Masashi e Katsuragi #18


Katsuragi largou a escova sobre a penteadeira, irritado com o que acabara de ouvir de um dos garotos. O rosto fora coberto pela maquiagem sutil, os olhos e a boca com o batom suave, ficava estranho se fosse mais escuro. O quimono vermelho estava alinhado sobre o corpo e preso pelo obi, assim como a roupa intima, justinha que havia escolhido para ele. Porém agora estava observando o bar através da cortina, e ele estava lá sentado no balcão a conversar com um dos clientes. Suspirou irritado e adentrou o local, ignorando os inúmeros chamados dos rapazes para se sentar com eles até estar ao lado do atual namorado.
- Masashi.
Masashi caminhou pelo bar após a abertura, um pouco mais cedo. Tomava saquê com abacaxi e por hora, conhecia um dos clientes, nada sexual, apenas uma conversa de bar, negócios, o mundo lá fora ou sobre seu próprio trabalho na indústria, tinha interesse em saber como era o mundo das pessoas influentes fora dali. Usava um quimono azul que ganhara do moreno alguns dias passados, o cabelo solto como habitualmente e sem muitos adornos, não precisava entreter os clientes, pelo contrário, agora era entretido por um deles, sobre os ombros, passado pelo pescoço uma fita preta que alcançava a altura dos quadris e usava um batom escuro, não demais. Deu atenção a ele quando finalmente chamado. 
- Hum?
- O que está fazendo aqui? 
- Ora, você é o Katsuragi, certo?
- Certo. Vamos Masashi.
- Por que a pressa? Estou conversando com o garoto. Se é uma questão de preço eu...
- O garoto, não está a venda.
- Mas só estamos conversando, pago a mais pra ele ficar aqui só...
- O garoto, não está a venda! - Falou alto, observando os clientes ao redor que desviaram o olhar a si e apertou o ombro do garoto. - Masashi.
Masashi sentiu o aperto no ombro e no entanto, embora desagradável, somente abaixou suavemente o mesmo, evitando a pressão da apalpada, mas sorriu. 
- Estamos somente conversando, Katsuragi. - Levantou-se. - Nós conversamos depois, vou resolver o que preciso. - Disse ao cliente, que na verdade nem era o próprio cliente. E terminou o saquê. - Podemos...
Katsuragi estreitou os olhos a observá-lo e negativou, assentindo ao outro e segurou-o pelo pulso, puxando-o consigo para dentro do local e soltou-o logo ao entrar, avisando o garoto com a planilha na mão para riscar o nome do rapaz sentado próximo ao bar.
- Não quero mais ele aqui. - Falou ao garoto e voltou-se ao namorado, estreitando os olhos. - Já falei que não quero você no bar.
Masashi seguiu junto a ele, rapidamente caminhando ao interior da casa, saindo do bar. Negativou a si mesmo por um momento, vendo-o excluir o cliente da lista de frequentadores do bar. 
- Não precisa tirar ele, ele consome bastante aqui dentro. Eu não ia fazer nada com ele.
- Não preciso do dinheiro dele, tenho o triplo do que ele tem e se quiser posso roubar um banco. 
Katsuragi falou a ele, estressado, e estava infinitamente puto, havia preparado algo pra ele, era dia dos namorados afinal e ver isso, havia decepcionado a si.
- Não faça isso de novo.
- Eu só estava bebendo saquê e falando sobre o trabalho dele, não estava oferecendo serviços.
- Não me interessa, acha que ele veio aqui conversar?
- Não, veio beber e transar mas não veio transar comigo.
- Ah, é? E o que ia impedir ele?
- Acha que ele ia tentar me estuprar aqui? Ele não é louco. E também, ele é provavelmente passivo enrustido na imagem.
Katsuragi suspirou e negativou, deslizando uma das mãos pelos cabelos a ajeitá-los.
- Esqueça.
Masashi fitou o companheiro, parecia chateado e no fim, sabia que no fundo estava se contendo para não surtar. Caminhou até ele e afagou seu rosto. 
- Você está bonito.
O maior segurou a mão dele ao senti-la sobre o rosto e abaixou-a. Masashi investiu novamente a mão abaixada, tocando seu rosto. 
- Você está bonito.
- Eu sei, estou desde as cinco da tarde me arrumando pra levar você pra sair, enquanto você achou legal beber com um cliente no bar. 
Katsuragi segurou sua mão e novamente abaixou-a. Masashi tornou a impor o contato, e deslizou a seus cabelos, os segurando. 
- Então vamos logo. Temos tempo.
- Não, Masashi. Não quero você por aí fazendo isso, eu não quero. Eu não posso perder você, isso me mataria. Para. Eu te pedi pra não ir. Você não sabe o que tem lá, você não sabe. Não sabe se são humanos, se são como eu, acha que um vampiro não consegue te segurar? Acha? - Falou a ele e sentiu as lágrimas nos olhos, que piscou algumas vezes para tentar evitar que caíssem. - Para com isso. 
Desviou o olhar, tentando ignorar o olhar dos demais que estavam por ali, alguns garotos que acharam melhor sair de perto e se afastar para não ver a briga.
- Acha que ele ia fazer o que? Me levar pro escuro e sentar no meu colo? - Masashi indagou, no entanto interrompido com sua continuidade. - Eu sei ver um vampiro, sei observar os olhos de alguém. Não chore! - Disse, tentando interromper antes que deixasse a lágrima cair de seus olhos. - Não tem o motivo pra chorar, não vou deixar você, não vou fugir por aí com alguém.
Katsuragi desviou o olhar a ele, estreitando os olhos e assentiu por fim, levando uma das mãos a limpar as lágrimas presas a marca d'água.
- Ele não vai voltar aqui.
- Tudo bem, não importa.
O maior assentiu e ajeitou os cabelos onde soltos, prendendo-o.
- Vamos, se arrume.
- Não estou bonito assim?
Katsuragi desviou o olhar a ele e sorriu, meio de canto.
- Você sempre está lindo. Mas talvez vá querer colocar um sapato maior.
- Sapato maior? - Indagou. - Alto?
- Um pouco, vamos andar na grama.
- Ah, eu vou trocar. Um minuto. 
Masashi disse e despediu-se por um instante, seguindo a buscar o calçado propício. Ajeitou um pouco o restante dos detalhes, em si, já que ele dissera para se arrumar, talvez já estivesse um pouco bagunçado, mas se arrumou, retocou a pintura e voltou a encontrá-lo.
- Pronto? 
Masashi falou a esperá-lo já na entrada e pegou o para-sol ali ajeitado para si, preto com alguns detalhes vermelhos. Havia substituído os sapatos por mais baixos.
- Sei que a maioria leva em restaurantes, mas... Não quis ser muito convencional.
Masashi riu, mais entre dentes. 
- Pode ser melhor.
- Acho que sim, se estiver tudo direitinho como eu pedi pra prepararem.
- Hai. Vamos.
Katsuragi sorriu a ele e assentiu, segurando sua mão, meio tímido, porém o fez, enquanto caminhava com ele pelo local até sair da estrada, entrando entre as árvores. O menor seguiu junto a ele, levando-o pelo braço, guiado pela direção imposta. Tomando cuidado com o caminho não muito plano.
- Deus, você está realmente lindo. - O maior murmurou a observá-lo.
- Mentiroso, queria até que eu fosse me arrumar.
- Você foi que eu sei, cheira a perfume mais forte que antes.
- Mas não fiz nada na aparência.
- Exato, por isso mesmo.
- Usotsuki.
- Verdade.
- Vamos, vamos, me mostre.
Katsuragi assentiu e sorriu a ele, caminhando mais um tempo em sua companhia, porém pouco e logo indicou a ele uma pequena área iluminada, fora cauteloso em pedir que limpassem o local e espalhassem velas que iluminaram por ali, óbvio que tirou a grama, para evitar fogo, não queria isso e tinha muito mais medo do que ele. Mandou que deixassem também uma cesta com o preparado para ele, isso deixou para si, ninguém o faria. Indicou a ele e sorriu, sentando-se no local, ajeitando o quimono sobre a pequena almofada.
- Vem.
Masashi caminhou no pouco que faltava até atingir o destino. De longe podia ver a luminosidade baixa do ambiente, limpo, bonito. E visualmente confortável, o que constou ao chegar lá e sentar-se junto dele, sentindo o cheirinho de água de flores, o que constou numa pequena bacia de madeira com água e pétalas desfeitas. 
- Hum, tão romântico. - Riu baixinho. - Está muito bonito...
- Gostou? - Katsuragi murmurou e sorriu a ele, servindo um pouco de saquê em um dos pequenos copos e no próprio serviu um pouco de sangue. - Desculpe por isso, estou faminto e não quero morder você. - Piscou a ele.
O menor aceitou a bebida e tragou-a, achando graça, e assentiu. 
- Sim, eu gostei. Pode dar um mordisquinho depois.
Katsuragi sorriu e mordeu o lábio inferior, bebendo todo o sangue como num trago assim como ele.
- Hum... Oishi.
- O que fez de gostoso?
- Hum, o que você gosta.
- Hum... Vamos comer.
O maior assentiu e retirou da cesta o sushi preparado anteriormente, colocando no centro junto as pequenas tigelas para ambos e o shoyu, colocou também os pequenos "bolinhos" de carne.
- Hum?
- Hum, itadakimasu
Masashi murmurou e aceitou o hashi, servindo-se logo com um dos bolinhos à vapor. Katsuragi sorriu e tomou mais um pouco de sangue, havia feito o suficiente para ele, sabia que não comia muito, e não comeria muito com ele também, preferia o sangue. Molhou um dos sushis no shoyu e logo levou aos lábios.
- Oishi?
- Oishi. Você quem fez? 
Masashi indagou, e serviu-se de um pouco mais de saquê.
- Hai, até os sushis... Não deixaria ninguém tocar na sua comida.
- Eu como o comida que fazem na cozinha. - Masashi riu.
- Come porque é bobo, podia me pedir que eu compraria caviar pra você comer.
- Exagerado. 
Masashi disse e voltou a comer dos sushis, adorando o sabor.
- Não, sério, se puder eu posso pedir pra você. 
Katsuragi sorriu e comeu mais um dos sushis.
- Não. Gosto de sushi e missô. E takoyaki.
- Ah... Achei que gostasse de gyoza...
- E gyoza, e muitas outras coisas.
Katsuragi riu baixinho.
- Gosta de comer tudo.
- E você. - Masashi brincou.
- Hum. - O maior sorriu e mordeu o lábio inferior. - Ora, não fale isso agora.
- Depois eu falo então.
- Isso, fale depois que tem mais coisa.
- O que mais tem?
- Você vai ver.
- Doce?
- Também, mas tem mais.
- Hum, não posso ficar gordo.
- Gordo? Você é a coisa mais gostosa do mundo.
- Mas com muita comida não.
- Ah, vai ser sim. 
Katsuragi sorriu a ele e mordeu o lábio inferior, comendo um último gyoza e bebeu mais da garrafa de sangue.
- Vou ter o sabor dessas comidas, só assim.
- Nada, se ficar maior, fica nessa bunda gostosa. - O maior piscou a ele. - E você tem o metabolismo rápido que eu sei. Não vai engordar.
- Na... bunda? 
Masashi franziu o cenho, mastigando o sushi que acabara de por na boca.
- Prefere bumbum? - O maior riu baixinho.
- Não. Você está olhando minha bunda?
- Ora, eu olho... O que tem?
- E está dizendo que ela está engordando com a comida?
- Claro que não, estou dizendo que se engordasse, engordaria aí.
- Não quero ficar com bunda grande.
- Você não tem.
Masashi resmungou e comeu outro dos sushis.
Eu diria se tivesse.
- Espero que sim. 
Masashi disse e sorriu, pegando desta vez o gyoza que acompanhou com o saquê. Katsuragi sorriu novamente e mordeu o lábio inferior, tomando o restante do sangue. 
- Quer saber qual é o doce? Hum.
- Hum... Quero saber. 
O menor disse, enquanto ainda comia, devagar, estava cheio, mas realmente não queria parar de comer.
Katsuragi riu.
- Esta gostoso? Não sei se já comeu isso, acho que só comeu doces japoneses, no máximo, chineses. 
Falou a ele e retirou da cesta dois pequenos pratinhos com mini tortas de limão que havia feito a ele.
- Eu... Aprendi no tempo em que estive fora. É gostoso, juro.
- Seu riquinho nojento. - Masashi brincou, observando as tortas. - Que bonito. São tortas de quê? Espero que tenha gosto.
Katsuragi uniu as sobrancelhas e abriu um pequeno sorriso em seguida.
- Ora, deixe minhas habilidades culinárias em paz. São de limão. Tem gosto sim.
- Esteve fora? Aonde? - Masashi indagou e deixou por hora os hashis, experimentando com o dedo o recheio da torta. - Eh... É saboroso.
Katsuragi riu baixinho e pegou uma das colheres, entregando a ele.
- Toma. - Sorriu. - Estive na França.
- Por que na França? 
Masashi indagou e aceitou a colher de sobremesa, experimentando enfim.
- Porque eu queria aprender culinária e lá era um dos melhores lugares. - O maior sorriu.
- Para os doces, hum?
- Uhum. Não gosta?
- Gosto. - O menor disse e voltou a experimentá-lo. - Hum... Está ótimo. Gosto dos azedinhos.
- Que bom... E a massa?
- Sem ela não seria a mesma coisa.
- Fico feliz. - Katsuragi sorriu.
Masashi sorriu e esticou a mão, pegando a dele e beijou-o no dorso. 
- Você está lindo.
O maior sorriu novamente, meio tímido e abaixou a cabeça.
- Você que está.
- Ah, que bonitinho. Está tímido.
- ... N-Não diga isso...
Masashi o fitou, surpreso, não sabia se estava fingindo propositalmente, mas, gostava. Katsuragi sorriu novamente.
- Come, aí eu te levo pra ver a outra surpresa.
- Muita surpresa numa noite só. Se é de namoro, imagino se fossemos casados. 
O menor riu, entre dentes e mais uma colherada da sobremesa.
- Se fossemos casados eu te levaria pra outro país só pra poder ver seus olhos com o mar refletido. Hey é uma ótima ideia, eu sei que os navios são demorados, mas... Podemos viajar... Vamos?
Masashi riu ao ouvir sua frase romântica demais. E parou antes de colocar o ultimo pedaço da torta na boca. 
- Mas, aonde iriamos?
- Onde você quiser.
- Eu.. Não sei aonde iria querer ir.
- França? Itália? Brasil?
- Ah... Talvez, Londres.
- Londres é horrível, mas... Talvez possamos ver algo no teatro, ou algo assim.
- Eu não sei, sou muito tradicional, gosto do japão.
- Bem, então não precisamos sair daqui. - Katsuragi piscou a ele e terminou a própria torta. - Talvez possamos conhecer a China, ou Taiwan.
- Quero aonde você quiser ir.
- Eu vou marcar algo. 
Katsuragi sorriu, levantou-se e esperou que ele fizesse o mesmo. O menor levantou-se após ele, imaginando que assim fosse indicado. O maior sorriu e pegou a cesta, carregando consigo o restante das coisas, tinha comida para mais tarde, caso ele quisesse. 
- Vamos. 
Sorriu a ele e seguiu o caminho por dentro da floresta ainda. Cessou os passos ao chegar ao local que queria levá-lo, passando pela pequena ponte, que agora estava iluminada pelos lampiões que havia recolocado, o lago havia sido limpo, haviam flores de cerejeira cobrindo quase toda a água. A casa já não era mais aquele monte de entulho que era antes, havia mandado restaurar cada canto dela, e agora estava realmente bonita, como era antes, cada pilar, cada parede havia sido recolocada e fora pintava de vermelho e branco, diferente de antes. Guiou-o para dentro da casa, com um pequeno sorriso nos lábios e segurou sua mão novamente.
- Eu restaurei... Você me deu forças pra fazer isso. E estava pensando em trazer o bordel pra cá, ou podemos ficar com essa casa como se fosse nossa e morar só nós dois, você escolhe.
Masashi seguiu junto a ele, e num momento pegou a cesta de suas mãos, levando-a para ele. Era mais forte, era um homem, mas as vezes ainda tinha a ilusão de que precisava fazer a gentileza como um homem a uma dama. Ao transpassar a floresta, já conhecia o caminho, porém não imaginava o porque. Notou a pintura, os adornos, a restauração da casa que antes, bonita, mas nem se comparava ao detalhes novos, ainda que gostasse da aparência gasta pelo tempo, tinha lá seu charme com ramos afetados pelo clima, mas estava bonita. Mesmo o lago por ali. Observou o moreno, e por um momento refletiu sobre como ele estava diferente. Conhecera-o de longe, mesmo naquela época tinha um ar ríspido e arisco, gostava daquilo, e ainda estava em suas feições, porém seu jeito mandão havia suavizado, não com os outros, mas consigo, ele quase parecia uma pena, diferente da dureza que antes tentava expor e jogar na própria cara, talvez, tentando denotar sua personalidade forte numa tentativa de se proteger. 
- Acho que nós podemos.
Katsuragi sorriu ao ouvi-lo, e não havia notado como ele estava observando a si, notando as próprias feições. Gostava dele, tanto que já não via mais problemas em ver a si chorando, ou triste com algo, ele já havia visto todas as próprias faces.
- Então ela é sua.
- Minha? Nossa.
Masashi sorriu.
- Isso.
- Vem, quero te mostrar o quarto.
- Vamos ver.
O maior sorriu a ele e guiou-o consigo para dentro do local, expondo os cômodos todos bem decorados, a recepção, sala de estar, onde dava para ver e a cozinha. Subiu as escadas a guiá-lo consigo e adentrou o último dos cômodos, dando passagem a ele logo em seguida, a roupa de cama era toda vermelha e o quarto tinha tons de preto, que ficavam ainda mais fortes pelas velas acesas. As janelas estavam abertas, por hora, mas era evidente que haviam persianas fortes contra a luz do sol ali. Toda a decoração era em madeira escura e bem tradicional, como ele gostava. Sobre a cama, com o edredom dobrado, haviam pétalas de rosas vermelhas, as quais fez questão de comprar especialmente para ele, e sabia que talvez ele não soubesse o significado, mas mesmo assim o fez.
- Rosas vermelhas no ocidente significam amor ou paixão. Eu prefiro acreditar que sejam amor.
Masashi seguiu para dentro da casa, observando a arrumação, onde móveis decoravam como não faziam antes. Encontrou o quarto, e por sorte as velas eram espessas e longas o suficiente para durarem acesas durante o jantar até chegarem ali. O cheiro de flores vinha da cama, ou mesmo um incenso que queimava suavemente acima do móvel, criando uma fina linha de fumaça. 
- Amor e paixão podem casar de uma forma boa.
O maior assentiu a ele e mordeu o lábio inferior.
- Hum, o que acha?
- Acho que nós vamos usar a cama.
- Acha? E você gostou?
- Eu gostei. 
Masashi disse e deixou sobre o móvel a cesta com os lanches que provavelmente faria após usar a cama. E chegou mais perto dele. Beijou-o na testa e logo nos lábios, somente os selando. 
- Obrigado.
Katsuragi retribuiu o selo e sorriu a ele.
- Obrigado nada, quero usar a cama.
- Nós vamos. 
O menor riu baixinho, Katsuragi riu igualmente e puxou-o para si, selando-lhe os lábios.
- Comprei uma roupa especialmente pra você.
- Me deixe ver. 
Masashi risse e sorriu, seguindo até a cama onde se sentou.
Katsuragi assentiu e puxou o obi, retirando-o e abriu o quimono, expondo a ele a roupa intima nova, justinha e preta.
- Hum?
O menor fitou-o conforme se desfez da roupa, expondo a peça íntima, feminina, mas que lhe caia bem. 
- Hum... Fica bem em você. 
Disse, com um sorriso sutil, enrubescido talvez.
- Hum... Está com vergonha? - Katsuragi riu baixinho.
- Iie. Está bonito. - Masashi resmungou inicialmente ao elogio.
- Obrigado. - Katsuragi sorriu.
O menor sorriu novamente e voltou as mãos até a própria roupa, despindo-se para ele. Masashi mordeu o lábio inferior a observá-lo e sorriu a ele.
- Hum... Seu corpo é a coisa mais linda, Masashi... Você é meu, não quero que seja de mais ninguém, nunca.
- Não vou ser. 

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