Kazuma e Asahi #48 (+18)


O suspiro longo deixou os lábios do padre, podia ver as luzes suaves no céu indicando seu fim de tarde, e estava incrivelmente entediado, haviam sido postos em um sutil estado de alerta devido a bombas explodindo próximo da igreja, mas não se preocupou muito com o caso, tinha ele por perto, sabia que ele resolveria, mesmo assim, esperava suas visitas, que estavam cada vez mais escassas, e começava a se preocupar.

O tempo havia sido um tanto corrido nos últimos dias. No máximo, Kazuma dava ordens sobre os mantimentos e distribuição, pouco o havia ido ver. Ele, as crianças ou mesmo as acompanhantes agora na igreja, mas sabia que perguntava sobre si, era uma questão sempre indagada aos soldados que levavam as caixas para ele. E talvez por isso naquela noite tivesse algum plano de vê-lo. Ao seguir até a igreja sem demasiada longitude, bateu à porta como já era habitual, não esperou sem atendido para então adentrar o lugar, que há muito tempo não passeava pelo salão, resolveu então praticar um pouco da religião. 
O silêncio tomava conta da igreja, mesmo os idosos se preparavam para dormir, Asahi sabia que teria uma noite tediosa pela frente, se não fossem pelas batidas na porta que ecoaram por toda a igreja. Abriu um pequeno sorriso e levantou-se da cama, ajeitando os cabelos loiros desarrumados e desceu as escadas em direção ao andar de baixo, porém cessou no meio do caminho, observando-o da escada, ajoelhado e fez silêncio ao fim do caminhar, aguardando-o.
Kazuma não se demorou por lá, não tinha muito o que pedir a Deus, agradecia brevemente ao fato de estar vivo e pedia mudamente pela segurança de alguns, não era habituado à reza. Após se levantar visualizou o rapazinho silencioso no mesmo salão. Não lhe disse nada assim como ele a si.
O menor observou-o, mesmo após o término de sua oração e por fim, lhe deu somente um sorrisinho, quase infantil. Deu alguns passos em direção a ele, silencioso e lhe selou os lábios, visto que sozinhos no salão.
- Depois de tanto me chamar, eu vim. - Kazuma disse a ele após o selo que ganhou em cumprimento.
Asahi sorriu novamente, assentindo.
- Ouviu minhas orações ou os soldados me deduraram?
- Os soldados me disseram que alguém parecia precisar de mim mais do que da comida que recebia.
- É, é mais ou menos isso. - Riu. 
- O dia está quente hoje, hum?
- Hai... Quase não estou aguentando o meu quarto.
- Vamos, vim te mostrar uma coisa.
- Me mostrar? Mas estou de pijama...
- Mas é noite, estão todos focados no próprio descanso. 
Kazuma disse e seguiu com ele, sem guia-lo que não fosse pelo simples caminhar, até que saíssem dá igreja. O resmungo era suave, quase num farfalho, aguardava como um bom cavalheiro vestido de preto, cabelos longos e bem cuidados, era assim que via aquele rapazão que aguardava lá fora. Tinha pelos bem penteados e brilhosos sob a pouca luz da noite, sua crina era longa e negra assim como todo seu corpo e ao sair da igreja recebia seu dócil olhar castanho.
- Kakujo, Asahi, Asahi, Kujo.

Asahi seguiu para fora junto a ele, onde fora guiado para aquele animal tão lindo que provavelmente o havia trazido até ali, e nunca havia visto mais bonito. Sorriu, animado, afinal nunca havia visto um pessoalmente, e agora estava bem perto, podia tocá-lo, mas estava surpreso, não imaginava que ele gostasse de cavalos.
- ... Nossa, ele é lindo!
- Vem.
Disse o maior e afagou o focinho alongado do animal. Tomou sua mão e guiou para o mesmo lugar. O menor e
ncolheu-se sutilmente ao senti-lo segurar a própria mão, e o tocou devagar, com a ponta dos dedos, porém voltou a puxar a mão ao sentir o suave movimento do animal. 
- Que susto...
- Ele é grande, hum? Mas se estiver comigo ele não será bruto. Kujo... Vamos? 
Disse, falando com o animal a acalma-lo, embora fosse naturalmente brando e após solta-lo, segurou a mão do rapaz, ajudando-o a subir.
- Ah... I-Iie... Iie eu... Não quero subir, Kazuma... 
Asahi falou, agarrando-se no moreno, medroso já que não conhecia muito bem o animal, embora fosse lindo, tinha medo de cair, e se machucar. O moreno fitou o garoto, e diante de seu modo relutante, subiu e montou o animal, ainda que não gostasse de dar carga ao amigo. Estendeu a mão a ele e o ajudou a subir e montar o animal logo em frente a si.
O loiro uniu as sobrancelhas, observando-o sobre o cavalo e subiu meio desajeitado, guiando as pernas as laterais dele e encolheu-se em meio aos braços do outro, medroso ainda para fazê-lo.
Kazuma deu sinal ao animal para que assim desse partida ao caminho. Vagarosamente passaram a caminhar sobre ele, e aos poucos, conforme a intimidade dele com o cavalo, tomava velocidade.
- Ai meu Deus... 
Asahi falou ao sentir o cavalo andar e agarrou-se a crina negra dele, claro, de modo sutil, assim como se encolheu ainda mais em meio aos braços do maior, e desviou o olhar a ele, meio de canto. 
- E-Eu vou cair!
- Não vai, estou segurando.
O moreno apertou-o no abraço, como se pudesse afirmar a firmeza a ele. E aos poucos seguiam pela lateral da igreja até imergir entre as árvores, num caminho livre. Asahi assentiu e segurou-se nele igualmente, aos poucos perdendo aquela ansiedade por andar no animal, ele era calmo, bonito, e obedecia bem o outro. Desviou o olhar a ele, conforme adentravam as árvores e sorriu, meio de canto. 
- Sinto sua respiração na minha nuca... Isso é bom.
- Uh. - O riso soou como um sopro nasal, o que ele também pôde sentir em sua nuca. - Tente sentir o vento no rosto.
- Estou sentindo também. - O menor sorriu. - É gostoso...
-  Quer ir mais rápido?
- Iie... Assim está gostoso.
- Vai dormir melhor depois disso.
- Eu sempre durmo melhor depois de ver você.
- Quanto cortejo, padre.
- Não é um cortejo, é só a verdade.
Kazuma não disse nada a ele, continuou a caminhada, seguindo vagarosamente pela paisagem arborizada, um lugar silencioso. Asahi suspirou, e repousou a face sobre o peito dele, fechando os olhos por um pequeno tempo. 
- Você está realmente aqui ou estou sonhando?
- O que há? Talvez cavalgar seja assim tão bom?
- É que você aparece com um cavalo negro, só pode ser sonho. - Riu.
- Vim lhe mostrar algo novo.
- É, eu... Nunca tinha visto um cavalo. - Riu baixinho.
- Ver talvez tenha visto, mas o passeio não.
- Iie, nunca. - O loiro murmurou. - Mas o passeio está gostoso... - Falou a ele e virou-se, selando-lhe os lábios.
O moreno sentiu o toque nos lábios, mas não desviou a atenção do caminho. O ritmo suavizou a medida em que alcançaram a beira do lago, que algum dia, provavelmente tenha sido límpido, inafetado pelos anos de guerra. Asahi observou o lago, bonito embora coberto por algumas flores, galhos e folhas. Negativou e encolheu-se junto dele.
- Você já tinha vindo aqui antes da guerra?

- Não sou daqui. Então descobri esse lugar durante a guerra.
- Ah... Era bem limpo aqui. Tinha um mosteiro aqui perto... - Apontou. - Ali, perto das montanhas.
- Tem uma boa região, é um lugar bonito mesmo pós guerra.
- Hai. Tudo aqui é lindo... Mas é triste.
- Mas é por isso que hoje da valor ao que era. As pessoas precisam disso pra viver, as vezes.
- Como você? ... Eu não acho que consigo ficar sem você.
- Você somente saberia essa resposta se eu fosse embora.
Asahi uniu as sobrancelhas. 
- Não vai me abandonar... Vai?
- Não estou falando isso. Estou dizendo que você só saberia a resposta se eu partisse.
O menor assentiu, num suspiro, e observou o horizonte, sentindo o vento suave bater contra os cabelos, sem dúvida era uma sensação incrível, uma das melhores que havia sentido em dias, estar com ele, em um momento de paz, sabia que se tivesse a chance de ir ao céu, seria algo semelhante aquilo.
- Vou leva-lo de volta.  
Disse o general após deixa-lo apreciar a vista, a brisa leve que tocava seu rosto e então chamou atenção do animal, guiando-o. Asahi assentiu e desviou o olhar a ele, segurando-se novamente no cavalo.
- Vai dormir comigo hoje?
- Tenho de voltar à base. - Disse o maior e soou quase contra sua nuca.
Asahi sentiu um sutil arrepio pelo corpo e uniu as sobrancelhas.
- Não... Kazuma...
- O que? - O moreno indagou, como quem já perdera o assunto pelo caminho.
- Quero ficar com você, isso não foi suficiente.
- O que é suficiente?
- Quero dormir com você. Quero fazer amor, nem que seja aqui fora.
- Então não liga se eu o colocar contra um tronco qualquer e puxar sua batina pra cima?
Asahi sentiu uma suave arrepio percorrer o corpo. 
- Não.
Kazuma parou com a leve caminhada sobre o animal e então desceu a tirar posteriormente o rapaz de cima dele. Ao dar uma leve tapa sobre o traseiro do cavalo, indicou que descansasse e viu-o se acomodar sem rodeios com seu pesado corpo. 
- Então vamos. Vamos transar junto a uma dessas árvores.
O menor arregalou os olhos ao descer junto dele, não achava de fato que ele fosse fazê-lo, tinha medo de algum soldado por ali, ou algum ladrão.
- Iie... Kazuma... Eu...
- Você disse que não se importava.
- E se alguém nos ver?
- Não é um problema.
- Hai... Ta bem.
Kazuma caminhou até ele, observando no encurtamento de distância até leva-lo à árvore. O encostou por lá, de costas para si. E aproveitou para driblar suas roupas de dormir enquanto acomodava a face junto a seu pescoço, em seu ombro, sentiu seu cheiro de sabonete e shampoo nos cabelos louros e curtos. O beijou, mordiscou, e por fim abaixou sua roupa íntima.
Asahi seguiu junto ao outro, e ainda estava com medo, mas deixou-se levar por ser a primeira vez que fazia algo do tipo fora da igreja, gostava da ideia de inovar o local, de ser perigoso e inusitado. Apoiou-se com ambas as mãos contra a árvore e empinou os quadris, quase sem intenção e suspirou ao sentir seus toques contra o pescoço, nem se importando em ter a roupa íntima abaixada.
Atrás de seu corpo, o maior já guiava as mãos as próprias roupas, fazendo ressoar o tilintar do cinto ao ser desafivelado, abrindo o botão da calça, tomando para fora a parte que interessava mesmo a seus quadris na empinados.
Asahi uniu as sobrancelhas ao ouvir o som do cinto dele, que parecia ser quase arrancado de sua roupa ao abrir a calça, sufocou o gemido na garganta ao imaginar o que viria em seguida, já que fazia algum tempo que não ficavam juntos.
Uma das mãos, o moreno levou até seu rosto e tocou seu queixo, virou-o para si. Penetrou sua boca, dando-lhe um beijo. Enquanto já tomava no toque o membro, guiando para seu corpo. Roçou-se contra ele, entre suas nádegas e com uma fricção firme, com a mão ajudou-se penetra-lo, até que a ereção estivesse bem disposta para ele, o que não exigia muito esforço.
O loiro virou a face conforme fora puxado, e lhe selou os lábios, logo após, beijou-o, apreciando o toque de lábios, o gosto da boca dele, gostava tanto dele que chegava a ser um pecado. Distraiu-se com o beijo, e essa deveria ser a intenção dele, porque quase nem percebera quando ele se colocou em meio as nádegas, somente quando se empurrou para dentro e gemeu, tão próximo a ele.
- Você sabe que é um padre lascivo, hum? 
Kazuma retrucou contra seus lábios entreabertos, dando fim ao beijo e espaço para seu gemido.
- Eu sei... Eu não devia... 
Asahi murmurou, mordendo o lábio inferior do outro e suspirou, contraindo-se ao redor dele.
- Empinou a bunda pra mim, estando encostado no tronco de uma árvore, tendo fugido da igreja a noite.
O menor uniu as sobrancelhas e parecia ainda pior visto daquele modo, porém deu um risinho somente. 
- Talvez eu seja a serpente que expulsou você do paraíso.
- Talvez eu seja a serpente que te tirou do paraíso. - Retrucou o moreno.
- É, assim parece melhor.
- Te mostrei o despudor. O pecado carnal.
Disse o moreno e sorriu canteiro, achando graça daquela conversa aleatória. Moveu-se enfim, penetrando um tanto mais e deu ritmo, iniciando um vaivém. Asahi g
emeu, dolorido ao senti-lo se mover e mordeu o próprio lábio inferior.
- M-Me mostrou a dor...
- Mas sentir dor não é errado segundo a religião. O restante, te ensinei a ser errado.
Kazuma disse-lhe contra o ouvido e voltou a se mover, novamente a penetrar, continuando a ritmar o vaivém, aos poucos o intensificando. E da forma habitual, não era muito rápido, mas era forte. 
- Mas para mim era errado. 
Asahi murmurou a ele, e estremeceu, mordendo o lábio inferior e agarrou-se contra a árvore fechando os olhos conforme o sentiu se empurrar em direção a si, e gemeu, em tom suficiente para somente ele ouvir.
- Por que era errado? 
Kazuma indagou. E o assistia se envolver à árvore como se pudesse aguentar daquela forma o que sentia, fosse o prazer ou a dor. Não se demorou para dar a ele ritmo e investidas contínuas.
- Porque eu nunca havia sentido, Deus me privou disso, até você aparecer. 
O loiro falou a ele, e abaixou a cabeça, unindo as sobrancelhas conforme sentiu os movimentos dele aumentarem, e o sol já havia se posto no horizonte, não o via mais, na verdade, não via nem se quer uma luz. 
- Ah...
- Então isso seria uma benção ou um castigo? 
O maior retrucou diante de sua analogia. Soou um pouco rouco, afetado pelo ritmo que lhe dera. Com uma das mãos o qual correu em frente, tocou seu sexo que parecia gostar do que ele recebia.
- ... Um castigo talvez? - Asahi murmurou e uniu as sobrancelhas, desviando o olhar ao próprio membro entre os dedos dele, aliás, tentou, porque nada conseguiu ver no escuro. - Ah! M-Mas eu gosto da dor...
- Gosta da dor do sexo. Me diz o que está sentindo agora. Quero saber o que pensa enquanto me coloco dentro de você.
- O... O que eu penso? Eu... Gosto. É dolorido, mas gostoso... Eu quero que você faça mais.
- Quero que me diga o que pensa e não tem coragem de dizer. Fale pra padre.
Asahi mordeu o lábio inferior ao ouvi-lo e estremeceu, tinha medo, mas ele não podia ver o próprio rosto e o escuro era confortável de certa forma. Mesmo com os lábios trêmulos, lembrou-se do que a outra garota havia dito a si, e diria a ele, tudo que queria, sem rodeios. 
- ... Quero que me foda a noite toda. Quero sentir você deslizar pra dentro, devagar, até sentir ele todo dentro de mim, até ouvir o barulho dos seus quadris batendo nos meus. Quero que marque minha pele, se não com os dedos, com o cinto, que me castigue por eu ser um padre tão ruim e me desviar do caminho que eu deveria seguir. Quero que me coma de todos os modos que você puder imaginar, até me fazer desmaiar de exaustão nos seus braços.
- Hum... Hoje está criativo. Gosto disso.
Disse o maior, atencioso a cada detalhe das frases, que não sabia de fato se era o que realmente pensava ou se estava tentando agradar a si mas não se importava, gostava do mesmo jeito. 

- Não me peça pra foder, é um pouco clichê, mas gosto de todo o restante. Quando me pede pra te comer, por que pede? Você pensa em algo ou sente uma prévia sensação de prazer imaginando meu pau entrando?
- A palavra me parece interessante. - O menor sorriu, para si mesmo. - Mas imaginar a sensação de você entrando é a melhor parte. Eu não... - Pigarreou. - Não sei muitas coisas, isso é o máximo que eu posso falar.
- Você foi um bom garoto. Gosto de imaginar o que pensa quando quer transar. Gosto de imaginar que estava buscando essa sensação. 
O riso soou mais como um sopro nasal em Kazuma e massageou seu membro, enquanto a outra mão levou em sua pelve por onde passou a puxa-lo com mais veemência, tornando o atrito como ele dizia, ressoando em sua pele e sua bunda empinada.
Asahi suspirou, sentindo-se mais calmo por ter dito tudo que queria, aliviado na verdade, o coração ainda batia forte, mas aliviava aos poucos, e tinha curiosidade, assim como ele. Gemeu pelo aperto no sexo, em sua massagem e empinou pouco mais o quadril, ajudando-o nos movimentos.
- Você... Ah... O que você quer?

- O que eu quero?
Kazuma indagou sem de fato entender o intuito da pergunta. Mas continuava atento ao que fazia, seguindo o ritmo com que o penetrava, de modo costumeiro desapressado.

- Hum... - Asahi gemeu novamente, mordendo o lábio, tentando conter os gemidos mais altos. - O que você... Está sentindo? O que quer fazer comigo...
- O que estou sentindo? Estou sentindo seu corpo quente e úmido em torno de mim. Mas ao mesmo tempo eu penso no fato de que está empinando a bunda como quem diz que quer mais. E isso me faz mexer o quadril com mais força a cada entrada.
Asahi sentiu um arrepio sutil percorrer o corpo, e percebera que gostava de ouvi-lo falar, era prazeroso, mas se sentia muito pervertido com aquilo, e chegava a negativar para si.
- ... O que mais?

- Gosto de pensar nas suas necessidades sexuais, talvez seja um pouco altruísta da minha parte? Ou talvez egocêntrico? Por saber que você quer meu pau.
- V-Você é o único que eu quero... - O menor murmurou, envergonhado.
- Pensa no meu pau quando está sozinho, hum? - Indagou o moreno e soou risonho, despudorado.
- As vezes... Na cama.
- E como pensa? Imagine visualmente ou só na sensação?
- E-Eu... Em tudo.
- Fale.
- Eu penso em você comigo na cama, fazendo o que estamos fazendo agora, você sobre o meu corpo, e aí quando eu penso nisso, começo a ficar com calor.
- Então é só na sensação?
- Hai... Eu acho. As vezes imagino... Lambendo.
Kazuma sorriu e não expôs a ele, mas lhe deixara perceptível. Ao tomar uma de suas mãos, levou atrás de seu corpo e a frente do próprio, no movimento de saída, colocou seus dedos a sentirem a ereção no fim da base, colado ao ventre, enquanto seguia com o movimento.
Asahi uniu as sobrancelhas ao senti-lo puxar a si e tocou-o ali, devagar, meio hesitante devido ao recato que tinha, mas sentiu o sexo dele, duro a entrar em si e estremeceu mais uma vez, visivelmente.
- Gosta disso, padre?
Kazuma retrucou e soou propositalmente baixo junto a seu ouvido. Deslizava agora por seu corpo e sua mão.

- ... H-Hai... - Asahi murmurou, dando-lhe um sutil aperto no sexo. - Isso... É meu sangue, não é?
- Sim, afinal não é como se fosse ficar molhado como uma mulher. - O maior disse-lhe junto a pele e mordeu sua nuca. - Gosta no fundo, não é? Por isso empina tanto a bunda, porque quer mais fundo.
O loiro assentiu e gemeu baixinho com a mordida, assentindo a ele e novamente empinou pouco mais os quadris. 
- Gosto... Motto...
- Então por que você mesmo não se move, hum? Rebola. Faça com força.
O menor assentiu e moveu o quadril, como ele havia dito, forte, rápido e soltou-o com a mão para ter mais apoio para fazê-lo, sentia-o se meter no corpo até onde conseguia, a fundo e gemia, apreciando os movimentos.
- Fale comigo, Asahi. Diga o que sente. Diga meu nome.
Asahi mordeu o lábio inferior ao ouvi-lo e inclinou o pescoço para trás, jogando os cabelos curtinhos que se colavam a face. 
- K-Kazuma... Kimochi... Quero sentir você gozar dentro de mim... Está tão quente.
- Quer me sentir gozar em você, padre? Hum, você é um pervertido. Diga mais, me diz quanto você gosta disso.
O menor assentiu, e sabia que era um pervertido, não sabia onde havia aprendido tudo aquilo que falava pra ele, mas sabia o que significava.
- Eu gosto muito... Gosto de sentir você assim quente, pulsando... Sei que quer gozar e sei que é por minha causa.
Kazuma afastou-se dele, deixando de estar dentro, até ameaçou ir embora mas foi tão breve quanto o ato de toma-lo no colo e postar suas coxas as laterais dos próprios quadris. Voltou a penetra-lo e o mesmo fez com a língua em sua boca, quis beija-lo e fez, penetrou com força, tal como a firmeza com que o beijava.
Asahi assustou-se ao senti-lo puxar a si, e de certo modo, sabia que havia feito algo certo, talvez o houvesse excitado, e aquilo era bom. Ajeitou as pernas as laterais do corpo dele e gemeu ao senti-lo adentrar o corpo novamente, dessa vez, contra seus lábios, e retribuiu o beijo dele, penetrando sua boca com a língua como havia aprendido a beijar, com ele.
O moreno sentiu o resvalo de sua língua, um pouco mais invasiva que o habitual, um pouco mais intenso que normalmente o faria. Achou graça, mas o retribuiu a altura, sorvendo ou mordiscando sua língua enquanto no meio de suas pernas continuava a penetra-lo vigorosamente, e sem que fosse necessário muito, logo, atingiu o ápice e gozou dentro dele , como mesmo havia pedido. Contra sua boca ruiu num gemido sem altura, mas rouco.
Asahi sentiu o ritmo prazeroso do outro, e era a primeira vez que se sentia tão leve, havia tirado aquela carga das costas a partir do momento que disse sem tanto pudor tudo o que queria dizer a ele. E junto ao outro, logo atingiu o próprio ápice, que foi contido pelo próprio pijama, agora sujo. E gemeu, sem se importar, encostando a cabeça na árvore atrás de si.
Kazuma sentiu a estranha sensação de umidade tocar indiretamente a pele, ao desviar-se para baixo, notou o tecido branco de seu pijama um tanto transparente numa parte específica, marcava sua ereção satisfeita, assim como a denúncia de seu corpo que apertou o próprio, intensificando o prazer enquanto atingia o clímax, sensibilizando no entanto o corpo já desconfortável pela onda continua de estímulo. Cessou o ritmo aos poucos, enquanto ainda protestava com o vaivém em um gemido baixo e grave.
O menor desviou o olhar ao outro conforme abriu os olhos sutilmente, observando a expressão excitada no rosto dele, e adorava ver aquilo, ouvir seus gemidos, era um êxtase, algo para se lembrar a noite quando ele não estivesse, saber que podia fazê-lo gozar, era muito bom.
- Kimochi?

Kazuma não o respondeu. No entanto mordeu seu lábio inferior e deu a última investida antes de sair de dentro dele Asahi sorriu ao outro, deixando escapar um gemido suave com a investida e encolheu-se, ajeitando as próprias roupas.
- Parece que sujou a roupa, padre. Já não está na idade.
O menor desviou o olhar a própria roupa de dormir e uniu as sobrancelhas, rindo baixinho a observá-lo e negativou com a brincadeira, porém cessou logo após, visualizando um sutil brilho atrás dele, e parecia ser uma lanterna. Puxou-o para si, meio rapidamente, afastando-o da árvore e tentou se esconder atrás do local onde se apoiavam, em meio a vegetação, mas o andar dos homens já estava próximo. 
- Ora, então é o senhor mesmo, padre? Sentimos sua falta. E quem você nos trouxe... O general do exército japonês.
- Kazuma... - O loiro murmurou, agarrando-se ao braço dele e uniu as sobrancelhas. - Não... Deixem ele em paz. 
- Você está corajoso, padre. Lembro de você assim, resistiu até o último momento para não entregar os soldados, então você está mesmo apaixonado pelo general? 
O menor encolheu-se, tentando observar através da luz da lanterna quantos soldados eram, e pareciam dois, ou três talvez.
Assim como ele, Kazuma apertou os olhos para ser capaz de fitar o que estava por traz da lanterna. Mas não precisava muito para deduzir. Bem acomodou o menor atrás de si, como ele mesmo já havia tomado iniciativa antes, embora atrás da árvore. Diante delongas não era preciso muito tempo para tomar posse do armamento que não deixava de acompanhar a si, e mirar em pelo menos um dos três.
- Corajosos são vocês, devo dizer, pisar no meu território de uma forma tão vulnerável. Devo dizer, são ao menos honrados por não deferir um tiro pelas costas.

- Não general, você é mais valioso vivo do que morto.
- ... - Asahi uniu as sobrancelhas, estremecendo ao ouvi-lo e agarrou-se ao braço do outro, já podendo sentir o coração disparar no peito. - Não machuquem ele... Se quiserem levar alguém, pode me levar.
- Pra que? Você não sente dor, não tem nem graça torturar você. Você é quase um inútil.
- Para militares vocês são asnos demais. 
Disse o maior aos demais e não precisou de muito, com um breve maneio da mão, era suficiente para indicar aos soldados posicionados que prosseguissem a um revide, e atacassem o inimigo. Em tempo de guerra, ainda que nos últimos dias o tempo estivesse calmo, assim como o animal sempre alerta, não era muito diferente, era por isso que tinha o escalão no qual se encontrava, alguns anos de experiência eram suficientes para saber que nunca estava a salvo o suficiente, nem mesmo em casa. No ressoar das armas dois dos homens foram atingidos. O terceiro seria capturado pelo primeiro que o alcançasse, que claro, seria recompensado por isso, tornava os soldados competitivos, dando-lhes daquele modo maior competência. Ah, por sinal, esperaria que o padre percebesse que embora distantes de si, eram observados até então, não estavam sozinhos por lá.
Asahi assustou-se ao som das armas e fora direto ao chão, encolhendo-se, medroso como era, e agradeceu pelos tiros dados pelos inimigos terem atingido só de raspão o braço, onde manchou a roupa de sangue, mas nada que fosse sério, na verdade, se quer sentiu. Ao fim dos tiros, viu os soldados dele correrem atrás do rapaz, o único sobrevivente, e uniu as sobrancelhas, só então percebera que os homens estavam de preto, e muito provavelmente escondidos entre as árvores, perto de si, vendo a si com ele, ouvindo a si. O rosto mudou de cor talvez umas seis vezes, e manteve-se paralisado, analisando a expressão dos soldados a falar com ele, que ainda arrumava o cinto devido ao ato tão desprevenido.
- ... Eu nunca mais vou sair do meu quarto. - Disse, sentindo ainda a face queimar.
Kazuma ajeitou-se sob a roupa, fechando-se atrás da farda bem alinhada. Trocou informações e ordens aos soldados, que seguiam caminha a vasculhar os arredores. Ao se voltar ao menor, tocou seu braço a constar o ferimento superficial. 
- Por quê? - indagou feito desentendido.
Asahi desviou o olhar a ele e estreitou os olhos.
- Você ainda pergunta por quê? Deixou soldados camuflados verem a gente transar?

- Acha mesmo que vou deixar a guarda baixa? - Disse o moreno e lhe sorriu canteiro.
- Kazuma... E-Eu falei tanta coisa... Eu... 
- Você sabe das coisas hein padre. 
Disse um dos soldados dele num risinho e novamente, Asahi sentiu o rosto ferver.
Claro que Kazuma sorriu, achando graça na provocação. Deu ao padre uma piscadela.
- E-Eu não saio mais com você! - O loiro falou a ele e virou-se, caminhando em direção a igreja.
- Ora, você quem pediu por sexo.
- Mas devia ter me falado que estava cheio de gente olhando! E-Eu não sou prostituto.
- Não seja idiota. Eu também não sou prostituto, sou? Além de que, eles provavelmente não deixaram de trabalhar por causa disso. Ou preferia que estivesse morto?
O menor cessou o passo e cruzou os braços. 
- Não faça isso de novo!
- Vamos, você não sabe quão distante está pra ir caminhando.
Disse o maior, a um passo atrás dele, que virou-se daquela sua típica forma repentina.
- ... Estou morrendo de vergonha...
- Não seja tolo. Venha, esses homens já viram coisas piores.
- Piores? Acha que eu sou tão ruim assim na cama?
- Eu quis dizer que já viram situações mais promíscuas.
Asahi uniu as sobrancelhas e estremeceu, negativando a esconder-se atrás dele.
- T-Traga o Kujo-san...
- Kujo está dormindo, precisa de cuidado para acorda-lo. Vem, vamos chamá-lo.
Disse o moreno e ainda sorria achando graça dá situação.
- ...
Asahi assentiu e segurou a mão dele, seguindo para perto do cavalo. Kazuma m
ontou o animal após o tempo que levou para faze-lo despertar de seu sono, embora com o barulho do armamento tenha o feito acordar acelerado, estressado, após acalma-lo finalmente o montou e puxou o garoto. O loiro subiu no animal junto dele, segurando-se em sua crina macia e bem penteada, e ainda estava envergonhado, por isso encolheu-se em meio a seus braços, evitando olhar os soldados.
- Você parece com uma criança agindo assim. Se fingir não se importar, eles também farão isso.
- O problema é que eu me importo... Eu sou um padre.
- Eles não se importam com isso.
- Eu meio que me importo.
- Então não façamos sexo novamente.
- Na frente dos outros não...
- Não seja idiota. Mais tarde vai pensar que esteve exposto tendo prazer e vai se excitar com isso.
Asahi sentiu a face se corar novamente e negativou.
- E vai me dizer se não sentiu.
- ... Iie.
- Vai dizer. Devo deixa-lo em sua casa ou quer ir até a base?
- ... Quero ficar com você.
- Então quer ir até a base?
- Quero, me leve com você.

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