Sagara e Azaiichi #12 (+18)


Sagara riu, entre os dentes e digno de sua pressa, foi a entrada e penetrou seu corpo, adentrando-o numa estocada rápida e embora penetrasse depressa, ainda tinha cuidado, parou pela metade. 
Conforme o sentiu adentrar o corpo, Azaiichi agarrou-se firmemente nele e abaixou a cabeça, o gemido dolorido rasgou a garganta, mas não fora tão alto, teve de se conter. Uniu as sobrancelhas, tentando esconder a expressão dolorida da vista dele e estremeceu. 
- S-Saga!
- Uh, não queria ele tão logo? 
O maior indagou, ele e sua tentativa de conter a feição dolorida, mas seu corpo não deixava negar, com espasmos certamente involuntários.
- N-Não precisava ser tão... Dolorido... - Azaiichi murmurou e mordeu o lábio inferior. - ... É quente...
- É gostoso, ah? 
Saga indagou novamente e o acomodou nas coxas, fazendo deslizar-se para dentro agora completamente. Azaiichi assentiu e suspirou, agarrando-se a ele e beijou-o no pescoço, no ombro e mais um gemido dolorido deixou os lábios conforme o tinha inteiro no corpo agora.
- Hum... Vai... Vai gozar dentro hoje?
- Mas é claro. Que não. 
Saga disse entre pausas mas completou, era um pirralho mesmo, deduzia pela falta de responsabilidade ou apenas talvez fosse muito espertinho. O menor fez um pequeno bico e apertou-o entre os braços.
- Mas por quê?
- Você é um pirralho mesmo, ah? Não sabe o que é DST e nem gravidez.
- Você não tem nenhuma DST, eu te coloco na boca. Se for assim, eu já peguei também. E gravidez... Bem, eu quero um bebê seu.
- Garoto, você não tem sequer 18 anos pra estar pensando em bebê. Você! É o bebê.
Azaiichi uniu as sobrancelhas. 
- ...
- Não adianta me olhar com essa cara, não sou tão irresponsável.
- ... Não seja grosseiro.
- Grosseiro por não querer engravidar um adolescente? Já é muito que eu não use camisinha. 
Saga disse e se moveu, na verdade o moveu pelos quadris, empurrando-o em movimento da vaivém, no colo. Azaiichi uniu as sobrancelhas e novamente mordeu o lábio ao senti-lo se mover. 
- Ah! Mas... Por favor, goza... Eu tomo remédio na sua frente...
- Por que quer que eu goze em você? 
Saga indagou mordiscou seu queixo enquanto o movia no colo, embora de leve.
- Quero sentir você. - Azaiichi murmurou. - Quero saber que tenho parte de você no meu corpo. 
Ao dizer, selou os lábios dele e mordeu seu lábio inferior, movendo os quadris a rebolar sobre ele, sutilmente, era difícil se mover ainda, mas estava tomando coragem.
- Quer mais do meu corpo dentro de você do que o meu pau? 
Saga disse e o incentivou a medida em que passou a seguir seu ritmo, o ajudando com isso. Azaiichi assentiu e sorriu a ele, sentindo um arrepio percorrer o corpo conforme ele moveu a si em seu colo e devagar passou a subir e descer, deixando-o entrar e se retirar do corpo. 
- Ah...
- E meu pau não é suficiente? Se eu gozasse em você, ainda assim ia sair no meio das suas pernas. Não vou engravidar uma criança.
Azaiichi desviou o olhar a ele e sorriu. 
- Eu disse que eu tomo remédios. 
Disse e beijou-o no pescoço algumas vezes, apertando-o no corpo, suave e logo, passou a se mover, mais forte. 
- Ah!
- Não. 
Saga retrucou, já cansado do assunto e o moveu mais vigorosamente pelos quadris, puxando ao colo, roçando-o no ventre como deslizava para dentro e para fora. Azaiichi uniu as sobrancelhas, mas assentiu no fim, agarrando-se aos ombros dele e empurrando-se para baixo, onde podia senti-lo a fundo no corpo, e também, onde gostava. O maior deslizou os braços para sua cintura, tomando com firmeza conforme o enlaçou. Como podia se movia abaixo dele, assim como o manejava no colo. Enquanto se movia, o menor mexeu nos cabelos dele, gostava da maciez que os fios tinham e ao lado, buscou o pequeno vibrador e entregou a ele, esboçando um pequeno sorriso.
- Hum, você quer o vibrador também? 
O maior indagou ao segurar o pequeno bullet, esquecido até então.
- Hum, coloca no meu pau... Nos meus mamilos... Brinca comigo. - O menor sorriu.
- Você é mesmo guloso, ah? 
Saga indagou e tomou nos dedos a pequena cápsula vibratória, por um tempo segurou, sem usar nele, porém logo deu atenção ao que podia, encostou em seu sexo, ainda que desejasse não atender seu fato seu pedido. Azaiichi mordeu o lábio inferior ao sentir o objeto no sexo, gostava um pouquinho de ser torturado por ele, sentia como se ele quisesse dar prazer a si de várias formas, embora no fundo soubesse que não era assim tão importante pra ele, não queria pensar naquilo. 
- Você gosta de mim?
Saga observou o garoto, ele era falante demais, tinha hábito de buscar aquele tipo de respostas durante o sexo e se perguntava como conseguia fazê-lo, se focava demais em coisas que não estavam de fato ligadas ao ato, e embora ele achasse que não, se importava com seu prazer e queria também propor prazer para ele como ganhava, era atencioso com o que fazia, sempre. Encarou seu rosto delicado e embora não o respondesse, com a mão desocupada o pegou pelos cabelos suaves da nuca por onde segurou e então o beijou. Azaiichi desviou o olhar a ele, fitava seu rosto, ele era bonito demais, a voz, tudo dele era maravilhoso. Suspirou profundo e só então o retribuiu em seu beijo, a língua tocou a dele, num toque firme, o beijava com toda a vontade que realmente tinha de fazer aquilo, e que almejou por tanto tempo antes de finalmente poder conhecê-lo.
De início, Saga levou com languidez, porém a medida em que ele intensificou o beijo, correspondeu à altura, penetrando sua boca com a língua, mordiscando seus lábios vez outra. Por fim se levantou com ele, o levou para a cama e se pôs no meio de suas pernas, o penetrou, se encaixando devagar em seu íntimo, mas se moveu com força, ainda que não fosse em movimentos desenfreados, entrou firme e profundo, enquanto o mesmo fazia com a língua. Enquanto retribuía seu beijo, Azaiichi tinha a impressão de que aquilo queria dizer um sim, e chegou a sorrir quando enfim o sentiu colocar a si na cama novamente, é o recebeu em meio as pernas, guiando-as ao redor da cintura dele, podia sentir o tecido da meia roçar em sua pele quente, ele era tão bonito sem camisa, que não conseguia tirar as mãos do corpo dele. 
- Hum!
Saga sentia sua mãos pequenas e macias deslizando pelo corpo onde ele pudesse alcançar, era para ele talvez como buscar realidade no que faziam, imaginava. Lambeu seus lábios, desceu ao queixo e mordiscou no pescoço enquanto continuava sem perder a atenção do ritmo pélvico, ainda não rápido, mas firme. O menor suspirou e num selar de lábios encerrou o beijo, gemeu contra os lábios dele ainda perto, ah, era tão gostoso senti-lo entre as próprias pernas. Sorriu a ele e mordeu o lábio inferior, o dele, puxando sutilmente entre os dentes. 
- Me deixa ouvir sua voz... Me chama, geme pra mim... 
Murmurou e as unhas deslizaram pelas costas dele, dolosas. Aquele era outro pedido para constar o que faziam. Saga sorriu, meio de canto e soou um sopro nasal. 
- Me faça gemer.
Azaiichi desviou o olhar a ele e sorriu meio de canto, o apertou entre as pernas com ambas as coxas e empurrou-o rapidamente para a cama, sobre seu corpo, puxou a blusa que ainda usava e retirou, jogando de lado e deixou o tórax livre, agora usava somente as meias, e a coleira com o nome dele. O empurrou contra a cama pelo tórax, e rapidamente passou a subir e descer sobre seu corpo, era rápido e firme, empurrando-se várias vezes com força em seu colo e ao fazê-lo, movia os quadris, rebolando sobre ele. 
- Hum...
Saga resmungou sob o toque de suas unhas, mas não chegou a fluir tão evidentemente, provavelmente não como ele queria, mas franziu levemente o cenho, dolorido, talvez ainda mais por ter unhas curtas. Ao sentir o toque, deduziu que queria subir para o corpo, então facilitou ao se deitar como ele queria e deixou tomar as rédeas, se pondo por cima, iniciando o ritmo e imaginava o quão excitado estaria para estar tão fácil de se mover como agora fazia, tão recém penetrado. Levou as mãos em seus quadris e deslizou para as coxas, sentiu a textura das meias, delas gostava, mas detestava aquele colar, preferia as fitas simples que ele usava e percebeu que se lembrava do detalhe. Azaiichi mordeu o lábio interior, ainda era dolorido, mas podia senti-lo tocar onde gostava, então, movia os quadris firmemente quando o tinha inteiramente no corpo. Inclinou o pescoço para trás e por um momento apreciou as sensações do corpo, esquecendo-se do porque estava fazendo aquilo, na intenção de ouvi-lo gemer. Não conseguia conter o fato de que tinha a pele arrepiada, o corpo estava ereto novamente, excitado com os movimentos que fazia, não era difícil estar excitado, era um adolescente, mas daquele modo era novidade, estava sedento por ele, por isso o corpo o engolia com tamanha vontade.
- Ah...
Saga desviou o olhar por seu tronco nu, seguindo a descida do peitoral até chegar em seu membro aos poucos em pé, constando o agrado que tinha no sexo e tão logo, chegou onde queria, podia ver entrar e sair inteiramente em seu corpo, notando o quão fundo terminava dentro dele, aquela penetração era mais profunda. Gemeu, bem como ele queria, embora fosse no entanto por satisfação visual. Ao ouvi-lo, Azaiichi desviou o olhar a ele e sorriu, mordendo o lábio inferior e empurrou-se mais firmemente em seu colo, podia sentir o corpo arrepiado devido a voz gostosa dele. Saga deslizou as mãos para suas nádegas, o apertou com força nos dedos e estalou um tapa duplo, mas não era forte, porém era firme. Moveu-se sob ele da forma que podia. Azaiichi demeu, prazeroso e dolorido conforme sentiu o tapa e mordeu o lábio inferior. 
- Ai, quer me bater? Kimochi, bate!
- Não estou batendo, estou sentindo sua bunda. Às vezes a gente precisa de um pouco de firmeza pra sentir melhor.
Azaiichi sorriu a ele e moveu-se firme. 
- Te incomoda eu ter dezesseis anos? 
Dito, o menor apertou-o no corpo, firme.
- Incomoda. - Saga retrucou e arqueou a sobrancelha diante do comentário. - Por sinal, você sabe que você pode me prejudicar. Tenho quase 30 anos.
- Eu sei que posso, mas eu não vou falar pra ninguém que você me estuprou. Não se preocupe.
- Mesmo que não seja um estupro, você ainda é um adolescente.
- Eu sei, mas sou responsável. - Azaiichi disse e beijou-o no rosto. - Mesmo que usemos camisinha, eu tomo remédio. - Beijo-o no rosto e deu um pequeno selo nos lábios. - Namora comigo, Saga...
- Não acredito em você, pirralhinho. - Saga disse e tocou seu nariz pequeno. Mas riu, um riso soprado. - Garoto, você sabe, tenho 27 anos, você tem 16. Não posso namorar você.
- Pode sim, idade não significa nada. Você gosta de mim, eu gosto de você, podemos namorar. 
Azaiichi disse e cessou os movimentos.
- Significa que vou ser preso e vou foder minha carreira.
- E quem disse que vamos assumir ao público?
- Não preciso assumir pra ser descoberto.
- Ninguém vai descobrir, e de toda forma, já podiam ter nos descoberto, encontro você pra transar.
- Não está bom do jeito que está? 
Saga indagou e logo estava por cima dele novamente, acomodando-se no meio de suas coxas, onde continuou a fita-lo. No entanto se ajoelhou na cama e tomou suas pernas, levou-as até o peito, apoiando suas pernas nos ombros. Azaiichi uniu as sobrancelhas. 
- Não... Assim você não é só meu, é de outras pessoas também... - Disse e gemeu novamente ao senti-lo adentrar o corpo. - Ah...
- Eu não quero um relacionamento, Azaiichi. 
Saga disse e não sabia como ter aquela conversa com ele, se se envolvia com alguém, geralmente não tinham falta de pudor suficiente como ele para pedir por um relacionamento. O pegou pela cintura e ao se afastar, o virou de costas na cama. Azaiichi estreitou os olhos e seria evidente, se agora não estivesse de costas. Irritado, agarrou-se ao lençol da cama e fechou os olhos, mordendo o lábio inferior a conter os gemidos, numa espécie de pirraça. Saga podia perceber a expressão de seu rosto, mas não tinha o que fazer, não pensava em namorar um garoto de dezesseis anos, não pensava sequer em namorar alguém. Ergueu sua pelve e o puxou, voltou a penetra-lo, entrou devagar, provocando-o. O menor ergueu os quadris sem nenhuma resistência, de toda forma não iria embora agora, mas estava chateado. Só senti-lo entrar no corpo, apertou o lençol entre os dedos, o gemido fez menção de deixar os lábios, mas novamente o conteve. Devagar, Saga continuou o ritmo, porém, alternou, enquanto ele esperava por uma sequência novamente suave, o penetrou com mais força. Azaiichi mordeu o lábio inferior e abaixou a cabeça, praticamente enfiando o rosto no travesseiro. 
- ...
O riso soou entre os dentes do maior, achando graça do comportamento, mas não daria a ele o que queria ouvir, na verdade não se incomodava com a birra, achava adorável, ainda mais quando ele mesmo empinava os quadris. Ao empurrar a cabeça no travesseiro, Azaiichi gemeu só então, abafado pela maciez dele, ou pensou que estaria, mas ele certamente poderia ouvir a si, mesmo que não nitidamente, e mordia o lábio inferior, embora não quisesse admitir, ele atingia bem onde gostava, e fazia o corpo estremecer, pedindo por mais do toque.
- Bem, parece que não está muito afim, então vou gozar e deixar você. 
Saga disse, provocando o garoto. Sabia que estava tocando suas partes sensíveis, mas sabia também que não estava tão próximo de seu clímax. Azaiichi ergueu a face. 
- Não... Continue, está gostoso...
- Hum, mas está se contendo, imagino que não queira mais.
- Não, estou me contendo porque você foi um babaca.
- Ah, então quem não quiser namorar você se torna um babaca?
- Não, você basicamente disse que não queria um relacionamento. Ou seja, quero continuar transando com outras pessoas.
- Não estou dizendo que não vou te namorar porque quero transar por aí.
- Esta sim! E você é meu! Não pode transar com outras pessoas!
- Não estou dizendo por isso. Talvez quando você tiver uns 20 anos.
- Ah, é porque eu tenho dezesseis anos? Só por isso não pode namorar comigo?!
- Não só por isso, porque não quero. Você tem dezesseis anos, é meio stalker, imaturo por querer transar sem camisinha com alguém que não conhece e ainda achar que sou babaca porque não estou namorando você.
Azaiichi estreitou os olhos e virou-se, fazendo-o de retirar do corpo e chutou-o, claro que sem força, fora somente para empurra-lo, embora de fato quisesse chutar a cara dele, e abraçou o travesseiro em frente ao corpo. 
- Vai pro inferno então! Está me comendo por que? Porque é gostoso? Porque sou um pirralho apertado pra você meter o pau e largar por aí em qualquer lugar?! Isso você quer, mas não quer ter nada comigo, qual é o seu problema?! E eu sou o idiota... Eu sou idiota mesmo por querer você! 
Disse e tinha lágrimas nos olhos, negativando consigo mesmo, e as lentes de contato que tornavam os olhos acinzentados deixaram a vista turva. Saga acabou interrompido ao que ele se afastou. Observou o garoto, que desatou a falar. Percebia-o corar a medida em que chegava o choro. Mas não entendia seu manifesto, por um tempo ficou de fato sem saber como lidar com ele. 
- Azaiichi, e não foi por isso que andou vindo? Desde a primeira vez, foi isso que você propôs conformadamente. Quis ter sexo comigo na festa, mandou mensagens também sexuais desde o início. Se eu o trato como sexo marcado, foi porque você mesmo fez isso. - Abaixou-se, pegou seu rosto pelo queixo e segurou, posicionou os dedos e forçou a tirada de suas lentes de contato. - Não chore, pirralho.
Azaiichi sentiu o toque dele sobre o queixo e os olhos novamente tinham seu tom castanho, não eram negros como geralmente eram os nipônicos, tinham um tom amendoado, ainda assim, não gostava deles. Desviou o olhar a ele, havia ouvido suas palavras mas só uma coisa chamava atenção para si. 
- ... Você se lembra do meu nome?
- É claro, não tenho amnésia, você sabe. - Saga disse, arqueando a sobrancelha rala. - Vamos, acho melhor você ir pro banho.
- Não quero. 
O menor disse e se deitou, abraçando o travesseiro ainda.
- Vai sim. Já terminamos por aqui.
Azaiichi desviou o olhar a ele.
- Vou embora.
- Hum... Certo. Mas tome um banho, se vista.
O menor levantou-se, deixando o travesseiro na cama e retirou as meias, deixando-as perto da mochila que havia trazido, e a coleira, retirou e jogou no chão. Saga não era do tipo que se afetava com birra, imaginava no fim que se um dia tivesse um filho, ele sofreria um pouco com aquilo. Na verdade era muito direto nas coisas e não funcionava de outra forma, Azaiishi estava tentando alguma coisa, da forma errada. Não iria pedir pra ele ficar, embora gostasse de passar o tempo com ele, ainda tinha ideia que era muito irresponsável, mas não a ponto de gerar um escândalo por estar saindo com um menino tão novo, não por si, mas pela banda. Era um garoto esforçado e desde o início teve intuitos sexuais, tão logo o tratou como ele se propôs a ser tratado. Suas mensagens eram sexuais, seus convites também, exceto por um passeio breve, tudo girava em torno do sexo, então não imaginava como em algum momento ele achou que fosse dar uma ideia diferente. 
Azaiichi suspirou e fechou a porta do banheiro atrás de si, na verdade, bateu. No box, ligou o chuveiro e deixou a água molhar a si, os cabelos, até mesmo o rosto. Silencioso se manteve lá por um tempo, sabia que para conquistar um homem precisava agir daquela forma, precisava dar a ele o que queria e só então pedir outra coisa em troca, mas talvez, não soubesse nada da vida de fato ainda. Estava magoado com ele, e da forma como havia se levado a fazer aquilo, se tornando só uma prostituta fácil demais. Lavou o corpo, rapidamente, e sinceramente não queria ficar ali, então limpava as lágrimas rapidamente para que pudesse ir embora. Não sabia o que estava pensando quando achou que tinha alguma chance com ele, ele era músico, não iria nem olhar para si, era estranho ele lembrar o próprio nome. Ao sair do banho, pegou a toalha e secou o corpo, seguindo para fora, procurando as próprias roupas.
Saga limpou-se como era suficiente, havia tomado banho a pouco, apenas se higienizou como precisava de buscou as próprias roupas. Vestiu a calça jeans que era habitualmente escura, assim como a camisa e o casaco de mesma cor. Calçou os sapatos e guardou o pouco que havia levado na mala de mão. Quando ele saiu já estava pronto para sair. Havia deixado que viesse, mas tinha de viajar logo, não tinha mais serviços. Observou o garoto, não tinha o hábito de ligar para isso, mas ele era certamente a pessoa mais jovem com que se envolvera, não queria desiludir uma criança. 
- Hey, não fique tão bravo. Quando você fizer dezoito, vinte anos, eu namoro você. Se quiser um tiozão.
Azaiichi buscou as próprias roupas no chão, vestindo-se como podia e pegou a própria mochila igualmente, guardando o restante nela, colocou nas costas, largando a coleira ali mesmo no chão. Passou por ele e deu um sorrisinho de canto, negativando em seguida e seguiu em direção a porta.
- Estou falando, não fique tão bravo por nada. Eu já disse a você, saímos umas cinco vezes e só transamos, pode parecer muito bonitinho e fácil namorar, mas você não está pegando seu professor de história. Se eu sair agora, vai ter um arrombado do outro lado da rua esperando pra tirar foto. E eu falei pra você, você age como um adolescente cheio de fogo querendo dar, é o que eu conheço de você. Mas sei que é um menino esforçado, mas é só o que eu sei. Fãs, fãs tem o hábito de achar que sabem da vida de um ídolo, só pelo que vê numa revista. - Disse enquanto pegava um cigarro no bolso da jaqueta, pôs entre os lábios o acendeu, deu um tempo antes de retomar fala. - Mas existem coisas além.
- Então me fale o que está além, o que eu preciso saber pra sair com você além de só uma cama de hotel, o que eu preciso pra agradar você, e que vai fazer você gostar de mim a ponto de querer arriscar tudo por mim.
- Nossa rapaz, gosta de doramas. - Saga comentou, quase como um pensamento alto. Chegou até ele e tocou seus cabelos, afagou sentindo as mechas curtas e molhadas. - Relaxe. Esse tipo de coisas não acontece com planejamento. - Completou, dando fim ao assunto. - Gosto mais de olhos castanhos.
Azaiichi desviou o olhar a ele e assentiu, silencioso. 
- ...
- Você quer dar uma volta?
O menor assentiu, ajeitando a bolsa nos ombros, de todo modo, ainda era um adolescente, ainda tinha alma de criança, e estava muito triste, tanto que as lágrimas quase caíam novamente pela face.
- Não chore. 
Saga disse e voltou a tocar seus cabelos, logo pegou todos os pertences e seguiu com ele, partindo para a recepção onde fez o checkout. Dali, após finalizar a estada pegou as chaves do carro e seguiu ao estacionamento, só então ao chegar no carro tirou a máscara facial, mas continuou com um chapéu. Ao sair, Azaiichi seguiu com ele pelo hotel, e estava chateado ainda, segurava firme a mochila entre os dedos e deslizou a mão pelos cabelos desalinhados, arrumando-os como costumava. Os olhos estavam pequenos agora que não usava mais a maquiagem, e seguiu com ele daquele modo para o carro.
- Prefere que eu o deixe em casa? 
Saga indagou diante do pouco humor do garoto.
- Não. Quero sair com você...
- Hum. 
Saga assentiu num murmuro e por fim seguiu caminho, deixando o hotel. Aproveitou para colocar alguma coisa no rádio, teria um caminho a seguir. Azaiichi colocou o cinto de segurança, silencioso conforme se voltou para a janela, e deixou a mochila no chão do carro.
- Você tem aula amanhã, hum?
- Iie, amanhã é feriado.
- Feriado de que? - Saga indagou, pensando se esquecia algo.
Azaiichi uniu as sobrancelhas, queria inventar algo, mas não conseguiu pensar. 
- ... Só não quero ir a aula.
- É, talvez não vá mesmo. 
O maior disse, iria um pouco longe dali afinal, noutra cidade, aproveitaria para ter uma boa vista e distrair aquela criança chorona.
- Hum? - O menor desviou o olhar a ele e uniu as sobrancelhas. - ... Como assim?
- Eu vou matar você, em um acidente de carro, comigo.
- Ah, para de mentir.
- É uma morte adorável, não?
- Certamente.
- Estou indo passar um tempo num lugar. Mas não se preocupe, aposto que conseguirá voltar, você sempre se locomove facilmente...
Azaiichi desviou o olhar a ele, sem entender ainda o que dizia. 
- ... Vai me levar pra algum lugar?
- É, vou te levar. Vamos fazer algo além de transar. Embora também possamos fazer isso em algum momento.
Azaiichi uniu as sobrancelhas. 
... Vai me levar de verdade?! Mas... Mas eu não trouxe roupa... Nem minha maquiagem. Não posso sobreviver com uma mochila de acessórios sexuais.
- Ah, você pode pegar isso em alguma loja por lá. Nada que não se resolva com uma calça e uma camiseta.
- Hum... Não, tudo bem, eu tenho cartão de crédito. Meu Deus isso vai ser incrível!
- É, você pode vestir o cartão. 
Saga disse enquanto procurava pelo cigarro na jaqueta, já nem se lembrava de quando havia fumado o anterior, abriu pouco da janela do veículo e passou a fumar, deixando aos poucos as ruas movimentadas para as estradas arborizadas.
- Não, eu quis dizer que posso comprar... Ah você entendeu, está me sacaneando. - Riu. - ... Posso fumar um?
- Estou mesmo. 
Saga disse abafado, tentando o cigarro de papel escuro entre os lábios. Diria que não, mas bem, havia fumado o primeiro cigarro aos quinze anos, não era ninguém para negar isso a ele. 
- Vá em frente.
Azaiichi assentiu e aceitou o cigarro, o observou e imaginou como deveria fazer para tragar a fumaça. O fez, e tossiu, jogando a fumaça para fora. 
- ... Meu Deus.
- Oh, é forte demais? - O maior disse, num riso abafado.
- Isso... Tem cravo? - Azaiichi riu. - Não sei como tragar isso...
- Normal, não tem como um cigarro ter segredo. - Saga disse e tragou novamente o cigarro, mostrando a ele como se fosse ter alguma diferença.
- Ah... Hai. - Dito, Azaiichi pegou o cigarro e aspirou a fumaça como ele fazia, ainda assim, tossiu novamente e riu. - Isso é forte.
- É, tem um pouco de maconha também.
- Oi? É sério?!
- Não.
Azaiichi estreitou os olhos. Saga riu, entre os dentes. 
- Mas se quiser, tem também.
- Não... Você usa drogas?
- Hum, como se já não soubesse.
- ... Não, eu não sabia.
- Uh, já fumei quando estávamos juntos, você viu.
- ... - Azaiichi uniu as sobrancelhas. - Mas é que maconha não é tão ruim.
- Relaxa, não é nada.
- Você usa alguma outra coisa?
- Não.
O menor estreitou os olhos.
- Não mesmo?
- Qual é, Azaiichi?
Azaiichi uniu as sobrancelhas. 
- Não quero você se matando.
- Não estou.
- Hum... 
O menor assentiu e o observou enquanto fumava, era agradável vê-lo, gostava. E pela primeira vez, não estava pensando em nada sexual de fato. Saga observou-o de soslaio, deu-lhe uma piscadela, tranquilizando o garoto, embora ele já não estivesse mais prolongando o assunto. Azaiichi sorriu a ele meio de canto e arrumou o próprio moletom, estava vestido como uma criança ainda, era o próprio estilo. 
- Podemos fazer uma parada em uma hora se tiver fome ou algo assim.
- É muito longe?
- Três horas.
- Nossa, é realmente uma viagem...
- É, eu disse a você. Eu gosto de viajar dirigindo.
O menor sorriu. 
- Estou viajando com você... Isso parece um sonho.
- Sonho, hum? Não é como se nunca tivéssemos falado antes.
O menor sorriu. 
- É mas... Você não faz ideia do quanto eu gosto de você.
- Faço sim, até me deu um chute no hotel.
- ... Eu não chutei você. Eu só te afastei!
- Com um chute.
- Eu te machuquei?
- Fisicamente não. - Saga dramatizou, brincando com ele.
- Ah tá. Machuquei seus sentimentos né?
- Sim, isso aí mesmo.
O menor riu. 
- Palhaço.
- Devia ter chutado seu pau.
- Não não, aí eu ia ter que capar você.
- Hum, depois eu te dou um agrado nele.
- Hum. É, ele vai esperar por isso.
Azaiichi sorriu meio de canto, mas se lembrou que não queria que ele tivesse uma visão tão sexual de si. 
- ...
- Tem uma parada há alguns quilômetros daqui, tem um bom café. Você gosta de café?
- Eu amo café. - Sorriu.
- Hum, então vamos passar lá, pra você conhecer.
- Hum, oishi!
Você só precisa avisar sua mãe.
- Minha mãe não saberá que estou aqui com você. Ela está na Coréia. - O menor sorriu. - Mas vou ligar pra governanta.
- A escola não vai avisar a ela? Na minha época a escola ligava.
- Ela liga, mas... A Aiko me conhece. - Riu.
- Sei. Vai fazer faculdade?
Azaiichi desviou o olhar a ele. 
- Talvez... Quero fazer veterinária.
- Uh, parece legal. Combina com você.
O menor assentiu num sorriso. 
- Gosto de bichinhos.
- Você parece um.
O menor desviou o olhar a ele e sorriu. 
- Pareço?
- É. Vai ficar bonitinho de jaleco.
Azaiichi sorriu novamente, na verdade, era quase como um sorriso de orelha a orelha. Saga olhou para ele e deu um sorriso canteiro, achando graça de seu sorriso quase que o fazia parecer algo desenhado pelo estúdio ghibli. O menor mordeu o lábio inferior.
- Bem eu... 
O menor disse a levar a mão até a coleira no pescoço, que faltou e uniu as sobrancelhas, desistindo do que ia falar.
- O que?
- ... Nada. - O menor sorriu meio de canto.
- Você não precisa de uma coleira, garoto.
- Mas eu ia dizer que era um bichinho seu...
- Você ainda parece um, mesmo sem aquela coisa.
Azaiichi desviou o olhar a ele e assentiu. 
- Então posso te chamar de dono ainda?
- Não, eu não sou seu dono. Você tem uma obsessão por isso, assiste esse tipo de coisas?
- Hum, as vezes. Eu tenho alguns filmes no computador.
- Quer ser veterinário por esse fetiche, é?
- Eh? Não, eu tenho um gatinho e odeio quando ele fica doente, quero poder cuidar dele.
- Hum, então você tem inveja do seu gato.
- Eh? - Riu. - Não.
- Quer ser seu gato. - Saga disse, mas o estava apenas provocando. 
- Não quero! Meu gato não poderia transar com você.
- Bem, depende, alguns homens podem ser realmente problemáticos.
- ... Você transaria com um gato?
- Não, eu não sou tão problemático.
- Graças a Deus...
Saga riu, entre os dentes. 
- Me limito a seres humanos.
- Seres humanos que parecem bichinhos pode?
- É, parece que sim.
Azaiichi sorriu. 
- Então tá bom.
Saga achava graça, embora não estivesse rindo, ele acabava sempre falando sobre algo sexual, ainda que estivesse tentando não fazer. Azaiichi desviou o olhar para a janela, observando a paisagem e retirou os sapatos, colocando os pés sobre o banco. Aquela altura, Saga já estava acendendo mais um cigarro enquanto tinha uma boa vista do mar no meio do caminho.
- Que lindo! Estamos indo pra praia? 
Azaiichi disse a observar o oceano e sorriu conforme se inclinou para frente no banco. 
- Ainda não estamos no lugar, ainda temos mais uma hora e meia de viagem. 
Saga disse e conferiu visualmente o cinto de seguranças. Azaiichi sorriu e assentiu, mordendo o lábio inferior. 
- Hum... Eu tenho uma barrinha de chocolate na bolsa, quer dividir?
- Iie, você está com fome? A parada está logo por perto.
- Estou sim... Não queria falar.
- Nós já vamos parar. 
O maior disse e percebeu o quanto era incomum estar viajando com alguém que não fosse à trabalho. Em alguns minutos logo chegaram à parada, era um ponto turístico bastante grande, uma vez no meio da estrada, ficava logo em frente ao mar, cujo naquela localidade, pouco se via de seres humanos poluindo a região. 
- Isso aqui é muito lindo! Olha essa água! Faz tanto tempo que eu não vejo o mar. Posso ir lá? 
Azaiichi disse como uma criança a pedir para sua mãe a permissão de ir até a água.
- Você não está com fome? 
Saga indagou conforme descia do carro, fechando as portas enquanto ele já estava fora do veículo, atencioso à paisagem.
- Ah... Posso ir lá comendo um sanduíche? - Riu. - Vamos comer primeiro!
- Se acalme, criança. 
Saga disse, brincando na verdade e seguiu com ele até o estabelecimento, logo para a cafeteria onde mencionava antes. Azaiichi riu e assentiu, se sentia mesmo como uma criança, mas era divertido, silencioso agora seguiu com ele para a cafeteria, levando a bolsa consigo. Saga entrou na cafeteria, ainda que fosse localizada próximo ao mar, fazia lembrar a si de um chalé na montanha, era por isso que gostava. Tinha madeira mogno, cores escuras mais vívidas e uma fumaça quente que cheirava a café.
- Hum, o cheiro está bom. 
O menor disse num sorriso e sentou-se numa das mesas, pegando o cardápio a observar as opções. Saga sentou-se por lá e observou o garoto, pediu por um café simples para si no início enquanto ele escolhia seu pedido, pediu também os pães de tapioca. Ao observar o cardápio, Azaiichi ficou em dúvida entre café normal ou café gelado, estavam na praia, queria tomar algo diferente, então optou por pedir o café com licor de menta, porém, a garçonete olhou a si de cima e fez um pequeno bico com os lábios. 
- Desculpe, mas não podemos vender bebida alcoólica para menores.
- ... Mas é só licor de menta...
- Não se engane com a carinha, ele já tem dezoito. - Saga disse, interrompendo-o. - Já é quase de maior. Sirva o café pra mim, ninguém vai saber.
Azaiichi desviou o olhar a ele e notou o sorriso da garota, assentindo a ele a voltar para a cozinha. Quanto a si, quase rosnou pra ela, tinha evidente desgosto na face e sobre a mesa passou a mão e segurou a dele, entrelaçando os dedos aos do outro. Saga observava a cartilha quando o sentiu tocar a mão, o olhar foi dela até a mão dele e bem, ainda que tivesse aquele olhar sonolento, ainda sabia parecer um belo ponto de interrogação quando precisava. 
- Não quero ninguém dando em cima de você. 
Azaiichi disse a estreitar os olhos.
- Ninguém deu em cima de mim. - Disse o maior, tranquilizador talvez? Não sabia porque.
- Ela deu. Não deixo.
- Relaxa, pirralho. - Saga disse e se voltou a ela, aceitou a cestinha de pães e também os cafés. - Obrigado.
Azaiichi estreitou os olhos a garota ao ser servido com o próprio café e a viu arquear uma das sobrancelhas, sem entender. Por fim experimentou o café, estava gostoso. 
- Hum...
- Pegue. 
O maior disse e pegou uma daquelas bolinhas macias, dando a ele. Azaiichi sorriu e aceitou o pão, mordendo. 
- Hum... Isso é muito gostoso...
- É, eu gosto também. É estrangeiro, o dono desse café é do Brasil.
- Ah, é? Então esse café veio do outro lado do mundo?
- Deve ser. As receitas vieram. 
Azaiichi sorriu meio de canto e pegou um dos pães.
- Ah... - Riu e assentiu, comendo mais um pedaço do próprio pão. - Hum... Você nasceu mesmo em Kyoto?
- Sim. Na região mais tradicional.
- E era legal lá?
- É um lugar bonito.
- Gostaria de conhecer...
- Você nunca foi a Kyoto?
- Nunca...
- E por que? Não é tão longe.
- Ah, minha mãe sempre viajou muito, mas não me levava pra não perder aulas, então fiquei muito tempo trancado em casa.
- Entendo. Que mãe chata.
- Mais ou menos. - Riu.
- Mais ou menos, é?
- É, porque é o dinheiro dela que me faz estar aqui com você hoje. - Azaiichi sorriu.
- Não, não precisou pagar pra mim.
- Hum, mas... Pra fazer algumas coisas tipo saber seu hotel, entrar nos bastidores, eu preciso de dinheiro.
- Na verdade nos bastidores você nem devia entrar, não tem dinheiro que pague por isso, depois vou ver o que tem feito.
Azaiichi uniu as sobrancelhas. 
- Não...
- Não vou te impedir de entrar, mas quero saber quem foi. Me conte.
O menor mordeu o lábio inferior e negativou.
- Diz pra mim, Azaiichi.
- Eu subornei um dos seguranças...
- Ah, é? E ninguém dos staffs tentou impedir? Vamos, me diz.
- Não... Eles não viram.
- Sei. - Saga disse e tomou do café, indicou o cardápio a ele. - Peça algo, você está com fome, um lanche, um doce.
Azaiichi observou o cardápio e sorriu meio de canto. 
- Hum, esse hambúrguer parece bom, tem batata frita e tudo.
- Hum, você quer esse? - Saga disse e sorriu canteiro.
- Quero sim. - Sorriu.
- Quer beber algo além do café?
- Iie, quero só isso. O café bem parece mais uma bebida diferente. - Riu.
- Hum. 
Saga assentiu e fez o pedido. Comia pouco habitualmente, mas o acompanharia pelo menos enquanto o levava para estar em companhia, por isso pediu o mesmo que ele.
- Hum, é muita gula da minha parte pedir um hambúrguer? Acho que eu deveria ser mais fofo e pedir uma salada.
- Você é um cara, não uma garota.
- Ah... Mas sou fofo. - Riu.
- Pode ser fofo comendo.
Azaiichi sorriu. 
- Me acha fofo?
- Nunca disse o contrário. Se bem me lembro, até seu pau é fofo.
Azaiichi riu. 
- Para, me sinto pequeno assim...
- Não é enorme, é fofo.
- Ou seja, pequeno.
- Não, ele é proporcional a você. Você quer ter pau grande, é?
- Não realmente, eu não uso ele pra nada. - Riu.
- Usa sim, mas ele não precisa ser grande.
- Bom, se você gosta dele pequeno então tá bom.
- Não é tão pequeno, gosto do tamanho.
Azaiichi sorriu. 
- Você está sendo gentil.
- Estou falando a real. Espere aqui, eu vou fumar lá fora.
- Não pode esperar...?
- Serei rápido. 
Sagara disse e sorriu meio de canto. Se sentia desconfortável muito tempo sem o cigarro. Ao se levantar, pegou o cigarro na jaqueta, sob o toque trêmulo dos dedos, seguiu para frente do estabelecimento, levou até os lábios e o acendeu, tragou, como se tragasse oxigênio após muito tempo sem respirar. Azaiichi observou-o sair e uniu as sobrancelhas, ele parecia realmente viciado naquilo, se preocupava, mas não poderia dizer nada a ele, mas se sentia desconfortável. Agradeceu a garçonete que colocou o lanche sobre a mesa, e observou o dele, silencioso. Saga tragou rapidamente, duas ou três vezes, tragos densos e então voltou. Ao menos o cigarro tinha odor intenso de cravo, maquiando o cheiro amargo do tabaco. Voltou para a mesa logo após a saída da moça e se sentou. 
- Fui rápido.
O menor sorriu meio de canto, porém murchou aos poucos conforme pegou uma das batatas.
- O que há? - Saga indagou e pegou a batata, como ele.
- ... Nada. 
Azaiichi sorriu e pegou outra das batatas, mordendo.
- Eu só fui fumar, não fique pensando demais sobre isso.
- Você fuma um maço por dia, Saga.
- Mais ou menos, porque não fumo o cigarro inteiro.
- É, mas ainda assim, é bem ruim...
- Não é não, relaxe.
Azaiichi uniu as sobrancelhas.
- ... Não quero que você tenha câncer. Precisa viver bastante pra cuidar de mim.
Saga riu, entre os dentes. Achava que um dia acabaria morrendo antes de desenvolver o câncer, sabia que era um pouco inconsequente as vezes, tinha hábitos ruins de sono e má alimentação, quase não bebia água, morreria desidratado um dia se não fosse pelo café.
- Promete que vai se cuidar? 
Azaiichi disse, observando-o de sobrancelhas unidas.
- É, eu vou sim.
- Obrigado...
Saga pegou desse jeito o hambúrguer e juntou para dar uma mordida, incentivando o garoto a começar sua refeição. Azaiichi suspirou, não queria ter aquele tipo de conversa com ele ou parecer que obrigava a algo, mas gostava mesmo dele, e não queria ver ele se matar, sabia que ele não tinha hábitos saudáveis. Comeu mais algumas batatas e só então pegou o próprio lanche. O maior o observou ao comer e descansou o lanche no local servido. Como não tinha hábitos de alimentação como aquele, era fácil se sentir cheio com aquilo, após mais umas três mordidas, deixou ao lado. Azaiichi mordeu o lanche algumas vezes, observando-o abandonar o hambúrguer e riu.
- Você tem o que? Anorexia?
- Meu corpo parece anoréxico pra você, ah?
- Hum, em cada pedaço dele que eu toquei nele, não.
- É, pirralho.
Azaiichi riu. 
- Hum... Eu tento ser menos pervertido, mas não dá.
- Acho que de tanto você tentar empurrar esse tipo de personalidade pra mim, acabou igual.
O menor riu. 
- É que você é muito bonito.
- Sei.

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