Izumi e Tsubaki #16


Izumi segurou a mão do filho, arrumando sua jaqueta desalinhada e por fim sorriu a ele meio de canto. 
- Está animado?
- Muito! 
- Mas sabe que vai dormir sozinho né?
- Eh?! Não mamãe, quero dormir na cama com vocês.
- Hasu... Mamãe quer ficar um pouco com o Tsubaki.
- Hum... Vocês vão fazer mais um Hasui?
Izumi riu baixinho e negativou. 
- Não, meu amor.
Tsubaki não costumava receber muitas visitas em casa senão de negócios, não frequentes também, mas não tinha o que fazer por lá, não tinha exatamente um quarto de criança mas era um bom quarto mesmo para uma, imaginava que o baixinho fosse deitar somente para dormir, provavelmente ficaria correndo pela casa ou assistindo os dvds que lhe havia prometido. Ao estacionar em frente sua casa já conhecida, buzinou brevemente, evitando demasiado ruído.
- Vamos? 
Izumi falou ao pequeno, que carregava sua mochilinha quase maior do que ele.
- Vamos! 
Segurou a mão do filho e seguiu para fora com ele, até o carro do outro parado em frente a casa, acenando a ele, antes de ajudar o pequeno no banco de trás com o cinto, e sentar-se no banco da frente. 
- Oi "Tubaki"!
Tsubaki saiu do carro a fim de ajuda-lo ajustar o pequenino no banco de trás. Não tinha uma cadeirinha então o prendeu com o cinto de segurança com certa firmeza. 
- Boa noite, peixinho. Se preparou pra dormir? - Retrucou e a seu pai, cumprimentou ao acariciar sua nuca. - Tudo bem?
- Sim, trouxe minha roupinha e meu ursinho!
Izumi sorriu meio de canto, desviando o olhar a ele e assentiu, segurando a mão dele que havia tocado a nuca. 
- Estou, você?
- Hum.. então veio bem preparado. - Tsubak disse ao pequenino e assentiu a seu pai. - Vem. - Disse e lhe deu passagem no banco frontal de passageiro. - E você, preparado? Trouxe roupa e ursinho? - Disse ao entrar no veículo logo após ele.
Izumi colocou o cinto logo após adentrar e sorriu a ele. 
- O ursinho eu não preciso. Posso... Posso abraçar outra pessoa.
- Outro urso? 
Tsubaki disse e sorriu a ele, canteiro. Deu partida no veículo tão logo e iniciou o trajeto.
- Se você for um ursinho. 
- Own. - Disse Hasui.
- Sou confortável como um, hum? - Tsubaki brincou e fitou o pequenino pelo espelho.- Que foi, baixinho?
- Hai... - Izumi sorriu. 
- Acho vocês fofos.
- Fofos? - O loiro riu a observar o filho.
- Muito espertinho você. 
Tsubaki disse ao vê-lo falar quase como quem realmente entendia sobre aquilo.
- É muito longe? - Perguntou Izumi.
- Hum, não muito, mas não muito perto. Vamos ter um passeio de carro até chegar. Já comeram?
- Ah iie... Hasui estava sem fome, e eu... Bem, me acostumei a não jantar.
- Podemos pedir algo em casa, vocês querem?
- Pedir... Comida? Não é muito caro?
- Hum, depende do que vamos pedir. Nunca pediu?
Izumi negativou, sentindo-se envergonhado.
- Me diga algo que gostaria de pedir.
- O que é gostoso?
- O que você gosta?
- Eu só como comida japonesa e os docinhos que me servem no café... Eu... Nunca comi algo diferente.
- Hum, podemos pedir comida chinesa também. Pizza. Massas em geral.
- Pizza! Eu eu quero pizza mamãe!
Izumi virou-se a observá-lo. 
- ... Ah, hai...
- Hum, mas pizza você já provou. Seria legal experimentar outra coisa. Ou quer pizza mesmo?
- Eu quero pizza!
O loiro riu baixinho. 
- Pode ser pizza?
- Então pizza. Com queijo? Frango? Já sei, brócolis. - Disse Izumi.
- Não brócoli não! - Respondeu Hasui.
- Brócolis sim, né mamãe? 
Tsubaki disse a seu pai, buscando provocar o menor. Izumi riu baixinho e negativou. 
- Não mamãe!
Sim, brócolis.
- Não! Quero "cabresa".
- Calabresa é? E de queijo?
- Não, queijo não.
- Hum, então calabresa pra você. Mamãe vai querer de que?
- Acho que o mesmo. Eu não... Não faço muita questão de algo sofisticado.
- Não é sofisticado, é só um sabor de pizza. Bem, tem de frango, calabresa ou "cabresa". Tem de cogumelos.
Izumi riu baixinho. 
- Cogumelos? Parece gostoso.
- Sim, é bem gostoso.
- Ta bem então. - Sorriu.
Tsubaki sorriu, se perguntando como teriam vivido até então. Era interessante prover sensações novas. Parou brevemente o veículo tão logo, passou pela portaria e seguiu a própria casa onde estacionou ao entrar na garagem. Ao desembarcar seguiu logo a tirar o pequenino do cinto apertado no banco de trás. Izumi observou o local, a portaria e toda a casa enorme onde ele morava, nunca imaginaria a si morando num lugar como aquele, e provavelmente não moraria, então observava tudo de modo curioso, saindo do carro com ele, e esperou pelo filho que estendeu a mão a ele ao sair.
Após fechar o carro, Tsubaki os levou para a entrada da casa que não era frontal, era uma passagem de acesso da garagem para a residência. E indicou aos dois, viu em ambos os mesmo olhar, eram iguais. Sorriu canteiro, para si mesmo e já buscava o celular no bolso, onde formaria a ligação e o pedido. Izumi assentiu a ele, seguindo com o menor para dentro de sua casa, que parecia grande demais para ambos, que eram tão pequenos.
- "Tubaki"... - Disse o pequeno a puxar a camisa dele. - Onde eu vou dormir? Parece mal assombrado.
- Eu já vou mostrar seu quarto. Não é assombrado. - O maior riu.- Só está com as luzes médias, a hora que acende fica melhor. - Disse e por fim seguiu ao interruptor onde intensificou a luminosidade da casa.- Viu?
- Ah... Agora tá melhor. 
Izumi riu baixinho, negativando ao filho e observou a sala grande, o piano no centro e nunca havia visto um de perto. 
- É lindo.
- O piano? Pode tocar se quiser. - Tsubaki disse e tomou a mãozinha do pequeno, levando até a sala de TV, mostrou a ele o televisor.- Vou por suas novelinhas depois. - Disse fingindo contar um segredo.
- Oba! - Falou o pequeno, embora não muito alto.
- Eu não sei tocar, mas é lindo. - Izumi disse a passear pelo local.
- Bem, Izumi, você pode fuçar a cozinha se quiser alguma coisa pro Hasui, se ele sentir fome. A pizza já pedi. Mas de todo modo pode mexer caso ele precise de algo a noite, acho que ele ainda deve estar nessa idade, não?
- Ah hai... Ele ainda quer a mamadeira. - Izumi disse a seguir com eles. 
- Não quero não! 
- Você toma antes de dormir, Hasu.
- Não tomo não! 
- Então devo jogar ela fora?
- Mamãe!
- Ah, está com vergonha? Não tem nenhuma namoradinha aqui pra ficar com vergonha, bonitão. 
Tsubaki provocou o pequenino, que cruzou os braços e fez bico.
- Ah, a menos que esteja a fim do "Tubaki". Mamãe vai ficar com ciúme.
Izumi sentiu a face se corar ao ouvi-lo e desviou o olhar.
- Não, você é meu papai.
- Então. Pode tomar mamadeira sim. - Tsubaki afagou seus cabelinhos. - Quer ver o quarto?
- Quero... - Hasui disse a estender uma das mãozinhas ao maior.
- Vem também, papai. 
Tsubaki disse ao loirinho maior. Levando seu pequenino pela mão estendida. Guiou-os ao andar superior e logo para o quarto onde o pequenino poderia dormir. Embora fosse um quarto de adulto, tinha o que seria interessante até para crianças. Izumi assentiu num sorriso e seguiu para cima com ambos, observando o quarto do pequenininho ao adentrar, até a televisão presa a parede.
- Posso assistir aqui?! Deixa mamãe! 
- Não meu amor, tem que dormir. 
- Mas eu trouxe meu CD do Bob esponja...
- Pode sim, mas até a hora que mamãe pedir pra dormir. Por que não tomam banho? O jantar chega logo.
- Eu já tomei. Vou colocar meu filminho. 
- Você sabe ligar?
- Sei, é só apertar esse botãozinho.
- Okay então. 
Izumi sorriu e saiu com o outro, do quarto do pequeno. Tsubaki deixou-o no quarto como seu pai não parecia se importar. 
- Ele sabe mesmo? Pode deixar ele sozinho assim?
- Sabe sim, comprei um DVD pro quarto dele. - Sorriu meio de canto. - Ele é espertinho.
- Hum, ele é quase um bebê.
- Bem, vou coloca-lo na cama.
- Por quê? 
Tsubaki indagou sem entender o comentário repentino.
- Você está preocupado.
- Mas não disse pra por ele na cama. Além de que a pizza está chegando. Vamos levar ele e vamos comer. Depois eu te mostro meu quarto.
- ... Ah, h-hai... - Izumi disse, envergonhado.
- Pode dormir com o Hasui se quiser
- Eh? Não...
- Não, é? - Tsubaki sorriu canteiro.
- N-não...
- Por que não? 
O maior disse quando parou o caminho e fitou o rapaz diretamente.
- ... - Izumi desviou o olhar, envergonhado. - Porque quero dormir com você.
- Por quê?
- Porque eu gosto de você.
- Não é porque quer fazer algo comigo?
- ... - Izumi escondeu a face com uma das mãos num risinho desajeitado. - Só se você... Se você quiser.
- Você quer? 
Tsubaki disse ao se virar para ele e para-lo junto a parede no corredor. A respiração do loiro cessou conforme o sentiu pressionar a si contra a parede e sentiu o coração bater forte no peito, assentindo quase automaticamente.
- Q-Quero...
O sorriso de Tsubaki ,que havia interrompido ao falar com ele logo retomou aos lábios, notando sua euforia, quase pareciam adolescentes, pensou. Izumi sorriu meio de canto, envergonhado. O maior fez-se próximo a ele, teria o beijado se não fosse interrompido pela chegada do jantar que anunciava com o toque do interfone. A respiração, Izumi prendeu novamente, queria tanto beijá-lo que se arrepiava de vontade, mas o viu se afastar conforme o interfone.
- Hum, jantar chegou. Pegue o bebê. 
Tsubaki disse, ainda perto de seus lábios e lhe deu um selo bem rápido. Izumi sentiu o selo nos lábios e agoniado, segurou-o pelo braço e beijou-o, sem se importar com a comida. O maior cessou o passo ao sentir o pulso segurado e o beijo que insistiu, o retribuiu no entanto, embora não levasse tão muito adiante. Izumi deslizou uma das mãos pelo rosto dele, numa carícia suave, embora mudasse de forma assim que atingisse seus ombros, apertou-o ali, descendo as pontas dos dedos por suas costas e nos quadris, puxou-o para si, sem muita força, mas roçou o próprio baixo ventre ao dele, lhe dando um pouco do que gostaria de fazer e não tinha coragem de dizer. Por fim, deslizou a língua pela dele e timidamente se afastou, o tom vermelho nas bochechas e acenou brevemente, buscando o filho no quarto.
Tsubaki não havia até então dado a atenção a seus dedos, mesma passando do rosto ao ombro ou costas, percebera-os somente quando alcançaram os quadris puxando-os a seu encontro, de modo que pôde sentir o volume de seu baixo ventre ainda adormecido, mas certamente não era plano como uma mulher. Bem, era um rapaz já vivido, talvez fosse esse tipo de direta que eram pessoas mais "maduras" mesmo tão jovem. Mas sabia que na lábia era diferente, parecia mais fácil para ele ter atitude do que abrir a boca e falar, mas não dava importância, podia provocar dessa maneira. Quando o soltou foi assim como pensou, notando seu rubor, o que fez com que até que chegasse ao entregador, continuasse com um riso mudo, achando graça.
- Hasu? 
Izumi disse ao entrar no quarto e viu o pequenininho encolhido em meio aos cobertores, assistindo o desenho que havia dito.
- Chegô a pizza?
- Chegou, vamos? 
- Hai
Izumi sorriu a ele, pegando-o no colo conforme puxou em si e colocou-o no chão em seguida, segurando sua mãozinha a levá-lo para baixo. 
- Vamos ajudar o Tsubaki a colocar a mesa, hum?
Após receber o pedido, Tsubaki seguiu em direção a cozinha onde já via os convidados no meio do caminho. Procurou algum rubor ainda existente na bochecha do rapaz, parecia ter amenizado. 
- E vamos comer aonde, hum? Preferem a sala de estar?
- Pode ser, onde preferir. 
Izumi disse a ele, com o sorrisinho desajeitado, a timidez dando presença. 
- Pizza!
- Onde vocês fazem isso normalmente? 
Tsubaki indagou e sorriu ao pequeno quase avulso, mas que dava presença com seu ânimo.
- Bem, comemos na mesa de jantar.
- Então tudo bem. 
O maior disse e seguiu à mesa onde deixou o pedido. Buscou os talheres e louça para o jantar e deixou logo sobre a mesa, assim como selecionou bebidas para acompanhamento.
- Quer ajuda? Sente na mesa, Hasu. 
O loiro murmurou e colocou ali uma almofada para que ele se sentasse em cima.
- Não é necessário. Fique à vontade. 
Tsubaki disse e o acomodou num dos assentos enquanto terminava de buscar os aparelhos e por fim se sentou junto a eles. Izumi assentiu e sentou-se ao lado do pequeno, de frente a cadeira dele e colocou o guardanapo sobre a roupinha do filho. O maior abriu a caixa da pizza, fazendo suspense para o pequenino que parecia eufórico para ver o conteúdo. Quando enfim o fez, serviu ambos os convidados e consigo passou a comer. Para o pequeno serviu suco, já a seu pai um pouco de vinho. Izumi riu baixinho ao ver o pequeno bater com os talheres na mesa pedindo pela pizza e ao pegar, segurou com as mãozinhas mesmo, uma vez que não conseguiria cortar com a faca ainda. 
- Hasu... Comporte-se.
Tsubaki tomou um trago do vinho de início e logo passou a comer, incentivando o loiro a provar do sabor que indicou. Izumi sorriu ao outro e assentiu, aceitando a pizza que cortou e experimentou.
- E aí? - O maior retrucou e levou mais um igual pedaço à boca.
- Oishi!
- Você gostou Hasu? 
Izumi murmurou, observando o filho com a boquinha cheia. Tsubaki concordou com a cabeça e consigo continuou a comer. Voltou-se ao pequeno até então não havia observado e percebeu sua boquinha suja e a bochecha cheinha.
- Calma, come devagar. - Izumi disse e bebeu um gole do vinho. - Hum...
- Também quero suco de uva!
- Esse não pode, esse é ardido. Você não vai gostar.
O pequeno fez um pequeno bico e bebeu um pouquinho do próprio suco, de laranja.
- Quer provar?
Izumi uniu as sobrancelhas a observar o outro com o dito. 
- Quero.
- Só um pouquinho. 
Tsubaki disse e pegou a taça, deitou levemente sobre a boca do pequenino, somente o suficiente para umedecer seus lábios. O pequeno fez um biquinho, aceitando o vinho da taça do outro e por fim fez uma pequena careta, negativando. 
- Ai! Que ruim!
- Tá vendo? É ruim. - O moreno divertiu-se.
Izumi riu baixinho e assentiu, comendo mais um pedaço de pizza, e permaneceu a observar o pequenininho, por um momento até sentiu os olhos se encherem de lágrimas por pensar que há um tempo atrás, não tinha como comprar uma pizza pra ele. Tsubaki desviou o olhar a ele, de soslaio, percebendo meio concentrado em alguma coisa.
- Algum problema? A pizza é tão boa que te emocionou? - Brincou.
O loiro desviou o olhar a ele e riu baixinho, negativando e limpou as lágrimas dos olhos com o dorso dos dedos. O moreno afagou sua cabeça, sem desalinhar os fios.
- Papai se emocionou com a pizza.
Izumi sorriu meio de canto ao sentir o toque, sentindo a face se corar.
- Tá gostosa mesmo, mamãe.
Tsubaki riu, percebendo que o pequeno quase nem dava bola ao que não fosse seu jantar.  O loiro riu baixinho e finalizou a própria pizza, acariciando os cabelos do filho.
- Estou satisfeito também. E você, Hasui?
- Hum... Oishi!
Disse o pequeno e sorriu em seguida. 
- Comi um monte.
- Então já podemos guardar e ir pra cama, hum? Pode assistir até fazer digestão.
- Posso? Ê!
Izumi sorriu e assentiu ao pequeno.
- Só por hoje.
- Mamãe vai assistir também pra fazer digestão?
- Mamãe vai conversar comigo.
- Ah eu quero conversar!
- Não vai assistir a novela?
- ... Depois eu quero conversar!
- Novela?
- É, aquelas séries dele.
- Eu disse pra não ver, Hasu.
- Não tem nada de mais, hum? Por que não quer deixar ele ver?
- Porque ele chora e faz drama e aprende umas mentiras.
- Que mentira. - Disse o pequeno.
- Mentiras?
- É, faz drama que nem na novela. 
O pequeno cruzou os braços e negativou. 
- Mas hoje vou te deixar assistir, só hoje.
- Hum, depois você vai me falar sobre isso? - Indagou ao pequeno.
- Não... - Fez bico.
- Não vai?
- ... Ta bom.
- Então vamos. Vou te levar. - Tsubaki disse e pegou o pequenino no colo, tirando a sujeirinha restando em sua boca. - Vamos assistir.
O menor sorriu e assentiu, segurando-se no pescoço dele. Quanto a Izumi, sorriu ao vê-los, ele era um bom pai, quer dizer, seria um.
- Tenho um colar novo. 
Tsubaki disse, mostrando a seu pai o pequeno grudado ao pescoço. O levou para o quarto de volta, junto de seu copo de suco. Ao chegar lá o deixou na cama, sentadinho, cobriu suas pernas e deixou o suco ao lado. 
- Espere a digestão, não se deite.
- Tá bom, papai. - Disse o pequeno com um sorrisinho.
O moreno sorriu a ele e negativou, sabia seu propósito ao falar daquela forma. Afagou seus cabelos e deixou o quarto por fim.
- Ah, se quiser alguma coisa pode chamar no corredor, não desça sozinho.
- Tá bom... Obrigado. 
Disse o pequeno, pegando o copinho de suco e bebeu alguns goles. Ao sair, Tsubaki ouviu a TV ruir com baixo volume, indicando o filme do pequeno. Desceu logo ao encontro do rapaz, ainda na cozinha, provavelmente perdido sobre o que fazer. Assim que ele subiu, Izumi havia guardado a pizza e retirado os pratos, após fazer, ao contrário do que ele pensava, lavou a louça que havia sido colocada na pia.
- Você pode deixar aí. 
Disse o maior ao se encostar junto à entrada da cozinha, fitando-o de lá.
- Ah... - Disse o menor a virar-se, observando-o, as mangas arregaçadas e as mãos sujas de espuma. - São só alguns pratos.
- São pratos que você não precisa lavar. Vamos, enxugue as mãos.
Izumi assentiu ao ouvi-lo e alcançou o pano de prato, enxugando as mãos.
- Isso. Vamos subir, hum? Quer conhecer o quarto?
- Q-Quero. 
O loiro sorriu e estendeu uma das mãos a ele. Sem pegar sua mão estendida, Tsubaki desviou para seus ombros e o passou a frente, guiando o caminho escada a cima, até o próprio quarto. Dali ouvia risos baixos, o que era incomum na própria casa, vinha do quarto de hóspedes, onde ocupava o pequenino com suas novelas. Izumi riu baixinho conforme ouviu o filho, e com ele seguiu para o quarto, sendo guiado por ele, ou se perderia no corredor grande.
Tsubaki abriu a porta para o rapaz, indicando o aposento, cedeu-lhe passagem e fechou a porta atrás das costas. Tinha cores escuras e contrabalanceava com o extenso vidro que quase substituía uma das paredes, tornando o quarto mais iluminado. Izumi observou o quarto, bonito como o restante da casa e a janela parecia dar a visão de tudo que acontecia ali dentro para quem passasse da fora. 
- ... Nossa, é... Aberto, né?
- Bem, estamos no segundo andar. A menos que alguém tenha asa. - Tsubaki sorriu a ele.- E tenho cortinas. O quarto é escuro, achei melhor deixar um pouco mais aberto.
- Ah... Hai, é lindo..
- É, veja bem. 
Tsubaki disse e apagou a luz, deixando a iluminação somente do exterior. Izumi uniu as sobrancelhas ao observar o quarto, bonito com a iluminação da pouca luz exterior, a lua que reluzia no quarto e sorriu. 
- É lindo...
- Viu? Até dormir tenho uma boa vista. 
O moreno disse e pegou facilmente o rapaz no colo, mais facilmente do que podia imaginar na verdade, era bem leve. Por fim o levou e jogou na cama.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário