Ryoma e Haruki #2


- Onii-chan
Haruki disse, batendo na porta e conforme fora aberta, adentrou o local, nem deu tempo para que o irmão dissesse alguma coisa. 
- Ai, ele é maravilhoso! O Ryoma, ele é lindo, gostoso, carinhoso, onde vocês estavam escondendo ele? 
- Haruki.... 
- Calma, sério, a noite foi fantástica, o Ryoga é desse tamanho também? Se for você tem sorte, nossa, é enorme. 
- H-Haruki... Cala a boca. 
Conforme o irmão disse, Haruki a fala a unir as sobrancelhas. 
- O que foi? 
Dito, o maior virou o pequeno e só então viu o rapaz sentado no sofá, parecia tomar chá ou algo semelhante. Sentiu as bochechas fervendo e por um momento ficou mudo, apenas desviou o olhar ao irmão que guiou uma das mãos sobre a face, envergonhado por si.
Ryoma ouviu a metralhada de palavras conforme o cunhado abria a porta, o chá havia até parado na altura dos lábios ouvindo, mesmo sem intenção, cada informação. 
- Boa noite. - Disse e só então tragou a bebida, olhando-o por cima do copo. - Acho que seu irmão não pode dizer já que nunca viu o tamanho do meu. - Só então sorriu a ele.
Haruki estremeceu conforme o ouviu e riu baixinho, meio desajeitado. 
- Ai desculpe... Eu... Acho melhor eu voltar depois.
- Voltar depois, é? - Disse o maior e esticou o braço no encosto do sofá.
- Vai moleque, agora já está aí, senta logo no sofá. E me poupe dos detalhes. - Disse Katsumi.
- Espera, o que... Vocês estão fazendo sozinhos? 
- Que sozinhos, o Ryoga está no quarto colocando o Natsumi no berço.
- Se estivéssemos sozinhos eu certamente iria querer outra tatuagem.
- Ah... Onde iria querer tatuar? Posso ver? 
Haruki sorriu e caminhou até ele, não tinha realmente um pingo de vergonha na cara, mesmo depois de praticamente passar vergonha por ter dito aquelas coisas ao irmão, já estava em frente a ele de cara lavada.
- Ryoga não vai deixar agora, meu irmão é ciumento embora finja que não. 
Ryoma deu um tapa breve no sofá, indicando que podia se sentar. Haruki riu baixinho.
- Ryoga ciumento? Isso é novidade. 
Dito, Haruki sentou-se ao lado dele, aproximando-se a quase deitar em seu ombro.
- Pode encostar de quiser. - Disse o maior, percebida sua proximidade. O achava bem engraçadinho. O tocou no queixo. - Quer chá?
Haruki sorriu e assentiu a ele, esperando pelo chá.
- Ah, você está muito bonito. 
Katsumi negativou e seguiu em direção a cozinha, buscaria uma xícara para o irmão.
- Estou, hum? 
O maior disse não querendo realmente uma resposta. Se aproximou dele e deu um beijinho rápido em sua boca, apenas para agrada-lo, sabia que o faria. Haruki assentiu e conforme sentiu o toque, arrepiou-se, sorrindo meio tímido, não que o fosse, queria beija-lo em outro lugar, mas não ali.
- Parece que gostou do tamanho do meu Ryo. 
Ryoma disse, apenas suficiente para ele ouvir, brincando.
- Hum, você é uma delícia. 
O menor murmurou num risinho e selou os lábios dele novamente.
- Vou te levar pra ver ele outra vez.
- Vai? - Sorriu. - Então me leva.
- Depois do jantar, hum? Te dou ele de sobremesa.
Haruki assentiu e mordeu o lábio inferior. 
- E onde vamos jantar?
- Hum, estou te devendo um jantar?
- Hum, está sim, agora que convidou, eu quero.
- Certo, tome o chá e eu te levo pra comer.
Haruki assentiu e ao pegar a xícara dele, bebeu o chá em longos goles. 
- Ai, ai... Ta quente...
- O meu, é? Tem de ser quente, você sabe do que eu gosto. - Ryoma deu a ele uma piscadela. 
- Sei, de dor. 
Haruki riu e deslizou uma das mãos pelo ombro dele, sem apertar.
- Sh... - Ryoma murmurou, sentindo a carícia na pele. - Mais tarde.
- Mal posso esperar para colocar as mãos em você de novo. - Murmurou.
- Ah é? O que você quer fazer?
Haruki mordeu o lábio inferior. 
- Quero seu Ryo na minha boca, e dentro. Quero roçar as unhas nas suas costas, de cima até embaixo, quero cavalgar em você a noite toda. - Disse num sorriso sapeca.
Ryoma o ouviu no que dizia e devia dizer, não imaginava que fosse fazer tão especificamente. 
- A noite toda? Talvez possamos mudar de posição uma vez ou outra. - Brincou, mesmo que parecesse sério.
Haruki riu e assentiu a ele. 
- Dessa vez eu quero aquele balcão da sua cozinha.
- Vai ser o quarto, tenho algo pra te mostrar.
- Ah, tem? - Sorriu. - Droga, jantar demora taaanto.
- Quer começar pela sobremesa?
- Quero. - Sorriu.
- Hey, sem pegação no meu sofá, Haruki.
- Vou levar seu irmão pra jantar, Katsumi.
- Ah vai? Ta bom. Comporte-se Haruki.
- Vamos, Haruki. - Ryoma disse e tragou o fim do chá para então se levantar. - Katsumi, obrigado pelo chá. Avise a meu irmão que volto amanhã e que o caçulinha quer um doce. - Disse e deu uma piscadela, brincando é claro.
- Hum, mais precisamente um pirulito. 
Haruki disse e sorriu a ele, mordendo o lábio inferior.
- Não quero imaginar vocês fazendo isso, obrigado.
- Pirulito, é? Você quer que eu te chupe? Foi uma direta? 
Ryoma indagou, mas já havia saído com ele, portanto não dizia em frente a seu irmão mais velho.
Haruki riu e negativou. 
- Eu que quero o pirulito.
- Quer, hum? Você gosta de pirulito?
- Gosto do seu.
- Do meu, é? Aposto que gostava de outros também.
Haruki sorriu meio de canto. 
- Você é ciumento?
- Não se não é meu. Já disse isso a você.
- E eu sou de quem? - Haruki sorriu. - Quer ser meu namorado então?
- Calma, não tenha pressa, baixinho. 
Ryoma disse e prendeu brevemente seu nariz entre os dedos. Haruki uniu as sobrancelhas ao sentir o aperto no nariz.
- Ih, tomei um fora.
- Não tomou não.
- Ué, mas me recusou.
- Você está indo pra minha casa. Só estou dizendo pra ter calma, é só nossa segunda vez. Costuma ter pressa assim ou por acaso acha que sou seu parceiro?
Haruki sorriu. 
- Eu nunca senti um cheiro tão gostoso quanto o seu, e eu já conheci uma quantidade razoável de vampiros, mas calma, não fui pra cama com todos. Seu sangue parece um doce, depois de anos comendo só coisas salgadas.
- E você bebeu pouco. Mas já havia bebido de um vampiro nascido e velho?
Haruki sorriu meio de canto. 
- Eu não bebo sangue de vampiros, só humanos. Você bebe o sangue deles? Geralmente só bebemos dos parceiros, não é? Estou falando do cheiro. É sim, já sai com os mais velhos. Sinto até mesmo o cheiro do seu irmão mais velho. Mas não se preocupe, não estou realmente falando sério. Sei que não quer compromisso. Ainda mais com um garoto como eu. - Sorriu.
- Mas disse que era doce, deduzi que falava do sabor. Já bebi sangue de vampiro em brigas, mas nada significativo. Você pode beber desde que não seja uma porção muito grande ou um vampiro muito concentrado, velho no caso. Vou provar do seu essa noite, ah? Hum, você é manhoso. É um ótimo garoto, não terei problemas em cuidar de você se for meu parceiro, mas não tenha pressa, devagar vai ter muito mais pra descobrir.
Haruki desviou o olhar a ele e sorriu meio de canto, era a primeira vez que falava daquela forma com um vampiro, quer dizer, geralmente era só sexo, nada mais.
- Eu vou adorar descobrir você.
- É, vai começar com a roupa.
- Isso mesmo - Sorriu.
Ao chegar em casa, Ryoma deu vazão a ele, passou em seguida e fechou a porta. Deu um mordisco rápido na própria língua e o puxou por ali mesmo, na entrada de casa, penetrando sua boca, o beijou. Ao sentir o cheiro de sangue, fora quase como um afrodisíaco para Haruki, ainda mais quando sentiu seu gosto em meio ao beijo e encostou-se na parede, puxando-o para si e guiou as pernas ao redor da cintura dele, subindo em seu colo. O maior sentiu suas pernas, uma após a outra, colocando-o no colo mesmo sem tê-lo pego. 
- Você é uma aranha, hum? 
Ryoma murmurou embora não fosse tão nítido. Mas voltou a beijar o menor e agora dava sustento a ele no colo, acariciando suas nádegas mesmo sob o tecido. Haruki riu baixinho e assentiu, retribuindo seu beijo e mordeu seu lábio inferior em meio ao toque, num suspiro conforme sentia sua massagem pesada. 
- Ah, Ryoma...
Ryoma tirou-o do encosto da porta, levando consigo pela casa até encontrar o quarto, o levaria para a cama. Haruki agarrou-se a ele, e se sentia feliz por estar com ele de novo, claro, também estava excitado. Mordeu o lábio inferior e arrancou uma pequena gota de sangue. O maior o lambiscou no gotejo que deu a si. Quando chegou no quarto, o desceu do colo, deixando na beira da cama. 
- Vou te dar uma coisa. - Ryoma disse e caminhou até o guarda roupas, tirou de lá uma sacola cuja embalagem de papel era escura e fosca. - Feche os olhos.
- Ai meu deus. O que é isso? 
Haruki riu baixinho e ao se sentar fechou os olhos, como ele havia pedido. O maior parou em frente a ele e guiou para se deitar na cama, suficiente para abrir sua calça e despir suas roupas, não era difícil. Quando finalmente o desnudou, tendo que repreender sua espiada, pegou da sacola o short de couro, era curto, quase como uma roupa íntima. Vestiu a parte de cima também, fazendo conjunto, era uma blusinha curta com acessório e adornou também sua coxa. Então o levantou e guiou até o espelho. 
- Essa é sua roupinha de dominatrix. - Disse, logo atrás dele, fitando seu reflexo no espelho. - Uh... Acertei as medidas do seu corpo.
Haruki riu baixinho conforme o sentia desnudar a si e mordeu o lábio inferior, parecia divertido embora tivesse um pouco de vergonha. Sorriu a ele, levantando-se ainda de olhos fechados e observou a si no espelho, abrindo um sorriso sapeca. 
- Dominatrix? - Riu. - Que gracinha, mas... Eu vou dominar quem?
- Quem você acha? - Ryoma sorriu a ele, pelo reflexo do espelho. Um sorriso canteiro e sugestivo. Só então o virou para si. - Vem fingir que vai me dominar. 
Dito, deslizou as mãos até suas nádegas e rosnou levemente a ele, mostrando as presas longas.
O loiro observou-o pelo espelho e sorriu, mordendo o lábio inferior. 
- Hum, você é muito bonito, isso é até um pecado. Eu quero te dominar, mas ia adorar levar uma mordida desses dentes. E o meu chicote? 
Disse e guiou a mão ao pescoço dele, segurando-o.
- Eu disse que você vai tentar, mas eu não disse que sou tão obediente. Sou rebelde. Chicote, ah? Não precisa exatamente de chicote, mas você pode ter algumas coisas na sacola. 
Ryoma disse e após solta-lo, seguiu até a cama e tirou a camisa. O menor sorriu a ele novamente selou seus lábios. 
- Ah é? Então tá bom. - Seguiu até a sacola, fuçando a observar o que havia dentro dela, se tinha algo interessante. - Você é um menino mau ah?
- Eu sou mau ou você não é um dono bom? 
O moreno indagou e se deitou na cama, na verdade se sentou. 
- Ah, eu sou um dono bom, pode ter certeza. Se não se comportar eu vou ter que te castigar. 
Haruki disse num sorriso, retirando um pequeno vidrinho, algo que parecia uma vela. 
- Isso não é de verdade é? Vai te machucar muito...
- Não exatamente. É uma vela, mas menos dolorosa que uma vela de de cera.
- Hum, vai doer, mas não vai arrancar sua pele? - Dito, o loiro riu baixinho e assentiu, fuçando pouco mais na sacola e pegou um pequeno vibrador com cabo e formato redondo. - Ah, isso no seu pau deve ser uma delícia, incomoda na ponta, né? - Sorriu, malicioso. - Uma... Coleira? - Mordeu o lábio inferior. - Ah, eu vou mandar fazer uma plaquinha com o seu nome. - Dito, levou a coleira ao redor do pescoço dele e logo após, colocou a corrente, era uma corrente pesada, bonita. - Adorei.
Ryoma acomodou-se enquanto o deixava fuçar e criar a sacola, tinha um sorrisinho torto a cada descoberta dela. Permitiu que colocasse a coleira e riu entre os dentes. 
- Gostou hum? Não me lembro de alguns desses itens mas espero aproveita-los com você.
Haruki riu e assentiu. 
- Hum, não comprou pra mim então? Comprou pra quem ah? - Disse e segurou-o no ombro, firme. - Comprou pra outro dono?
- Não tenho dono. 
Ryoma cerrou os dentes, sentindo seu aperto, não era muito, mas já podiam começar a brincar.
- Tem sim, eu sou seu dono. 
Disse o menor a ele e livre, a mão agarrou sua calça, apertou-o sobre o sexo, e não fora generoso.
- Não tenho. 
O maior disse, embora a voz soasse um pouco surrada na garganta. Mordeu o lábio, embora por dentro.
- Tem, quem está segurando sua coleira sou eu. - Haruki disse e novamente o apertou. - Tire as roupas, inu.
- Não sou seu e eu não sou um cachorro, seu pirralho de merda. - Ryoma disse, entre os dentes. 
Haruki estreitou os olhos ao ouvi-lo e a mão estalou firme contra seu rosto, num ruído alto. O moreno ergueu a mão com destreza, impulsivo sobre o tapa que ganhou, era uma falta de respeito, segurou seu rosto, mas não o feriu, o soltou em seguida. O menor uniu as sobrancelhas ao senti-lo segurar o próprio rosto, até a respiração sumiu e ao observa-lo de perto, murmurou.
- N-não era pra te bater?
- É reflexo, vai ter de lidar com isso, sou um animal selvagem.
- H-Hai... 
O loiro murmurou, e na verdade, tinha medo. Era um vampiro inexperiente em questão de idade, e bem mais fraco que ele, só esperava que ele não machucasse realmente a si.
- Hum, parece que realmente comprou um chicote pra mim. - Disse a olhar no fundo da sacola, estava junto com as algemas. - Se não tirar sua roupa, eu rasgo.
- Vá em frente. - Ryoma disse, desafiador, como se já não previsse o fim das roupas.
Haruki estreitou os olhos e por fim puxou-o, tão forte que ouviu o romper do jeans. 
- Eu avisei. Agora deite, vamos.
O riso soou entre os dentes do maior, visto que o jeans havia rasgado, não gostava tanto daquela calça para se importar com ela. 
- Me faça deitar.

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