Tsubaki e Izumi #9


Izumi ouviu o barulho alto no exterior da loja, e claro, se assustou, por isso mesmo correu para fora, porém cessou antes de chegar ao exterior quando viu o rapaz com a arma apontada para a face do ruivo atrás do balcão, e chegou a estremecer.
- Quero o dinheiro garoto! AGORA!
- Relaxa... Vou te dar o dinheiro.
Num movimento sutil o ruivo indicou a cozinha para si.

- Não, o garoto fica.
Izumi uniu as sobrancelhas, tendo a arma apontada para o rosto e estremeceu, dos pés a cabeça, negativando.
- E-Eu tenho um filho, por favor...
- Cale-se!
Jin colocou o dinheiro no saco passado pelo assaltante, claro, desgostoso com o feito, afinal, era ridículo entregar os lucros na mão de alguém que não queria trabalhar e ganhar a vida fácil, e assim que o dinheiro em mãos, o rapaz correu para fora, levando com ele todo o dinheiro do caixa.
- Você está bem, Izumi?
- H-Hai...
- Não está. Venha, sente-se lá dentro, vou chamar o chefe.
Tsubaki atendeu ao telefone prontamente através do automóvel mesmo, visto que tomava direção, dirigindo ao serviço, de forma propícia afinal, era aquela uma ligação que pedia pela própria presença. 
- Jin. - Disse ao atendê-lo e saber do ocorrido, um suspiro em desagrado viera no lugar de um palavrão. - Estão todos bem?
- Sim, está tudo bem, mas o Izumi parece meio afetado, acho que ele nunca passou por um assalto. Dei um pouco de whisky pra ver se acalma ele, mas ele está lá trás sentado com cara de peixe morto.
- Peixe morto, é? - O maior indagou e com um sorriso. - Eu já estou chegando, estava indo aí de toda forma. 
Disse a ele, e não demorou a encerrar a ligação, logo, não precisou de mais que dez minutos até alcançar o objetivo, estacionando o veículo e saiu do automóvel, encaminhando-se ao interior da loja. 
- Faça um macchiato pra mim, Haru. Cadê o gato escaldado?
Indagou ao confeiteiro por lá.
- Ai graças a Deus, o gato está lá atrás, gato. Vou levar o café, fiz uns cupcakes de morango também se quiser.
- Cupcake de morango, receita nova? - Tsubaki indagou ao confeiteiro a medida em que seguia até a sala, encontrando o garoto. - Jogaram um balde de água fria em você?
- Fiz em homenagem ao sorvetinho derretido que está lá atrás.
Izumi desviou o olhar a ele assim que o viu adentrar e uniu as sobrancelhas.
- Iie...
- Precisa se acalmar. Não aconteceu nada de mais e vocês estão bem, o que é importante. Temos imagens das câmeras.
- Hai... Eu... Eu sei, desculpe.
- Você é um homenzinho, cadê o músculo? - Tsubaki disse, brincando com ele. - Vou contratar um segurança pro período da tarde até o fechamento da loja.
Izumi suspirou e riu baixinho a observá-lo, negativando.
- Iie, me desculpe.
- Eu te levo em casa. Vá comer o cupcake que o Jin fez pra você.
- Cupcake? - Sorriu. - Eu posso?
- É claro que sim. Pra ver se o doce te acalma melhor que o álcool.
Izumi assentiu e sorriu meio de canto, levantando-se e pegou o pequeno doce sobre o balcão, mordendo-o.
- Como está o Hasui, hum? 
Tsubaki indagou e até provou metade de um dos cupcakes por alí.
- Está bem, perguntando de você todos os dias. - Sorriu.
- Ele está em casa ou vai buscar ele na casa dos pais do seu amigo?
- Essa hora já deve estar em casa.
- Bem, hoje passo por lá então dou um oi.
- Você... Não vai me levar pra casa?
- Sim, se vou levar você em casa eu passo por lá, não?
Izumi uniu as sobrancelhas a observá-lo por um tempo e assentiu.
- Se vou leva-lo estarei lá pra dar oi, não? - Tsubaki sorriu e aceitou o café pedido alguns minutos antes. - Que demora, ah? - Provocou o atendente.
- Hai, hai... Vou ver se ele... Já chegou em casa, meu amigo disso que ia levá-lo.
Izumi falou e se afastou a pegar o telefone no bolso.

- Se não estiver nós podemos buscar ele, não se preocupe. Gostou do bolo, hum? - O maior retrucou e sorveu um trago curto do café.
- Hai. 
O loiro sorriu a ele como ambas as respostas e mordeu o lábio inferior, seguindo para pouco mais longe dele e falou com o amigo sobre o filho, murmurando algo a ele, sutilmente e desligou, voltando em seguida.
- ... Ele disse que o Hasui vai dormir por lá hoje, parece que eles estão pedindo pra ficar jogando vídeo game.
- Hum, se sente seguro com isso? - Tsubaki indagou após mordiscar um morango com chantili e limpar o canto dos lábios com o polegar, tendo lambido o dígito posteriormente. - Ficou bom, Jin. Mas está um pouco forte, coloque menos licor. 
- Hasegawa, experimente esse. 
Jin disse ao rapaz e chefe, tendo ideia na elaboração de uma nova sobremesa, embora fosse mais elaborada, levaria os morangos e o chantili saborizado com amarula. Deu-lhe somente uma fruta inteira, tocada por uma quantidade generosa de chantili, mas claro, esperou o breve momento até que o serviçal calouro adentrasse, fazendo questão de expor a ele aquela situação provocativa. Adorava. Até lhe deu um sorrisinho no final. Izumi desviou o olhar ao chefe, observando os lábios sujos com o chantilly e sentiu a face se corar suavemente, claro que era armação do confeiteiro e até teve que desviar o olhar.
- Ahn... S-Sim...
- Você tá legal, Izumi? Aconteceu alguma coisa ali no canto durante a ligação, está meio vermelho, cara.
- Então tudo bem.
Tsubaki disse e notou se virar, parecendo desconfortável e deu até uma franzida no cenho, sem entender. A única coisa que percebia era o bom relacionamento que haviam criado, gostava disso. Izumi riu baixinho e negativou, meio desconsertado, e o outro continuava provocando, sabia o porque.
- Ah Iie, estou bem...
- Tudo bem então. Bom, vamos lá? - Disse o maior ao garoto no entanto passaria primeiramente no escritório. - Aliás, preciso ver umas coisas no escritório, volto já. Pegue suas coisas.
- Ah, hai. 
Izumi sorriu, um sorriso que quase ia de orelha a orelha e conseguiu ver o sorrisinho malicioso do ruivo atrás de si.
- O que, está planejando atacar seu chefe, ah? Safadinho.
Tsubaki voltou algum tempo depois, já levando consigo o que viera em busca ali. 
- Vamos?
- Iie! Ora, eu... Até parece... 
O menor murmurou e corou-se ao ouvi-lo, negativando, porém desviou o olhar ao maior e preferiu fingir que nada acontecia.
- C-Claro.
- O que, o Jin está molestando você, hum? - Tsubaki disse e despediu-se dos demais funcionários. - Ligue para a polícia e forneça as imagens da câmera, amanhã já providencio um segurança para a loja no período da tarde até o horário noturno.
- Polícia? 
Jin deu um sorrisinho e Tsubaki estreitou os olhos.
- Não, não, Jin não faria isso. 
Izumi sorriu ao ruivo, logo após sorriu a ele e seguiu para fora, esperando-o.
Ao seguir com ele, Tsubaki levou-o ao veículo estacionado, no entanto abriu a porta e deu passagem a ele no banco de passageiro.
- Entre.
O menor assentiu e logo se sentou no banco indicado pelo outro, abrindo um pequeno sorriso. Ao entrar no veículo, o moreno logo tomou direção, seguindo ao caminho conhecido, não muito longe dali. 
- Como está sendo o curso?
O loiro colocou o cinto de segurança e suspirou, sorrindo a ele.
- Muito divertido!
- Já aprendeu alguma coisa? 
O mair indagou e se voltou a ele ao perguntar, voltando depressa à direção em seguida.
- Já sim, algumas receitas simples, bolo, pudim, docinhos.
- Está fazendo pro bebê? - Sorriu, por falta do riso na pergunta.
Izumi riu baixinho e assentiu.
- Ele sempre pede. Tem bolo em casa... Se quiser entrar, eu faço um café.
- Hum, vou experimentar seu café.
- Espero que goste, eu não sou nenhum barista... - Sorriu.
- Eu posso lidar com um café filtrado.
- Espero que goste mesmo assim. 
Após alguns minutos, Tsubaki estacionou em frente a casa já conhecida algum tempo atrás.
- Bem, chegamos.
- Hai
Izumi sorriu a ele, e havia feito uma pequena reforma na cama, esperava que ele percebesse, as paredes foram pintadas, havia colocado cortinas, não era nada luxuosa, mas era aconchegante. Saiu do carro e logo seguiu com ele para a porta da frente, destrancando com a chave.
Ao deixar o veículo, Tsubaki seguiu com ele até a entrada da casa. Esperou abrir a porta enquanto alarmava o automóvel que tilintou duas vezes a confirmar a trava de segurança. A essa altura, já havia aberto a porta e com ele adentrou sua residência, tinha um cheiro diferente no ambiente, quase o cheiro dele. Izumi sorriu a ele quando enfim dentro de casa e indicou o sofá da sala.
- Sente, por favor, eu vou fazer o café.
- Hum, está decorando aos poucos. Fico feliz de imaginar que parte disso tem sido com a minha ajuda. 
Disse o maior e se sentou onde por ele era indicado.
- Quase tudo foi com a sua ajuda. 
Izumi falou e sorriu, seguindo para a cozinha a colocar a água para aquecer e fazer o café.
- Você trabalhou por isso. 
Disse o moreno e por fim seguira com ele até a cozinha, encostando-se à pia, fitando-o enquanto preparava o necessário para o café.
- Mas se estivesse na fábrica, não teria dinheiro nem cara comer o restante do mês. - Deixou a água esquentando e virou-se a observá-lo. - Eh?
- Não muda o fato de que não foi de graça. Tem gostado daqui? 
Tsubaki indagou e deu um sorriso canteiro diante da surpresa dele por estar no cômodo.
- Hai... É muito confortável. 
Izumi murmurou e sorriu a ele, encostando-se na pia igualmente.
- Ficou bem localizado, foi uma boa escolha. 
Disse o moreno ao fita-lo por ali, e ouvia a água aquecer embora suas borbulhas ainda não houvessem iniciado, mas podia sentir o cheiro de pó de café, servido no filtro do coador. Quase não sabia o que falar com ele, embora o rapaz parecesse sempre interessado em manter alguma conversa consigo, ainda que ele mesmo não soubesse muito bem o que dizer, seu filho era maior responsável por tornar a interação fluída. 
- Hai... Ah... 
O loiro murmurou e observou-o ao lado de si, e não tinha ideia de como começar uma conversa, ou alguma coisa mais, só sabia que queria se aproximar dele de alguma forma, quem sabe beijá-lo novamente, o filho não estava, podiam...
- Então... Como a loja está indo? Teve... Teve alguma reclamação de mim?
- Está indo bem. Não tenho reclamações de nenhum funcionário ou qualquer coisa na cafeteria. Infeliz ou felizmente o único problema ocorrido foi o de hoje. Aliás, preciso ligar para o Jin'ichi e ver o que resolveu por lá.
- Ah hai, sobre o assalto... Ele parecia bem calmo, eu quase tive um ataque cardíaco. - Riu baixinho.
- O Jin é bem tranquilo, provavelmente ficou mais ainda pra não te deixar com medo. É um bom rapaz.
- Gosto dele.
- Eu também. 
Tsubaki disse e deu-lhe um breve afago nos cabelos, indicado a ele a água que já iniciara fervura. O menor assentiu e desviou o olhar ao café, embora quisesse mais daquele afago nos cabelos, e passou a água pelo filtro junto do pó.
- Quero um pouco de água antes disso. 
O maior disse a ele, dando-se liberdade de pegar um dos copos e preenchê-lo com a água que tomou, limpando o paladar antes do café, embora parcialmente.
- Claro, fique a vontade. - Izumi sorriu e serviu o café numa das xícaras, deixando os pequenos cubos de açúcar em frente a ele. - Eu não queria comprar cubos, mas o Hasui gosta deles...
Tsubaki riu, imaginando o pequenino com o pedido no mercado. 
- Toda criança quer cubos de açúcar.
O menor riu igualmente e assentiu, observando-o de perto e notou os cabelos arrumados dele, seus lábios corados, seus olhos bonitos, não podia se conter toda vez que o via.
- Eu... 
Murmurou, conforme se aproximava dele e os lábios tocaram os do outro, suavemente, num selo sutil, quase infantil.
Tsubaki sorriu e retribuiu seu olhar, ele parecia curioso, embora estivesse analítico, consequentemente o fitou com o mesmo ar de curiosidade. Ouviu se pronunciar, porém interromper sem uma continuação , logo pôde sentir seu selo sutil, quieto, delicado, como o de uma criança talvez. 
Izumi suspirou e não havia nenhuma reação dele, só permanecia pressionando os lábios aos do outro por alguns segundos, naquela troca sutil de um toque estranho, mas não menos prazeroso, logo, empurrou a língua para os lábios dele, numa tentativa de buscar por um beijo retribuído.
O moreno levou as mãos até seus ombros, segurando ao perceber o morno e úmido toque de sua língua. Teve dúvidas sobre aquilo, mas o deixou no entanto, abriu a boca e penetrou a sua da mesma forma. Desviando no entanto a mão que antes em seu ombro, até o pescoço, sentindo seus cabelos medianos e louros.
Izumi sentiu um suave arrepio pelo corpo, vontade de tocá-lo, de se sentir mais perto dele e deslizou ambas as mãos por suas costas, acariciando-o suavemente com a ponta dos dedos enquanto seguia com o beijo, roçando o corpo mesmo suavemente ao do maior.
Tsubaki sentiu seus dedos pelas costas, com a ponta delicada. A medida que os lábios continuavam com o ritmo, penetrando sua boca, retribuindo a seu beijo, percebia-o cada vez mais próximo, de modo que sentia seu corpo unir ao próprio e consequentemente sentir suas formas físicas mais firmes com certeza, do que as de uma mulher, o peito plano, o abdômen também, o contrário do que estava mais embaixo, tinha um certo volume, mas estava macio.
O menor suspirou, e estava tão perto dele, sentia o coração bater mais forte e tinha vontade dele, o queria e já fazia um tempo, já fazia muito tempo que queria uma oportunidade como aquela, sem o filho por perto, sem ninguém por perto, onde pudesse tê-lo somente para si, e aquela era a hora. Num movimento suave, empurrou o quadril contra o dele, deixando-o sentir a si, o próprio sexo contra o dele, e esperou não ser empurrado ou algo do tipo.
Tsubaki sentiu uma investida a mais vinda do garoto, era de fato objetivo, embora fosse de sua forma sutil. Imaginava que para ele, provavelmente não eram necessários rodeios, era abertamente gay e tinha um filho, portanto, querer sexo não exigia delongas. Mas não era habituado com aquilo, menos ainda ao sentir seu volume contra a própria coxa, já não tão macio quanto antes. "Opa" pensou, por um momento estava perdido. Mas não demorava a saber como agir, e não era na base do raciocínio, mas do impulso. Deu no entanto uma afastada, em reflexo, mas também não apartou seu beijo e deslizou da nuca por suas costas, segurou seus quadris e deu-lhe uma leve apalpada na nádega.
Izumi uniu as sobrancelhas ao senti-lo se afastar e claro, que se sentia daquele modo devido ao fato de que não queria ser recusado, mas ele não pareceu fazê-lo, afinal, continuou o beijo. Encostou-se no balcão e puxou-o para si, encostando o corpo dele ao próprio, mais alto do que a si, e saber que ele podia segurar a si e colocar sobre aquele balcão parecia excitante, mas nada disse, não deveria.
O maior revirou-se junto ao louro e fez-se defronte a seu corpo agora acomodado onde antes se encostava. Acabara desviando a mão de volta para sua cintura, não sem antes no entanto, dar-lhe mais uma apalpada, mas era sutil, apenas um toque mais firme. Mas ao subir, sentiu uma curva tênue, não tão acentuada, onde o pegou com a mesma firmeza. Àquela altura já havia intensificado o beijo, acelerado o ritmo e se excitado também.
Um arrepio percorreu o corpo, Izumi sentia aqueles toques dele na nádega e só conseguia imaginar seguindo adiante com aquilo, queria sentir os toques dele, senti-lo sobre o próprio corpo, em meio as pernas, queria ele inteiro para si. Empurrou o quadril novamente contra o dele, e sentia o sabor de seus lábios a medida que o beijo se agilizava, e era prazeroso, tanto que sentia o ar faltar algumas vezes.
Tsubaki sentiu contra o ventre a nova investida de seus quadris, dessa forma, o pressionar de seu membro mais evidente contra a perna, e consequentemente o fez sentir da resposta do corpo em seu abdômen, pouco acima de sua própria ereção.
Izumi assustou-se ao sentir a resposta do seu corpo, e de fato, não esperava, mas a surpresa fora boa, até demais. Deslizou ambas as mãos pelo corpo dele e abriu dois dos primeiros botões, descendo a dar continuidade e quando deu por si, já havia aberto sua camisa e deslizava as mãos pelo tórax dele, acariciando-o, fora então que acordou dos próprios pensamentos junto a luz da sala que atingiu a face certeira e forte, e a adentrar a cozinha, viu o pequeno ali parado.
- O que vocês estão fazendo...?
Tsubaki estava absorto, de modo que não negaria um pouco de prazer, embora fosse com o rapaz, funcionário. Não deu atenção ao fato de que a roupa era aberta, mas sentiu o toque delicado de seus dedos, embora fossem um pouco ásperos, provavelmente pelo serviço que costumava ter na fábrica. Percebia até um certo interesse de seu corpo bastante próximo ao sexo, consequentemente apertado entre ambos. No entanto, o estalar do interruptor denunciou a luz acesa assim como a claridade no rosto do rapaz, foi assim que interrompeu. 
- ... Estávamos fazendo carinho.
Izumi uniu as sobrancelhas ao observar o pequeno ali e puxou a camisa dele, rapidamente, cobrindo o tórax do outro e sentiu a face se corar, quase automaticamente, e claro, o volume da calça havia sumido aos poucos devido ao susto.
- H-Hasui... O que faz aqui? Não ia dormir na casa do...
- O tio Kyu me trouxe de volta porque eu estava com saudade... Não posso ficar?
Tsubaki levou as mãos até a camisa e voltou a fechar os botões ainda recostado por lá, observando ao louro e mesmo seu pequeno eu em miniatura. Sorriu ao ouvir o pequenino e seguiu quando finalmente com a roupa bem fechada. 
- Claro que pode, eu vim pra ver você.
O loiro desviou o olhar ao maior e agradeceu por ele ter desviado o assunto, mas queria mesmo era ter continuado os toques, por isso suspirou e permaneceu um momento ali parado, amaldiçoando a situação.
- Não... Não, querido.
- Você estava namorando a mamãe?
- Estava fazendo carinho, sua mamãe estava triste com saudade de você também.
- Ah... Eu vou ter um irmãozinho?
- Eh? Iie...
- Não, não. Não estávamos fazendo essas coisas.
- Ta bom então. 
- Como... Como foi na casa do seu amiguinho?
- Foi legal, jogamos vídeo game, brincamos com os bonecos.
Tsubaki sorriu ao ouvi-lo desviar e podia perceber o desapontamento do rapaz, o que parecia engraçado de certo modo. 
- Não sentiu saudade de mim, hum? - Brincou com o menorzinho e puxou-o para o colo.
- Claro que senti! - Hasui abraçou-o a repousar a face em seu ombro. - Você vai dormir aqui?!
- Não, vim só trazer sua mamãe e te ver rapidinho.
-Não... Fica sim pra gente fazer festa do pijama!
- Hoje não posso, outro dia. - Sorriu.
- Mas... A mamãe tem cama extra, também pode dormir com ele.
- Hasu, se ele diz que não pode, outro dia marcamos...
- Não posso, passarinho. Podemos fazer outro dia.
- Hai... Ta bom... Pode me colocar na cama e contar uma historinha?
- Hum, não sei nenhuma história, baixinho.
- Mas eu tenho livrinho...
- H-Hasu... Suba e escove os dentinhos, mamãe já vai com o Tsubaki lá te dar boa noite.
- Tudo bem, então eu leio seu livrinho. - Disse o maior e acariciou sua bochecha fofa e quente. 
O pequeno sorriu e assentiu, descendo do colo e subiu as escadas rapidamente.
- Devagar... - Izumi sorriu. - ... Desculpe...
Tsubaki colocou o pequenino no chão e até deu-lhe um tapinha na bunda, sem força, induzindo-o a seguir seu caminho. Ao se levantar fitou de volta a seu pai. 
- Desculpar o que?
- Por... Por tentar...
Izumi murmurou e já sentia a face se corar, era estranho falar sobre aquilo com ele, mas precisava.
- Tudo bem. - Disse o maior, dispensando a continuidade. - Hum, acho que o café está frio.
- Vou fazer outro. 
Izumi murmurou e sentiu-se derrotado, de fato estava. Voltou-se para a pia novamente e iniciou o preparo de um novo café.
- Não, Izumi, tudo bem... - Tsubaki sorriu. - Vou dar boa noite ao Hasui e já estou indo, tudo bem?

- Claro... Sem problemas. 

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