Yuuki e Kazuto #65


Suzuya adentrou logo o quarto e sorriu ao ver a mãe com a toalha.

- Mamãe... Estou com fome.
Kazuto sorriu, vestindo a roupa intima e abaixou a pegar o filho nos braços, beijando-lhe o rosto.
- Yuuki, onde deixou a garrafa?
- Está no móvel ali. 
Yuuki indicou num maneio mesmo com o rosto e jogou as roupas na cama, despiu-se da toalha e trajou-se com a boxer vermelho escuro. Kazuto pegou a garrafa ao lado da cama e outro dos copinhos do filho, despejando pouco do sangue no mesmo.
- E o seu amiguinho, está com fome também?
- Acho que sim...
- Então leve pra ele ne. 
Kazuto deu outro dos copinhos com o sangue ao filho e sorriu, abaixando-se a lhe beijar a face.
- Posso dormir com ele, mamãe?
- Hum... Pode sim.
Yuuki levou a toalha usada ao banheiro e regrediu ao quarto, ajeitou o lado da cama e deitou-se nela.
- Se quiser alguma coisa venha até o quarto, Suzuya.
Kazuto assentiu e abaixou-se, beijando-lhe a face.
- Hai! Amo vocês... - Suzuya falou alto e sorriu aos pais.
- Own... Também amo você, pequeno.
- Você sabe o que significa isso?
Suzuya uniu as sobrancelhas.
- Claro que sei... 
- E quem te disse?
- Eu sei... - O pequeno fez bico.
- E o que significa?
- Significa que a mamãe e o papai moram no meu coração.
Kazuto sorriu, Yuuki riu e foi breve e o pequeno uniu as sobrancelhas. Kazuto pegou o filho nos braços e levou para fora do quarto, beijando-lhe a face.
- Boa noite, pequeno. Mamãe e papai te amam também, hum?
- Eu sei, mamãe. - Sorriu.
- Leva o copinho pro seu amiguinho, hum?  Durma bem.
- Hai
Suzuya sorriu e virou-se, acenando a mãe e seguiu ao rapaz no corredor.




Suzuya correu pelo corredor em direção ao quarto dos pais e como não achou ninguém caminhou pela casa.
- Mamãe? - Adentrou a cozinha, segurando a toalha ao redor do corpo ainda e observou os pais. - Mamãe, cadê minha roupinha? ... Ah... Que bonitinhos, mamãe sentada no colo do papai.
Yuuki erguera a direção das vistas à pequena figura que se instalou no cômodo, ou deveria dizer, abaixou-as a encarar o pequenino.
- Ora, por que está vestido assim?
Kazuto ergueu a face, observando o filho pequeno, rindo baixinho.
- Ah... O Yukio me deu banho. - Apontou a porta. - Cadê mamãe?
- Olha só... O seu amiguinho vai tomar o meu lugar é?
- Não, eu amo você mamãe, para de ser bobo.
- Perdeu, Cinderela, perdeu. 
Yuuki deu-lhe um tapa leve na coxa, apenas a indicar que se levantasse. O mesmo fez a seguir até o filho e o pegou no colo, o carregando lado a cintura a direção do quarto. Kazuto riu e logo levantou-se, sem vontade alguma de deixar o colo dele, afinal, era raro ter um momento como aquele mas apenas observou o maior junto do filho, abrindo um pequeno sorriso e sentiu as lágrimas presas aos olhos. Negativou e logo caminhou em direção ao quarto junto deles.
- Olha como é pirralho. - Yuuki disse a deixar o filho acima da cama. - Vai ficar anão igual o anão.
Suzuya riu ao sentir o pai pegar a si no colo e moveu-se a tentar se soltar, segurando a toalha.
- Papai! Ta caindo!
- Quer ficar anão que nem ele?
O pequeno negativou.
- Viu, anão? Ele te acha anão também.
- Ah, acha nada. 
Kazuto seguiu a gaveta onde havia guardado as coisas do filho e pegou as roupinhas frescas dele, o short e a camisa a entregar ao marido.
- Hum?
- Não acha, Suzuya? 
Yuuki indagou ao pequenino e concedeu espaço ao outro a que vestisse o filho. Suzuya observou a mãe e negativou.
- Vai, eu sei que sou pequenininho... - Disse Kazuto e riu a vestir as roupas no menorzinho.
- Mamãe é, mas é bonitinho.
- Tem cara de gato medroso.
- Deve ser porque eu sou um.
- Mamãe tem medo do papai? - Uniu as sobrancelhas.
- Não... - Kazuto sorriu. - Antes eu tinha. Mas eu respeito ele... Não tenho medo.
- Mentira, ele tem sim.
- Não tenho não!
Suzuya riu.
- Tem sim.
- Tenho nada. - Kazuto murmurou e deu um leve tapa na nádega do filho. - Desce, pirralhinho.
Suzuya desceu, como mandado.
- Mamãe cadê minha bóia?

- Tá no carro, mamãe pega quando sair. - Disse Yuuki.
- Vai tomar café ainda? - Kazuto perguntou.
- Ah não... Eu quero ir...- Suzuya fez bico.
- Eu levo algo pra vocês comerem lá.
- Cadê o seu amigo? - Disse o maior.
- Eu vou chamar. 
Suzuya caminhou ao quarto do amigo, chamando-o e sorriu aos pais conforme retornou.
- A gente tá pronto.
- Hum. 
Yuuki assentiu junto ao pequenino, segurando ainda a sacolinha com os brinquedos.
- Então vamos.
- Yuuki pode levar eles? Eu vou preparar alguma coisa pra eles comerem e já vou.
- Então vem. 
Yuuki chamou os pequeninos, passeando pela casa até a saída desta, podendo observar a noite, deveras tão escura, se não fosse pela claridade natural da lua e cada poste de luz pela praia. Suzuya saiu junto do pai da casa a observar o mar e correu, puxando o outro pela mãozinha a caminhar pela areia.
Kazuto seguiu em direção a cozinha a pegar os copinhos e preencher com o suco misturado ao sangue e falou com o rapaz moreno que entregou a si as caixinhas com os biscoitos. Despediu-se e logo saiu do local, seguindo na areia em direção ao local onde o maior estava, alcançando-o logo.
- Pronto ne.
Yukio caminhou com os passos mais apressados conforme puxado pelo menorzinho.
- Sem correr, Suzuya e pra entrar na água só acompanhado.
- Hai
Suzuya diminuiu os passos e logo aproximou-se da água, soltando a mão do amigo e sentiu a água fria molhar os pés, correndo para longe dela e riu.
- Ah verdade... - Kazuto suspirou e entregou as coisas a Yuuki. - Já volto de novo. 
Riu e virou-se a correr em direção ao carro, buscando as boias que o filho havia trazido, logo a voltar ao local.
- Pronto...Yuuki ajeitou-se, onde pudesse ser cômodo, observando os pequenos próximos à água. Kazuto estendeu a toalha que havia pego sobre a areia, deixando o outro sentar sobre ela e sentou-se ao lado dele, observando o filho e o maiorzinho.
Yukio riu junto ao pequeno, sentindo igualmente os pés serem molhados pela água, numa temperatura não muito fria.
- Será que tem bicho na água?
- Acho que tem... Tem peixinho.
- Mas peixinho não é bicho que dá medo.
- E se tiver daquele bichinho feio?
- Deve ter!
- Ah! - Suzuya correu em direção aos pais. - Mamãe! Tem daquele bichinho com garras na água?
- Hum? - Kazuto uniu as sobrancelhas.
- Yuki! Qual era o nome dele?
- Não corre, Suzu! - Yukio disse caminhando junto ao pequenino.- Caranguejo?
- Isso, "canguejo".
- Não, eu acho que na água não... Tem, amor? - Perguntou Kazuto.
- Se eu falar eles vão ficar com medo. - Respondeu Yuuki.
- Tem?!
- Não... É difícil achar um caranguejo na água.
Suzuya uniu as sobrancelhas.
- Eu quero brincar com os potinhos...
- Não, eles vem da água, Kazuto. Mas eles ficam pela areia, só tomar cuidado e sair de perto se ver algum.
- Não precisa ter medo, a gente já ficou no sol, então não acho que o bicho vai machucar tanto.
Suzuya assentiu, segurando a mão do amigo.
- Vamos fazer um castelo?
- Vamos. - Yukio sorriu a comprimir ainda mais os pequenos lábios e caminhou não muito longe, onde a areia era seca e fofa. - Aqui tá bom.
- Então tá. - O menor sorriu e sentou-se no chão.
Yukio sentou-se no solo fofo, sentindo os grãos de areia sob as pernas desnudas e deixou a diversidade de forminhas espalhadas. Suzuya pegou a pequena forminha com a forma de estrela e sorriu ao outro.
- Tem que por areia aqui dentro?
- Hai, mas tem que pegar água no baldinho.
- Uhum. - Murmurou a assentir.
- Eu vou lá... 
Suzuya levantou e levou o balde consigo, caminhando até o mar e encheu-o com um pouco de água, voltando correndo, cuidadoso e deixou o baldinho de lado.
Kazuto sorriu, observando a ambos.
- Eles são tão lindos.
- O tempo passou rápido. - Yuuki comentou.
- Hum? - Kazuto virou-se, observando-o.
- Suzuya logo fará cinco anos.
- Ah sim... Faz muito tempo...
- Vou entrar na água com o Yuki. Posso? - Disse o pequeno.
- Fique na beira.
- Ta bom. 
Suzuya pegou a bóia e também o copinho com a bebida dada pelos pais e bebeu alguns goles.
- Bom, hum? - Kazuto sorriu.Suzuya sorriu a mãe, assentindo e logo abaixou o copinho a mostrar os lábios sujos pelo liquido vermelho. Yukio observou o pequenino e sorriu igualmente calado, sendo discreto.
- O que foi? - Suzuya desviou o olhar ao outro.
- Sujinho.
O pequeno levou uma das mãos a boca, limpando-a.
- Kazuto-san, Suzu disse que namorar é nojento.
- Hum? namorar não é nojento, filho.
- Claro que é... Vocês ficam beijando com a língua.
- Mas quando crescer você vai ver como é bom. - Kazuto riu.
- Suzuya ainda é um bebê. - Yuuki disse.
- Não sou, tenho três aninhos já!
- Ainda é um bebê, amor.
- Por isso mesmo é bebê. Ainda vai fazer muito mais do que beijar com língua.
- Vou? O que?
- Vai saber quando crescer.
- Ah.. Ta bom ne.
- Querem mais alguma coisa, pequenos?
- Não! - Disseram em coro.
Kazuto desviou o olhar a Yuuki.
- Que ideia boba dizer que namorar é nojento.

Yuuki sorriu, um sorriso de canto.
- Hum, eles vão é acabar namorando mais tarde.
- Acho que não.
- Hum, veja como eles estão próximos, Suzuya gosta de ficar perto dele e disse que gosta do cheiro dele.
- E daí?
Yuuki observou o garoto, pensou em explicar novamente sobre somente haver um parceiro para um vampiro, mas negativou consigo mesmo.

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