Broken Hearts #19 (+18)


Yori moveu-se na cama, ah, e era macia, constou logo após acordar, sabia que estava no quarto dele novamente. Havia dormido por ali naquela noite. O corpo ainda doía, na verdade, por dentro doía ainda mais e ao lado da cama, havia um copo com água e o comprimido que geralmente tomava para "evitar problemas". Bebeu-o junto da água e sentou-se na cama, desviando o olhar a ele, dormia ainda, de peito pra cima e no pescoço usava a corrente que havia dado, como uma pequena gotinha de água, e usava só aquilo. Sorriu meio de canto, estava feliz pela interação que haviam tido na própria casa, era agradável pensar que ele havia sido gentil consigo, mas logo em seguida se lembrou que aquele não era o jeito habitual dele, fora só um dia, não sabia como ele iria agir naquele dia especificamente. Após se levantar, vestiu a camisa dele que havia sido deixada na poltrona e manteve-se com a roupa íntima, seguiu para fora do quarto, que misteriosamente estava com a chave naquele dia. Conforme saiu, na sala, viu o gatinho correr em direção a si e o pegou no colo, roçando o rosto no dele. 
- Oi neném! Por que não dormiu comigo hoje? 
- Yori-chan?
- Ah, bom dia Ophelia... Eu saí do quarto, desculpe eu...
- Não se preocupe, eu não vou prender você. Venha, eu fiz waffles.
- Waffles
Yori sorriu e seguiu para a cozinha, sentando-se em uma das cadeiras altas do balcão e pegou o waffle com a mão mesmo, como uma criança. 
Ao acordar, Hideki sentou-se na cama, carecida do cheiro intenso dele. Ainda existia, porém estava há alguma distância, estava pela casa, misturado o cheiro de baunilha ou alguma essência doce. Sabia que era a serviçal, que por alguma razão gostava de agradar o rapaz. Após se levantar, vestiu apenas a calça, iria tomar banho, mas não sem antes ir buscar o outro, o havia deixado solto, havia sido bom com ele, mas não tinha certeza se estavam confiando um no outro. Deslizou a mão pelos cabelos, ajeitando o suficiente para ir até ele, vendo-o comer, feito uma criança com a roupa de seu pai.
- Esta uma delícia, Ophelia! O que é esse pó em cima...?
- Canela. Você gostou? Posso fazer pra você todos os dias.
Yori sorriu e assentiu, porém a expressão dela logo se perdeu com seu sorriso, estava seria novamente e desviou o olhar para trás de si, com a boca suja pelo mel, que limpou. 
- ... Ah, bom dia Hideki...
- Não precisa engolir o ânimo, Ophelia. Pode trata-lo como filho, ele provavelmente precisa de uma mãe. - Disse a ela e olhou para ele. - Noite.
O menor uniu as sobrancelhas. 
- Ah, hai... Noite. - Disse num pequeno sorriso, um pouco nervoso.
- Você pode continuar a comer. Quando terminar, eu vou tomar banho.
- Você pode ir se quiser, eu... Te encontro no quarto.
- Você vai vir tomar comigo.
- ... Ah vou?
- Você acha que eu ia vir anunciar sem razão?
- Ah... Seria melhor se... Me perguntasse se eu quero ir.
Hideki o encarou, simplesmente isso. 
- Então você prefere continuar como está depois de ter transado?
- ... Na verdade, eu prefiro que você seja cortês. 
Yori disse enquanto o observava e notou o olhar pasmo da empregada, certamente ninguém tinha se quer o pensamento de falar daquele modo com ele.
- Quer saber? Vai ficar sem tomar banho por um mês.
- Eh?! Isso não é justo!
- Se está achando ruim, fique sujo.
- ... 
Yori formou um pequeno bico e terminou de comer, deixando o prato sobre a bancada.
- Bem, vamos.
- Não, agora vai ficar sujo.
- Hideki!
Hideki seguiu até a jarra com o desjejum, serviu-se num copo e com ele foi ao banheiro, fingindo não ouvir o menor, mas sabia que ele estava por perto. Yori estreitou os olhos e com ele seguiu para o quarto e ao banheiro, de alguma forma sabia que ele não iria deixar a si sem tomar banho, ou não poderia transar consigo. Ao chegar no banheiro, o maior bebeu do conteúdo no copo que deixou sobre a pia, fitou-o de soslaio e lhe estreitou os olhos. 
- O que? Vai assistir meu banho?
- Vou tomar banho com você. 
O menor disse, adentrando o local e de costas a ele puxou sua camisa que desnudou o corpo pequeno, de pele clara, podia dizer sem marcas, mas ele havia passado por ali, diversas vezes, e tinha mordidas, arranhões, e pequenos cortes pelo corpo.
- Vai, é? Não me lembro de tê-lo chamado com cortesia. 
Disse o maior e falou bem perto de seu ouvido ao se abaixar,  sabia que o provocava com isso, fosse medo ou expectativas. Ao ouvi-lo, Yori encolheu-se e uniu as sobrancelhas. 
- ... Mas eu queria vir mesmo assim...
- Então por que ficou ensaiando? Estava tentando impressionar a Ophelia, ah?
- Não, é que você foi gentil comigo ontem...
- Estou sendo gentil, você sabe disso. Sabe como é que eu sou quando não sou gentil com você.
- Hum... 
Yori assentiu e esperou que ele adentrasse o box para então entrar com ele.
- Entre primeiro, ou quer mesmo ficar sujo?
O loiro assentiu e entrou no local, observando os registros que não sabia como abrir. 
- Qual deles?
Hideki se despiu sem dificuldade, estava apenas com a calça e nada além. Feito isso, entrou com ele no box de banho, encostou-se nele e abriu a torneira correta. Yori iria se virar para perguntar novamente, porém sentiu o corpo dele contra o próprio e uniu as sobrancelhas, permanecendo parado de costas mesmo e sentiu a água molhar os cabelos.
O maior levou as mãos a seus ombros por onde o segurava, curvou-se na diferença de altura que tinham, lambeu a curva entre seu ombro e seu pescoço, abriu a boca e lhe deu algum tempo para pensar sobre o que faria. Não conseguia sentir seu cheiro sem precisar prova-lo.
Ao senti-lo se aproximar, Yori já imaginava o que ele faria, e não deixava de se arrepiar só de pensar nos dentes dele entrando na pele, era desesperador, doía muito, e por dias também doía, mas não tentava mais impedi-lo, fora a si mesmo que pediu que ele se livrasse de sua doadora de sangue, praticamente havia pedido por aquilo.
- Você não quer isso, hum? 
Hideki indagou, junto de sua pele. Não que fosse tão cortês como ele queria, mas como ele estava tentando, estava tentando "tentar". Yori desviou o olhar a ele meio de canto.
- ... No pescoço dói muito...
- Hum. 
O maior murmurou e da forma como estava mesmo, atrás dele, pegou sua mão e ergueu a altura do ombro, pendeu-se um pouco mais, segurou e mordiscou seu dedinho indicador. Ao senti-lo puxar a mão, Yori entregou a ele, silencioso e gemeu, dolorido ao sentir a mordida, mas fora baixinho. O maior sugou seu dedo, com firmeza, mas o colocou inteiro na boca mesmo que mordisco tenha sido somente na ponta. O pequeno encolheu-se conforme o sentiu abocanhar o dedo, e embora parecesse absurdo, só esperava genuinamente que ele não arrancasse o dedo.
Ao tirá-lo da boca, Hideki virou-o de frente, apertou seu dedinho machucado e com as gotas de seu próprio sangue, tocou seus lábios e os delineou, pintando-o como uma tinta labial. Yori virou-se a observa-lo, sem entender e gemeu dolorido conforme teve o dedo apertado, sentindo o gosto suave do próprio sangue, no pouco que tocou com a língua, desviou o olhar a ele em seguida, sentindo a pequena gotinha escorrer pelo lábio.
Ao soltar sua mão, o moreno pegou seu rosto, não era muito delicado mas não era de propósito. O lambeu, contornando seus lábios, tirando sua nova maquiagem. Yori o observou enquanto se aproximava e pôde sentir o arrepio percorrer a coluna inteira, amedrontado por sua vinda abrupta, mas o deixou lamber os próprios lábios, até expôs a língua e tocou a dele, suavemente.
Hideki abriu os olhos, na verdade nem percebeu quando os fechou, ao sentir sua língua, mas retribuiu o contato, tocou, firme como habitualmente, encarando seu rosto de perto, mesmo quando iniciou o beijo, tinha gosto de baunilha e sangue. Yori o observava com os olhos abertos quando iniciou o beijo com ele, mas aos poucos se permitiu a fechar os olhos e os braços passaram ao redor do pescoço dele, abraçando-o, mesmo com a diferença de altura. O maior sentiu seus finos braços passarem ao redor do pescoço, de algum modo se agradou com aquilo, ele queria o beijo. O pegou no colo, onde com ele continuou o beijo.
Agora, mais alto que ele, Yori guiou as pernas ao redor de seu corpo, abraçando-o também com as coxas e na boca sentiria o gosto de sangue, enferrujado, um pouco forte e sabia que ele também sentiria, o beijava contido, com medo de suas presas afiadas, embora ele provavelmente quisesse algo mais firme. Hideki sustentou-o com apenas um dos braços e deslizou a mão por suas costas até o meio das nádegas. O tocou, sentindo a facilidade de enfiar os dedos, haviam transado antes do amanhecer. Bem como ele parecia, beijava-o com firmeza, sugando sua língua, seus lábios, em cada oportunidade.
Conforme sentiu a mão dele deslizar pelo corpo, o loiro sabia, ele provavelmente queria transar de novo, e estava dolorido, não era como um vampiro cujas feridas cicatrização num piscar de olhos. Ele era faminto todo o tempo, como Ophelia havia dito para si, era um adolescente ávido por sexo, e não sabia se aquilo era bom ou ruim, por não saber se ele queria transar porque gostava de si ou porque só queria enfiar o pau em algum lugar.
Hideki penetrou-o com dois dedos, os moveu sem muito pensar sobre aquilo, mas sabia que estava inchado e dolorido, portanto, teria que começar a dar prazer a ele antes de entrar com algo maior. Não sabia porquê, mas queria que ele quisesse fazer aquilo tanto quanto queria fazer, queria vicia-lo? Talvez. 
O gemido dolorido deixou os lábios do menor, contra os dele e tentou continuar o beijo, mas não conseguia se concentrar nele, o corpo estremecia. 
- Hideki... Dói... Para... 
Murmurou e agarrou-se no ombro dele, firme, apertando o local e fechou os olhos, ponderou que ele queria de alguma forma causar dor em si, primeiro queria morder o próprio pescoço e depois... Só então se lembrou de que ele era um vampiro, e que antes tinha sangue nos lábios. Desviou o olhar a ele e viu seus olhos amarelos cintilarem na luz, ele parecia faminto. 
- ... Você... Esta me assustando...
- O que? Por que? - O maior disse, quase indignado, não por seu medo, mas porque não havia feito nada para receber protestos, estava sendo muito mais afável que o habitual. - Está dizendo que não quer?
- E-Eu não disse isso... É que... Esta me olhando como se quisesse me comer... 
Yori disse a ele, e por um instante sentiu o rosto se corar pela frase ambígua.
- E é o que eu estou tentando fazer. 
O maior disse, com o cenho levemente franzido, havia entendido apenas uma das opções da frase.
- Não... Parece que... Quer arrancar um pedaço do meu braço e mastigar. - O loiro disse a unir as sobrancelhas. - Está... Com fome?
- Depende.
- ... Digo você quer... Quer me morder?
- Eu não bati na sua cabeça pra você esquecer que eu tentei fazer isso agora a pouco.
Yori arqueou uma das sobrancelhas. 
- Não seja grosso!
Hideki estreitou os olhos. 
- ... Eu vou te morder.
- ... Não me chame de burro.
- Não chamei de burro, chamei de esquecido. Mas agora parece um pouco burro mesmo. - Disse, provocando na verdade.
- Me deixa descer. - Disse o menor a estreitar os olhos.
- Não deixo.
- Deixa, você está me xingando.
- Não deixo nada.
Yori estreitou os olhos novamente e cruzou os braços.
- Você é esquecido mesmo. Olha o copo em cima do móvel. Descruze os braços.
O menor desviou o olhar ao copo e negativou. 
- Fome de mim é diferente de fome de sangue guardado na geladeira, o meu é quente.
- Não estava na geladeira. Ele fica quente também, fica guardado em outro lugar. Mas, é, o seu é o que eu quero.
O menor assentiu, compreendendo o que ele dizia, mas deu um sorrisinho de canto ao ouvi-lo no fim, na verdade, era um sorriso bobo, mas negativou assim que percebeu e estreitou os olhos de novo.
- O que foi? Está tirando sarro de mim? - Hideki indagou diante da fagulha de um sorriso.
- Eh? Não!
- Hum. Está querendo rir.
- Não, eu só sorri...
- Hum. Você não quer fazer isso?
- ... Quero. - Yori murmurou e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, colocando uma mecha atrás de sua orelha. - Ainda está usando o colar...
- Por que me pediu pra parar? 
O maior indagou e olhou para o pingente aparente no peito por um instante. 
- Está doendo... - Yori murmurou e uniu as sobrancelhas. - Tem algum remédio que eu posso tomar depois?
- Eu sempre deixo o relaxante muscular pra você.
- Não tinha hoje... Só o comprimido pequeno.
Hideki desceu-o no colo, apenas o suficiente para alcançar o baixo ventre e roçou a ereção sob suas nádegas. O menor segurou-se nele, em seus ombros e fechou os olhos, esperando pela sensação dolorida que viria.
- Sofrendo de antecipação, ah? - Indagou e riu entre os dentes.
O loiro abriu um dos olhos a desviar o olhar a ele.
- ...Talvez...
- Não fica gostoso depois?
- Sim... Mas primeiro dói, estou me preparando.
Hideki se esfregou nele, movendo-o no colo. Ao abaixa-lo um pouco mais, segurou-se com uma das mãos e se beirou em seu corpo. Empurrou a pelve, penetrando-o sem dificuldade por mais dolorido que fosse. Ao senti-lo se roçar em si, Yori estremeceu, mordendo o lábio inferior e por fim o gemido deixou os lábios, alto e dolorido, abaixando a cabeça.
O maior pegou-o pela cintura, encaixando-o com firmeza no corpo, até se sentir inteiramente dentro, podia ouvir a pelve estalar ao atingir sua pele. O loiro agarrou-se no ombro dele, firmemente, era difícil se acostumar com a sensação dolorida. Desviou o olhar a ele e uniu as sobrancelhas. 
- K-Kimochi?
Hideki observou sua expressão, estavam bem de frente um ao outro então, nada passaria despercebido. Era inegável o fato de que se excitava com a forma como ele olhava, mesmo dolorido, também era fácil ser gostoso para si, mas podia ser melhor e foi por isso que se moveu, dando a primeira investida, de algum modo, cuidadoso. Yori estremeceu conforme sentiu sua investida, sentindo o corpo arder com ela, mas não reclamou, manteve-se em silêncio enquanto o fitava, gostava de olhar o rosto dele, seus lábios que até pareciam corados pelo sangue que antes havia bebido. Hideki o olhou, encarando-o da mesma forma, mesmo sob movimentos mais firmes, não piscou, mesmo de olhos franzidos. Tão logo iniciou ritmo. Conforme o sentiu mover a si, o menor manteve-se de mesmo modo, observando-o de olhos semicerrados, sobrancelhas unidas, e vez ou outra o apertava no ombro, contendo os gemidos doloridos. 
- Ah...
- Você pode gemer, pode falar. Não precisa engolir a voz, sei que não sou muito pequeno pra você. - Hideki sorriu, canteiro, malicioso.
- Não... Não é... - Yori murmurou e gemeu conforme o sentiu se empurrar para si. - Eu... Eu preciso te contar uma coisa...
Ao ouvir dizer, o maior fez apenas um ou dois movimentos mas parou, não gostava daquele frase. 
- O que?
O menor uniu as sobrancelhas. 
- Promete que não vai brigar comigo?
- Diga logo, está me aborrecendo antes mesmo de contar.
- ... Um noite, quando você foi... Me visitar no quarto, você... Você estava com um cheiro tão gostoso. Eu estava machucado porque você tinha tomado o meu sangue e você só... Só me olhou e mediu a minha febre, depois saiu. - Uniu as sobrancelhas. - Quando saiu eu... Eu toquei o meu corpo, como você me pediu pra fazer aquele dia no quarto... Eu não sabia se gostava ou não de você, você era grosseiro e rude, mas... Eu...
- Hum, eu já estava pronto pra amputar alguma parte do seu corpo com o dente. - Disse o maior, era sincero. Mas ao mesmo tempo não entendeu seu receio. - Por que eu brigaria com você? Você gosta do meu corpo. Te faço sentir vivo, ah? - Disse, era uma provocação para a condição a qual o achou.
Yori uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo. 
- Não sei... Quer dizer eu fiz... Sem você, pensei que ia sentir ciúme...
- Depende, você pensou em alguém diferente?
- Não, em quem eu pensaria?
- Não sinto ciúme de mim.
- Hai... Então tá bem...
- Você pode tocar, mas é muito melhor se me chamar.
- Eu... Eu vou.
- Não acha? 
Hideki indagou e voltou a se mover. Era firme, inevitavelmente, porém, havia conseguido ter algum cuidado. Ele estava estreito embora fácil de penetrar e sabia que estava inchado pelo sexo na noite passada. Era difícil porém se manter por muito tempo, ainda mais com vontade de morde-lo. Yori gemeu, dolorido conforme o sentiu se mover, e a voz morreu na garganta ao tentar responde-lo, então somente assentiu, agarrando-se a ele, e sabia que certamente havia sangue, sabia porque ele deslizava para dentro e fora muito facilmente e não era normal.
O maior tragou seu cheiro, admirou seu pescoço alvo, já marcado recentemente. Mas não o tocaria naquele dia e se amaldiçoava por tentar ser legal. Continuou a se mover, envolvendo sua cintura com firmeza, em movimento firme e não rápido. Ao senti-lo se empurrar para si, o menor gemeu, mas dessa vez fora prazeroso, havia sentido ele tocar exatamente onde gostava. 
- Ah! H-Hideki!
Dessa vez o moreno havia sido rápido, pensou ao ouvir seu gemido, seu breve protesto de voz. Refletia embaixo, era apertado por seu corpo pequeno e magro. Gostava do rapaz, tinha um pouco de raiva também, mas gostava dele e quando se dava conta do quanto ele era frágil, gostava ainda mais. Continuou se mexendo, insistindo em seu ponto de prazer, ainda que atingir ele fosse uma conseqüência.
- Ah! 
Yori gemeu novamente, sentindo o arrepio percorrer a coluna e agarrou-se nele, firme, apertando-o no corpo e com os dedos, até às unhas curtas eram usadas contra a pele dele. Era dolorido ainda, não podia negar, mas pelo menos o prazer compensava. Hideki arqueou-se, acomodando junto as coxas, criou maior atrito ao atingi-lo e adorava o ruído que emitia, eram como tapas em sua pele e ao pensar sobre isso, foi o que fez, deslizou as mãos por sua cintura e alcançou as nádegas, apertou entre os dedos e lhe deu um tapa, era quase um reflexo.
O menor inclinou o pescoço para trás e encostando a cabeça na parede, e sentia a água percorrer o corpo, era morna, mas desejou que fosse quente devido a temperatura do corpo dele. Estremeceu, prazeroso e sentiu o aperto das nádegas, ainda doloridas exatamente pelo mesmo motivo, ele gostava de machucar ali. O gemido deixou os lábios, unindo as sobrancelhas ao sentir o tapa, pelo menos naquele ele havia se contido um pouco.
Hideki inclinou-se para ele e o beijou antes que protestasse, não porque queria cala-lo mas porque queria morder ele, queria tato, mas queria com a boca. Mordisco seus lábios sem feri-lo embora aquilo fosse algo para ser recompensado em algum momento, era difícil. Tomou maior rapidez, e cada vez mais sentia seus apertos, por consequência estava mais perto do clímax.
Ao sentir suas mordidas, Yori gemeu dolorido, ainda que ele não mordesse de fato, sua mordida suave não era como a de um humano, o que machucava o local de mesmo modo. Segurou os cabelos dele entre os dedos e puxou, tentando afasta-lo de si e virou o rosto, evitando o toque dolorido de seus dentes, e fora algo impensado, uniu as sobrancelhas em seguida e voltou-se para ele. 
- Desculpe...
- Hum.. - Hideki grunhiu, resmungando feito um gato arisco. Ao olha-lo, estava aborrecido, havia sido evitado? - Está evitando meu beijo?
Yori novamente unia as sobrancelhas, fitando-o, a boca estava arroxeada pelas mordidas.
- Esta machucando...
- ... 
O maior estava sendo brando, não havia mordido ele e ainda assim seus lábios pareciam um ser humano com asfixia. Suspirou infeliz e se afastou dele, ele estava tentando e podia ver, não ia fazer menos que isso. Continuou se movendo, mas agora vitimava a própria boca e não a dele. Por um momento, Yori abaixou a cabeça, não gostava de ser tão fraco, nem de reclamar tanto, mas nunca havia sentido aquilo na vida, nunca havia sido tão machucado, era a natureza dele, mas não estava acostumado aquilo. Ao erguer a face, observou o rosto dele e pode ver a gota de sangue que escorreu dos lábios dele. Arregalou os olhos e negativou, guiando uma das mãos até a boca dele e limpou seu sangue, havia notado que o aperto no peito fora grande, só não entendeu porque, e ao fita-lo novamente, inclinou o pescoço para o lado, dando espaço para que ele pudesse morder a si. 
- ... M-Morda...
Hideki olhou para ele ao sentir o toque de sua mão, limpando a pele com a sua, mandando embora com a água do chuveiro, era um tipo de cuidado? Supôs que sim. Mas era ingênuo, quase puro demais, podia se morder e se conter, minuto depois estaria bem, já ele, que se dispôs com o pescoço esguio aparente, não ia se curar, era de uma forma tola, altruísta. 
- Não quero morde-lo. 
Disse, estava sendo sincero, morder ele, gostava, mas não era o plano, queria apenas beija-lo, como tentava, mas não conseguia diante da intensidade em que estava. Levou a mão em seus cabelos medianos, segurou-os junto a seu couro cabeludo, penetrou-o com força e insistência, duas ou três vezes mais e gozou, dentro dele.
O menor desviou o olhar a ele ao ouvi-lo, indagava-se porque ele não queria, se a pouco havia dito que sim. Conforme o sentiu puxar os próprios cabelos, o gemido mais alto rasgou a garganta e suas investidas foram fortes no local onde gostava, o apertou no corpo o máximo que podia, mesmo sem intenção, porque com ele havia gozado e sentiu as pernas trêmulas conforme agarrou-se a ele, firmemente.
O maior continuou o ritmo, vigoroso, até que se sentisse satisfeito e sem nenhuma gota de prazer. Aos poucos porém, diminuiu o ritmo, até então apartar, sentindo o corpo dele apertado, como se quisesse continuar naquilo, e sorriu a ele, canteiro, malicioso e também, extasiado. 
- O que? quer mais, ah? Parece que seu corpo não quer me soltar. Acho que você quer gozar, ah? 
Disse e falou contra sua audição, sabia que era sensível ali e até lambeu sua orelha, ali mordisco e arrancou uma gota solitária de sangue.
Ao ouvi-lo, o menor estremeceu, mordendo o lábio inferior e o corpo estava do mesmo modo que o dele, extasiado. Após gozar, sentiu a pequena mordida na orelha e estremeceu, encolhendo-se, nem foi capaz de pensar nela, não havia sentido dor, porque o corpo estava absorto no prazer sentido. 
- ... H-Hideki...
- Você quer mais, hum? 
O maior indagou e deslizou a língua pela gota, limpando-a, gostava de seu sabor, gostava mesmo dele, mas queria saber como o sentiria quando enfim, o fizesse um vampiro. O menor desviou o olhar a ele e sorriu de canto, estava cansado, e abraçou-o, repousando a face em seu ombro, como uma criança. Hideki o segurou e deixou estar como estava, no que julgou ser um abraço. De alguma forma, desde o dia anterior até pareciam se dar bem. Algum tempo depois o colocou no chão, por consequência deixou de estar em seu corpo. Pegou a esponja de banho e deu a ele, indicando que podia se lavar.
Ao senti-lo colocar a si no chão, Yori franziu o cenho, gostaria de ter ficado naquele abraço mais tempo, parecia tão confortável. Porém, observou a esponja e assentiu a ele, fazendo a higiene do corpo. 
- Posso comer mais waffles depois?
- É claro. - Hideki disse e deu um meio riso, achou graça na pergunta. - Humanos gostam de comer após o sexo, não é?
- Ah... Gostam. - Sorriu. - Vampiros não gostam de comer depois do sexo?
- Geralmente comemos durante.
Yori riu baixinho. 
- Ai desculpe, imaginei você comendo um hambúrguer enquanto faz sexo.
- Só se você for um hambúrguer.
O menor sorriu ao ouvi-lo. 
- Mas eu sou um hambúrguer bonitinho pelo menos?
- É, da até dó de comer.
O loiro riu, embora tivesse o rosto corado e desviou o olhar a ele, era a primeira vez que ele fazia a si rir. Entregou a esponja a ele após se lavar. 
- Vou ter que tomar outro remédio... Ou é só um por dia?
- É a primeira vez que te vejo rindo realmente. - Hideki constou, na verdade falava facilmente o que vinha à cabeça. Aceitou a esponja e passou a lavar a si mesmo. - Pode tomar. Você disse que não tomou hoje...
- Não... Eu quis dizer a pequena, que não me deixa... Ter um bebê. - Disse a observa-lo enquanto se lavava.
- A dose é diária.
- Ah... Tudo bem. - O menor sorriu meio de canto. - Humanos podem engravidar de vampiros?
- Quer ter um filho meu?
- Eh? Não eu... Só estou curioso, porque preciso tomar o remédio...
- Hum. É possível mas não consegue levar a gestação até o fim.
Yori uniu as sobrancelhas. 
- ... Ele morreria?
- Você morreria.
O menor permaneceu a observa-lo, um pouco agoniado. 
- Hum... Eu vou tomar meu remédio direitinho.
- Se um humano engravida de um vampiro, o bebê é vampiro, precisaria de sangue e se alimentaria com o da mãe. Se um vampiro engravida de um humano, o bebê morre, precisaria de coisas que uma mãe vampiro não pode dar.
- Nossa... É sempre triste quando um vampiro se apaixona por um humano, não é?
- É, parece que sim. A menos que se correspondam completamente.
O menor assentiu e suspirou em seguida.
- Hum... Você já ficou com outro humano?
- Não, você é o primeiro que eu consigo tolerar. - Provocou.
Yori formou um pequeno bico com os lábios. 
- Hum...
- É quase uma verdade.
- Bem, na verdade você não me tolera, você não pode me evitar, disse que seu corpo me escolheu, como um Akai Ito, então... Não foi bem algo que você escolheu realmente, isso me parece um pouco triste... Não parece que sou quem você queria de fato.
- Eu não escolheria um humano. Mas você apareceu e naquele dia eu resolvi cuidar de você, da minha forma. Só entendi depois porque eu me importei.
Yori assentiu ao ouvi-lo e sorriu novamente. 
- Hum... Você não é romântico, mas é fofo as vezes.
- Não sou fofo.
- É sim.
-  Não sou fofo. - Hideki estreitou os olhos. - Vá, pode ir comer seus waffles.
Yori sorriu e assentiu, esticando-se e selou os lábios dele.
- ... Te vejo no quarto.
O maior assentiu com a cabeça, logo após seu beijo. Era um gesto incomum, uma atividade incomum, mas gostava disso. Ao sair, devagar já que as pernas estavam trêmulas, Yori secou o corpo com a toalha deixada por ele ali, era macia, cheirosa, nunca pensou que fosse agradecer por ter uma toalha, mas quando se passa tanto tempo trancado num porão, você agradece por qualquer coisa. Ao retornar ao quarto, buscou as próprias roupas que haviam sido deixadas na cama, certamente por Ophelia, e ele havia comprado um pijama de frio para si, constou que era novo pela etiqueta, e parecia tão quentinho. Vestiu-se com ele, sentindo o tecido macio assim como a toalha e sorriu, confortável, seguindo para a cozinha onde pediria mais do doce.

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4 comentários:

  1. Hahaha eu imaginei a parte do Hambúrguer também, ri alto. Taaao fofinho os dois começando a se dar bem, cada um tentando entender o lado do outro ♡ Obrigada pelo capítulo! :3

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    1. Esses dois são umas gracinhas 💜 Hideki finge que é mau, mas no meu coração eu sei que não. Obrigada por ler e pelo comentário, vocês me ajudam a ter ânimo e continuar com o blog! 😊

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  2. Ah! Eles estão começando a se dar bem *^* sabia que mais ced ou mais tarde Yori-cu-doce ia se entregar para o Hide-chan *^*

    essa fic foi uma salvação mesmo para meu dia que está sendo PÉSSIMO! -.-"

    Muito obrigada mesmo por todo seu esforço e desempenho Kaya! Você sempre trás histórias maravilhosas desses meus dois tesourinhos yaoi *^*

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    1. Tamires, desculpe não te responder antes, o blogger estava escondendo os comentários de mim ;-; que bom que você está gostando dos capítulos! Ultimamente eu tenho tido muito trabalho e está sendo difícil de postar, mas semana que vem tem mais <33

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