Yasuhiro e Yoruichi #16 (+18)


Os olhos amarelos de Yoruichi brilhavam na luz, era dia, não costumava sair de dia, mas estava nublado, na verdade, chovia, a luz solar por trás das nuvens fazia doer os olhos, por isso, piscava algumas vezes, mas lidaria com isso para poder ter um pouco de luz e não viver apenas na escuridão. Havia bebido sangue, todas as feridas do corpo haviam se fechado e mesmo o cansado e dor do corpo pela noite tardia de nupcias com ele, havia sumido. Em pé, em meio as árvores sentia as pequenas gotículas de água que caíam sobre a pele, molhando o kimono de tecido fino que se colava a pele e deslizou os dedos pelos fios de cabelo, pesados, e iria tomar banho no rio próximo dali, porém cessou a medida em que sentiu a chuva, com um pequeno sorrisinho nos lábios, fora bem a calhar, gostava daquele clima. Deslizou uma das mãos pela abertura do kimono, afrouxando o obi e tocou o próprio tórax, um dos mamilos, suavemente com um dos dedos, lembrando-se do toque dele de algumas noites atrás, dos braços frios, mas com um abraço que parecia quente, do corpo dele junto ao próprio, e droga gostava dele, o queria e de alguma forma não contava nem para si, o amava em segredo, sozinho.
Yasuhiro deixou um sorriso com os dentes a mostra a medida em que o avistava já alguns poucos metros próximo e subia a pequena passarela pelo caminho até a residência, caminho esse numa leve ladeira de pedras, acompanhada pela grama ao redor, que embora num verde vívido, tornava-se fria como o dia cinza, e assim como ele, gostava. Podia vê-lo junto a uma dentre inúmeras árvores por toda a extensão do grande pátio da casa, um jardim longo e embelezado por folhas que gostava e flores que ele gostava. Tirou o braço descansado dentro do quimono, enquanto o outro pendia ao lado do corpo segurando a longa piteira de cor tabaco e metal dourado. Diferentemente da roupa que trajava, um quimono branco, levemente champanhe, tal como o obi um pouco mais forte, combinava com os cabelos longos presos desajeitosamente pela metade do longo rabo de cavalo. 
- Saiu para ver seu oposto? 
Indagou a ele, pegando-o talvez em seu momento de reflexão, em seu momento pessoal, já que parecia ter a mão a ceder para ele um carinho a si mesmo, o que não provocou, em primeiro momento claro, mas usaria um pouco depois, afinal a sensação que tinha vinha dele, e era algo saudade e vontade, não tão intenso como antes, mas tinha alguma excitação ali. 
- Venho da feira, mas você dormia, não quis acorda-lo.
O menor ouviu a voz já conhecida, e também ouvira seus passos, sentia seu cheiro, entre aquele cheiro de terra que a chuva trazia, grama, água. Virou-se, devagar conforme conseguira observá-lo de frente e deu a ele um pequeno sorriso de canto.
- Tudo bem. A essa hora do dia, sair para ir a feira com esses olhos é meio perigoso. Não quero nenhuma espada no seu pescoço, querido. - Sorriu novamente.
O riso soou num sopro nasal, não audível a ele, porém o sorriso do maior se podia notar e negativou com a cabeça. 
- Não é como se uma espada me fosse muito ameaçadora. 
Disse e fitou-o em seu corpo cada vez mais tocado pela gotas gentis da chuva serena, o que faria uma boa tarde de descanso ou um bom encontro num quarto. E não tinha resguarda em fita-lo, nem mesmo por medir toda sua estrutura sem pudor. 
Yoruichi sorriu a observá-lo, notando seu olhar sobre o próprio corpo, e até gostava do modo como ele desejava a si, talvez por isso o negava tanto, o fazia desejar mais e mais até que não mais aguentasse e sabia que ele iria querer ficar consigo após aquela noite, agora que não havia mais um impasse, mas o próprio gênio era o impasse. A boca torceu um suave sorriso a ele, sínico.
- Não fique muito perto dos humanos e esqueça seu esposo. Posso me perder entre as árvores, sabe, e não há nenhuma cerca por aqui.
- Uh, nenhuma que você tenha visto. Temos um terreno vasto, mas ainda precisa de algo para conter possíveis invasões em nossas terras, ou acha que ficaria a mercê de quem quisesse pisar por aqui? 
Yasuhiro indagou e a mais um trago, apagou a piteira, guardando-a no espaço propício para ela dentro do quimono, por dentro. O moreno sorriu meio de canto, sentindo o quimono deslizar pelo ombro a descobri-lo e segurou-o com uma das mãos, puxando-o a cobrir novamente o local, como se fizesse alguma diferença.
- Estou indo até o rio tomar um banho, volto logo para casa.
- Gosta dos rios, hum? Mais do que nossa casa de banho. Irei com você, não posso deixar meu parceiro por aí, vai que alguém o espia em seu banho.
- Eu só tomo banho em água fria. - Yoruichi murmurou a observá-lo num sorrisinho. - Oh sim, vai que algum vampiro pervertido me espreita na água, ah espere, somos a única família de vampiros dessa área.
- Oh, eu sou esse vampiro. - Disse Yasuhiro, sabido do que se referia ele e sorriu-lhe com os dentes à mostra. - Trouxe algumas frutas. - Disse, erguendo levemente a sacola, mostrando a ele. - Podemos fazer alguma sobremesa com elas.
- Hum... Hai. - Yoruichi sorriu meio de canto e afastou-se da árvore. - Vou pro banho, volto logo e ajudo.
- Deixe eu colocar as frutas e nós podemos ir até a termal.
- Mas é muito quente... A chuva está fresquinha...
- Mas a terma fica bem escondida, tem um bom ambiente e podemos ter algum tempo de casados, hum? 
Yasuhiro disse e sorriu a ele, sugerindo e caminhou até si. O menor observou-o por alguns segundos, engolindo em seco e sentiu um sutil frio na espinha conforme o viu caminhar até si, e era estranho, porque tinha um certo receio de estar perto dele, e não sabia o porque.
- E você quer ter algum tempo de casado comigo...?
- Não, quero ter sozinho. É claro, não somos casados? 
O loiro retrucou, sem entender o questionamento, mas podia sentir sua estranha sensação que como recente, não podia sentir com exatidão o que se tratava.
- H-Hai... 
Yoruichi murmurou, e quase podia sentir a mão dele sobre o próprio pulso, apertando a si contra a árvore como havia feito naquele dia, de certo modo, saber que ele era mais forte do que si assustava, já que era vampiro e não estava acostumado com aquele fato.
- Quer ter um filho comigo? 
Perguntou a ele, e a pergunta na verdade escapou da garganta, ponderava sozinho, e preferia ter mantido somente para si.
- Eh? 
Yasuhiro indagou, embora houvesse entendido a pergunta, havia sido tão repentina que não tivera tempo de dizer outra coisa. 
- Nada... - Yoruichi falou, visto que havia falado demais com a pergunta e engoliu em seco mais uma vez. - V-Vou esperá-lo aqui.
- Se quer fazer um bebê nós podemos praticar, Yorucchi.
O moreno desviou o olhar a ele, arregalando os olhos e negativou.
- Não... Eu só... Só perguntei.
- Eu vou guardar as frutas e venho pra colocar o bebê em prática. 
O loiro disse e era evidente o fato de que estava animado com a ideia, ainda que fosse um sutil sorriso e o caminho pisado até em casa, deixou as frutas na pequena mesa da sala, logo no hall de entrada e voltou a busca-lo visualmente, a fim de seguir o caminho até a fonte, alguns metros dali. 
- E-Eu não... 
O moreno falou a ele, estreitando os olhos conforme o viu se virar e seguir até em casa, poderia, mas não queria estragar o ânimo dele, parecia que ele havia gostado de se deitar consigo.
- Hum, vamos logo antes que a chuva engrosse...
- Se chover nós vamos tomar chuva e depois vamos nos aquecer na fonte. 
Disse o maior após reencontra-lo e tocar seu quimono já respingado pela chuva não muito densa. 
- Hum, suponho então que só a fonte vá me esquentar essa noite. 
Yoruichi disse a ele, com um pequeno sorriso nos lábios e arrepiou-se ao senti-lo tocar a si, mesmo minimamente, e era estranho sentir aquilo, como se precisasse dele, daquele contato, talvez aquilo fosse considerado o que chamavam de período fértil de um vampiro.
- E o que faz com que suponha algo como isso? 
O maior retrucou-o num sorriso tal qual o dele, sutil, porém mais evidente.
- Só citou a fonte. 
O moreno sorriu e caminhou, erguendo a face para deixar a água da chuva molhar os cabelos.
- Bom, quando digo que faremos um bebê não preciso especificar que vamos transar. E se digo que faremos sexo, não preciso necessariamente especificar que vou colocar meu corpo dentro do seu, são coisas subentendidas. Yoruichi desviou o olhar a ele e uniu as sobrancelhas.
- Ora, n-não seja um pervertido.
- Você quem questionou. 
Disse o maior a fita-lo de soslaio e sorriu-lhe com os dentes à mostra. Logo, desceu pela passarela de pedras um pouco escorregadias pela umidade local, e ao descer, estendeu a mão a ele e segurou a sua a fim de lhe ceder ajuda pelo caminho. Yoruichi estendeu a mão a ele, aceitando a ajuda para descer e quando por fim chegou com ele na caverna, observou o local bonito e parecia aconchegante.
- É um lugar ótimo, hum? Temos bons pais. 
Disse o loiro, imaginando a seleção bem feita dos pais pelo local e somente lá o libertou do toque da mão, deixando perambular pelo espaço privado aconchegante.
- Hai... 
Yoruichi murmurou, observando o local e logo desviou o olhar a ele. Segurou o obi que usava, abrindo-o e soltou o kimono, deixando-o seguir de encontro ao chão assim como o kimono que deslizou pelas costas e observou-o, notando o kimono dele denotando seu corpo nos lugares certos e droga, estava pensando nele daquele modo, sabia disso, sexual. Cessou o olhar em seu braço, forte e de certo modo, gostava dele.
- ... Sabe me dizer o quão mais forte do que eu você é?
Yasuhiro fitou-o por seu caminho explorador, conhecendo os cantos da pequena cavidade termal até que despisse seu corpo conhecido, sem reservas, sem timidez e como ele, sem pudor, o fitou, encarando sua nudez o qual logo parcialmente imersa, com os pés na água não muito funda, provavelmente já sentia o calor dela. 
- Bem, tenho dois anos a mais que você. 
Retrucou, não entendendo a questão e nem se importou, tinha coisas melhores para pensar ou ver.
- Hum. Saber que é mais forte do que eu me excita. 
Yoruichi murmurou, embora tenha sido em bom tom para a boa audição dele e sem delongas adentrou a água, unindo as sobrancelhas com a temperatura quente demais para a própria pele, mas se acostumaria, e agora, somente o tórax estava a mostra.
- Ah, é? Por que te excita? 
O loiro indagou, fitando-o em sua caminhada cautelosa e quando finalmente cobriu suas partes, achou melhor se despir da mesma forma e não ter delongas para se juntar a ele no banho. Despiu-se, tirando o obi em torno da cintura e feito isso, não precisou tirar muito para estar logo desnudo. O moreno sorriu a ele, meio de canto e o observou retirar as roupas, mas ao contrário dele, não o observou tão descaradamente, apenas de modo sutil, desviando o olhar logo em seguida.
Embora sutil, o loiro notava suas íris a passearem de um lado ao outro, hora fitando a si, hora desviando-se para algum ponto qualquer. Após tirar a roupa, seguiu para a água, imergindo-se a sentir o toque quente e bem se acomodou a seu lado, a ponto de encostar em sua pele. 
- Oi.
O moreno desviou o olhar a ele conforme adentrou a água consigo e observou o corpo dele, tão próximo, seu rosto tão bonito e suspirou, de modo sutil.
- Oi.
- Tudo bem? 
Yasuhiro retrucou e tocou sua coxa sob a água, não era visto mas bem, obviamente sentido. O menor assentiu a ele, porém teve um leve sobressalto ao sentir o toque na coxa, afastando-se suavemente em resposta, mas não porque realmente quisesse se afastar.
- Ora ora... - Disse e se aproximou novamente no entanto.
Yoruichi soltou a respiração, que não havia notado ter prendido e observou-o em sua aproximação, encolhendo-se suavemente na água e não sabia porque tinha aquela reação perto dele, aquele receio. Era como se o coração ficasse apertado no peito, uma ansiedade que não pertencia a si de tão grande.
- Quem vê pensa que é humano. 
Disse o maior, percebidas suas leves reações, humanas demais para um vampiro nascido. Voltou tocar sua coxa, apalpou de leve e subiu com sutileza, claro que não o tocaria onde pensava que ia, mas brincava com ele.
- Me sinto como um perto de você. Alguma coisa em você... Me faz parecer uma presa fácil. 
O menor murmurou, sentindo o toque suave da mão do outro e todo o corpo já havia se arrepiado com a mínima menção de seu toque.
- Acho que isso é um tipo de fantasia sexual, afinal, nunca fiz algo que pudesse causar isso em você, mas, aparentemente tem se sentido cada vez mais assim. Gosta de ser presa, hum? Quer que eu cace você?
- Comecei a me sentir assim logo depois que me segurou pelo braço quando eu bati em você. Nunca havia me sentido inferior a ninguém até então, depois disso... Foi como se tudo em mim estivesse confuso.
- Mas parece gostar de pensar assim.
- É... Eu me senti assim naquele dia, uma presa, e agora quando eu olho pra você, suas formas, seu toque firme me faz pensar que eu... Bem, eu adoro ser uma presa.
Yasuhiro sorriu, um pouco canteiro. Achava graça, achava-o estranho em desejar ser pego, talvez fossem bem diferentes, embora fosse "acessível" não se deixaria sentir inferior de modo que pudesse ser a presa de alguém, nem mesmo dele como próprio companheiro.
- Vamos fazer um filho agora, hum?
Uma das mãos, o moreno ergueu a guiar sobre o tórax do maior, deslizando a sentir sua pele fria em contato com a água quente, e droga, ele era tão bonito, não conseguia dizer não a ele, ainda mais agora que havia entendido o que sentia por ele, e não era um medo ruim como achava ser, era um medo bom, que arrepiava a si quando ele estava por perto.
- Hum...Depende, vai me caçar? 
O menor murmurou, indicando o que ele havia perguntado antes.
- Como poderia? 
Yasuhiro retrucou e segurou sua mão, deslizada pelo peito e ao segura-lo, sustentou no mesmo lugar e fitou na proximidade que tinham. O moreno sorriu meio de canto e aproximou a face dele, beijando-o em seu queixo uma, duas vezes e seguiu até a orelha, onde somente respirou próximo, deixando-o na expectativa de ouvir a própria voz. Segurou a mão dele, que antes estava sobre a própria e guiou-a ao próprio pescoço e pressionou sutilmente.
- Eu já fugi muito de você... Algumas semanas. Agora que me pegou, me torture, e me coma. 
Murmurou a ele e sorriu novamente, deslizando a mão pela dele, roçando as unhas e segurou-o no pulso.
Yasuhiro sentiu os beijos que embora para ele fossem sutis ou até provocantes, levava mais como algo ingênuo, eram simples beijos afinal. A proximidade da orelha no entanto fora o problema, sentindo o desconforto de um arrepio com o sopro próximo, descobria uma aflição, mas sorriu, enquanto já passeava com os dedos em seu pescoço, apertado por seu bel-prazer, não entendeu bem o motivo, que tipo de fetiche era aquele, talvez um dia o descobrisse, quando fosse um homem experiente. 
- Eu posso levar o comer da forma contrária ao que você gostaria. Ou talvez leve a sério demais. 
Tornou dizer e avançou num movimento hábil, agressivo, ameaçou mordê-lo visto que num passe rápido se fez sobre seu corpo, com os joelhos às laterais de suas pernas e a face próxima o bastante de seu rosto, seu pescoço, mas no fim, o riso soou divertido.
Yoruichi uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e moveu o corpo para trás conforme o viu avançar sobre si, num movimento quase ágil demais, fugindo dos dentes dele como um peixinho assustado pela água e por fim só conseguiu relaxar os músculos tensos quando o ouviu rir, e o impulso que tinha era socá-lo pela brincadeira idiota, mas o provocara, e sabia que embora quisesse algo, nem si mesmo sabia bem o que era, ele muito menos saberia.
- ... Não me morda...
- Você me disse para comê-lo. Como você quer que eu coma você? Por cima ou por baixo?
Retrucou o maior, ainda perto o suficiente e mesmo roçou a face contra a sua, bochecha à bochecha. Yoruichi estreitou os olhos a ele, porém aproximou-se sutilmente e roçou a face a do outro, selando-lhe os lábios num toque sutil e murmurou ainda colado aos dele.
- Por baixo.
Yasuhiro sentiu o roçar continuado, o que soou de uma forma surpreendentemente agradável. Sentiu-se confortável com o sinal de delicadeza num simples toque de bochechas retribuído. E virou-se, tocando seus lábios, retribuindo o selar e com sua resposta, logo penetrou sua boca enquanto com a cabeça, assentira ao que dizia.
Conforme o sentiu penetrar a boca com a língua, toda a estranha sensação que percorria o corpo de Yoruichi se tornara mais intensa, era um arrepio, um formigamento no baixo ventre, tudo ao mesmo tempo. Sentia medo, sentia excitação, sentia tudo misturado por ele, até mesmo o tom da voz dele tinha um efeito em si, de arrepiar a pele. Sabia o que havia dito, mesmo assim, gostava de tê-lo sobre o corpo, e por um momento, queria ter sentido melhor a pele dele junto a própria, não tão impossibilitada pela água e deu espaço a ele entre as próprias pernas, num convite.
O maior sentiu o leve espaço que tomou entre suas pernas, e com generosidade dele, mais se aconchegou entre suas coxas. Ao tocar-lhe as pernas e deslizar aos quadris, levou-as em torno da cintura conforme se pôs no meio delas e com o peitoral pôde sentir o dele, puxando-o num enlace tão bem encaixado que duvidava como poderiam ter tanta proximidade. Era quase como o encaixe dos lábios aos seus, que visualmente talvez não parecessem se completar em forma, mas se encaixavam no beijo que lhe deu. E bem, sem experiência, não pensava sobre o possível atrito que teria em sua pele, em sua intimidade desprovida de lubrificação, ainda assim, os dedos gentilmente tomaram espaço no meio de suas nádegas. 
Em meio ao beijo, o menor nem havia percebido quando ele havia se encaixado tão bem junto ao próprio corpo, só havia sentido o quão gostoso aquela junção de peles havia ficado. Era muito bom ter o corpo dele tão junto ao próprio, dava uma sensação boa, um arrepio pelo corpo, pela espinha, e naquele momento não sabia dizer o quanto o queria, era quase um pecado. Teve um leve sobressalto ao sentir os dedos dele naquele local tão íntimo, que antes não o deixava nem ver, quem diria sentir como fazia agora. O gemido suave deixou os lábios, junto aos dele, e esperou que dessa vez fosse ser mais prazeroso do que na primeira vez em que estivera com ele, visto que agora já não era mais um virgem, mas também não tinha conhecimento algum sobre o que a água podia fazer com o próprio corpo.
Com a ponta do dedo, o loiro delineou a entrada dele, circulando a sentir cada leve relevo, leve textura e se empurrou para aprofundar-se em seu corpo fechado, não mais virgem, mas não espaçado e teve dificuldade de entrar, sentindo seu corpo sem qualquer facilitador. O gemido deixou os lábios do moreno ao senti-lo se empurrar para si e inclinou o pescoço para trás, fechando os olhos por poucos segundos antes de desviar o olhar a ele novamente.
- Você quer entrar aí com outra coisa...?
- É claro. - Sussurrou. - Preciso dele pra fazer um bebê, não é? 
Disse o maior, mas claro que não era sobre fazer filhos, o que estavam prestes a fazê-lo por lá. Yoruichi sorriu meio de canto.
- Desculpe, é o melhor que eu sei dizer pra te excitar. 
Murmurou, desviando o olhar a ele e uniu as sobrancelhas, deslizando uma das mãos pelo ombro do outro, apertando-o ali.
- Você não precisa dizer nada pra eu estar excitado. 
O maior disse e com a mão livre, sem tocar no meio de suas nádegas, sem adentrar a seu âmago, tomou sua mão e levou ao sexo, fez com que tocasse o membro viril, já bem disposto para tê-lo, para fazer o que se propôs antes de chegar ali.
O moreno guiou a mão sobre o membro dele como indicado a si e apalpou-o no local, meio desajeitado e abriu um pequeno sorriso, desviando o olhar a ele.
- O que te deixa assim...?
- Ver você me deixa assim. 
Yasuhiro disse, realista sobre a resposta, de fato, a ereção se iniciava em expectativa e uma pitada de imaginação, porém vê-lo desnudo, completava a reação. O moreno uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e com a mão que o segurava, apertou-o suavemente entre os dedos, com a mão livre, tocou-o em seu rosto e deslizou aos cabelos loiros.
- Eu sou o único que te deixa assim?
- Hum... 
O loiro disse, fingindo-se pensativo, para provoca-lo, mas sabia que não podia fazê-lo demais e tocou seus macios lábios já sem tinta labial. 
- E você tem dúv... - Disse e somente então ponderou que a pergunta teria uma resposta que não precisava. - Só você.
Yoruichi estreitou os olhos a ele ao ouvi-lo, e de fato, ele sabia como irritar a si, aquele maldito. Apertou-o firmemente no sexo, que tinha entre os dedos e observou os olhos dele com os próprios, afiados.
- Pensou demais.
- Ai ai... - O loiro resmungou e torceu os lábios, deu-lhe um risinho. - Sabe que estou provocando você.
- Acho bom, ou eu arranco isso aqui numa puxada só. 
Yoruichi murmurou, referindo-se ao sexo que tinha em mãos e mordeu o lábio inferior. Guiou-o entre as próprias pernas visto que perto demais, roçando-o no local onde seus dedos tocavam, a própria entrada, porém, não o deixava entrar, apenas roçar no local, sentindo a região, e queria provocá-lo a ponto de fazê-lo perder a paciência.
- Ah... - Gemeu, prazeroso com o toque.
O loiro voltou o olhar para baixo, tentando ver sob a água, com pouco sucesso, podia vê-lo, mas no tênue vapor pairando sobre a água. Ainda assim, sentia-se em seu corpo, delineando-o com a ereção, friccionado por ele mesmo e moveu os quadris, fingindo o mesmo ritmo de penetra-lo, sem realmente entrar em seu corpo, e talvez, não fossem ter um sucesso tão rápido, visto que em sua cabeça, pretendia provocar a si, e para si mesmo, poderia fazer a ele o mesmo, provoca-lo. 
Yoruichi sorriu a ele meio de canto, aproximando-se a beijá-lo em seu pescoço, e podia senti-lo pulsar em meio aos dedos, ou ao menos achava que podia. Apertou-o suavemente, sabia que se o provocasse um pouco, ele cederia, era homem, novo, e como a si, deixara de ser virgem há pouco tempo. Selou os lábios dele, num suave roçar de rostos e desviou o olhar a ele.
- Gosta desse prazer psicológico?
- Gosto de diversas formas de prazer, afinal, qual prazer não é bom, hum? 
O maior retrucou e sorriu a ele, com os dentes à mostra. E de fato, fazia-se pulsar entre seus dedos, apertado pelos dígitos provocativos dele, em reflexo dos espasmos propositais que fazia com aquela parte, deveras, excitado, mas sabia que ele não estava diferente, como a si, era jovem e sensível, e se fosse ser provocado, faria o mesmo, nem que lhe causasse uma ejaculação precoce. Tocou seu peito, acariciando levemente com o resvalo dos dedos um de seus mamilos.
O moreno suspirou ao sentir o toque sobre o mamilo e uniu as sobrancelhas, não havia recebido nenhum toque diretamente no membro, mas todos aqueles toques já seriam suficientes para fazer a si pulsar, assim como ele, na ereção que tinha. Uma das mãos deslizou pelo tórax dele, acariciando-o, sentindo a pele fria do outro e deslizou para cima, tocando seus cabelos macios, bonitos enquanto a outra mão, lhe dava uma sutil carícia no membro, massageando-o, vez ou outra, deixando-o se roçar contra as nádegas e aproximou-se da orelha dele, num suspiro suave, soprado e só então afastou-se, dando a ele a impressão de que havia cessado os toques que lhe dava, e fora isso mesmo que havia feito. Sorriu de canto, numa provocação e virou-se de costas, apoiando-se na beira da pequena piscina natural e ergueu o corpo, na menção de se retirar da água.
- Bem, terminei meu banho.

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