que eu os deixe? Falem mais alto. - Kuro disse, uma vez que sussurravam como dois infelizes.
- E por que você não vem aqui então já que quer ouvir. Sentou longe por quê? Estou pagando por você. 
Asami desviou o olhar ao rapaz, ainda estava em seu colo, então roçou as nádegas em seus quadris. 
- Você quer fazer isso comigo? 
- Não force a barra.
- Eu não sei como deveria me meter entre vocês, quero deixar que vocês se conheçam, meu amiguinho parece muito interessado. - Kuro disse e caminhou até eles, ainda em pé, diferente dos demais. - Deixe ele conhecer seu corpo tão bonito, Tsukasa. 
Disse e tocou a vestimenta do outro. Como dizia, Asami parecia interessado e bem, deixaria-o brincar daquela forma. Na verdade havia se acalmado, agora, iria mesmo trabalhar. Asami suspirou ao ouvir o outro e de alguma forma tinha mesmo curiosidade do corpo dele, podia ver as tatuagens em sua pele, eram bonitas, estilo bem tradicional, por isso o esperou que ele retirasse a camisa e uma das mãos tocou o tórax do maior, roçando os dedos a ele. 
- É, você é mesmo bonito.
- Obrigado. - Tsukasa disse num suspiro. 
Kuro ainda não estava completamente nu, assim como ele, ele nem se quer parecia excitado, estava tenso, e também estava, imaginava que o amigo também estivesse. Abaixou-se novamente e voltou a beijar o pescoço do maior, sentindo seu cheiro amadeirado de um perfume talvez, enquanto tocava sua pele com ambas as mãos. Tocou a camisa dele, desabotoou-a, devagar mostrou seu corpo torneado. Asami parecia muito interessado de modo que talvez até um tanto desconfortável, mesmo Tsukasa o parecia. Mas em Asami podia tocar com força, talvez até descontar um pouco do desagrado por sua descaratez. Segurou o menor por seus cabelos ao enrosca-los nos dedos e puxar para trás, observou-o de cima e continuou a segura-lo pelos cabelos escuros enquanto na altura de seu rosto, vagarosamente soltava o obi. Asami sentiu o puxão dos cabelos e gemeu baixinho, desviando o olhar a ele conforme ergueu a face e arqueou uma das sobrancelhas, deixando claro a ele que ainda estava irritado. Kuro olhou-o impassível. E assim terminou com o desenlace do obi, abriu a fresta de roupa o qual expôs a pele e também a roupa íntima. Puxou-o um tanto mais e o deixou a um centímetro do baixo ventre. Devagar, Asami virou-se em direção a ele, sentando-se de costas ao outro e provavelmente daria a ele a visão das nádegas. Deslizou uma das mãos pelo abdômen do outro, acariciando-o, mesmo ainda desgostoso, assim como ele, trabalharia. Puxou sua roupa íntima, abaixando-a e deslizou a língua por ele, sem se importar se estava na frente do outro e jogou os cabelos negros para trás, deixando-os sobre a pele branca, sabia que o amigo gostava.
Tsukasa arqueou uma das sobrancelhas conforme o viu se virar, parecia interagir com o outro somente de forma mais íntima, consigo, ele não parecia querer nada naquela forma. Arqueou uma das sobrancelhas, irritado por ver aquele tipo de toque, era como Kuro, não gostava de vê-lo com outras pessoas embora soubesse que era um prostituto. Sentia ainda mais raiva de alguma forma porque sabia que não fazia aquilo com ele, nem o tocava, talvez ele gostasse mais do outro por isso mesmo.
Kuro desviou a direção visual por seus ombros, observando seus cabelos desceram numa cascata, era como uma cortina de cerdas negras. Atrás dele, fitou o outro, se perguntava o que ele queria fazer. De volta ao amigo, deu um suspiro mais longo, sentindo o toque morno de sua língua, sendo tocado, sendo lambido, porém, se tomou na mão e guiou a direção de seus lábios, roçou a glande a delineá-lo e abriu sua boca, enfiou-se nela e gemeu baixo, porém audível, quase arfado. Era novo naquele tipo de atenção, mesmo Asami sabia disso. Asami ergueu a face a fita-lo e conforme o sentiu se enfiar na própria boca o sugou, como ele gostava que fizesse, mas não pode evitar de por acidente o morder suavemente na glande. Tsukasa suspirou e desviou o olhar a eles, estava se sentindo desconfortável, como se sobresse, de fora de seus toques. E por fim se aproximou, beijando as costas do garoto a frente, era o que podia fazer de onde estava.
- Hum... 
Kuro gemeu, um pouco mais aparente, porém não protestou e os olhos a pouco fechados tornou a voltar para ele, e Tsukasa. Esticou-se e tocou o rosto do moreno atrás de Asami, não alcançava muito dele diante do corpo sentado sobre o dele. 
- Está me mordendo, hum? Parece tão gostoso que você quer morder? 
Disse ao amigo, mas soava um pouco mais rouco. Aquela altura já estava ereto dentro de sua boca. Asami ergueu a face a observa-lo e estremeceu, podia sentir os beijos do outros atrás de si, sentia seu tórax nu contra as costas, mas de alguma forma, o que mais excitava a si era o fato de estar com ele dentro da boca. Tsukasa desviou o olhar ao outro em pé e deslizou as mãos pela cintura do garoto no colo, não o tocava realmente de modo íntimo. 
- Você quer sentar, Asami? 
Disse, e observava especificamente o rosto do outro, tentando averiguar alguma reação a frase. Kuro sentiu um certo grau de desconforto, não tinha certeza para qual dos dois, pela sugestão ou pela ideia do menor de aceitar o convite. 
- Você quer o pau dele, Asami? 
Indagou, de alguma forma imaginava que falar daquele jeito fosse tornar a sensação menos esquisitas, imaginou que fosse sentir o trabalho e apenas isso. Queria tocar Asami e também Tsukasa, queria os dois. Fechou os olhos, sentindo puramente as sensações que tinha na boca do outro. 
- Hum, eu... Deveria gozar..? Ou quer que eu espere? - Indagou e se voltou ao dois, não sabia com quem acabaria.- Quem vai me usar hoje?
Asami desviou o olhar ao outro em frente a si conforme o ouviu e perguntava-se se ele não sentia nada, aparentemente não. Uniu as sobrancelhas, irritado e mordeu-o novamente no sexo, erguendo-se e retirou a roupa íntima, deslizando-a pelas pernas a desnudar completamente o corpo, expondo ao amigo a intenção que tinha. Tsukasa desviou o olhar ao menor, fitando seus movimentos e não tinha intenção real de toca-lo daquela forma, mas ele parecia esperar por algo de si. Quanto ao outro o fitou quase repreensivo, não gostava que ele falasse tão abertamente que era passivo.
- Oh, você quer mesmo me mastigar, Asami... 
Kuro disse, ofegante, dolorido mas sentia prazer mesmo com aquilo. Por um momento, abandonado por sua boca, o fitou. Tsukasa não parecia querer ser exposto, mas Asami queria usufruir de seu corpo, então não tinha muito o que fazer ali. Asami o sugou, firme, o quanto conseguisse e por fim o soltou, empurrou-o para o futon que havia atrás dele, e o deixou cair, estava irritado, mas nem por isso ficaria com o cliente dele. De costas a dele, encaixou-o ao próprio corpo, e nem protestou quando o deixou entrar em si. Porém, alcançou o rapaz mais alto a frente e puxou sua calça e roupa íntima, retirando-a com a ajuda dele, que confuso ajudava a si, e agora, tinha ele na boca. Ao ser solto, livre do toque, Kuro regressou alguns passos até chegar ao igual nível de ambos, sentando-se no futon. Por um instante, não sabia se aquela visão seria tragável para Tsukasa, mas ele mesmo havia aceitado o convite de Asami, que num piscar de olhos tomou o corpo nada muito ereto de Tsukasa. 
- Não tenha pressa, Asami, trate bem Tsukasa. 
Disse, mas acabou com a voz pesada na garganta, penetrou o menor, sentindo-se passar em seu corpo. Asami ainda estava em silêncio, sabia que sexo oral era o que era melhor em fazer, ao menos os clientes diziam aquilo, então conforme teve o outro na boca, o sugou, firme como havia feito com o outro, iniciando um suave movimento de vai e vem a colocá-lo e retirá-lo da boca, para isso, ficou de quatro, indicando ao amigo que continuasse com os toques daquela forma. Tsukasa desviou o olhar ao garoto, e por um momento um suspiro profundo deixou os lábios, a boca dele estava quente, era impossível não gostar de seus toques já até estava ereto na boca dele e respondia a ele. 
- Ah...
Kuro levantou-se logo atrás dele, estava um pouco perdido na situação, não por ser incomum em um sexo à três, mas era incomum por ser com duas pessoas com que se importava. Observou o rosto de prazer de Tsukasa e somente assim se sentiu apto a dar atenção à Asami. Curvou, cobrindo suas costas com o próprio peito, ainda que não estivesse inteiramente nu. Alcançou sua nuca e mordiscou seu pescoço. 
- Gosta do pau dele? É gostoso? 
Indagou e deu um beijo em seu rosto. Com a mão alcançou Tsukasa, acariciou seu tronco nu a delineá-lo até a nádega o qual apertou e foi sutil em tocar mais próximo de seu âmago, como ele achava esconder de Asami, mas Asami sabia pelas próprias histórias o que provavelmente fazia atrás dele. 
- Vou fazer amor com vocês dois hoje? 
Indagou, embora não soubesse exatamente com qual dos dois falava. Passou a se mover, dando ritmo em Asami, passando a penetra-lo no mesmo ritmo com que ele chupava o maior. Ao senti-lo adentrar o corpo, um gemido deixou os lábios de Asami, dolorido e prazeroso ao mesmo tempo e por isso, afundou-o na boca, fingiu não ouvir o outro, não queria olha-lo, por isso se concentrava apenas no maior e na mão do amigo que percorreu o corpo dele, era incômodo. Tsukasa desviou o olhar a ambos, não gostava muito da ideia de Kuro pegar o outro garoto, isso era a única coisa que tirava a excitação que tinha de estar numa boca quente, mesmo que fosse uma boca de um desconhecido. Ao sentir o toque do rapaz, estremeceu e negativou a ele. 
- Não... Não faça isso.
- Hum? 
Kuro indagou, um tanto confuso, mas apalpou sua nádega, deslizando os dedos em seu âmago, porém não era indiscreto. Ao se arquear, ainda que continuasse se movendo no corpo de Asami, olhava Tsukasa e queria entender se aquilo o desagradava. Esticou-se para ele, lambiscou sua pele, mordeu seu mamilo, mas cessou em seguida. Pegou os quadris de Asami e passou a move-lo vigorosamente, queria ter sexo com os dois, queria dar prazer aos dois, mas aquilo parecia estranho, pareciam ambos confusos. Um suspiro deixou os lábios de Asami, estava irritado, então era difícil se concentrar completamente no que fazia, não era como trabalhar, havia envolvido os sentimentos nisso. Conforme o sentiu se mover para si, estremeceu e agarrou-se ao futon ao lado de si, dando uma suave mordida no sexo do mais alto. Tsukasa desviou o olhar a Kuro, podia ver seu corpo bonito, os movimentos de seus quadris, e de alguma forma excitava a si vê-lo sendo ativo, embora incomodasse por não ser o próprio, puxou os cabelos do garoto, afastando-o de si e beijou-o em seu rosto, assistindo-o lamber os lábios. 
- Oishi?
- Hum... - Asami assentiu.
Por um momento Kuro parou, se afastou, deixou de estar em Asami. Queria tê-lo, mas a situação estava esquisita, por mais excitante que fosse, se eles pareciam se estranhar, aquilo parecia robótico demais. Ao sair, ainda tinha uma ereção aparente, mas a conteve na mão. 
- Eu acho melhor vocês fazerem isso só vocês.
Asami assustou-se conforme o sentiu se retirar de si e uniu as sobrancelhas, ajoelhando-se no chão.
- Hum? Não, Kuro, fique. - Disse Tsukasa.
- Na verdade, quem está sobrando sou eu. - Asami sorriu meio de canto. - Desculpe, eu vou tomar meu banho. Foi bom conhecer você, Tsukasa.
- Não, Asami. Acho bom que vocês se conheçam. Vocês podem só namorar, se conhecer, não precisam fazer sexo se isso não os deixam confortáveis.
- Eu insisto. 
O meno disse num pequeno sorriso, e sabia que o maior não iria se importar, ele não queria a si ali, nem o outro. 
- Tudo bem, até uma outra hora.
- Não, não. Eu quero que vocês se divirtam.
- Eu não estou me divertindo. - Asami sorriu e levantou-se, buscando o kimono no chão do quarto, o vestiu, assim como a roupa íntima. - Até logo. - Dito, seguiu para a saída.
Kuro observou o garoto a se retirar do quarto e negativou, levantando-se igualmente a pegar a roupa. Kuro naquele momento o que teve de vontade era que a si fosse capaz de sair, porém, estava no próprio quarto, teria de ficar como estava. Não sabia exatamente quais sentimentos nutriam, Tsukasa por si ou Asami por si também, mas de alguma forma ambos apreciam infelizes. Tsukasa suspirou, e vestiu a própria roupa íntima, depois a calça. 
- Acho que é melhor eu ir embora.
- Não, você queria me ver, veio até aqui a essa hora. Eu sinto muito, eu estraguei tudo. Achei que Asami tinha interesse em você, pensei nele, mas não pensei sobre o que você realmente queria. Magoei vocês...  Sinto muito.
- Asami não tem interesse em mim, Kuro. - Tsukasa sorriu, meio de canto.
- Ele sempre fala sobre você, o acha atraente. Você fica?
- Ele acha você atraente. Só veio até aqui pra fazer ciúme em você, não percebeu que ele não me deixou toca-lo intimamente nenhuma vez? - Disse num suspiro. - Eu não o quero de toda forma.
- Ele tentou, você o recusou. Me perdoe por meus modos. Fique aqui, não perca a viagem, queria me ver, não?
- Hum. Não precisa me pedir pra ficar dessa forma. Não sou um garotinho frágil. 
Tsukasa disse a tirar o dinheiro do obi.
- Não é isso, sei que você não se importa com isso, mas eu me importo com você. Por favor, me deixe te dar uma boa noite.
Tsukasa arqueou uma das sobrancelhas e por fim assentiu, deixando o dinheiro sobre sua penteadeira.
- Se não quiser não precisa, eu apenas achei que depois disso, não ia querer ir embora e voltar estressado até sua esposa.
- ... Eu já estava estressado. Tudo bem, venha.
- Espere apenas um minuto, eu preciso me lavar, eu tive contato com Asami.
Tsukasa assentiu e acomodou-se no futon dele, preparando a própria cigarrilha.
- Serei breve. 
Kuro disse a ele e fechou as portas do quarto, acendeu algumas velas e deixou o incenso aceso. Só então deixou o quarto e bem, o caminho seria para o banho, mas nunca o fez com tanta rapidez. A água fria acalmou os ânimos, esfregou-se com destreza e até molhou um pouco dos cabelos mas nada que demorasse para torna-los secos. Desse modo regrediria, porém não antes sem desviar o caminho e ao entrar no quarto dele, o rapaz ainda secava seus cabelos com uma toalha, o pegou pelos ombros em sua menção de falar alguma coisa, mas calou-o ao tapar sua boca com a própria, deu nele um beijo firme. Asami havia ido para o banho, e passado um minuto quase inteiro sentado no chão, negativou algumas vezes por ter se metido naquilo, não deveria. Tinha o próprio trabalho, ele tinha o dele, eram amigos, talvez devessem continuar assim. Ao voltar para o quarto, estava chateado, e sentou para secar os cabelos, não trabalharia naquela noite. Porém, ouviu o barulho da porta e rapidamente se voltou a ela. Estreitou os olhos conforme viu ser o amigo e arregalou os olhos ao ser beijado, não esperava por aquilo, na verdade, não esperava por mais nada vindo dele. O segurou pelos ombros, firme e empurrou-o. 
- Que merda?!
Kuro insistiu porém, mesmo em seu protesto um pouco abafado na boca. Quando o deixou, beijou sua bochecha e se afastou, sem soltar seus ombros. 
- Asami, eu sinto muito se nosso dia agradável terminou dessa forma. Você provavelmente entendeu o que eu disse errado, não o culpo por isso, eu apenas não quis aborrecer Tsukasa, ele é um homem sensível ainda que não queira admitir isso. Porém, não ache que é muito ético se expor daquele modo para o cliente de outro.
- Ético? Eu não me importo com o que é ético, você se importou mais com ele e tudo bem. Afinal, você não iria querer ter um namorado prostituto.
- Não quis dizer isso. Eu quis dizer que se você fosse meu namorado eu não permitiria que elogiasse outro homem em minha frente. Além do mais, se estou aos serviços de Tsukasa, eu deveria agradar ele ou você?
- ... - Asami negativou. - Agrade ele Kuro, agrade só ele.
- Sami... Não quis ofende-lo.
- É, mas me ofendeu. Pelo jeito eu não mereço você porque sou um prostituto.
- Uh, não seja tolo. Eu sou um prostituto, quem seria eu pra julgar você.
- Volte para o seu cliente, ele está pagando e tem mais classe que eu. 
Asami disse e voltou a se sentar.
- Asami, já tentei explicar pra você de todas as formas porque me importo, mas começo a achar que você não está querendo entender. Você simplesmente não quer, mesmo que saiba o que estou dizendo a você, mesmo que saiba que tem sentido no que eu digo, mas certo. Se é isso que você quer.
Asami uniu as sobrancelhas e assentiu, fitando o chão e pegou a escova, voltou a pentear os cabelos.
- Tsc. 
Kuro resmungou ainda mais diante do gesto e antes que pudesse sair, o que existia sobre sua cômoda com um vigoroso movimento do braço logo foi ao chão. Queria dizer qualquer coisa agressiva para que se sentisse bem, mas ficou quieto e só então saiu. Asami desviou o olhar a ele conforme seguia para fora e arregalou os olhos conforme viu os objetos irem ao chão. Um vidro de porcelana com pó para o rosto se partiu e espalhou o pó pelo quarto. 
- ...

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