Yasuhiro e Yoruichi #22 (+18)


Um suspiro deixou os lábios de Yoruichi, sobre a ponte observava a água e as pequenas pétalas de cerejeira. Ainda não era noite, mas não havia sol, estava dublado, e embora a luz incomodasse a si, a sensação da luz machucasse a pele, não era o mesmo que ter um sol direto. Observava o pequeno acessório de cabelo que havia ganhado da garotinha que salvara no rio próximo de casa. Por um momento se perguntou se seria realmente uma boa mãe, já que ele dizia a si que era tão insuportável. O kimono era preto, não sentia um humor muito bom para usar kimonos claros naquele dia, estava um pouco melancólico, os cabelos haviam sido arrumados de modo meio desajeitado, num lado frouxo que caía lado ao rosto. Enquanto olhava a água, pode ver o reflexo da árvore, ao fim do pequeno caminho até em casa e por um momento pode vê-lo ali, seu típico hanfu igualmente desajeitado sobre o corpo, mas tinha um corpo bonito e tudo bem para si que ele usasse um pouco aberto a expor o tórax, chegou a sorrir ao pensar, já que não podia ver corretamente dali. O via caminhar pela grama e parecia confuso por algum motivo, só então percebeu que o que ele procurava estava embaixo da varanda da casa e ao vê-lo se aproximar, pulou nele com as garrinhas afiadas e pôde ouvi-lo praguejar e tentar agarrar o felino que mordeu sua mão, mas não parecia ter malícia, parecia brincar, podia ouvi-lo dali, e quase riu ao ouvi-lo xingar o pequeno gato por subir em cima dele enquanto dormia, já havia mandado não dormir com a janela aberta. Só então havia notado, estava rindo, ele fazia a si ser daquele jeito, já nem se lembrava mais sobre o que pensava antes, havia se entretido enquanto o observava, e por mais que fosse duro com ele, sabia, o amava muito, amava o modo suave como ele via a vida, amava o modo como ele fazia a si, rir. 

- ... Dez a zero pro gatinho.
Ao chegar no quarto, o futon tinha alguns pelos, Yasuhiro sabia que havia sido visitado outra vez. Já havia acordado uma ou duas vezes com um pequeno peso no corpo, e que não era o dele. Viu a silhueta fugir e seguir desse modo pelo janela, seguiu pelo caminho buscando o pequeno animal, que havia apelidado como chibi, embora ele já não fosse um filhote, era arteiro e astuto. Ao sair de casa procurou pelo quintal, aspirou o cheiro mas sentiu suas garrinhas em surpresa, e lá estava travando uma pequena batalha para pega-lo, não era difícil como podia fazer parecer. 
- Kisama... Vou morder você também! - Disse ao bichinho que se escondia sob a varanda como aqueles brinquedos de acertar que surgiam e sumiam rapidamente. - Hump. - Murmurou ao moreno. - Ele deve ser um daqueles gatos que viram humanos.
Yoruichi riu, e havia se aproximado dele, caminhando até chegar até a casa. Conforme se aproximou, viu o pequeno gatinho correr em direção a floresta novamente. 
- Ah não, o cheiro dele não é diferente, parece só um gato selvagem que quer fazer amizade, quer dizer, irritar você. Se fosse um bicho assim jamais deixaria dormir sobre você.
- Ele está apaixonado por mim. Estou dizendo. 
Disse o loiro e ameaçou correr atrás do bichinho, mas apenas para faze-lo correr ainda mais. 
- Ah é? Então terei que mata-lo. 
Yoruichi disse a cruzar os braços.
- Hum, quanto ciúme, meu docinho de chá verde.
O menor sorriu meio de canto. 
- Chá verde, hum?
- É, amargo mas quem é que não gosta?
Yoruichi estreitou os olhos. 
- Hum... Comeu o yokan
Disse e perguntou justamente porque havia deixado na cabeceira da cama dele, mas já que acordou agitado com o gato, imaginou que ele não houvesse visto.
- Não... - Resmungou, como uma criança. - O que eu fiz pra ganhar doce?
- Hum, só achei você muito bonito dormindo. Eu mesmo fiz.
- Oh, eu estava de boca aberta? Mostrando meus dentinhos?
- Mais ou menos. Palhaço.
Yasuhiro sorriu. 
- Acho que vou adotar aquele gato. Cadê meu doce? Pega meu docinho.
- Ele já fugiu, como vai pegar ele? Vou buscar.
- Eu vou dormir com a janela aberta.
Yoruichi riu e negativou, adentrando a casa em busca do quarto dele para pegar o doce e logo, retornou para a varanda com o pedaço nada generoso. 
- Gosto do clima assim... Esta ventando e o vento é fresco.
Yasuhiro sentou-se à varanda, acomodando-se a observar a extensão do quintal arborizado, gostava dali. 
- Gosto quando não é dia nem noite. Porque fica cinza, eu gosto de cinza.
O menor assentiu a ele e sentou-se a seu lado, entregando o doce a ele. O loiro observou conforme se ajeitou. Estavam se conhecendo ainda, sabia disso, tinham alguns meses de casados, mas ele era recatado e embora não quisesse assumir, muito tímido. Afastou as pernas e bateu a mão na madeira da varanda, indicando o espaço que lhe dava no "colo", chamando para se sentar. Yoruichi desviou o olhar a ele conforme bateu em meio as pernas e podia sentir a bochecha queimar, suavemente. Ponderou por alguns segundos é só então se ajeitou junto dele. Yasuhiro observou-o chegar, tímido como um gatinho receoso. Ao chegar mais perto, passou os braços em torno de sua cintura, devagar e o envolveu. O moreno suspirou, sentindo a brisa gostosa que esvoaçavam os cabelos de modo suave.
- Coma o doce.
- Hum. 
Yasuhiro disse e mordiscou seu ombro, brincando com ele. Yoruichi desviou o olhar a ele e estreitou os olhos, mas riu baixinho em seguida. 
- Não eu.
- Hum, falta um pouco de açúcar.
- É porque eu sou amargo.
- Não tanto.
- Ah não?
- Não. Já falei que é um docinho de chá verde. 
Dito, o loiro pegou um pedaço do yokan espetado. Yoruichi sorriu e negativou. 
- Quer tomar banho comigo no rio?
- Mas é claro.
- Hum... Parece gostoso agora.
- Hum? O rio?
- Tomar banho no rio. 
Yoruichi sorriu e afrouxou o obi.
- Espere, não seja apressado.
- Hum? Mas não ia tirar, quero sentir o vento na pele.
- Quer que eu sopre você? No pescocinho.
O moreno sorriu e assentiu, conforme soltou o obi, deslizou o kimono pelos ombros, expondo-os a ele. Yasuhiro brincou embora ele levasse a sério, não era algo que achasse ruim. Observou sua nuca pouco aparente, bonito era e lhe deu um beijo antes de então soprar sua pele. Yoruichi suspirou conforme sentiu o beijo e estremeceu, mantendo-se inerte a espera do toque dele. O loiro soprou um pouco mais, mas o lambiscou. Yoruichi desviou o olhar a ele, meio de canto. 
- Hum, o que há com essa linguinha?
- Parece que quer tomar banho. Estou te ajudando.
- Hum, então eu virei um gato.
- Sempre foi. - Yasuhiro mordiscou seu ombro. - Deve ser irmão daquele sacana que fugiu.
O moreno riu e negativou. 
- Yasu... - Suspirou. - Você me deixa feliz.
- O que? Tão de repente, me sinto tímido assim. 
Yasuhiro sorriu ao fita-lo e tocou seus cabelos, deslizando pela mecha entre os dedos. Yoruichi sorriu meio de canto. 
- Mas se um dia você disser que eu falei isso, eu nego.
- Está gravado na minha cabeça.
- Certo. - Riu.
O maior pegou uma fatia do doce, espetou e dispôs em frente a seus lábios. O menor aceitou o doce e sorriu a ele. 
- Oishi?
- Amai. - O loiro sussurrou.
- Que bom. - O moreno sorriu.
Atrás dele, Yasuhiro o soltou, deitou-se, acomodando-se no nada confortável piso da varanda e o fitou, pelas costas como estava voltado para si. Yoruichi desviou o olhar a ele e deitou-se no chão junto dele, a seu lado, ajeitando o kimono sobre os ombros e observou o céu, já escurecendo. 
- Acho que vai chover.
- Não, deitou errado...
- Eh?
Yasuhiro bateu no peito, sugerindo. Yoruichi sorriu meio de canto e deitou-se no peito dele, como ele havia pedido, repousando a cabeça no local.
- Não, vem tarar seu marido. Vem.
O menor sorriu ao ouvi-lo e virou-se a observa-lo, engatinhando sobre o solo de madeira e passou uma das pernas sobre o corpo dele, sentando-se sobre seu baixo ventre. 
- O que quer que eu faça aqui, ao ar livre?
- Quero que faça o que faríamos no banho ou na cama.
O moreno sorriu meio de canto e assentiu, aproximando-se do rosto dele e lambeu seus lábios, contornando-os. 
- Você é muito bonito...
- Hum, você gosta? - Yasuhiro sussurrou-lhe contra os lábios.
- Gosto. Só não é mais bonito do que eu. 
Yoruichi disse, e claro, brincava, não era se quer nem um pouco egocêntrico. Após dizer, moveu os quadris sobre ele, suave.
- Eu concordo. 
O loiro sorriu, mostrando-lhe os dentes. Tocou seus quadris, incentivando seu ritmo. O menor negativou num sorriso e empurrou-se sobre o colo dele. 
- Hum, parece ter algo meio duro aqui embaixo. Foi só por ver meus ombros? 
Ao dizer, novamente afrouxou o obi e deslizou o kimono pelos ombros novamente.
- Foi por pensar em fazer sexo ao ar livre. Estou fingindo que estou sendo forçado a ter sexo com você.
- Ah é? Estou te estuprando na nossa varanda então?
- Isso mesmo. Você quer muito meu corpinho.
O moreno sorriu meio de canto e deslizou a mão pelo corpo dele até seu baixo ventre e adentrou seu kimono e roupa íntima, puxando somente seu sexo para fora. O envolveu com a mão, firme e apertou. 
- Você me quer?
Yasuhiro observou o caminho de sua mão e mesmo a forma como ele se pôs entre os tecidos, era incomum que fosse tão deliberado, mas talvez vestir um personagem, uma ideia, lhe houvesse escondido a timidez. Sorriu, languido porém, ao sentir-se puxado em seus dedos para fora da roupa. O fitou novamente e desta vez um pouco mais sério. 
- Quero.
Yoruichi desviou o olhar a ele conforme o ouviu e negativou. 
- Você não pegou o espírito da coisa. - Disse e apertou entre os dedos. - Você me quer?
- É difícil negar você. 
Yasuhiro sorriu a ele e gemeu baixinho sob o aperto de seus dedos.
- Ah é? 
O menor disse num pequeno sorriso e os cabelos negros e presos caíram sobre o ombro, roçando na pele dele, novamente, o apertou, e manteve o aperto, firme. 
- Pois eu só vou sentar em você se disser que não me quer.
- Hum, então vou atuar muito bem. 
Yasuhiro sorriu a ele e tocou a mecha de seu cabelo. O menor sorriu igualmente, e realmente sentia-se mais confortável sabendo que tinha um papel. Mordeu o lábio inferior e abaixou-se, conforme o fez, desviou o olhar a face dele e devagar, roçou a língua em seu sexo.
- Uh... - O loiro murmurou, soprando de leve, pego de surpresa, mas claro, exaltaria as reações. - Não faça isso, somos primos. - Disse embora estivesse sorrindo.
Yoruichi sorriu ao ouvi-lo e negativou, tentando não rir, só então o lambeu novamente, não tinha o costume de fazer aquilo, na verdade, não tinha costume de dar agrados a ele, mas daquele dia era diferente. Num movimento rápido o afundou na boca, até onde conseguiu e sugou, colocando a mecha de cabelos negros atrás da orelha. Yasuhiro fechou os olhos, embora fosse pecar ao privar a si mesmo de vê-lo enquanto fazia, mas foi por um breve momento e logo estava por vislumbrar o parceiro novamente. Se perguntava o que ele sentiu ao fazer aquilo, o que despertou sua vontade. O encarou, firme, quase arisco, mas não era aquela uma repreensão. O moreno desviou o olhar a ele, sutilmente, observando seu rosto e sorriu meio de canto, raspando os dentes da frente em seu sexo ao retirá-lo da boca.
- Nani...? 
Yasuhiro murmurou, um pouco soprado. Não dando certeza se perguntava realmente ou se levava a brincadeira adiante. Yoruichi retirou-o da boca e separou os lábios, expondo as presas pontudas contra a ponta de seu sexo, e queria só apavora-lo mesmo.
- Não... 
O maior resmungou, claro, mantendo a ideia branda que estavam, mas é claro, que qualquer sensação de ameaça real, infelizmente ensinaria o companheiro o que era voar. 
- Não pode fazer isso, sou seu priminho.
O moreno aproximou-se dele devagar e o tocou com a presa afiada, era como uma agulha, pinicava, embora não perfurasse e raspou suavemente no local, era tão suave, que se quer havia chegado a arranhar a pele, o que era um feito admirável para um vampiro com dentes tão afiados. Afundou-o na boca novamente e o sugou, firme. Os olhos de Yasuhiro se tornavam cada vez mais cerrados a medida em que encarava a proximidade de seus caninos, se lembraria de descontar toda aquela sua provocação. O observou atencioso em seguida, uma vez adentro de sua boca e a forma como seus lábios pareciam bonitos em torno do corpo, lhe dava a ereção contra a língua e o céu da boca. Yoruichi sugou novamente, firme, o deixou confortável dentro da boca, mesmo que ela não fosse quente, era gostosa e sabia fazer aquilo, ou pelo menos, fingia saber muito bem, porque o provocava mesmo com os olhares que dava a ele. O loiro retribuiu a intensidade com que ele também olhava. Se perguntava em quê ele andava treinando, mas sabia que estava se esforçando. 
- Não faça isso, Yoruichi-ohime, uma princesa não deveria ser tão lasciva.
O menor sorriu a ele e retirou-o da boca, lambendo os lábios em seguida. 
- Ah não? Ah, então não farei mais.
- É. 
O loiro disse e direcionou o olhar ao sexo entre seus dedos e bem, mesmo que fosse solto agora, provavelmente estaria tão em pé quanto estava ao ser segurado. O moreno soltou o sexo dele e se ergueu. 
- Nunca mais. - Disse num sorriso.
- Você não sabe mais o que você quer, ah? 
Yasuhiro disse sob sua breve confusão, entre adotar o papel.
- Só estou te provocando, eu gosto de fazer isso. - O menor disse num pequeno riso  e sentou-se sobre o corpo dele. - Eu gosto quando você fica irritado.
- Gosta, é? Tire a roupa, Yoru. 
Yasuhiro disse, um pouco mais preciso que o habitual. Yoruichi assentiu e desenlaçou-o obi, devagar deixando o quimono cair pelo corpo e revelando a pele clara, não estava usando nenhuma roupa íntima.
- Hum, estava esperando por mim ou só queria andar sentindo as partes livres?
- O que você acha?
- Hum, acho que a primeira opção com a segunda resposta.
O menor sorriu. 
- Iria tomar banho em breve, mas vou deixar você pensar que foi por sua causa.
- Hum. - Yasuhiro murmurou um pouco confuso. - Tá bem. 
Alcançou seu corpo e deslizou a mão até suas coxas, desde o peito. Yoruichi sorriu meio de canto, na verdade, havia pensado nele, ou nem teria chamado ele para o rio, mas não diria, adorava aquela expressão no rosto dele, meio decepcionado talvez. 
- Não quer mais que eu abuse de você?
- Você me deixa confuso. Estou esperando.
- Hum, é porque você disse que isso não combinava com uma princesa, me senti ofendido. 
Disse, e claro, havia feito um bico nos lábios que não era de fato real.
- Bem, um abusador não vai parar se sua vítima disser que aquilo não é muito gentil.
- Hum... - Assentiu. - Me acha muito lascivo?
- Na verdade espero pelo dia que você vá ser realmente.
O leve tom vermelho estava novamente na face do moreno e assentiu, ajeitou-se sobre o corpo dele e soltou os cabelos, deixando os fios cobrirem às costas e caírem sobre os ombros.
- Você quer me pegar ou você quer que eu pegue você? 
Yasuhiro indagou, já sem certeza se ele queria brincar.
- Eu vou... Vou pegar. 
Yoruichi disse num sorrisinho de canto e segurou seu sexo entre os dedos novamente, guiando-o entre as próprias nádegas, mas não o deixou penetrar o corpo ainda. O loiro sorriu a ele, em sua pausa, deduziu certa timidez e gostava disso, gostava de sua timidez escondida. Moveu-se sob ele, sentindo o toque de seus dedos e suspirou, embora não precisasse, queria não dizer, mas que ele soubesse que gostava do toque.
Yoruichi sorriu conforme o sentiu se roçar em si, e mordeu o lábio inferior, por dentro, não queria que ele soubesse que gostava do mesmo modo. Devagar, o deixou tocar a própria entrada e deslizar para dentro, gemeu, prazeroso e dolorido e o corpo se fechou ao redor dele, apertando-o.
- Você vai se machucar assim...
O maior disse, sentindo a imposição de seus quadris para baixo. Levou as mãos para suas coxas e deslizou até as nádegas. Mordeu o lábio inferior e diferente dele, não escondeu o que fazia. Yoruichi sorriu ao ouvi-lo e negativou. 
- Tudo bem... 
Murmurou, a voz rouca e estremeceu conforme finalmente o sentiu adentrar o corpo até o fundo, só então cessou, parando por um pequeno tempo sobre o colo dele. Abaixou-se e lhe selou os lábios.
- Ah... Kimochi... 
Murmurou, mas seria evidente para ele que por hora, estava mais dolorido que gostoso.
- Hum... 
Yasuhiro murmurou, satisfeito com o que sentia, embora entre cada um de seus espasmos, tinha força a denotar sua sensação dolorida. Deslizou a mão por seu corpo e ao pega-lo, levando-o para o chão, dando a ele o local onde se deitava antes e bem se acomodou entre suas coxas. Ao se deitar, o moreno sentiu o piso firme contra as costas e estremeceu, era dolorido estar deitado ali, mas gostoso ao mesmo tempo por tê-lo entre as pernas. 
- Ah... Gosto de você entre as minhas coxas...
- Gosta, hum? 
O maior sorriu diante da sinceridade, talvez não planejada. Ajeitou-se, sentindo-se bem encaixado ali, confortável o bastante tão logo se moveu, cuidadoso porém, sentindo o quão apertado estaria. O gemido deixou os lábios do menor, dolorido, mas prazeroso ao mesmo tempo e puxou-o para si, tocando seus lábios com os próprios. 
- Uhum...
Yasuhiro abaixou-se para ele e selou seus lábios como ganhou seu toque. Lambiscou-o, penetrou no entanto sua boca logo em seguida. 
- Gosta disso, priminho? - Indagou, voltou a se mover.
Yoruichi sorriu a ele e deslizou a mão pelos cabelos loiros dele, macios. 
- Gosto... 
Disse em meio a um gemido, e não negaria ali, gostava de excita-lo, afinal, tê-lo em meio as pernas era muito prazeroso.
- Hum, resolveu ser bonzinho hoje? 
O loiro indagou, junto de seus lábios frios, o que não era muito diferente dos próprios. Mordiscou-o gentilmente, sentindo somente a maciez sem perfurar, se moveu novamente e assim deu ritmo por fim, inicialmente brando.
- Só hoje, aproveite.
Yoruichi sorriu e deixou-o morder o próprio lábio, estremeceu ao pensar naquela situação, estava na varanda com ele, podia sentir o vento bater contra a pele, arrepiando-a, estava tão exposto, livre, o corpo quase nu, coberto desajeitadamente pelo kimono que caía suave sobre os braços, e podia ver o dele, era lindo, sempre se lembrava de como tinha sorte por tê-lo. 
- Ah... Mais...
O loiro desceu de seus lábios e mordiscou seu queixo, desceu ao pescoço e sugou sua pele sem feri-la. Deslizou aos quadris e o segurou quase pelas nádegas. O moreno ergueu o pescoço, deixando-o livre para ele, ao contrário do que ele poderia pensar, não achava ruim que ele mordesse a si, poderia senti-lo se ele fizesse, e ter o sangue tomado por ele significava que era desejado por saber que ele poderia sentir a si. 
- Ah...
Yasuhiro roçou os dentes frontais junto aos seus, sugou a pele onde causou uma marquinha temporária. Ao segurar suas nádegas, tomou apoio para se mover e então puxa-lo como se levava para ele. Não era tão rápido mas não era tão lento, tinha firmeza. Yoruichi suspirou conforme o sentiu roçar ao pescoço, era gostoso, estremeceu ao ponderar em ter suas presas cravadas na pele. Deslizou ambas as mãos pelo corpo dele e em seus quadris, puxou-o para si igualmente. 
O loiro lambiscou até a orelha, mordiscou o lóbulo e penetrou suavemente seu ouvido, não se aprofundou demais, apenas o suficiente quando notou sua pele eriçada. O moreno arrepiou-se conforme sentiu o toque, ele sabia que gostava, e que achava estranho ao mesmo tempo, quase riu, mas conteve-se e mordeu o lábio inferior.
- Vem, me fode.
- Quer ser fodido? 
O loiro indagou, sempre se surpreendia com seus pequenos gestos mais liberais, ainda que não deixasse isso claro. Ao perguntar porém, se moveu com mais força, dando alguma prévia a ele. Yoruichi assentiu e gemeu conforme sentiu seu movimento mais forte, estremeceu e mordeu o lábio inferior. 
- Quero!
O maior sorriu ao ouvi-lo e novamente se empurrou, dando mais uma investida, firme como tal e logo criou ritmo, tornando-se mais vigoroso. Os dedos, Yoruichi deslizou pelo ombro dele, apertando ali, e conforme o sentiu se empurrar para si, estremeceu, puxando-o pelos quadris com a outra mão, firme igualmente.
- É assim que você gosta, hum?
Yasuhiro indagou, soou baixo mas audível o suficiente. Ao segurar firmemente seus quadris, logo podia se ouvir a colidir junto a ele, do atrito da pele entre suas coxas. 
- Oh, isso é gostoso, hum?
Yoruichi assentiu conforme o ouviu e puxou-o para si, firmemente, os dentes, fincou no pescoço dele, não se importava com a bronca, queria provoca-lo, e aquilo faria ele se irritar, certamente. 
- Hum! 
Yasuhiro murmurou num gemido mais tenso, consequentemente o penetrou com mais força, tal a região dolorida que sentiu com sua mordida e não se afastou evitando a pele puxada, nas descobriu com a pelve entre suas coxas. Yoruichi estremeceu conforme sentiu seus movimentos doloridos. Sugava seu sangue, gostoso, sentindo-o descer pela garganta de modo suave, tão suave que podia estremecer só de pensar naquela sensação se não estivesse fazendo. 
- Hum! 
Gemeu, e era evidentemente prazeroso, mesmo que ele se metesse firmemente no próprio corpo, o agarrava com as coxas. O loiro virou-se como podia, o mordeu, tão firme como o penetrava, entrou em seu pescoço, quase mais próximo da nuca, era mais duro, mais firme ali e ainda podia sentir o cheiro de seu cabelo. Ao sentir a mordida, fora quando Yoruichi o soltou, puxando as presas de sua carne e viu a linha de sangue escorrer e manchar a pele dele, mas fora necessário, já que o gemido rasgou a garganta conforme sua mordida, podia sentir os dentes no músculo, filho da puta, chamou várias vezes silencioso até que a voz simplesmente saísse de si. 
- Filho da puta! Ah! 
Gemeu alto, o que era ruim para a audição dele tão próxima, e voltou para lamber sua ferida e estancar o sangue, seria uma pena desperdiçar uma gota dele. Um arrepio percorreu a coluna e apertou-o com as coxas. 
- F-Filho da puta... Me fode Yasuhiro, me faz gritar o seu nome... Ah!
O loiro franziu o cenho, tentando amortecer sua voz alta junto ao ouvido, mas continuou a traga-lo, enquanto xingado porém sentia sua língua na pele, era contraditório como sempre e teve de soar risonho num sopro nasal. Mas ao enfim libera-lo, afastou-se e mostrou-lhe os dentes como um bicho selvagem recém alimentado. Moveu-se para ele como ele pedia, talvez um pouco mais que isso. Yoruichi desviou o olhar a ele, e podia ver suas presas cobertas de sangue, de alguma forma, aquilo excitou a si ainda mais ao invés de assustar. Avançou nos lábios dele, beijando-o e assim como ele, mostrava que era selvagem pelas garras cravadas em sua pele, e não as presas, e as garras eram dolorosas como as de um gato, afiadas. Podia senti-lo dentro do corpo, firme, se empurrando para si, realmente mais forte do que ele faria normalmente, e mesmo que pudesse sentir aquela fisgada dolorida e o cheiro do próprio sangue, ainda assim não pediria que ele parasse. 
- Hum!
O loiro sentiu suas unhas doloridas na pele, não reclamou, como ele, deixou de lado enquanto se voltava às outras sensações do corpo. Podia ouvir o piso da varanda rangir conforme se empurrava, mas teria cuidado em não danifica-lo. Retribuiu seu beijo com a força que formulava cada um dos demais toques. O moreno uniu as sobrancelhas conforme ouviu o barulho da madeira, mas não deu realmente atenção a isso, embora tenha sentido o estado dela abaixo de si, apreciava seus movimentos, ah, e eram tão gostosos. 
- Eu vou... Eu vou gozar, ah!
- Goza. 
Yasuhiro disse-lhe contra os lábios e mordiscou de leve, mas sugou com força, a mesma com que continuava em movimento. Segurou suas coxas afundando os dedos ao apalpa-lo, o soltou apenas para dar-lhe um tapa na bunda, mas voltou a segurar enquanto vigorosamente o penetrava. Yoruichi mordeu o lábio inferior conforme sentiu o tapa e inclinou-se para trás, o pescoço e o corpo, estava excitado, tanto que já não importava mais o barulho do solo atrás de si. Quando enfim se arrepiou, sentindo-se no ápice, gozou, deixando que o prazer sujasse o próprio corpo e o dele, e o gemido prazeroso viera rouco da garganta, porém acompanhado de um dolorido em seguida, que só não fora alto porque morrera na garganta, e o som não fora somente no solo, mas também de uma das próprias costelas, mas nada disse a ele, a dor seria para um humano, insuportável, mas era vampiro, e o sangue dele corria no corpo, ele havia se alimentado recentemente, não seria o suficiente para curar a si de modo instantâneo, mas sentia prazer por si e por ele, as sensações dele eram vívidas no corpo, por isso, a dor fora quase insignificante, ou talvez, complementar ao que sentia. 
- ... G-Goza... Goza dentro... 
Disse, ainda rouco e puxou-o para si, sem se importar com a sensação dolorida.
Yasuhiro sentiu a pontada, denunciando a fissura que lhe causara, só não sabia exatamente como haviam conseguido tal façanha, porém continuou, movia-se, intensificando seu ápice a medida em que ele se recuperava da dor, do prazer e quaisquer que fossem suas sensações, tão logo, gozou, e gozou dentro dele. 
- Ah, Kimochi.
O moreno sentiu-o se empurrar para si mais algumas vezes e gostava de sentir o ápice dele, gostava de saber que ele havia desejado a si daquela forma. Gemeu, prazeroso conforme o sentiu e mordeu o lábio inferior, se endireitando no chão e mordeu o lábio inferior.
- ... Porra...
- Você é de cristal, ah? 
O loiro indagou, soou rouco, ainda afetado pelo ápice. Yoruichi sorriu meio de canto, desprovido de tanta graça. 
- Antes eu do que o chão... Não é só jogar sangue nele. 
Falou rouco, dolorido.
- Mas o chão não vai sentir dor, minha princesa vai. 
O loiro disse e tocou seu rosto, delineou-o e embora fosse uma provocação rasa, estava sendo sincero. O moreno desviou o olhar a ele e sorriu meio de canto, sabia que ele estava sendo debochado, mas não se importou tanto. 
- Eu sou forte. 
Disse, embora agora a dor estivesse começando a irradiar.
- Sei que é, mas ser forte não é se abster de sentir dor. Vamos, estou bem alimentado, posso te dar um copinho de sangue.
Yoruichi sorriu. 
- Não adianta, eu bebi do seu sangue... Preciso de sangue humano mesmo, esse não é só um cortinho.
- Estou falando de sangue humano, não do meu.
- Ah, desculpe. Me ajuda a levantar?
Yasuhiro se levantou cuidadoso e mesmo com o desajeitado das roupas o puxou e pegou no colo. 
- Ah! - Yoruichi agarrou-se a ele, sentindo a costela dolorida e abriu um pequeno sorriso, de nervoso, claro. - Quem diabos quebra a costela fazendo sexo?
- Você, morceguinho. 
Após acomoda-lo, o maior pegou a dose de sangue, generosa, embora houvesse lhe dado numa xícara de chá. O menor abriu um pequeno sorriso e quase riu, aceitando a xícara e bebeu em longos goles, sentindo a dor aos poucos diminuir.
- Melhor? - Yasuhiro indagou e tocou seus cabelos. - Só então arrumou as roupas, pondo-se no lugar.
- Bastante. - Yoruichi disse num suspiro. - Hum... Vou sujar meu kimono... - Resmungou, indicando estar sentado sobre ele.
- Hum, prefere ficar peladinha?
O menor estreitou os olhos. 
- Eu não sou mulher, palhaço. Mas seria linda se fosse. 
Disse, mas obviamente brincava, e tomou mais um gole do sangue. Yasuhiro sorriu a ele, um tanto risonho. Yoruichi sorriu conforme deixou a xícara sobre a mesa.
- ... Kimochi. - Disse, desviando o olhar a ele.
- Quer mais?
- ... Quero. - Sorriu.
- Mais o que?
- Hum... Quero que me foda mais.
- Eu estava oferecendo a xícara de sangue, mas, posso providenciar essa opção também.
Yoruichi riu. 
- Me traz mais sangue
- É, porque, não queremos nenhum ossinho fugindo da pele durante o ato.
- Ora, eu não sou tão frágil, você que é muito bruto.
- Sou muito gentil.
- Bruto. - O menor disse num sorriso. - Mas eu gosto assim.
- É o que parece. 
Yasuhiro sorriu canteiro. Na verdade estava um pouco surpreso sobre a personalidade dele, muito contraditório naquele dia. O moreno sorriu e suspirou, deixando a xícara sobre a mesa e se ajeitou abaixo do kimono, na verdade, naquele dia se sentia triste anteriormente, então, tentava de alguma forma de animar com ele.
- O que vamos comer?
- Você está com fome?
- Estou.
- Hum, então talvez eu possa fazer algum lanche pra você.
Yoruichi sorriu. 
- Sabe cozinhar?
- Hum, eu já fiz algumas experiências.
- Hum... Então tá bem, me faça um lanche.
- Hum, farei meu primeiro teste culinário pro meu companheiro, é isso.
Yoruichi sorriu e assentiu, amarrando o obi. Yasuhiro seguiu para a cozinha, onde prepararia alguma coisa interessante para ele, que pudesse provar. O menor sorriu e devagar se levantou, estava sujo, e aquilo dava um pouco de agonia a si, então, arrastou-se um pouco dolorido para fora e retirou o kimono sujo de sangue e resquícios sexuais, deixando-o no chão ao lado de si. No poço, pegou um pouco de água no balde que usava costumeiramente para aquilo mesmo e usou um pequeno tecido para deslizar pelo corpo e retirar os resquícios de sexo, deixando os cabelos negros presos de lado e protegidos da água que jogou sobre o corpo em seguida, vendo as gotas escorrerem pelo chão da varanda que estaria seca em alguns minutos. Tomava banho ali fora mesmo, não se importava, e era só um banho rápido, iria com ele para o rio depois.
- Ora, não me convidou? 
Yasuhiro disse ao seguir para ele, vendo seu banho de gato, não menos higiênico pela rapidez. Deixara alguns legumes cozinhando devagar. Yoruichi virou-se a observá-lo, somente a face, deixou a silhueta do corpo de costas para ele, e as nádegas sutilmente aparentes, já que sentado.
- Não queria companhia? 
O loiro indagou e se abaixou para ele, após despir-se da roupa chinesa, atrás dele se acomodou e devagar ajudou a lavar sua pele. Yoruichi sorriu ao ouvi-lo e negativou, sentindo suas mãos macias deslizarem pela pele. 
- Eu só achei que iria ficar na cozinha ocupado.
- É, mas posso ter um banho rápido enquanto isso. 
Após lava-lo,Yasuhiro formulou a limpeza em si mesmo. Era um banho rápido, suficiente para se sentirem confortáveis. O menor assentiu e ajudou-o igualmente, jogando água em seu corpo bonito, não podia deixar de notar, suas formas eram maravilhosas.
- Hum, gosto desse seu olhar sutil.
- Hum? - Yoruichi disse a desviar o olhar ao rosto dele. - ... Não estou olhando.
O loiro sorriu-lhe de canto quando enfim seus olhos se voltaram a direção dos próprios ao invés de seu passeio pelo corpo. Terminou o banho logo e beijou seu pescoço. 
- Terminarei seu lanche.
O menor apreciou mesmo aquele pequeno toque no pescoço e estremeceu, assentindo a ele. 
- ... Hai.
O maior deixou-o com seu banho breve, após ajuda-lo no que devia e seguiu mesmo nu, buscando roupas limpas para vestir, assim como o ajudou a levar uma nova muda de roupas para ele, tirando as suas já utilizadas antes. Somente então regrediu e deu atenção à cozinha. Yoruichi desviou o olhar ao kimono dobrado que ele havia trazido para si e sorriu, vestindo-o e logo, voltou para a cozinha, assistindo-o enquanto fazia a comida. 
- ... Você é muito bonito.
- Hum, gosta de ver seu homem cozinhando? 
O loiro disse ao se voltar para ele, de soslaio, ocupava-se ainda com a cozinha. O moreno assentiu, encostando-se no móvel atras dele, fitando seu corpo de costas. Yasuhiro terminou tão logo o cozimento e sabia que era observado por ele, portanto tentou parecer muito legal fazendo aquilo, gostava de fazê-lo sorrir, embora estivessem juntos a pouco tempo, embora tivessem alguns problemas sobre os receios do moreno, era fácil se adaptar a ele. Levou até a louça os legumes já cozidos, alguns condimentos como gengibre e no final, o sangue, que aquecia pouco para não evaporar. No fim, serviu os legumes com o pãozinho chinês que havia comprado na feira. Um pouco de molho de soja e também gengibre, mesmo que já tivesse nos legumes, sabia que ele gostava.
Yoruichi observava seus movimentos enquanto fazia a comida e achava engraçado que ele fazia comida humana, havia se habituado a ele daquela forma, os pais, quase não gostavam, no jantar, era carne humana sem cozinhar e sangue como molho, quase nunca havia um acompanhamento. Conforme o via cozinha, devagar, de aproximou dele e abraçou-o ao redor da cintura, não era costume, mas... Quis fazer. Daquela forma, não disse nada, apenas o beijou na nuca e afastou-se em seguida, seguindo para a mesa. O maior sentiu seus braços magrinhos em torno da cintura, quase pareciam frágeis, mas sabia que não eram. Retribuiu seu beijo na nuca a medida em que direcionou-a para ele, e somente se virou quando enfim ele partiu e desse modo levou o preparo até ele.  Colocou em seu potinho os legumes, no prato ao lado os pães. 
- A vida é muito longa para que comamos apenas carne e bebamos sangue.
Yoruichi assentiu conforme viu os legumes, não discutiria com ele, comeria o que ele havia preparado para si. 
- Hum...
- Está bastante temperado. - Yasuhiro disse e se sentou logo com ele, antes de se servir, esperou que ele provasse alguma coisa. - Vamos.
O menor assentiu, provaria para saber o que achava e pegou os hashis a guiar um dos legumes até a boca. 
- Hum... Oishi!
Yasuhiro sorriu, mostrando os dentes. Indicou o gengibre do lado e então se serviu em conjunto. Yoruichi pegou uma das fatias do gengibre, levando aos lábios e mastigou, sorrindo em seguida. O loiro sorriu a ele e assim continuou o breve lanche de início de noite. 
- Como somos ousados, transamos com a luz lá fora. E não viramos cinzas.
O menor sorriu ao ouvi-lo. 
- Bem, não estava realmente ensolarado. Mas foi gostoso.
- Foi é?
- ... Foi.

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