Masashi e Katsuragi #12 (+18)


- Deus... 
Katsuragi falou baixinho, enquanto abanava-se com o leque coberto de pedras brilhantes, estava tão calor que parecia derreter, claro, era vampiro, sentia mais calor do que os outros, mas ao menos não derramava uma gota de suor. Colocou um quimono levinho, sem nada por baixo e aspirou o aroma gostoso do perfume dele no ar, certamente havia passado por ali mais cedo, porém fora dormir junto dos outros. Adentrou o quarto, os passos suaves pelo chão de encontro à área dividida com a cortina, e era ali que ficava a cama dele, lado à dos outros, e havia cansado de pedir a ele que dormisse sempre consigo, mas ele insistia em não ser visto como especial pelos outros, pff, ele era, não devia se importar com o que os outros pensavam. Aproximou-se dele, observando-o em seu sono tranquilo e abriu o próprio obi, puxando o lençol fino que cobria seu corpo e deixou-o exposto para o leque, que abanou seu corpo quente pelo calor, ah queria brincar com ele, e não aguentaria não o fazer. Saiu do mesmo modo como entrou, em silêncio e voltou pouco tempo depois com pedacinhos pequenos de gelo num recipiente e espalhou por seu corpo, pequenos pedacinhos que logo derreteram e molharam a pele, e esperaria que ele acordasse pelo susto, mas claro, que esperou sobre seu corpo, roçando o quadril ao dele.
Masashi sentiu a cócega leve do lençol a deslizar e descobrir o próprio corpo. Estava, para si, um clima agradável, mas não gostava de dormir descoberto. 
- Hum... 
Grunhiu durante o sono, sentindo-se incomodado e na pele nua sentiu arrepios pelos pontos frios sobre ela e com calafrio acordou repentino, fitando sua silhueta parcial, visto que ali estava bastante escuro, mas não o suficiente para que não pudesse vê-lo. 
- Ma...
Mumurou e fitou sua nudez, se não fosse pelo quimono ainda usado porém aberto.
- Shh... 
Katsuragi murmurou, abaixando-se e lhe selou os lábios, sorrindo a ele ainda pertinho e ao afastar-se tocou-o no mamilo, mordendo-o suavemente, cuidadoso para que não machucasse com os caninos e a língua era tão fria quanto os cubinhos de gelo que agora estavam sobre seu corpo.
- Os meninos estão dormindo, não vamos acordá-los.
Masashi fitou-o acima, conforme sua proximidade, sentindo o toque dos lábios aos próprios e que não duraram e seus dedos no peito, nos mamilos, tal como a língua que os fez eriçar com o contato, parecendo acordar o corpo. 
- Hum... 
Murmurou, sentindo o contato que nunca havia sentido antes. Era estranho, estranhamente agradável. 
O maior sorriu a ele, gostava daquele modo fraquinho dele, quase adormecido. Deslizou por seu corpo, beijando-o no abdômen e logo desceu, abrindo seu quimono, já quase volto e abaixou a roupa intima, segurando-o entre os dedos e deslizou a língua por ele, lambendo-o da base até o inicio onde sugou e afundou-o nos lábios.
Masashi desviou o olhar, seguindo visualmente com ele conforme abaixava. E sentiu um leve rubor na face, um calor leve, contraste a seus toques frios ou mesmo o gelo que já havia se tornado água em finas gotas. E sua língua cuidadosa no sexo, fria. Gemeu, sem poder conter, felizmente soou baixo. 
Katsuragi desviou o olhar a ele, sorrindo, e seu gemido soou mais alto para si com a audição aguçada. Mordeu-o ali, de levinho e logo soltou, depois de sugá-lo mais uma vez.
- Hum, pronto, está animado.
- Katsuragi... 
O menor sussurrou, e tentou observar em torno de ambos e claro, sentia que tinha alguém acordado por ali, embora não pudesse vê-los. E uma das mãos levou ao sexo, já duro, tentando escondê-lo do vampiro. O maior sorriu a ele.
- Ah, vamos, não esconda de mim, me deixa ver... 
Mordeu o lábio inferior, murmurando a ele e sentou-se sobre seu quadril, roçando as nádegas nele.
- Não, vão nos ver. 
Masashi disse, soou baixo embora já soubesse que provavelmente haviam acordado alguém e mesmo que ele não se importava. Observou-o se por no colo e sentar sobre a ereção que doeu. 
- Ah...
- O que? Machuquei? É só ficar em silêncio, ninguém vai ouvir, e se ouvirem também, já estão acostumados... 
Katsuragi murmurou e segurou-o entre os dedos, guiando-o entre as nádegas e roçou-o na entrada, pressionando-se para baixo a senti-lo entrar só em sua ponta, porém gemeu baixinho, dolorido.
- Acho... Que você... É que vai se machucar. 
Disse o menor, baixo e soou soprado. Sentindo-se dolorido pelo aperto de seu corpo em torno do sexo. E ambas as mãos levou rapidamente a seus quadris, apertando-os, suavemente no contato das unhas.
O mais velho sorriu a ele, mesmo dolorido e assentiu, sabia que alguém estaria acordado, e podia ver a si e a ele através da cortina transparente, e gostava disso. Empurrou-se ainda mais contra ele e aos poucos sentiu-o adentrar o corpo até que inteiro dentro, gemeu baixinho, satisfeito, e dolorido.
- Ah... 
Masashi gemeu, sentindo aos poucos sua penetração, e logo, estava inteiramente dentro dele. Em seu corpo estreito e frio. Apertou-o novamente, com mais força que antes e arrepiou-se ao sentir o sexo pulsar dentro dele. 
- Ka...tsuragi...
O maior sorriu a ele e empurrou-se para baixo, contra seu corpo.
- Ah! Masashi...
O menor suspirou, mais forte. Estava realmente excitado agora, e sabia exatamente o que ele estava sentindo, ele gostava daquela leve dor em seu corpo, era isso que o fazia sentir prazer tão facilmente e por isso, não precisava conter a vontade que teve de continuar com aquilo e moveu-se embaixo dele. Investindo. Katsuragi sorriu e gemeu baixinho, novamente dolorido pela ardência do corpo.
- Hum... Sabia que não ia resistir... 
Murmurou a ele e fechou os olhos, mantendo-se imóvel, porém movia suavemente o quadril a rebolar sobre ele vez ou outra, acostumando-se.
Masashi dobrou as pernas a apoiar os pés no futon, onde tomou apoio e impulso para os quadris, subindo em sua direção, investindo ao mais velho. Moveu-se devagar, ainda que firme. Katsuragi fechou os olhos e agarrou-se no lençol ao lado dele na cama, era bom, apesar de dolorido, ainda mais pelos olhares que sabia que recebiam e empurrou-se contra ele, impondo-se contra o outro.
- Katsu... 
O menor sussurrou, embora fosse audível pra ele. Estava tão gostoso, parecia ainda melhor após acordar. Revirou-se pelo futon, que não era tão confortável quanto sua cama, e colocou-se por cima dele, entre suas pernas e fitou-o de cima, reiniciando os movimentos.
Katsuragi estreitou os olhos ao senti-lo se colocar sobre si e uniu as sobrancelhas, gostava de ser ativo pelo menos de algum jeito, mas gostava ainda mais quando ele tomava a atitude. Sorriu a ele, malicioso e puxou-o para si, pelo quadril, colidindo contra o próprio corpo.
Embora não fosse rápido, cada investida contra ele fazia a pelve de Masashi colidir contra seu ventre e ressoar vigorosamente, com batidas secas entre ambos, e de alguma forma, aquele ruído era realmente excitante.
Katsuragi separou mais as pernas, dando espaço a ele e puxou-o para si, apertando-o entre as coxas e também no abraço a colar os lábios em seu pescoço, beijou-o ali, seguindo ao ombro e só então o mordeu, cravando as presas na carne a sugar pouco de seu sangue.
O menor estava imerso ao prazer suave no corpo quando sentiu seus beijos na pele, seus lábios frios e macios porém ainda assim havia se esquecido do fato de que era um vampiro, e somente se lembrou ao sentir os dentes atravessarem todas as camadas da pele e gemeu, grave e rouco, ate parou de se mover.
O mais velho retirou os dentes, rapidamente ao senti-lo cessar os movimentos e puxou-o para si novamente, sentindo-o atingir o fundo do corpo e gemeu prazeroso, expondo as presas sujas de seu sangue num sorrisinho malicioso.
- Vem, não para.
- Você... Não me pediu! 
Masashi urrou, ainda que soasse baixo para ele. Sentindo-se dolorido e moveu-se de acordo como fora puxado.
- Não pude evitar, me desculpe.
O menor torceu os lábios, num bico de resmungo e abaixou-se, mordendo-o igualmente no ombro, embora os dentes não o atravessassem, descontou.
- Ah! 
Katsuragi gemeu alto, assustado pelo toque e certamente havia acordado boa parte dos garoto, puxou os cabelos dele e estreitou os olhos.
- Ora!
- Hum! - Masashi gemeu, dolorido pela puxada e fitou-o de perto conforme puxado. - Bem feito, bobo. - Desafiou-o e moveu-se, estocando-o com a maior forte que podia fazer.
Katsuragi gemeu dolorido pela estocada e uniu as sobrancelhas, apertando-o entre as coxas, e não tinha a força comum de um humano, era bem mais forte, lambeu  sangue que ainda escorria das feridas e suspirou, contentando-se com o pouco que havia tomado.
Masashi observou-o de cima e voltou a estocá-lo com a mesma força, não se contentando com a sua expressão e nem com a altura contida do gemido. E descontou daquela forma. Voltando logo a criar ritmo que se tornou mais abrupto aos poucos.
O maior puxou-o pelos quadris e mordeu o lábio inferior, apreciando cada um dos movimentos dele contra o corpo, gostosos, e não podia esperar menos dele, ele inteiro era gostoso demais, jamais deixaria-o na mão de clientes, não poderia. Aproximou-se do ouvido dele e mordeu-o na orelha, sorrindo a ele, malicioso.
- Hum... Me fode Masashi...
Masashi sentiu o mordisco na orelha e encolheu os ombros diante do contato. O arrepio com o pedido e o calor nas bochechas. Moveu-se, deixando fluir o ritmo gradativo, alternado, vezes mais leve e rápidos, vezes mais forte e vago.
O maior deslizou as mãos pelas costas dele, acariciando-o e sentia o corpo estremecer suavemente, podia fazer aquilo com ele o dia todo se quisesse, mas não podia evitar de gozar, e estava próximo. Cravou as unhas em suas costas e mordeu o lábio inferior, observando-o e sorriu ao ver suas bochechas vermelhas.
- Vou gozar...
- Já? 
Masashi sussurrou, ofegante, porque o contrário dele, precisava de fôlego e por algum motivo achava o bastante naquela situação ainda que se cansasse. Por isso, alternava. E ao abaixar-se, sentiu contra o ventre a rigidez de seu sexo, o qual esfregou contra a pele.
- Não... 
O maior murmurou ao senti-lo se roçar a si e não sabia porque ainda estava murmurando, se já havia gritado com ele e certamente todos já estariam acordados. Fechou os olhos e apreciou os toques, movimentos ainda firmes dele e tentou segurar a vontade que tinha, mas não pôde e acabou por sujar o corpo dele junto ao próprio.
- Ah... Masashi...
O mais novo sentiu na pele o líquido denso e frio, denunciando seu clímax assim como seu corpo que tremeu de prazer e se apertou em torno de si, de modo que causou um gemido e não mais que três investidas sequentes e igualmente atingiu o ápice, deixando-se dentro do mais velho. 
- Katsuragi...
O maior sorriu a ele e sentia ainda mais prazer por saber que fazia com ele, gostava dele, mais do que havia gostado de qualquer um na vida. Puxou-o para si e lhe selou os lábios, deslizando uma das mãos por seus cabelos e por um momento esqueceu do lugar onde estavam.
- Espero que isso te convença a vir dormir comigo agora. - Murmurou.
O menor sentiu o afago nos cabelos e o selo nos lábios, o que interrompeu a tomada de fôlego que compassava a normalizar. 
- Eh? Por que isso me convenceria?
Katsuragi apontou ao lado, para os garotos que dormiam ali, alguns fingiam dormir, outros observavam a ambos com olhar malicioso.
- É sua culpa! - Masashi exclamou, porém soou baixo. - Não devia vir fazer isso aqui.
- Ora, desculpe se senti vontade. - Sorriu.
- Ainda temos algum tempo pra dormir?
- Acabou de escurecer. Queria que fosse até meu quarto.
- O que? Você... Quer mais?
- Claro que quero.
- Guloso.
Katsuragi lambeu os lábios.
- Quero dormir mais um pouquinho.
- Ah, está dentro de mim querendo dormir mais um pouco?
- Mas nós já fizemos...
- Fazemos de novo.
- Vou dormir assim e você me acorda daqui uma hora, ta bem?
- Estou achando que vou prender você lá embaixo e usar aquele chicote.
- Chicote por quê?
- Está muito mal criado.
- Só por que não quero te dar sexo, é?
- Exato.
- Ah, então eu virei seu puto?
- Não, eu não te pago pra fazer sexo comigo.
- Você só vem e pega, hum?
Katsuragi riu baixinho.
- Como se ofende fácil.
- Não estou ofendido, eu vim aqui pra ser um cortesão.
- Cale a boca. - O maior apertou-o em si, visto que ainda dentro do corpo. - Vamos, saia e vamos pro quarto.
Masashi contraiu-se sentindo seu aperto e afastou-se, sentando-se no futon
- O que, ficou bravo?
- Vamos logo, antes que eu abra outro furo no seu pescoço.
- Não me trate com arrogância.
Katsuragi sentou-se na cama.
- Vamos.
- Não vou. - Resmungou.
O maior velho estreitou os olhos e o outro fitou-o e ajeitou a própria roupa, escondendo a nudez abaixo do quimono.
- Vamos, Masashi.
Cansado, o menor assentiu e se levantou. 
- Vamos. 
Disse, seguindo logo para a saída do quarto e desviou dos olhares que recebeu. Katsuragi saiu com ele e encontrou o ruivo na saída, com o sorriso malicioso na face, parado em pé na porta.
- Se quiser eu vou com você, princezinha.
Katsuragi virou-se e acertou o rosto dele com um soco, observando os outros no pequeno alarme até o outro cair na cama do garoto em frente.
- Princezinha é o cacete.
Masashi observou-o de soslaio e pode notar a provocação do outro cortesão, seguia pelo corredor a seu quarto e logo parou repentinamente, fez até que o moreno colidisse contra si. O maior bateu contra ele e uniu as sobrancelhas, observando-o.
- O que?
- Por que ele sugeriu vir com você?
- Porque eu te chamei, ora essa.
- E o que ele quis dizer com isso?
- Ele é um idiota, ignore.
- Você vai pra cama com ele?
- Nunca fui.
- Hum. 
Masashi murmurou e continuou o caminho até entrar em seu quarto. 
- O que? Está com ciúme?
- Ciúme? O que é isso?
Katsuragi sorriu e puxou-o pela mão.
- Está sim.
- Não estou.
- Hum, uhum. Então eu vou lá falar com ele.
- Falar o que?
- Deus...
- O que foi?!
Katsuragi arqueou uma das sobrancelhas.
- O que?
- Que alteração de humor.
- Você está debochando de mim.
- Não estou. 
- Está sim.
- Não, não estou.
O menor fitou-o e sentou-se em sua cama, imensamente diferente do próprio leito.
- Não volte pra lá, hum.
- Pro meu quarto?
- Uhum, durma comigo.
- Por quê?
- Porque sim.
- Então nós somos namorados?
Katsuragi observou-o por alguns instantes, a voz presa na garganta e desviou o olhar por alguns instantes.
- Você quer ser meu namorado?
- Não é isso então?
- Você quer?
- Eu disse se nós somos, eu perguntei pra você. Eu não disse que não éramos ou seriamos...
- E eu estou te pedindo em namoro, maldição.
- Então... Somos.
- Vai dormir comigo? - Katsuragi sorriu.
- Talvez.
- Ah, pare com isso.
- Por que quer tanto dormir junto? Nem frio você pode sentir pra eu te aquecer.
Katsuragi uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e abaixou a cabeça, ajeitando o obi do quimono. Desviou o olhar e assentiu, seguindo em direção à cama, onde se deitou. Masashi notou em sua feição que as palavras haviam soado ruins a ele, e deitou-se, de costas as suas costas porém puxou-o e o fez se virar de frente, encostando-se em seu peito. 
- Se não posso te aquecer, então você pode me refrescar assim.
O maior suspirou e sorriu ao ouvi-lo, deslizando as mãos pelas costas dele a acariciá-lo.
- Ta bem..
- Gosto disso. - Masashi disse, sentindo o carinho nas costas.
Katsuragi sorriu, fraquinho e beijou-o nos cabelos.
- Sinto muito por não ser um humano normal..
- Não quero que seja um humano.
- Mas poderia me aquecer.
- Isso não importa, posso te abraçar sem motivos.
- Eu sinto o frio... Ele só não me afeta como a você.
- Não me importa, não falei sério, queria provocar e não pensei que fosse te deixar triste.
Katsuragi assentiu e beijou-o novamente.
- Nunca mais vai ficar sozinho.
- E nem você. Só quando eu morrer...
- Não vai morrer.
- Um dia eu vou sim. - Masashi sorriu, mais para si mesmo.
- Não, quanto chegar a hora você poderá escolher se prefere morrer ou viver comigo pra sempre... Se... Quiser, poderá ficar.
- Eh? - Masashi disse, sem entendê-lo até notar que por fim, se referia ao que ele havia se transformado, um vampiro. - Diz ser um vampiro? Virar um vampiro.
- Sim.
- Isso... - O menor fechou os olhos e pensou por um instante sobre a vida que ele levava ali por tanto tempo.- Hum. você é feliz?
- Tenho você.
- Não te perguntei isso.
- Sou feliz porque tenho você.
- E se um dia acabar isso?
- Não vai.
- Você quer dormir? - Masashi indagou, mudando o assunto que parecia estranho.
- Sim.
- Então descanse. Parece que não conseguiu dormir bem de dia, pensando em como estava no meu quarto.
- Hum, certo. - O maior sorriu.
Masashi virou-se, parcialmente e tocou seu rosto, acariciando-o e selou seus lábios, uma, duas vezes. Katsuragi retribuiu os selos e deslizou a mão pela face dele numa carícia suave.
- Boa noite.
- Boa noite...

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