Midnight Lovers #1 (+18)


Um suspiro deixou os lábios de Asami, havia acabado de finalizar mais uma noite, estava se banhando e por um momento podia jurar que havia visto o amigo passando pela porta da casa de banho. Sorriu para si mesmo, então ele também havia terminado. Desligou o chuveiro e secando-se com a toalha seguiu para fora, embrulhado nela. No próprio quarto, trocou-se e após trocar os lençóis, abriu a porta, deixando os cabelos negros caírem sobre os ombros até às costas, livres, assim como o corpo apenas coberto pela seda do quimono simples. 
- Kuro? - Disse num pequeno sorriso, talvez até meio tímido, enquanto o via adentrar seu quarto. - Por que não dorme comigo essa noite?
Kurogane tocava os cabelos com a toalha, havia acabado o banho recentemente. Aquele emaranhado era difícil de lidar, eram negros e espessos e na altura da cintura. Usava um quimono acetinado e completamente negro, estava bem alinhado embora fosse para dormir. Interrompido antes de entrar, se virou para o amigo cortesão no quarto em frente.
- Hum, está com frio hoje? Ou quer ouvir histórias sexuais? Pequeno tarado.
Asami riu ao ouvi-lo e negativou, estendendo uma das mãos a ele. 
- Vem logo, antes que o Katsuragi veja.
Kurogane fitou por um momento e fechou a porta do quarto. Seguiu até o dele como ganhara o convite. Mas no próprio deixou a toalha que usava nos cabelos a pouco. Ao fechar a porta, o pequeno Asami mostrou o futon confortável com dois cobertores, havia comprado um para si visto que fora dado somente um por Katsuragi.
- Vem vem.
- Hum, estou mesmo precisando deitar. - Disse o maior e seguiu até o futon, se aqueceria após o banho um tanto frio. - Tomei banho frio hoje.
- Ué, por quê?
- Queria ser rápido.
- Hum, quantos clientes hoje?
- Apenas um, mas ele quis ficar bastante tempo. E você?
- Hum... Dois. - Asami sorriu.
- E foram bons com você?
- Mais ou menos. - Sorriu. - Um deles me machucou um pouco.
- Uh, voraz?
- Segurou meus pulsos e apertou.
- Foi bom?
- ... Não muito. Ele não sabe tratar bem alguém, é meio grosso demais.
- Oh, é uma pena. Vem, se acomode, vamos falar sobre isso.
Asami riu e aproximou-se dele, ajeitando-se na cama.
- Pelo menos fez gostoso além do seus braçinhos finos?
- Hum... Foi bom. - Riu.
- Então devia ter esquecido os braços. - Kurogane sorriu a ele.
Asami sentiu a face corar sutilmente, não era tão tímido, só era tranquilo, mas era uma reação involuntária do corpo. 
- É que ficaram um pouco doloridos. 
Mostrou a ele as pequenas marcas arroxeadas.
- Hum, voraz. - Kurogane repetiu e sorriu ao amigo. - Vem cá pertinho. 
Disse e puxou o moreno, abraçando-o, embora com a perna. Asami riu e virou-se, beijando o rosto do outro. 
- Grudinho.
- Você gosta de me dar esses beijinhos, você quer beijar a minha boca, é isso?
- Me deixa beijar, eu gosto de você, ora. - Asami riu.
- Quer me dar uns pegas, não é?
- Eh? Não, eu não teria dinheiro pra pagar uma noite com você. - Riu.
O riso soou entre os dentes de Kurogane, passando um dos braços sobre o dele chegou mais perto. Já havia passado perto de tantas pessoas, que não estranhava proximidades, nem mesmo com o próprio amigo. 
- Hum, nós podemos ficar, tive pouco trabalho hoje. Ainda estou cheio, se é que me entende.
Próximo a ele, Asami deu um risinho tímido ao ouvi-lo e negativou.
- Iie... Eu... Está falando sério? Por que eu?
- Por que não? 
Kurogane indagou e sorriu, pegou seu rosto, segurando a nuca e deu uma breve roçada em seus lábios, provocando o amigo. Asami riu baixinho e negativou, porém não se afastou.
- Tem tantos outros garotos bonitos.
- Você é bonito, Asami. - O maior disse e lambeu levemente seus lábios.
Asami sorriu e deslizou uma das mãos pelo tórax dele, acariciando-o. 
- Você também é bonito.
- Então vamos. Sabe, também sou seme.
- Eu achei que você só era seme. - Asami sorriu. - Você é uke?
- Eu faço os dois. - Kurogane sorriu a ele.
O menor uniu as sobrancelhas. 
- E qual você gosta mais?
- Eu gosto de comer.
- Ah. - Asami sorriu, sentindo a face se corar sutilmente. - Eu gosto daquele rapaz que vem te ver... O tatuado.
- Hum, é? Queria atendê-lo?
- Não... Eu só... Fico imaginando ele com você.
- Hum, e você imagina o que?
- Não sei... Eu imaginava que... Você era uke, mas ainda fico surpreso. - Riu.
- Hum, bem, no início ele veio e quis ser ativo. Mas eu sei que ele pediu sutilmente um flexível ao Katsuragi, pude ouvir. Me pergunto o que Katsuragi pensou a respeito. Uma vez estávamos fazendo, eu toquei a bunda dele, ele não fez nada, na verdade parecia se sentir mesmo bem com aquilo. Quando terminamos ele se deitou e me pediu para provar da minha cigarrilha. Enquanto provava ele ficou me olhando, me encarando enquanto eu ajeitava a roupa, parecia gostar de olhar meu corpo viril, percebeu que eu tinha uma ereção parcial e olhou como se quisesse muito tocar.
Asami ouviu-o silencioso e mordeu o lábio inferior, podia sentir o sexo endurecer abaixo da roupa, sutilmente, numa pontada, mas não disse nada a ele.
- Então ele olhou tanto que eu voltei a ficar disposto, afinal, quem é que não vai se excitar vendo alguém desejar tanto seu pau? - Kurogane sorriu canteiro. - Claro, a menos que seja alguém sem atrativos. Peguei a cigarrilha e traguei depois dele. Ele perguntou se eu estava insatisfeito, já que eu estava duro. Disse a ele que não, mas que eu podia transar de novo e que podia receber alguma atenção ali, se ele quisesse me dar, já que ele tocava muito rápido, parecia ter vergonha disso.
- E aí? - Asami sorriu a ouvi-lo, mordendo o lábio inferior.
O riso soou da garganta de Kurogane, mas abafado nos lábios, sentia-se contando uma história para fazer uma criança dormir, embora aquela fosse mais algo para se despertar e não para crianças. 
- Ele sorriu pra mim quase frouxo, envergonhado, não tenho certeza se ele se sentia infeliz por não ter tirado a vitalidade existente do meu corpo. Pude ver que ele tocou o próprio pau, se apertou, como se estivesse buscando virilidade pra fazer sexo. Ele já estava no meu futon, eu estava sentado, daquele modo já deixou a cigarrilha apagada no móvel, conforme ele pôs o peito pra cima eu não esperei de fato sua vinda, me deitei por cima dele, num gesto aparentemente ingênuo de minha parte, como se a malícia daquela posição fosse unicamente dele, até então.
Asami sorriu, mordendo o lábio inferior mais uma vez e estremeceu, na verdade, se viu apertando o próprio sexo conforme o ouvia. 
- Hum...
Kurogane desviou o olhar, achando graça no interesse do amigo. 
- Eu me deitei nele, senti que as mãos dele já se desviavam do pau e tocavam minhas costas, tocou minha bunda, e eu movi a pelve, quis dar a ele a ideia de investida. Não nos beijamos, então eu beijei o pescoço dele quando ele beijou o meu. Acabamos em movimentos neutros, que davam possibilidade a qualquer coisa, sei que quando me enfiei entre suas pernas, rocei meu pau na bunda dele, ele parecia tão ansioso, mas não reclamou em nada. Comecei com meus dedos, mas não demorou muito pra eu estar dentro dele.
- Hum... Para. Melhor você parar. - O loiro murmurou e riu baixinho.
Kurogane riu. 
- Essa foi a primeira vez que eu o penetrei. Depois disso, ele vinha me visitar e nunca dizia nada, não pedia pra ser passivo, mas ele também não tomava atitudes, era como pedir mudamente para que eu o atacasse.
Asami sentiu o arrepio pelo corpo e naquele momento, era daquele modo que se sentia.
- ... Ah... 
- Oh, você se excitou, não é? - Disse e tocou seu queixo. - Comigo ou com ele?
Asami desviou o olhar a ele e riu baixinho, meio envergonhado. 
- Claro que foi com você.
- Então vamos brincar um pouco, eu disse a você que estou disposto.
Asami desviou o olhar a ele e ponderou por um pequeno tempo. 
- Ta bom... Isso... É verdade?
- Tá bom? Tá bom? Quem responde assim? - Indagou, um pouco provocador. - Você tem que me responder sem dizer nada. - Retrucou e segurou seu rosto entre os dedos, o beijou, embora não tivesse hábitos como aqueles. - Não, é brincadeira, ele é ativo sempre. - Riu. 
Asami riu novamente ao ouvi-lo e mordeu o lábio inferior conforme o sentiu seguir para si e retribuiu seu beijo, empurrando a língua para sua boca, tocando a dele com a própria, e tinha experiência com aquilo. De seu rosto, as mãos de Kurogane desceram com facilidade, não eram como adolescentes que não tinham certeza de nada, eram jovens com mais experiência que casais de anos, por isso passar do beijo para o sexo era muito objetivo, ainda que beijar não fosse hábito de um cortesão. Tocou os centímetros de sua pele até chegar em sua peça íntima, apalpou seu corpo, massageando mesmo acima da roupa. Asami suspirou e sentia seu toque sobre o kimono, estava duro, quase chegou a gemer contra os lábios dele e mordendo seu lábio inferior, sorriu. 
- Não costumo beijar nenhum cliente...
- Eu também não. Mas não estamos trabalhando agora. 
Kurogane disse a ele e saiu de cima da roupa, seguindo para dentro dela. Asami assentiu a ele e mordeu o lábio inferior, observando por cima do edredom o caminho de sua mão a adentrar a roupa, e suspirou.
- Hum, tem um bom tamanho. 
O maior disse a ele, sentindo seu corpo e já estava ereto, pôde presumir pela tensão entre os dedos ao apalpa-lo. Asami sorriu e negativou a ele, deslizando a mão por dentro de seu quimono, tocando-o em seu tórax. 
- Suas mãos são quentes...
- Sou todo quente. Você vai descobrir. 
Kurogane disse a ele e de seu membro passou ao meio de suas nádegas, tocando seu local de trabalho. O menor riu baixinho e sorriu a ele, beijando seu pescoço e mordeu, suavemente, gostava dele, gostava do cheiro dele, e queria tocá-lo como ele fazia consigo. 
- Hum, então brinca comigo...
- Vamos brincar. 
O maior disse e tocava seu corpo. Delineando a entrada, sentindo a região onde após lamber o dedo, se introduziu. Asami uniu as sobrancelhas ao senti-lo se empurrar para si, podia sentir o corpo dolorido, mas ele sabia tocar a si com jeito.
- Ah... Kuro.
- Hum, está dolorido hoje? 
O maior retrucou e se moveu, avançado com o dedo, devagar, movimentou em vaivém.
- Um pouco. - Asami sorriu, meio de canto. - Mas... Seu toque é gostoso.
- Vou te amortecer em dois minutos. 
Kurogane disse a ele e continuou o ritmo, intensificando-o, sabia exatamente onde encontrar seu ponto de prazer. Asami estremeceu ao sentir seu toque, firme e no local exato, gemeu, prazerosos e agarrou-se a ele, deslizando uma das mãos pelo rosto do maior, mantendo-o junto a si. 
- Hum... Kuro...
- Um minuto. - O maior contou, referindo-se como havia achado. - Em dois, vai querer muito gozar. Não vai nem lembrar porque sentia dor. 
Sussurrou. Continuou a tocar, vigorosamente esfregando aquele seu ponto interior. Asami uniu as sobrancelhas, agarrando-se a ele e apertou seu braço, forte, sentindo-o abaixo de seu quimono e era gostoso senti-lo tocar onde gostava. 
- Kuro... Isso é tão gostoso... Ah! Você é tão gostoso...
- Dois minutos. E agora você vai gozar. 
Kurogane disse e com maior vigorosidade friccionou aquele ponto, faria-o gozar. Asami mordeu o lábio inferior e agarrou-se a ele, apertando-o contra o próprio corpo. Contorceu-se sutilmente e gemeu, prazeroso, porém conteve os gemidos para que ninguém ouvisse a ambos e como ele havia dito, realmente queria gozar, e acabou por fazer, sujando o próprio quimono com os respingos de prazer. 
- Ah!
- É uma pena não poder ouvir você gemer. - Kurogane disse a ele enquanto movia o dedo, intensificando seus clímax, até que ele estivesse sensível. - Gozou gostoso, ah?
- Ah... Hai... Hai... Você é muito bom, Kuro... Por isso sempre procuram você. - Murmurou e estremeceu.
O maior sorriu a ele e se curvou para selar seus lábios. Asami sorriu a ele e retribuiu o selo. 
- Dorme comigo...
- Hum, claro que vou dormir, esse não era o objetivo inicial?
- Vai saber. - Asami riu.
- Hum, não estou trabalhando. - O maior disse e afagou sua nuca.
- Ta bem. - O menor sorriu. - Está tão gostoso aqui perto de você
- Hum, é? Então eu te dou conchinha hoje.
- Hum... Kimochi. - Asami sorriu e beijou-o em seu rosto, ajeitando as roupas e virou-se de costas. - Acho melhor eu me limpar né?
- Hum, se você quiser ir. 
Kurogane disse passando o braço sobre sua cintura.
- Não tem nojo de mim por estar sujo?
- Não, você é a última pessoa do qual eu teria nojo.
- Own... - Asami sorru.
- Por quê? Seus clientes mandam você se lavar?
- Algumas vezes... - Sorriu meio fraco.
- Hum, bichinhas.
- É. - Asami riu. - Alguns exigem que eu me lave em frente a eles.
- Hum, não os culpo, pode ser sexy. - Kurogane brincou.
- Mas não é por isso que exigem. Exigem pra ver se eu sou limpo o suficiente. - Asami suspirou. - Como se eu fosse um porquinho. Eu tomo banho com essência de jasmim.
- Hum, você é a jasmim em pessoa.
Asami riu.
- Para. Me deixa ser viado em paz.
O riso soou entre os dentes de Kurogane. 
- Me de sua cigarrilha. Me deixe fumar.
Asami assentiu e pegou a cigarrilha ao lado, entregando a ele.
- Não vai apronta-la para mim?
- Ah, desculpe. 
Asami sentou-se e pegou a erva ao lado da cama, colocando-a na cigarrilha. O maior esperou-o, aceitou-a em seguida e queimou o fumo, tragando-o de leve. 
- Hum, foi divertido.
O menor assentiu a sorrir a ele e levantou-se, seguindo a própria penteadeira e retirou o quimono, assim como a roupa íntima, ficou nu em frente a ele e limpou o corpo com um tecido úmido que tinha no quarto. Kurogane acomodou-se em seu futon, observando o amigo enquanto fumava, e ele se limpava, inteiramente nu. 
- Hum, tão desinibido.
Asami desviou o olhar a ele e sorriu, finalizando a limpeza e colocou um novo quimono, ficou sem roupa íntima.
- Bem sexy. A falta da calcinha é um convite pela manhã, hum, hum? 
O maior disse após mais um trago. Asami riu baixinho e assentiu. 
- Se você quiser, vou adorar receber você.
- Me receber?
- Uhum. Dentro de mim. 
O menor murmurou, rindo baixinho e deitou-se novamente com ele. Kurogane sorriu, achando graça na verdade por seu modo de falar. Desse modo logo apagou o cigarro, acomodando-se na cama. 
- Hum, bom descanso, Asami.
- Bom descanso. 
Asami disse num sorriso a se acomodar com ele na cama e fechou os olhos, sentindo o abraço dele no corpo.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário