Misaki e Daisuke #37


Misaki seguiu o caminho pela casa até a cozinha, vestindo roupas confortáveis para ficar em casa e iniciou o preparo do almoço, afinal, sentia fome por dois agora e sabia que logo o outro levantaria para iniciar o trabalho, mesmo em casa. Pegou a garrafa onde guardavam o sangue na geladeira e serviu em um taça uma pequena quantidade para si, apreciando o sabor do mesmo e suspirou, levando uma das mãos a própria barriga já pouco crescida dos quatro meses e acariciou o local.
- Pronto, agora sossega, pequeno. - Riu baixinho.
- Que vista adorável. 
Daisuke pronunciou, vindo o som da voz no limiar, entre extremos do hall à cozinha, encostado com o ombro na parede. Sorriu-lhe em cumprimento, enquanto sentia o cheiro gostoso do preparo inicial da refeição. Misaki sorriu a ele e estendeu uma das mãos ao marido.
- Bom dia, amor.
O maior tomou posse da mão estendida, depositando-lhe um beijo sob  dorso.
- Boa noite, minha senhora.
Misaki riu baixinho.
- Quer comer algo em especial, hum? O Yukio esta na casa do Suzuya.
- E o que pretendia fazer?
- Não sei ainda... Acredito que faria sushi hoje. Eu ia fazer a carne, mas o Yuki me abandonou. - Fez bico.
- Ele foi comer outro tipo de carne. - Daisuke piscou ao companheiro. - E um espaguete ao molho vermelho?
- O Yuuki vai acabar matando ele. - Misaki riu baixinho. - Hum... Achei que já estivesse enjoado do meu espaguete.
- Deviam ter ficado por aqui mesmo. Baixinho mal humorado. - Daisuke riu e negativou no prosseguir do assunto. - Por que enjoaria?
- Porque é o que eu mais faço pro jantar.
- É o que nós gostamos. - Sorriu a ele. - Mas se estiver enjoado, podemos então um yakisoba. Tudo com macarrão. - Riu.
Misaki riu baixinho.
- Você me ajuda?
- É claro, madame.
- Então vamos. Tem macarrão no armário. Mas... Como vamos misturar com sangue?
- Não entendi sua duvida.
- Na yakisoba.
- Só colocar no molho.
- Acha que fica bom? Bom... O que não fica bom com sangue? - Riu baixo.
- Para vampiros... Provavelmente nada.
- Hai... Quer dar um oi pro seu bebê, hum? - Misaki riu.
Daisuke caminhou ao outro, acomodando-se atrás dele e levou ambas as mãos às laterais de seu corpo, acariciando a barriguinha já crescida. Misaki sorriu, virando pouco a face e lhe selou os lábios.
- Ele sentiu sua falta.
- É mesmo, mamãe? - O maior falou baixinho, contra seus lábios.
- Estava sim, hum.
- E como você sabe, mamãe?
- Só sei.
- Mamãe sensitiva. Vamos mamãe, papai quer comer alguma coisa.
- Ta bem, papai. - Misaki sorriu e lhe selou os lábios novamente.
- O que eu faço, mamãe? - Daisuke tornou dizer contra seus lábios.
- Só pegue o macarrão pra mim e os legumes. - Sorriu.
- Yes, madam. - Daisuke dirigiu-se pela cozinha a busca do que foi pedido, ajeitou-os sob o gabinete na pia. - Cá está.
Misaki sorriu a ele e o beijou no rosto.
- Obrigado, amor. Eu preparo a comida. Você tem que trabalhar, hum?
- Sem pressa.
O menor assentiu e logo iniciou o preparo da comida com a ajuda do outro, indicando a ele o que fazer. Daisuke dobrou corretamente as mangas compridas da roupa, e pôs-se a fazer o que indicado pelo outro, não tendo muita demora ou coisa para fazer. Misaki serviu pouco mais do sangue na taça e entregou-a ao marido, sorrindo a ele.
- Hum? Já já nós terminamos.
Daisuke negativou ao oferecido, e encostou-se ao gabinete da pia, apenas o observando.
- Não quer?
- Não, quero sentir fome até o jantar da minha mulher ficar pronto.
Misaki assentiu e sorriu, bebendo um pequeno gole do sangue.
- E você está realmente se alimentando por dois. Esse aí vai nascer gordinho.
- Para de ser bobo. - Riu.
- Bolinha. Cuidado, vai ser mais difícil de sair.
- Amor! - Riu.
- O que? - Daisuke riu.
- Não fale assim que eu fico com medo.
- O que? - Ele riu. - É verdade. Mas podemos abrir bem sua barriga pra ser menos dolorido.
Misaki uniu as sobrancelhas.
- Awn, não fique com medo, meu bebê. Somos vampiros, somos fortes e a dor nos passa como um fio.
- Hai...
- Poxa, senhorita, você já teve um bebê.
- Hai, eu sei. Mas faz muito tempo.
- Nem tanto. Se fosse humano sentiria o triplo do tempo.
- Eu sei...
- Então, baby.
Quer almoçar na mesa ou na sala?
- Aonde meu amorzinho quiser.
- Hum, então vamos ficar na sala. - Misaki desligou o fogo ao fim do preparo da comida e sorriu a ele. - Espero que tenha ficado bom.
- Provavelmente, ainda mais que estou com fome.
- Vamos, pegue os pratos. - Riu.
Daisuke buscou as tigelas orientais em porcelana preta e vermelha, tal como os hashis e o descanso.
- Aqui, senhorita.
Misaki sorriu a ele e lhe selou os lábios, se servindo primeiro e colocando pouco mais do sangue sobre o macarrão. Daisuke o retribuiu no contato e o deixou se servir, aguardando até igualmente fazer para si, levando para a sala o descanso e hashis e owans, logo a própria tigela com meticulosidade e os pousou sob a mesa de centro, acomodando-se no sofá. Misaki acomodou-se junto dele no sofá e sorriu ao maior, segurando a própria tigela junto a si no colo. Por fim, o maior experimentou o jantar, soltando um breve ruído vocal em aprovação.
- Bom? - O menor sorriu e experimentou o jantar igualmente.
- Uhum. E você gostou?
- Esta gostoso.
- Gostou mesmo?
Misaki assentiu.
- Parece repentinamente silencioso demais.
- Estou com fome. 
Misaki fez bico e riu baixo, levando mais da comida aos lábios. Daisuke silenciou-se assim como o outro, passando a traçar a refeição, levando do jantar à boca. O menor aproximou-se do marido, ajeitando-se ao lado dele e repousou a face sobre ombro do maior, continuando a refeição.
- Quer ver algo, hum?
- Sim! Mas antes... Estava me lembrando daquele dia em que fui salvar os meninos do sol... Quando você chorou, por mim. - Misaki segurou uma das mãos dele e desviou o olhar ao outro. - Nunca me esqueço disso... Foi a demonstração de amor mais linda que eu já vi.
Daisuke suspirou e levou mais do jantar a boca, silencioso a um constrangimento que não demonstrou. Riu baixo, somente.
- Eu te amo muito...
- Também te amo, Misaki.
O menor sorriu e se afastou do maior, unindo as sobrancelhas por um pequeno tempo a voltar a comer.
- O que foi, baby?
- Nada.
- Tem certeza?
- Você só pareceu desanimado com o que eu citei.
- Impressão, amor. Eu fiquei preocupado, pra você é algo bom de se lembrar, para mim não.
O menor assentiu.
- É claro, você poderia ter virado pó sem que eu o tivesse visto outra vez.
- Hai.
- Você quer beber alguma coisa? Eu busco.
- Eu fiz suco... Mas eu pego.
- Eu posso pegar pra você. - Daisuke levantou-se. - Quer mais yakisoba?
- Hai. Por favor.
Daisuke pegou a tigela e caminhou até a cozinha, serviu-o de mais do yakisoba, assim como um copo de suco, levando-os até a sala. Deixou o suca à mesa, e lhe entregou a comida, junto de um breve selo nos lábios, logo voltou até lá, servindo-se de um pouco mais para acompanhá-lo. Misaki sorriu a ele e retribuiu o selo nos lábios, pegando a tigela e voltou a comer.
- Nosso bebê está com fome, hum? - Daisuke dorriu a ele.
- Muita.
- Tem que comer pra nascer fortinho.
- Me ajuda a arrumar o quarto dele? - Disse o menor, rindo.
- Claro, madame. Mais um menininho, hum?
- Já comprei umas coisas pro nosso menininho, depois vou te mostrar.
- Hum, claro, madame. Tenho algo pro nosso princeso também. Mas depois.
- Tem? - Sorriu.
- Uhum. Mas sh... não conta pra ele.
- Ah, ta bem. - Riu baixinho.
Daisuke piscou a ele.
- Meu pequeno...
- Mas vai contar pra mamãe, não é?
- Mais tarde eu mostro pra mamãe.
- Ah...
- Mamãe curiosa.
- Sou mesmo.
Daisuke riu baixinho.
- Deita no colinho do papai, mamãe.
Misaki riu baixinho e sorriu, deixando a tigela pequena sobre o móvel, vazia e deitou-se no colo dele. Daisuke levou as mãos aos cabelos ondulados do companheiro, acariciando sentia a maciez dos fios.
- Hum.. Que cabelo gostoso. - Riu baixinho.
- Só o cabelo, hum?
- Nem preciso responder isso, senhorita.
- Precisa sim senhor. Está me achando menos gostoso porque estou barrigudinho, é?
- Está uma gracinha barrigudinho.
- Ah é?
- Claro que está. Ainda mais porque tem meu bebê aí.
Misaki sorriu e levou uma das mãos a barriga, acariciando-a.
- Me conta...
- O que, baby?
- A surpresa.
- É um presentinho, não uma surpresa.
- Se não quer me contar é uma surpresa.
- Eu vou te mostrar, não contar.
- Então me mostra, sabe que sou chato.
- Ah, então vai ter que sair do meu colo.
- Não faz mal, depois eu volto. - Misaki riu.
- Então se levante, madame.
Daisuke levantou-se e caminhou até o quarto, buscou a pequena caixinha de veludo vermelho. Não muito pequena, mas não grande. Descera as escadas e caminhou de volta até lá. Nas mãos do parceiro enfim deixou a caixa aveludada e com um laço branco perfeitamente colocado. Sorriu-lhe num consentimento para que pudesse abrir o presente e revelar no conteúdo. A caixinha era branca, tonalizada por toques de cinza gelo num tom perolado. Seus detalhes dourados, pesando o presente com o ouro. A pequena aste travava a tampinha, e ao abri-la revelava as bailarinas que se punham a dançar de acordo com o toque tão suave projetado após dar corda.
- Acho que isso daria bons sonhos, mamãe.
Misaki observou a caixinha que o outro trazia para si e uniu as sobrancelhas, abrindo um pequeno sorriso a pegar o presente do filho, abrindo a caixa após observá-la um pequeno tempo e observou igualmente as bailarinas, dando corda na caixinha que tocou a canção tão bonita que chegou a sorrir.
- Sempre quis ter uma dessas quando eu era pequeno...
- É para os meus princesos. Vocês vão ouvir juntos, não vão?
- Sim...
Daisuke sorriu a ele.
- A mamãe gostou?
- Muito.... São lindas. - Sorriu. - Obrigado meu anjo.
- De nada, baby. - Daisuke lhe afagou os cabelos.
Misai selou-lhe os lábios.
- Espero que tenha gostado mesmo.
- Eu amei. - Sorriu.
- Que bom. - Daisuke sorriu em retribuição.
- O que quer fazer, hum?
- O que você quer? Vou deixar o trabalho pra depois.
- Mesmo?
- Uhum.
- Então vamos no shopping escolher as coisinhas dele?
- Hum, é uma boa ideia.
- Então vamos!

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário