Ritsu e Etsuo #17 (+18)


Ritsu acordou algumas horas depois, quando abriu os olhos não tinha certeza do horário, afinal, as cortinas blackout tiravam qualquer noção de horário. Percebera no entanto estar sozinho na cama, o que era um pouco desconfortável, sempre se levantava primeiro por ter aula, mas aquela altura o irmão já havia acordado. Levantou-se após alguns minutos de preguiça e ao seguir até a porta, pôde ouvir alguns ruídos, era a voz da mãe e do irmão, trocavam algumas palavras, já podia imaginar o rubor do mais velho. 
- ...Mamãe. 
Etsuo falou ao pequeno, que já estava na cozinha e preparava o café e parecia distraído, talvez meio abatido assim como a si, devido ao ocorrido do dia anterior.
- Etsu...? Boa noite...
- Boa noite. Desculpe pelo... Pelo que viu.
- Tudo bem, não tem problema...
- Eu não queria traumatizar você. - Riu.
- Não traumatizou, eu só... Não esperava ver aquilo.
- Esperava que eu fosse o ativo?
- Obviamente. - Shiori deu um risinho nervoso.
- Era sobre isso mesmo que eu queria falar com você, mamãe... Eu... Ando me sentindo meio estranho ultimamente, e não quero que o Ritsu saiba, mas é como se... Eu fosse ativo querendo ser... Outra coisa. Eu sou alto, e nada delicado... Não posso competir com o garoto que estava dando em cima dele... 
O menor observou Etsuo por alguns momentos, meio curioso e apreensivo em dizer o que iria dizer, mas era preciso.
- Etsu... Mas você não precisa parecer fofo para ser o passivo... Você... Tem que se sentir assim...
- Eu sei, mas... Ninguém quer um poste sendo o passivo da relação, é estranho.
- Não é verdade.
- É sim, imagine o papai sendo uke, estando grávido... Seria ridículo.
- Você quer ter filhos com ele...?
- N-Não foi isso que eu quis dizer, eu...
- Eu entendi. Mas acho que deveria reconsiderar filho, o Ritsu não liga tanto pra isso quanto você acha que ele liga, e vocês nem tem tanta diferença de altura.
- Hai... Obrigado mamãe.
- Não fique triste. Tenho que ir trabalhar, mas eu volto logo, ta bem?
- Hai, bom trabalho.
Ritsu encostou-se na porta, quase quis abrir a fim de poder ouvi-lo melhor, mas seria notado uma vez que ambos eram mais aguçados. Pegou a conversa por partes, não ouviu tudo com clareza, mas podia perceber o desconforto do irmão. Já sabia que ele era orgulhoso, sabia de sua mania de questionar posições dentro do relacionamento, quem era "mulher" ou "homem", não percebia que aquela era a coisa mais insignificante com qual ele poderia se preocupar. Era um homem, era alguns centímetros mais alto, tinha um pouco mais de peso que si, consequentemente talvez, pensava que aquilo determinava alguma coisa, quem sabe, mais por ser uma raça diferente, mais forte, embora não fosse assim tão delicado como ele fazia parecer, era só um simples humano, mas não queria fazê-lo se sentir menos cuidado e mais cuidador por causa disso. Ao ouvir a despedida do pai, correu e se lançou para a cama, deitando-se para se aconchegar, no fim, o que mais pensava era no fato de que o irmão estava furioso no dia anterior, por se sentir inseguro sobre sua aparência, e por querer ser... Submisso, pensar naquilo causou no
peito uma estranha sensação de euforia.
Etsuo levantou-se ao fim da conversa, suspirando e tomou um pouco de água, voltaria para a cama, então o café estava fora de cogitação devido ao açúcar, e mesmo sendo vampiro, se preocupava com os dentes brancos para agradar o outro. Assim que entrou, fechou a porta e abriu um pequeno sorriso de canto.
- Sei que está acordado, loirinho, ouvi o barulho da correria aqui dentro, o que estava aprontando?
Ritsu sorriu e fitou o irmão ao torcer o pescoço, e fez o possível para parecer sonolento. 
- Fui ao banheiro, mas estava frio então precisei correr pra baixo do cobertor.
- Hum, tenho que comprar um aquecedor novo pra você.
- O do meu quarto é suficiente, mas aqui no seu é diferente. Vem. 
O menor disse e estendeu a mão ao irmão. Etsuo segurou a mão dele e logo deitou-se na cama, cobrindo-se com o edredom.
- Estou aqui.
Ritsu ajeitou-se com o moreno, dando espaço a ele em sua própria cama, abraçou-o como podia. 
- Sei que já sabe disso a essa altura mas, ontem estava um pouco de cabeça quente. Nunca vou te deixar livre.
Etsuo desviou o olhar a ele e arqueou uma das sobrancelhas, abrindo um pequeno sorrisinho de canto.
- Tudo bem.
O menor sorriu a ele do seu mesmo modo. 
- Quer dormir um pouco mais?
- Hai, seria bom. 
Etsuo murmurou, e ainda estava chateado, mas não queria falar daquilo com o irmão, por isso preferiu aceitar as desculpas.
- Ou nós podemos fazer sexo.
- Eh?
- Eu... Acordo.. Com ereção algumas vezes. Então, podemos usar.
- ... Você quer...
- Bem, acho que talvez depois. Podemos dormir.
- Não! Podemos... Podemos fazer sim...
Ritsu fitou o moreno, sem certeza sobre como responder seu aceite. No entanto, chegou mais perto, embora já estivesse o suficiente e ergueu-se pouco a fim de dobrar sobre seu corpo e selar os lábios do irmão, achando a situação estranha pelo fato de ter pedido ao invés de simplesmente fazer. 
Etsuo suspirou, e estava bem, havia se alimentado ao acordar, então não tinha dor, o corpo já havia cicatrizado. Retribuiu o selo do menor, deslizando uma das mãos pelos cabelos dele, acariciando-o em suas costas e beijou-o no rosto algumas vezes, esperando por seus movimentos.
- Precisa de camisinha, hum?
Ritsu indagou ao irmão, soando contra seus lábios e aos poucos, ia se colocando mais acima do moreno, até por fim estar entre suas pernas.
- Você quer usar? 
Etsuo murmurou e recebeu-o entre as pernas, guiando-as ao redor da cintura dele.
- É seu corpo que vai ficar sujo. - O menor disse-lhe em um ar suavemente risonho.
- Eu não ligo.
Ritsu não retrucou. Voltou a beija-lo, penetrando sua boca com a língua, deu um leve ritmo, não muito concentrado no beijo, ajeitava-se no meio de suas coxas, com a peça de roupa suficientemente abaixada, embora não estivesse prestes a penetra-lo. Etsuo suspirou, era gostoso, sentir aqueles toques dele, do corpo dele, e o próprio o respondia conforme se empurrava suavemente contra seu corpo, buscando mais do que o irmão queria dar a si.
O menor mordiscou e sorveu o lábio inferior do moreno. Com as mãos driblava sua roupa íntima, afastando-a para o lado, tirando o membro do irmão para fora, e roçou-se com a pele na dele, sentindo o corpo naquela região específica dele. Etsuo mordeu o lábio inferior, sentindo seu toque contra o próprio membro, quente, gostoso e deslizou uma das mãos por ambos, massageando o irmão e a si, e passou a masturbá-lo em conjunto consigo.
- Gostou disso, hum? 
Ritsu indagou, soando contra seus lábios. Havia feito aquilo antes, gostava. Dos lábios descera ao queixo e passou ao pescoço, onde por algum tempo se aconchegou, somente sentindo o estímulo.
-  Gostoso...
Etsuo assentiu, sentindo o arrepio percorrer a pele e desviou o olhar para baixo, notando os movimentos da própria mão.
- Kimochi, ah?
Sem interromper o toque do irmão, Ritsu seguiu a desviar de sua mão, e tocar uma região pouco mais abaixo de onde trabalhava com seu toque. Estava normalmente frio e se contraiu ao ser tocado. Teve no entanto, de voltar para cima e lamber o dedo, voltando a toca-lo, passando a penetra-lo, vagarosamente. 
Etsuo sentiu-o tocar a si naquele ponto,tão específico, prazeroso e dolorido ao mesmo tempo. Era tímido, por isso encolheu-se, tentando não olhar o irmão nos olhos enquanto o sentia entrar no corpo.
- Você é tão bonito. 
O menor disse, baixo e podia vê-lo, embora a luz fosse baixa, podia ver sua silhueta. No toque, sentia-o apertando o dígito, estreitando-o em seu corpo, embora não fosse tão apertado como na primeira vez, ainda era bastante estreito. 
- Nem me comparo a você. Você é muito mais bonito, loirinho. 
Etsuo falou e sorriu a ele, meio de canto, apertando-o entre os dedos conforme o sentia se afundar em si, e gemeu dolorido.
- Nunca. 
Ritsu retrucou o irmão e subiu de seu pescoço ao lóbulo, sugou de levinho, mordiscando-o. E passou a mover o dedo já adentro do moreno, sentindo gradativamente se afrouxar levemente em torno de si.
O maior sorriu a ele, porém o sorriso afrouxou logo em seguida conforme o sentiu se mover e uniu as sobrancelhas, dolorido a apertá-lo novamente entre os dedos.
- Acho melhor... Entrar logo.
- Ah... 
O menor gemeu dolorido ao sentir o aperto do irmão, um reflexo de seu corpo incomodado com a penetração. Não precisaria pedir muito, ao desvencilhar seu toque, logo se guiou entre suas pernas, substituindo o dígito por algo um pouco maior. Entre os dedos, delineou-o com a glande sua entrada e encaixou-se por lá, adentrando-o aos poucos.
Etsuo suspirou, e sabia o que viria, e que seria dolorido, mas era vampiro, se regeneraria logo. Perguntava-se o que aconteceria se ele entrasse enquanto tomava o sangue dele, será que seria bem mais apertado e difícil de acostumar? Talvez ele gostasse. Deslizou uma das mãos pelos cabelos do irmão, acariciando-o e puxou-o para si pelos quadris.
Ritsu sentiu seus dedos firmes e ainda gentis a puxarem os quadris e consequentemente se enterrou dentro do irmão, inevitável era o gemido. O ruído soou rouco, ofegado e podia sentir o interior úmido do irmão, e podia ser inexperiente, mas sabia que aquela umidade não era natural como a de uma mulher, era sangue, mas não se assustava por isso. Forçou suavemente dentro dele no entanto saiu e aos poucos deu início ao ritmo.
O maior uniu as sobrancelhas quando o sentiu a fundo no corpo e gemeu, dolorido, mas não o pediu para sair ou parar, sabia que logo ficaria bom, ele mesmo sempre falava isso para si. Puxou-o novamente conforme o sentiu se retirar, e já podia sentir o cheiro do sangue, mas o próprio não era atrativo.
- Você quer tudo, onii-chan
Ritsu indagou e embora soasse baixo, suave, tinha um toque provocante.
- S-Sempre quero, onii-chan... - Etsuo murmurou, mordendo o lábio inferior.
O menor sorriu, achando graça na sinceridade. Sorriso interrompido no entanto, ao se mover, e ao se lembrar do que havia escutado da conversa do irmão junto a mãe, não sabia como agir embora quisesse fazê-lo se sentir bem sobre si mesmo ou mesmo sobre sua posição sexual, como realmente queria ter. Ao apoiar as mãos nas laterais de seu corpo, ergueu-se suavemente para se separar dele e assim iniciar um ritmo mais firme com o quadril, não era rápido, também não era vagaroso.
Etsuo observou-o a se erguer, podendo ver o corpo bonito do irmão e estremeceu, era uma delícia vê-lo daquele modo, somente fazia com que o quisesse cada vez mais. Gemeu novamente, prazeroso e deslizou ambas as mãos pelas costas dele, acariciando-o e novamente o puxou pelos quadris.
O loiro pôde perceber o olhar analítico do irmão sobre o tronco que dispôs às suas vistas. Tentava imaginar o que passava em sua cabeça, afinal, não tinha o corpo bonito como o dele. Contraiu as nádegas ao penetra-lo, empurrando-se para ele com certa força, pressionando-o no fundo.
Etsuo suspirou a fechar os olhos e sentia o arrepio gostoso percorrer o corpo, ele era quente, gostava de tê-lo dentro de si. Ao senti-lo tocar aquela parte, estremeceu e o gemido mais alto deixou os lábios, unindo as sobrancelhas.
- A-Ah... Ritsu...
- Mamãe está em casa?
Ritsu indagou e soou um pouco grave, pigarreou. Moveu-se novamente ainda assim, mesmo sem esperar a resposta e buscou fazê-lo novamente gemer. 
- Iie, ele foi pro hospital, papai também... 
Etsuo murmurou e uniu a sobrancelhas, gemendo novamente.
Ritsu não respondeu, mas assentiu com mais uma investida. Não era rápido como ele poderia ser, mas tinha firmeza. Continuou o ritmo que criou e deu foco naquela parte de seu corpo que arrancava dele seu gemido e corpo contraído. 
- Ah! 
O maior gemeu mais alto, com os toques incessantes no ponto prazeroso e estremeceu, puxando-o sobre si para poder selar os lábios dele.
- Kimochi...
Uma das mãos o menor tirou do apoio na cama e levou até a coxa do moreno, subiu delineando as curvas não muito sinuosas de seu corpo, apalpou sua nádega e envolveu sua cintura. Ao se abaixar, lambeu-o no peito, delineou seu mamilo e puxou nos dentes aquela pequena parte. Queria ser capaz de demonstrar a ele, o quanto o desejava, queria que ele sentisse que gostava de seu corpo, embora não soubesse exatamente como poderia fazer aquilo. 
Etsuo desviou o olhar a ele e sorriu, gostava de vê-lo tão empenhado em dar prazer a si, achava fofo. Puxou-o para si logo após puxar o próprio mamilo e mordeu-o em seu lábio inferior, sorrindo novamente contra seus lábios.
- Aishiteru. - Murmurou.
Ao solta-lo, o menor desviou-se a seu rosto e sorriu, no entanto interrompido por seu beijo breve e seu sussurro nos lábios.
- Ore mo
Sussurrou e moveu-se mais firmemente, penetrando-o com força, fitava seu rosto buscando alguma reação natural. E seguiu numa sequência, vigorosamente o puxando pelo quadril com uma das mãos onde manteve. Não pediu pelo clímax do irmão, mas já podia sentir sua ereção contra o ventre, roçando no abdome e fez questão de prosseguir com a fricção a medida que logo, atingiu o clímax e gozou no moreno sem aviso prévio. 
O maior sorriu a ele ao ouvi-lo, deslizando uma das mãos por seus cabelos loirinhos e macios, e gemia baixo a cada vez que o sentia adentrar o corpo, empurrando-se mais forte ou mais rápido contra aquele ponto específico, ele era bom, embora não quisesse admitir em voz alta. Mordeu o lábio inferior, como uma reação visível a ele, o prazer era evidente na face, e quando o sentiu preencher a si com o liquido quente, gozou em conjunto, sujando o corpo dele.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário