Midnight Lovers #2 (+18)


- Você... Não quer... Transar? 

Asami falou ao rapaz que estava no próprio quarto conforme o viu estender a mão para entregar o dinheiro a si, havia somente feito algumas preliminares, o que ele havia pedido, nada muito além, e ele parecia já se trocar para ir embora. 
- Não, é suficiente. 
O loiro uniu as sobrancelhas a ajeitar o próprio quimono, amarrando o obi
- Não... Gostou de mim?
- Gostei, mas... Não me relaciono com homens, se é que me entende. Sua boca é boa. 
O pequeno assentiu num pequeno sorriso e guardou o dinheiro entregue a si. 
- Tudo bem, obrigado. 
Dito, o viu sair do quarto e suspirou, ser passivo naquele local era complicado, por isso, preferia ter aquele tipo de cliente a outros, Katsuragi alertava aos garotos que teriam que fazer tudo o que seus clientes quisessem, e muitos humanos acabavam sendo mortos por vampiros que não tinham muito controle, quanto a si, rezava para nunca ser atendido por algum deles. Ao deixa-lo sair, observou o quarto a frente, era do outro, estava com ele, imaginava, seu cliente especial. Devagar, seguiu a sua porta, curioso e arrastou suavemente para poder ver o que se passava dentro, claro, era somente uma fresta e tomou cuidado para não ser visto no corredor, se escondia nas sombras. Dentro do quarto, numa meia luz iluminada por uma vela, podia vê-lo, via seu corpo enquanto se despia, enquanto se deitava sobre ele. Podia ver sua pele, devagar a tocar a dele, podia ver as tatuagens no braço do rapaz, o que confirmava ser ele, e silencioso o clima, pode ouvir um gemido quando enfim o menor havia adentrado o corpo dele. Sentiu a face se corar, naquele momento percebeu o que estava observando, percebeu que estava invadindo a privacidade do amigo, e de alguma forma, era gostoso. O via sobre o outro, o via se mover, e não pensava no outro rapaz, mas nele. Seus gemidos prazerosos, conforme fechou os olhos por alguns segundos conseguia imaginar que eram para si, nunca havia transado com ele, somente havia sido tocado, mas imaginar que fazia aquilo com ele excitava a si e deslizou uma das mãos para dentro do próprio quimono, alcançando o sexo, excitado e uniu as sobrancelhas. Via o rosto dele pouco iluminado, via seus cabelos caindo em seus ombros como um véu negro, ele era tão bonito... Ver ele sentir prazer, vê-lo daquele modo, era... Era tão bom... Ouviu passos pelo corredor, eram firmes, sabia quem era e se ele pegasse a si no corredor, estaria perdido. Devagar fechou a porta do quarto dele, até meio desajeitado e seguiu ao próprio quarto, fechando a porta e deitou-se na cama, fingiria que ainda tinha um cliente para não ter que atender ninguém, preferia assim. Ao ouvi-lo passar, guiou uma das mãos ao próprio sexo, por baixo do quimono e tocou-se, massageava a si, enquanto se lembrava dele, enquanto se lembrava de seus movimentos, e virou-se de lado a agarrar-se ao travesseiro. 
- Kuro... Ah... Ku... Kuro... 
Murmurou e com a outra mão no meio das pernas, tocava o próprio íntimo, se empurrava para dentro e só cessou quando enfim gozou e em meio a respiração descompassada, e o quimono desajeitado, chamou baixinho pelo outro novamente, desejando que fosse ele sobre o próprio corpo.



Ao fim da noite, deitado na cama, Asami pôde ouvir a porta deslizar até atingir eu limiar, e o viu entrar, aliás, podia ver seus pés. Estava limpo, havia acabado de tomar banho e se deitava nos cobertores quentinhos, na verdade, o esperava, em silêncio, não iria chamá-lo enquanto o outro não fosse embora, não podia. 

- Kuro...?
- Asacchi. - Kurogane disse em baixo tom de voz, no mesmo que ele na verdade. Após fechar a porta, com certo cuidado se sentou em seu futon. - Hum, está cheiroso. - Logo se deitou, acomodando-se a seu lado.
O menor sorriu, virando-se em direção a ele. 
- Veio dormir comigo de novo?
- Não ao todo. Passar uns minutos. Tsukasa ainda está no quarto.
- Ah... O nome dele é Tsukasa... - Asami sorriu meio de canto.
- Você gosta dele, não é, seu pequeno tarado? 
O maior apertou sua cintura, cutucando numa cócega breve. Asami riu, segurando a mão dele e negativou. 
- Claro que não!
- Hentai. Ecchi.
Não sou. - O menor sorriu.
- Vim te ajudar a dormir. Teve um bom cliente hoje?
- Só um, ele não quis transar... Só chupei ele.
- Hum, sua boca é assim tão suficiente, ah? Ele era legal?
- Bem, ele disse que não gostava de homens. - Riu. - Ele era sim.
- Bem, teria ido a um bordel feminino se não gostasse de homens.
- Bem, alguém disse a ele que eu era pequeno, parecia uma moça e tinha uma boa boca. Não posso culpar o Katsuragi, ao menos não é um vampiro.
- Mas ainda assim, ele sabia que você teria pau. E ele veio num bordel de homens. Ele é enrustido, como o Tsukasa.
- Bem... Talvez. - Asami sorriu e desviou o olhar a ele. - Se divertiu com ele?
- É sempre divertido. Não exatamente pelo sexo, mas porque ele é um homem enorme, tímido como você.
Asami riu e negativou. 
- Hum... Será que... Sobra algum espaço pra mim?
- O que? Quer se deitar conosco?
- Não... Eu... Quero saber se você tem um espaço na sua agenda cheia pra mim.
- Não seja tolo, não está cheia. Apenas hoje, ele quis dormir em meu quarto.
O menor sorriu e assentiu, aproximou-se dele, devagar e beijou-o em seu pescoço. 
- Quero você... Mas não hoje, já que não pode... Amanhã. As três da manhã na casa de banho.
- Hum, horário noturno é mais caro. 
Kurogane disse e deslizou os dedos em seu rosto, contornando. Asami sorriu e assentiu. 
- Eu pago, não me importo.
O riso soou entre os dentes do maior. 
- Com você não farei à trabalho.
Asami sorriu, beijando-o mais uma vez no pescoço. 
- Você me quer do mesmo modo?
- Se quero ter sexo com você? Não foi o que sugeri na primeira vez e você me enrolou, hum?
- Eu quero agora, eu... - Asami suspirou, ainda sentia um certo calor pelo corpo, era estranho, e agarrou-se em seu quimono, fitando seu tórax, bonito, a pele branca. - ... Eu vi você hoje. Vi sua pele clara, seu quimono desarrumado, vi a pouca luz, seus cabelos negros, caíam em seu rosto... Estava tão bonito...
Kurogane desviou-se para ele, um pouco abaixo do nível da própria face. 
- Você estava assistindo escondido? Como conseguiu não ser visto? Você é mesmo um pequeno tarado.
Asami riu e negativou. 
- Só vi você, não o vi. Eu... Fiquei no cantinho.
- Queria vê-lo? Queria ver que tipo de expressão ele fica?
- Queria ver você.
- Você pode ver, pode sentir também.
- Eu sei, mas... Você estava ocupado na hora.
- Hum, então você só me quer nas horas específicas?
- Claro que não, bobo. - Asami riu. - Você acabou de transar e quer tocar outro homem outra vez?
- Hum, são homens diferentes.
O menor sorriu e deslizou para dentro de seu quimono, a mão o tocou no abdômen, mas não desceu a seu sexo. 
- ... Se limpou após transar com ele?
Kurogane contraiu o ventre ao sentir o toque, mesmo inconscientemente. 
- Não vê que estou banhado?
- Hum... Nunca cheguei a ver você inteiramente nu. Você é grande aqui embaixo?
Asami murmurou, e sempre daquele modo tão sereno, mesmo que as palavras fossem maliciosas.
- Eu não sei, tudo depende do que considera grande. 
Kurogane disse, soando tão comum quanto ele, embora a expressão fosse naturalmente maliciosa, diferente da dele. O menor riu baixinho e deslizou para dentro de sua roupa íntima, tocando-o no sexo e apalpou, mordendo o lábio inferior.
- É... É grande sim.
- Mas nem estou de pau duro. 
O maior disse sentindo a apalpada e sorriu, achava gostoso. Asami riu e mordeu o lábio inferior. 
- Mas é.
- Precisa me deixar duro pra saber.
O menor assentiu e devagar o massageou, virando-se em direção a ele e o mordeu no pescoço, claro, sem força demasiada. 
- Minhas mãos estão frias?
Kurogane sorriu a ele, num riso sem voz, era soprado. O fitou por um momento, não respondeu, não importava. Fechou os olhos apenas, deixando o amigo fazer o que pretendia, é claro, não demorou para conseguir. Asami sorriu conforme o sentiu endurecer entre os dedos e devagar abaixou-se, subindo em meio aos cobertores, havia se enfiado no quimono dele, abrindo e as mãos percorreram a cintura dele, deu a ele um pouco dos lábios quentes conforme o afundou na boca e sugou, firme, sem se importar se ele permitiria ou não.
O maior assistiu se perder entre os cobertores, não entendeu porque descer e voltar a subir, mas logo estava imerso novamente, posto dentro da roupa, o que causou um riso, mas cessou ao sentir sua boca, embora ainda estivesse sorrindo. Levou a mão abaixo, como seu corpo e tocou seus cabelos com gentileza, porém firme. Asami sorriu contra seu sexo conforme o ouviu rir, sabia que era uma brincadeira, embora o chefe não deixasse geralmente que dois garotos se tocassem daquela forma a menos que estivessem sendo pagos para fazer. Passou a suga-lo, firme, rápido, num vai e vem, e sabia até onde conseguia coloca-lo na boca, não era pouco, tinha alguma experiência com aquilo.
- Hum... - Gemeu contra seu sexo.
Kurogane sentia-se penetrar em sua boca, num movimento rápido e firme. Estava sendo sugado como a língua em um beijo, como um corpo quando o penetrava, normalmente não numa boca, e por sinal aquela era a primeira vez que alguém fazia aquilo. Tocou sua boca e deslizou abaixo de seus cabelos negros, roçou as unhas numa arranhada leve. Aquela altura já havia lhe dado todo o comprimento que podia, ali embaixo. 
- Asami...
Asami fechou os olhos, não precisava deles ali, o ar que buscava, buscava pelo nariz, a boca estava ocupada com ele até o fundo dela, na garganta e podia sentir a própria roupa apertar a si, dolorido e excitado, havia pensado em fazer aquilo nele desde que vira suas costas nuas e bonitas, gostava das costas dele, e de seus ombros, sua nuca. Quase suspirou. Aos poucos, com os dedos em sua nuca, Kurogane passou a incentivar os movimentos, empurrando-o para o vaivém, ainda que ele por si só fizesse aquilo tão vigorosamente. O gemido soou baixo, as paredes eram finas, tinha um outro rapaz esperando no quarto. 
- Você gosta disso, ah? Parece sedento, pequeno.
Asami sorriu conforme o ouviu falar, e na verdade, tinha vontade dele, ao puxar o edredom, devagar descobriu o corpo dele e o fitou na baixa luz do quarto, deixando-o ver os próprios lábios ao redor de seu sexo, e o modo como o sugava pra dentro. 
- Hum...
- Uh, você gosta de enxergar o que faz, ah? Abra os olhos, veja comigo. 
Kurogane disse, vendo-o, assistindo seus estímulos, embora a reação natural do corpo fosse a vontade de cerrar os olhos para se prover daquilo, mas quis assistir. 
- É gostoso. 
Sussurrou audível o suficiente e alcançou seu rosto, acariciando seus lábios a delineá-los.
Asami assentiu, observando-o num pequeno sorriso e retirou-o da boca, devagar, lambendo seus dedos, de modo sutil.
- Quero que você veja... Sei como homens gostam de se ver entrando. 
Disse num pequeno sorriso, embora parecesse um garoto tímido, não havia tom vermelho nas bochechas, era habitual para si dizer aquilo, e novamente o afundou até atingir a garganta, não iria parar até ele gozar. 
- Na verdade, imaginar que você queira ver é muito mais excitante. 
Kurogane disse num sorriso canteiro e levou a mão até a ereção, seguindo com o movimento da boca dele o mesmo ritmo. 
- Quer saber meu gosto?
O menor assentiu num sorriso novamente e deslizou uma das mãos por sua coxa. 
- Quero ver sim. 
Disse, quando o retirou rapidamente e raspou os dentes, cuidadoso em sua ponta, expondo a língua a ele.
- Então dê conta disso, não posso voltar até ele com uma ereção.
Asami assentiu novamente e o afundou na boca como havia feito antes, sugando-o firmemente para si.
- Uh... É gostoso. Você é quente assim lá embaixo também. Não sei com meu sexo, mas sei com meus dedos.
O menor desviou  o olhar a ele e sorriu meio de canto. As unhas percorreram suas coxas, arranhando gentilmente, causando arrepios na pele e jogou os cabelos longos e negros para o lado, deixando-o ver melhor o próprio rosto. Kurogane queria vê-lo, porém fora obrigado a fechar os olhos, dando atenção as sensações no corpo. Era um ato novo para si, mas não ia chegar muito rápido pelo tempo em que, como cortesão, já havia se acostumado a sentir prazer. Embaixo dele, aos poucos se movia, investindo em direção a ele. Devagar, a mão de Asami subiu pelo corpo dele, tocando-o até alcançar um dos mamilos e apertou-o ali, suavemente, massageando o local, sensibilizando-o enquanto ainda lhe dava atenção aquela outra parte.
- Não. 
Kurogane disse, interrompendo o contato. Não era muito fã de toques naquela parte, embora não negasse para um cliente, não estava atendendo um agora. Segurou sua mão, deslizando a mão para a cintura ao invés do peito. Asami uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e assentiu por fim, deslizando por seu corpo até sua cintura onde fora colocado, e logo, os quadris, puxando-o em direção a si, como faria se o tivesse entre as próprias pernas.
- Uh... Queria usa-lo em você. 
Kurogane disse, um pouco soprado, incentivou o movimento, seguindo com os quadris, o empurrando com a mão. Tão logo, desfez-se em sua boca. Tentou não ruir. Asami sorriu ao ouvi-lo, mesmo sutil e continuou a sugá-lo, silencioso, no dia seguinte o faria com ele e por fim estremeceu ao senti-lo finalmente gozar. Não fez nenhuma careta, o sugou, bebendo todo o prazer dele e  ao afastar-se, mordeu o lábio inferior por fim, lambendo-os. 
- Hum, oishi...
Kurogane reabriu os olhos, notando sua expressão dócil e ainda lasciva ao lamber seus lábios, retribuiu o olhar e sorriu canteiro, satisfeito. 
- Hum, Kimochi...
- Amanhã... Amanhã você pode entrar. - Asami murmurou num pequeno sorriso. - Você quer?
- É, amanhã vou retribuir o favor. 
Kurogane acariciou seu rosto, delineando-o. Asami sorriu e assentiu. 
- Agora... Tem que voltar pra ele. 
Disse num suspiro e beijou o rosto do amigo.

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