Daisuke e Misaki #21


Já há algumas horas Daisuke havia se levantando. O notebook como sempre fizera parte do início do dia, mesmo que não fosse da manhã, mas de uso sempre após acordar. Alguma estória nova já havia iniciado, e quase em seu meio conversava no aparelho celular, enquanto os ágeis dígitos pressionavam as teclas que davam cor e letras ao bloco de notas, lia, lia para a mulher através da linha telefônica, lhe expondo parte do novo romance. Quando finalmente pôde dar pausa aos serviços, visto que o outro ainda dormia, permitiu-se ponderar sobre o belo andrógino naquela cama não vista, já que se encontrava sentado fronte o televisor ligado e sem atenção, na sala de estar. Num devaneio, riu o cainita, riu consigo mesmo, sabia da leve perturbação do rapaz, certamente à espera de uma proposta que em alguns dias já tinha exposto e a si mesmo fingia não saber. Fechou o aparelho conforme salva toda estória e abandonou ali sobre o estofado de couro negro. Levantou-se, ajeitando o short curto que usava, expondo as coxas grossas e bem torneadas, enquanto o tronco era coberto com um típico blusão de linho frio, 
caindo despreocupadamente sobre o torso, expondo o corte em V na gola que mostrava a bela clavícula bem marcada e sem nenhuma mancha em tez. Ao subir dos inúmeros degraus, via-o deitado na cama num provável sono incômodo, afinal aquela pequena barriga não o deixaria dormir de outra forma senão de peito para cima ou de lado. Minuciosos passos do vampiro levaram a cama macia e grande, e com cada um de seus joelhos na cama, teve espaço entre as pernas, onde o encaixe perfeito existia o rapaz adormecido. As ambas mãos tatearam tão leve sua pele exposto, subindo seus antebraços até o encontro dos dedos que entrelaçou e prendeu a cama. Os beiços finos roçou em sua clavícula igualmente demonstrada, beijando a maciez de pele branca e morna, mesmo que não pudesse senti-la tanto quanto gostaria. O curso traçou até seu pescoço esguio e bem exposto, onde a língua carinhosamente o tocava em massagem bem suave.
- Misa...
Murmurou com seu tom rouco e grave e ainda assim tão suave ao dirigir-se ao homem que dormia, e tão contraditório às carícias dadas, porém gentilmente fincou as presas em tua carne saborosa, e devagar puxou o fel a boca.

O menor, dormia tranquilamente na cama, realmente incomodado por não poder se deitar de bruços, afinal, era o modo como era acostumado a dormir quando não tinha o abraço dele em si e se deitava de lado. Ouviu o outro levantar mais cedo, mas nem ao menos se moveu para vê-lo, afinal achou que ele iria retornar e logo acabou adormecendo novamente. O sono era tão pesado que nem ao menos ouviu os passos pelo quarto, apenas sentiu quando o outro se debruçou sobre si. Uniu as sobrancelhas, incomodado ao ouvi-lo e manteve os olhos fechados. Sentia os toques pela pele e sorria, arrepiando-se sutilmente e o gemido preguiçoso deixou os lábios ao senti-lo cravar as presas no local.
- Ah... Dai...
Murmurou e levou uma das mãos aos cabelos dele, segurando-os e logo apenas deslizou pelos cabelos, acariciando-os e relaxou.

Conforme uma das mãos do maior teve-se abandonada do toque alheio, esta mesma se voltou ao caminho vagaroso de seu ombro até o peito e logo em busca do alcance de sua cintura curva onde os dígitos sem força apertavam ao caminho do quadril e perdurou. No entanto, a direita contínua em sua posição ainda o tinha mantido preso à cama abaixo de suas costas. Ao cessar das sucções leves, roçou a língua que ainda se provia do suave toque do sabor do outro homem, e em seu percurso, superficialmente manchava a pele que ainda transparecia sua brancura atrás do vermelho. Em beijos, agora, mornos, ainda o saboreava em um doce e amargoso paladar, porém ao desvio em oposto lado perfurado, tornou preencher um novo orifício com os dentes e sugar mais daquele jovem.
Misaki abriu os olhos aos poucos, buscando observar o outro e unia as sobrancelhas, sentindo o sangue escapar das veias aos poucos, puxou-lhe os cabelos para que ele se afastasse de si, delicadamente.
- D-Dai...

Quando enfim na segunda vez Daisuke abandonou as feridas feitas pelas lanças caninas, dera uma sutil puxada em sua pele já pouco fria. Ante o abandono, lhe beijou os orifícios que gentilmente expeliam sangue, e ao regredir para o lado onde o deu a primeira mordida, o caminho traçou no toque roçados dos lábios pálidos e pouco corados com seu liquido sanguíneo e abaixo daquelas mordidas iniciais, uma nova, que como anteriores passou minuto sugada a servir e suprir a necessidade que tinha daquele rapaz.
Misaki deixou um gemido pouco mais alto escapar e puxou-lhe os cabelos com pouca força novamente ao senti-lo cravar as presas no local, fechando os olhos.
- Dai... Vai me matar!

Em novo abandono dos caninos, retirados de sua carne macia e tão doce, o cainita direcionou os lábios aos do outro rapaz, e mesmo sujos o beijou. Fizera-o sentir de seu próprio sabor, enquanto a língua assim como todos outros movimentos, era devagar em passear na semelhante, devagar em sugá-la, devagar em mordê-la.
- Sh... - Sussurrou ao aparte do sutil beijo. - Dorme.
Tornou a dizer em mesmo tom e lhe beijar uma última vez os beiços avermelhados pelo sangue, caminhando ao queixo, regredindo ao pescoço, e novamente em seu lado oposto, tornou a mordê-lo.

O menor negativou ao sentir o beijo, unindo as sobrancelhas ao sentir o gosto de sangue e virou a face de lado, tentando esquivar-se.
- Não... Não... Por que vai me matar? Dai! - Fechou os olhos e outro gemido deixou os lábios ao senti-lo morder o local. - Não faz isso.... Hum...
Misaki tentou puxar o braço do outro, mas lembrou-se que estava preso e certamente não conseguiria tirá-lo de cima do próprio corpo. O ultimo gemido fraquinho deixou os lábios seguido do nome do maior, sentindo-se fraco pela falta de sangue e desmaiou nos braços dele.

Daisuke não teve outra pronuncia senão as anteriores e já respondidas pelo rapaz. Vagarosamente lhe curtia o corpo, sentindo o toque amargo e ainda assim tão doce a deslizar da língua à garganta enquanto novamente sugava o fel que generoso seguia destino a boca. Livrou-o dos braços quando finalmente o fizera cair em sono, as ambas mãos passearam seu corpo macio e bonito, acariciando o rapaz adormecido, mesmo que os lábios não desgrudassem de sua pele, voltando mãos aos sedosos fios de cabelo os quais entrelaçou aos dedos e apertou. Somente minutos depois a esquerda voltou a seu rosto, deslizou ao pescoço, e finalmente o desproveu dos dentes quando não mais teve resquícios de pulso, o deixando inerte, e morto. Um suspiro deixou quando minutos passou observando seu rosto bonito e pálido. Permitiu-se sorrir de canto, como sempre o fez enquanto os dedos longos caminhavam o contorno facial bem desenhado. Tinha em mente que ele assim passaria dias, mórbido, dormindo, ou até não pudesse mais acordar, no entanto tinha certeza que acordaria e não haveria demora. Sentou-se à beira da cama, e pouco debruçou afim de lhe tocar os lábios frios e rijos, os pressionando.
- Não me deixe esperando. - Sussurrou.

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