Broken Hearts #22 (+18)


Naquele dia, Hideki não estava em casa, Yori queria vê-lo, mas ele demoraria para chegar, era o que Ophelia tinha dito, então o garoto a convenceu a ir consigo para a cidade, e lá, escolheria as coisas para cozinhar para ele, só esperava retornar antes que ele chegasse em casa e percebesse a casa vazia. Com a pequena cesta em mãos, escolheu tomates frescos, uma carne vermelha que parecia saborosa e massa, faria macarrão, ele iria gostar. 
- Obrigado por vir comigo, Ophelia, eu gostava de vir a feira. 
- Você tem que trazer o senhor Hideki, ele vai gostar. 
- Aposto. 
O menor sorriu e com ela tomou o carro para seguir novamente para casa. Ao se aproximar, notou a luz da varanda acesa, já era noite e teve que unir as sobrancelhas, ele havia chego. Desceu do carro, num pequeno pulo e quando o fez pôde ouvir o barulho de algo se quebrar do lado de dentro. 
- Yori-chan, fique aqui. Ele deve pensar que você foi embora.
- ... Mas... Ophelia...
- Fique.
Quando Hideki chegou em casa, mesmo na distância que percorreu até a entrada já sabia pelo cheiro que ele havia saído, marchou até o próprio quarto, observou a cama arrumada, rastros de que a serviçal havia passado ali, ainda que não estivesse em casa. Ela não estava, devia estar com ele, tinha o sangue dela no corpo, sabia que não iria embora com ele, não ousaria, ainda que houvesse ousado sair e leva-lo. Era neurótico, mas não era burro, talvez um pouco insano. Pensar sobre qualquer tentativa de fuga do garoto fez o sangue frio ferver, e já na cozinha, pegou uma garrafa de vinho culinário o qual tomou nos dedos e sem perceber, já a havia estourado na mão. Porém, ainda que estivesse emputecido ou irritado, sentiu o cheiro dele e sentiu o cheiro de Ophelia, com os cacos esmagados entre os dedos, olhou para ela com a calma visual que não tinha na mão, evidentemente. 
- Cadê ele? 
Indagou-a, tendo visto ela apenas. Soou até entre os dentes embora parecesse estar guardando um ódio voraz na garganta.
- Ele está comigo, senhor. Fomos apenas dar uma volta, ele queria comprar algumas coisas para cozinhar para o senhor. - Disse ela, seguindo até ele e limpou os cacos de sua mão. - Deveria ver como ele estava feliz escolhendo os tomates.
- Mande ele entrar! 
Hideki praticamente rosnou, embora fosse firme, não gritou, mas foi evidentemente fatídico. Desviou de seu toque, não estava interessado em vidros ou tomates, queria ele dentro de casa, não havia dado permissão para sair, não havia sequer mencionado. Ela uniu as sobrancelhas, mas assentiu em seguida e foi para fora chamar o garoto. Yori via ambos dali, da varanda e nas mãos carregava a pequena cesta com o macarrão de massa fresca, os tomates e até o queijo que ralaria, ao vê-lo, franziu o cenho.
- ... Não deveríamos chegar tão tarde, eu queria esperar a feira abrir...
Hideki viu-a partir em busca do garoto, voltar logo após alguns passos atrás dele. Olhou para ele e mentalizou tudo o que teria feito e por isso mesmo soube que não deveria fazer. Pensou também tudo o que não faria e foi isso o que fez, ainda que os dentes estivessem cerrados como o punho. 
- Okaeri.
Ao ouvi-lo, Yori uniu as sobrancelhas novamente, aproximou-se dele a deixar a cestinha sobre o balcão e calmamente buscou sua mão machucada, removendo os pequenos cacos das feridas, olhando para ele vez ou outra, não tinha medo. No fim, usou um pequeno lenço que tinha consigo para limpar sua mão e remover o sangue. Só então, aproximou-se e selou os lábios dele ao se erguer na ponta dos pés. Hideki fez menção de desvencilhar o toque, assim como de Ophelia, mas ganhou uma investida dele, o que resolveu deixar por fazer. Olhava-o de cima enquanto fazia aquela atividade, mesmo que fosse cicatrizar rapidamente, ele não entendia aquilo. Os olhos se ergueram cintilantes a medida em que ele também fez isso e ganhou seu beijo, não sabia se era por pena, o que irritava a si, mas não expressou isso. 
- Tadaima. - Yori sorriu contra os lábios dele, deixando claro que era um beijo de cumprimento. - Eu... Pedi pra Ophelia caçar pra... Trazer sangue fresco pra você. Então... Teremos macarrão com sangue fresco, claro que... Eu vou separar um pouco pra mim. Então... Vista uma roupa confortável, logo o jantar estará pronto.
Para Hideki, era difícil lidar consigo até para si mesmo, todo gesto de possível carinho era interpretado de uma forma ruim, talvez fosse um sadomasoquista? Bem, não via prazer, mas era mais fácil de lidar com uma situação de ódio do que de amor. 
- Você não vem?
- Quer que eu vá com você? Mas eu preciso fazer seu jantar.
- Você quer vir?
Yori sorriu e assentiu. 
- Quero sim. Ophelia, pode só descascar os tomates pra mim?
- Claro, Yori-chan.
Hideki seguiu logo o caminho do quarto, sugerindo sem precisar dizer, que ele acompanhasse. 
- Vocês se tornaram amigos, hum?
O menor assentiu e sorriu a ele, seguindo em passos lentos a desabotoar o casaco. 
- Sim, eu gosto dela. Quero que você vá comigo para a feira qualquer dia. Você vem?
- Você gosta de mulheres também? 
Hideki indagou, curioso sobre isso, afinal, não muito sabia sobre aquele garoto. Yori uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo, mas negativou num pequeno sorriso. 
- Eu nunca gostei de mulheres.
O maior assentiu em compreensão embora não tivesse certeza sobre o que ele dizia, acreditava porque ele não parecia do tipo que poderia lidar com uma mulher. Sorriu para si mesmo ao pensar sobre isso.
- Está sorrindo por que? - Yori disse a unir as sobrancelhas.
- Estou pensando sobre como você não parece mesmo gostar de mulheres.
- Ah... É eu... Na verdade nunca gostei de nada, acho que até encontrar você.
- E você gosta agora?
- Gosto. - Yori sorriu.
- Ah gosta, ah? Irei até a feira com você, se você for em um lugar comigo essa noite.
- Um... Um lugar? - O menor sorriu. - Tipo um encontro?
- É, um reencontro.
- Hum... Tudo bem. Depois do jantar?
- Hum. Depois do jantar.
Yori sorriu e assentiu.
Após ligar o chuveiro, Hideki despiu-se rapidamente e sem qualquer pudor, na verdade tinha até um certo hábito de se mostrar nu para ele, queria que ele olhasse e que sentisse vergonha, também que sentisse vontade ou qualquer outra coisa, mas que sentisse algo e que pudesse ver. Ao vê-lo retirando as roupas, Yori rapidamente virou a face de lado, era mais um reflexo, já que estava envergonhado. Sutilmente passou a retirar as próprias roupas também e o rosto estava vermelho, evidentemente enquanto o fazia.
De soslaio Hideki podia ver sua orelha rubra e parte de sua bochecha, mesmo que estivesse voltado o oposto de si. Porém ao alcança-lo, virou-o para si, fazendo olhar a própria direção. Ao virar-lo para ele, ele poderia ver o rosto de Yori corado, agora ainda mais e sorriu meio de canto, desajeitado. Hideki ainda o segurava conforme o puxou mais perto, por seu rosto mesmo, trazendo-o aos lábios selou os dele, mas o guiou ao próprio pescoço. O menor sorriu a ele conforme sentiu o pequeno selo, sabia que ele estava tentando, e era adorável. O abraçou, firme e repousou a face sobre o ombro dele.
- Yori, quero que me morda com seus dentes humanos até que consiga arrancar algum sangue.
O menor uniu as sobrancelhas.
- O que? Não! Por que eu faria isso?!
- Porque estou pedindo.
- ... Não posso fazer isso.
- Por quê?
- ... Porque não. Eu não quero te machucar.
- Mas eu estou mandando fazer, a dor pra mim não é como é para você.
- ... Mas Hideki, me diga pelo menos pra que...
- Porque eu quero. Você pode morder no ombro, se te der menor aflição, ou a minha mão.
Hideki disse e ergueu a mão, já estava levemente machucada mesmo. Yori observou a mão dele, o ombro, não tinha coragem, não... Não sabia se conseguiria fazer. Ao segurar sua mão, acariciou e aproximou-se com a boca, colocou os dentes na parte macia dela e fechou os olhos, iria morde-lo, iria... Mas... Não, não conseguiria. 
- Eu não posso!
- Faça logo, Yori. 
Hideki disse enquanto dispunha a mão junto a seus dentes. Sentia algum desconforto mas sabia lidar bem com a dor, sabia fingir que não sentia. Diante de sua negação, empurrou a mão para sua boca. O menor assentiu, e estava agoniado, não queria fazer aquilo, não queria mesmo. Ao ter a mão dele na boca novamente, o mordeu, mas não fora firme, era uma mordida até que com certa força, mas não pra arrancar sangue.
- Faça direito! 
Hideki esbravejou, queria aquilo e odiava rodeios. Yori uniu as sobrancelhas e assentiu, mordendo-o firmemente e puxou a pele entre os dentes, firme, só assim conseguiu machucá-lo e afastou-se conforme sentiu o gosto de sangue na boca, o fitou, com os lábios corados.
- ... Desculpe.
O maior gemeu dolorido, mas soou baixo e rouco, guardado na garganta. O pegou pela nuca, não havia dito para parar, impôs-se novamente. 
- Não disse para me mastigar, quero que faça, como se fosse como eu.
Yori uniu as sobrancelhas, não entendia nada, estava confuso, talvez um pouco perdido, mas voltou a mordê-lo, firme, cravando os dentes nele e fechou os olhos firmemente, sentindo a pequena lágrima escorrer pelo canto dos olhos.
- O que há? Está chorando por que? 
Hideki indagou, era fácil se irritar e sabia disso. Sentiu sua boca quente na palma da mão e quando soltou sua nuca, tocou o próprio braço, apalpou e verteu o sangue em sua boca, era um humano, provavelmente não varia sentir qualquer prazer com o gosto, mas não estava se importando com isso. Yori desviou o olhar a ele, era humano, não tinha costuma de morder as pessoas para machucar, ainda mais sendo ele, e conforme sentiu o gosto do sangue, uniu as sobrancelhas, tentou se afastar, mas ele não parecia querer deixar, então, teve que engolir o líquido frio que veio para os lábios. Uniu as sobrancelhas, enjoado e afastou-se rapidamente. 
- Hideki!
- Não seja fresco, Yori. 
Hideki disse, impassível. O que poderia esperar de uma porra de um humano? Nada. Não conseguia sequer beber um pouco de sangue, nem mesmo quando estava pedindo, era mais fácil simplesmente força-lo fazer aquilo. 
- Que inferno!
Yori uniu as sobrancelhas novamente conforme o fitou e sentiu o estômago revirar. 
- ...
- Tsc. 
O maior resmungou e daquela forma o deixou para trás, no quarto, seguindo ao banheiro, frustrado pela tentativa.
Yori o fitou sair, não entendeu nada, realmente, ele parecia sempre puto com alguma coisa e estava ficando cansado. 
- Quer ou não que eu vá com você?
- Quero que faça as coisas que eu mando sem que eu precise obrigar você.
- Você me mandou morder você, Hideki! Eu não sou vampiro.
- Mas podia fazer isso, assim como eu não sou humano e posso comer coisas de humano.
- Sim, eu sei, mas eu não quero te machucar!
- Eu já estava machucado. Não fez diferença era só o sangue, eu queria meu sangue em você.
- É, mas eu não quero te machucar, eu gosto de você! - O menor disse, alto e o fitou, só então notando o que ele havia dito. - ... O que?
- O que? 
Hideki indagou, sem entender sua questão. Mas negativou, tentando manter alguma limitação na falta de paciência, por não ter as coisas como gostaria. Yori suspirou.
- Quando as pessoas gostam das outras, elas não machucam.
- Não é assim. Eu o machuco, mas eu gosto de você. Deixe, Yori. Não quero mais isso.
Yori uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e assentiu.
- ... Não estou me sentindo bem.
- Mas você sequer tomou uma quantidade significativa. 
Hideki disse e estendeu a mão, mesmo sem perceber, chamando-o. O menor aproximou-se dele, segurando sua mão, como se agora pouco ele não estivesse gritando consigo. 
- Meu estômago dói... - O menor disse e uniu as sobrancelhas.
- É porque tem nojo, deve passar logo.
- ... Você... Quer me dar o seu sangue, pra... Ter parte de você em mim? 
Yori disse, tentando imaginar uma razão para o que ele havia feito.
- É pelo encontro que teremos hoje.
- Ah... Eu... Posso tomar mais, mas... Me dê num copo, eu não gosto de machucar você.
- No copo não vai ter graça.
O loiro assentiu e suspirou, aproximando-se dele, o estômago revirou novamente, mas não disse nada. 
- ... Me dê sua mão.
- Você tem nojo disso? Nunca lambeu uma ferida?
- Não tenho nojo... Como eu vou te explicar... Veja, eu sou humano, eu nasci sendo ensinado a não machucar nada, nem ninguém, principalmente quando eu gosto de alguém, então pra mim não é simples fazer isso, é difícil, é... É doloroso. Quando eu machuco você eu sinto uma dor no peito, porque eu gosto de você então não devo machuca-lo. Mas não fique bravo, não é minha culpa. Se você quiser me dar o seu sangue, eu bebo, você fará parte de mim, e... Eu mordo direitinho... Dessa vez.
- Você não está me machucando, você está me obedecendo. E por sinal, é por sentir que não deve ferir, que acaba ferido. Eu não ligo de brigar, mas certamente você não poderia me conter.
Yori o fitou, sentiu um estranho arrepio pelo corpo ao ouvi-lo, mas não era medo, era uma sensação gostosa, estranhamente.
- ... Não quer que eu morda?
- Morda. Finja que é meu parceiro e me morda.
- Eu sou seu parceiro... 
O menor disse, um pouco envergonhado e seguiu até ele, segurando-o em sua mão machucada e suspirou por um momento, em seguida, o mordeu, cravando os dentes na carne macia dele e sentiu a pele romper entre os dentes, se sentia como um cão, e era horrível, mas continuou. Hideki deu a mão a ele, ainda não completamente cicatrizada, não havia bebido nada naquele dia, então funcionava mais devagar. Mordeu o lábio inferior, por dentro da boca, contendo a voz diante da dor, certamente era uma mordida mais difícil que a de um vampiro, afinal precisava de força para abrir espaço, não era como uma agulha furando, gemeu dolorido, na impossibilidade de continuar escondendo, mas, nada que o fizesse parar. 
Yori desviou o olhar a ele, estava agoniado, ainda mais com seu gemido, mas era uma ordem, e iria seguir. Fechou os olhos, forçando ainda mais a carne, até novamente sentir o gosto do sangue e sugou, sentindo o gosto enferrujado, nada gostoso, mas bebeu, como ele queria, bebeu o quanto pôde sem passar mal. Hideki nunca havia sido mordido, e ele sem que fosse um vampiro, não seria capaz de sentir sensações ou transmiti-las, ainda assim foi o mais perto que chegou de trocar o sangue com alguém. Ao desviar o olhar a ele, o loiro tinha os lábios sujos, e o fitava, esperando alguma sensação, alguma coisa a mais, não sentiu nada.
- ... Você precisa de sangue.
O moreno olhou para ele quando se afastou, não exigiu que tomasse mais, sabia que havia sido o suficiente para que qualquer coisa que acontecesse com ele, nunca fosse permanente. Mas talvez tivesse ameaçado um sorriso, achando graça de sua boca suja como uma criança com um doce.
- Eh? - Yori desviou o olhar a ele, confuso. - O que foi?
- Sua... 
Hideki disse mas segurou seu rosto e lambeu seus lábios, devagar. Ao sentir sua língua, Yori riu baixinho e deslizou as mãos ao redor de sua cintura.
- Ah... Minha boca está suja.
O maior sentiu o enlace de seus braços, o que era o suficiente para seguir a outro patamar com os toques. Pegou por seus quadris e o puxou contra si. O menor gemeu, dolorido ao ser puxado e teve que morder o lábio inferior, sentiu o sexo contra o dele, mesmo ainda adormecido e estremeceu. 
- Ah... E-Eu...
Hideki sentiu a pelve como ele, roçando o baixo ventre com o seu e até arqueou o quadril, empurrando para ele. 
- O que?
Yori negativou, suspirando. 
- Seu corpo... Por que seus olhos estão tão amarelos?
- Eles são assim. E já passou tempo suficiente comigo pra saber que quando eu quero te pegar e te comer, eles ficam assim.
- Eu sei, mas... Eles estão diferentes, parecem apagados. Quer tomar o meu sangue?
Hideki o pegou pelos quadris, virou-o de costas e encostou junto a parede. puxou sua pelve por onde deslizou os dedos e encostou-se em suas nádegas. O menor arregalou os olhos conforme fora virado, mas estava acostumado com ele, então não o recusou, na verdade, a única coisa que sentiu foi a respiração acelerar. 
- H-Hideki...
O maior moveu o quadril, não o penetrou, mas friccionou o sexo viril contra suas nádegas. Segurou com uma das mãos sua cintura e subiu pelo tronco até o peito. Fitou sua nuca, seu ombro, seus cabelos estavam suavemente crescidos em relação ao primeiro encontro com ele. Yori fechou os olhos, podia senti-lo contra si, e podia negar o quanto quisesse, mas era uma sensação tão gostosa. Mordeu o lábio inferior mesmo silencioso, e o silencio dele também era bem evidente, mas se perguntava o que ele estava pensando.
O maior arqueou-se e encostou os lábios em seu ombro, mordiscou inicialmente a roçar os dentes na pele. Não o penetrou, não ainda, não com os dentes, mas embaixo, já se ajeitava em meio as suas nádegas, moveu a pelve e se encaixou nele, praticamente engatou em seu corpo. O loiro uniu as sobrancelhas, sentia seus pequenos mordiscos, sabia que ele iria morder a si e não teria tanta piedade. A pele se arrepiou, distraído de seus movimentos atrás de si.
Hideki pegou-se nos dedos, esfregando-se nele, empurrou e penetrou parte do sexo, indo apenas até a metade do corpo e embora não tivesse gemido, respirou pesado, o que não precisava fazer exatamente, era um gemido mudo, sentindo seu corpo quente e apertado. Yori gemeu, dolorido conforme o sentiu adentrar o corpo, havia se distraído, então fora pego também num pequeno sobressalto. Mordeu o lábio inferior e empinou os quadris, dando mais espaço a ele. 
- H-Hideki... Ah!
O maior sentiu sua investida para trás, gostava dela, gostava de sentir que ele queria, ainda que a todo momento sentisse que era apenas seu mecanismo de defesa, mas iria descobrir tudo isso, iria saber de tudo, não porque precisava invadir sua privacidade, mas porque queria ser capaz de acreditar nele, queria ser capaz de fazê-lo sentir tudo o que queria dar a ele e que não sabia transmitir. Queria controla-lo, mas sabia disso ainda que fosse uma vontade incontrolável para si mesmo. Penetrou-o, indo o que ainda restava de si que não dentro de seu corpo. O menor gemeu, pouco mais alto ao senti-lo adentrar o corpo, e não fazia ideia do que ele estava tramando ou do que passava pela cabeça dele, do que ele poderia querer, achava realmente, ingenuamente, que tomar de seu sangue era apenas algo simbólico. Mordeu o lábio inferior e sentiu os cabelos caírem sobre os olhos, nos pequenos fios loiros.
O moreno sentia que embora apertado, era facilmente aceito dentro dele, era como ser recepcionado e moldado seu corpo para si. Já dentro, deslizou a mão por seu peito, tocou o mamilo onde não sei exatamente atenção e desceu ao ventre, ao sexo, tocou-o ali e apertou, tentando controlar o impulso da firmeza. Yori desviou o olhar para baixo, era estranho que ele tocasse a si daquela forma, geralmente ele só se importava em fazer o que queria, e não o que a si queria, mas teve que admitir que era gostoso e gemeu prazeroso, não dolorido. 
- Kimochi...
- Você gosta? 
Hideki indagou, talvez sentindo que parecia sincero naquele momento, não tinha certeza sobre como estava tocando, se era forte ou fraco, mas tentou manter. Gostava dele, daquela parte de seu corpo, de todo seu corpo na verdade, ainda que normalmente não tocasse.
- Hai... Gosto... Quando toca aí... 
Yori disse e suspirou, ainda fitando sua mão ao redor do sexo e estremeceu, empurrando-se contra ele atrás de si, sutilmente.
- Aonde mais você gosta? 
O moreno perguntou, curioso, embora soubesse que sua resposta viria com uma ideia de que alguém o havia feito descobrir. Moveu-se, dando a primeira investida, e como sempre, era firme.
- Nos... Nos mamilos. 
Yori murmurou e suspirou, gostava do toque dele, ele tentava ser sutil, então era sempre tão gostoso.
- Alguém fez isso em você? Alguém te fez gostar disso? 
Hideki indagou, até acabou por aperta-lo um pouco mais entre os dedos. Yori gemeu, agora dolorido ao sentir o aperto. 
- Você... Você fez...
O maior moveu o punho, massageando-o com firmeza, porém fora afrouxando o toque até terminá-lo. Ao se afastar, deixou de estar nele, o virou sem dificuldade e o tomou no colo, apoiando-o junto a pelve e a parede atrás de suas costas. Encarava-o agora em frente, fitando seus olhos amendoados enquanto se ajeitava para ele, penetrando-o de volta. E de frente, agora poderia fazer o que ele pedia, beijou seu peito e desceu ao tórax, era estreito, fazia perceber quanto era pequeno. Ao se virar, Yori segurou-se nele, em seus ombros e fechou os olhos conforme o sentia se empurrar para si, mordendo o lábio inferior. Deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, acariciando-o e gemeu, prazeroso. 
- Ah! Que gostoso...
Hideki ergueu a direção visual, embora pouco pudesse ver de ser rosto. Percebia que gostava de fazê-lo satisfeito durante o sexo. Yori puxou os cabelos dele, sutil e o beijou em seu rosto, tinha um pequeno sorriso nos lábios enquanto o fazia.
- Hideki... O-Obrigado...
O maior não entendeu o agradecimento, não estava fazendo um favor, na verdade se aproveitava tanto quanto o satisfazia e por fim tornou a se mover. Mas lhe deu uma mordidinha no peito, sentindo o gosto dele, mesmo seu sabor estava levemente diferente, ainda o sentia com intensidade, mas tinha algo si que já estava nele. Ao sentir a mordida, o loirinho gemeu dolorido, mas estava acostumado com aqueles pequenos toques doloridos dele, tudo bem, era melhor do que ter as presas cravadas na carne, arrepiou-se ao pensar. 
- H-Hideki... Mais...
Hideki lambeu-o com a língua firme, sentindo nela o toque tenso do pequeno ponto em seu peito, eriçado pelo estímulo. Se moveu, com mais força, era quase um erro dele pedir por isso, porque não era do tipo que sabia muito bem o que era o seu "mais". Yori gemeu dolorido conforme o sentiu se mover e agarrou-se a ele, firme, as unhas se cravaram em sua pele, no ombro, tentando descontar a dor que sentia.
O maior franziu o cenho, em protesto ao toque incômodo de suas unhas, mas não interrompeu. O empurrou contra a própria pele e e moveu seus quadris sem de fato formar um vai e vem. Yori uniu as sobrancelhas e fechou os olhos, inclinando o pescoço para trás, era gostoso, o sentia tocar onde gostava. 
- Eu... Eu quero, Hideki...
- Hum? 
Hideki indagou, embora soubesse sobre o que ele falava, ou pensava saber. Deslizou as mãos por sua cintura, apertando, apalpando seu corpo e por fim o envolveu com um dos braços, não era difícil mante-lo no colo, era leve, frágil. Ao olhar seu rosto, desejou morde-lo nele mesmo, mas não fez. Com a mão desocupada o segurou no sexo e esfregou-o com insistência, disse que gostava, e se ele ia gozar, logo, com ele, fez o mesmo.
Yori mordeu o lábio inferior ao senti-lo tocar a si, estava tão perto, tão sensível, não aguentaria mais. Num gemido mais alto, gozou, e deixou o prazer sentido com ele em sua mão. Num suspiro, uniu as sobrancelhas e desviou o olhar a ele. 
- Kimochi... Ah!
O moreno sentiu na mão o toque quente de seu prazer, diferente do próprio, fora levado pela água tão logo, já o próprio, havia friamente penetrado seu corpo e ficado por lá. Embora não chegasse a gemer, estava claro que sentia prazer. Ao ver sua expressão, Yori aproximou-se dele e selou seus lábios, num pequeno sorriso satisfeito, se perguntava se ele também estava. Hideki o retribuiu em seu toque, embora houvesse ido mais além em sua boca, penetrando-a com a língua. O menor retribuiu seu beijo, e ele certamente poderia sentir o gosto de sangue na própria, dele mesmo. Hideki beijou-o com a firmeza típica da boca, dos dentes e tocou em sua língua, mas não queria seu sangue naquele momento. Yori gemeu, estremecendo conforme sentiu a língua mordida e abaixou a cabeça, não que quisesse evitar o beijo, é que era dolorido. O maior levou a mão a seu queixo, o  reergueu e o lambeu, lambeu sua língua, Yori uniu as sobrancelhas.
- Hum... Itai...
Hideki o colocou no chão em seguida, preferia continuar mas tinha algo que queria fazer e queria logo. 
- Termine o banho, nós vamos sair hoje.
- Hai... Então... Nada de jantar?
- Podemos jantar antes.
Yori assentiu e sorriu.
- Você confia em mim agora, Yori?
- Sim, por que?
- Porque eu me pergunto como as coisas mudaram tão rapidamente.
O menor sorriu meio de canto.
- Bem, você... Você não é mau, só não me entende bem, somos diferentes.
Hideki sorriu, tinha habilidade de parecer sombrio mesmo com um sorriso, mas tinha uma centelha de suavidade no fim. 
- Não é algo mau prender alguém num quarto? Você é apenas puro demais.
- Bem, isso foi horrível mesmo. Mas um dia eu espero que você me peça desculpas.
- Espero que um dia eu não precise pedir. 
Disse o maior, não como quem não poderia pedir perdão, queria dizer, sabia que provavelmente um dia o machucaria, talvez não física, mas mentalmente, tinha diversas formas de ser capaz de fazer aquilo, porém, esperava um dia ser capaz de mostrar para o garoto coisas que o fizessem sentir que já não precisava de um perdão. Yori sorriu de canto novamente, entendendo o que ele quis dizer. 
- Bom, você não me machucou mais. Fisicamente pelo menos.
- Não por querer.
- Sim, isso que eu quis dizer. Ah... Espere aqui enquanto eu faço o jantar, é uma surpresa.
- Tudo bem.

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2 comentários:

  1. A complexidade deles me enche o coração de emoção! Hide-chan deveria ter mais paciência, se não o bichinho de estimação dele vai fugir u33u" Mas sei que no final, eles vão se acertar e cada um vai pedir perdão ao outro u33u

    Obrigada novamente por este capítulo tão maravilhoso!

    #OpheliaMelhorPessoaouVampira ahauahuahuahauhau

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    1. Achei que você nem estava acompanhando mais, haha. Aconteceu tanta coisa! 💜

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