Kaname e Shiori #24


No relógio marcava cinco e meia da tarde, Shiori já havia limpado toda a casa após a saída do novo namorado e teria que esperá-lo até as seis, afinal, teve que ficar no hospital durante o dia, e dormira com ele a noite toda passada. Porém estava animado, sabia que ele viria buscar a si para fazer alguns exames. Seguiu ao quarto do futuro filho e ao entrar ligou a musica no berço, sempre o fazia quando entrava no quarto, abrindo um pequeno sorriso. Sentou-se na poltrona ali e pegou um dos livros, dando atenção a ele e lia em tom alto a história, mantendo uma das mãos apoiada a barriga sutilmente crescida dos quatro meses de gravidez e leu até que pegasse no sono a segurar o livro em uma das mãos, ouvindo a musiquinha baixa soar pelo quarto.

- O bebê quem deveria dormir com música.
Kaname sussurrou ao pé do ouvido, conforme abaixado lado àquela poltrona no quarto, onde optou por seguir após alguns cômodos passados, a procura dele, visto que já o havia chamado e não obtivera alguma resposta, então a encontrá-lo ali.

Shiori abriu os olhos, assustado com a voz do outro tão próxima e o observou, abrindo um pequeno sorriso e fechou o livro, levando uma das mãos a esfregar os olhos.
- Oi.

O maior pegou o livro, o deixando na mesinha ao lado.
- Não deveria esfregar os olhos. Panda.

O menor riu baixinho.
- Eu esqueci...

Kaname levou o polegar abaixo de seus olhos, limpando-os da maquiagem.
- Podemos ir? - Sorriu.
- Sim, vamos.
- Estava lendo pra ele. - Disse o menor a se levantar.
- Você quer saber o sexo?
- Hai, e quero saber se ele está bem. - Sorriu.
- Deve estar, já que vampiros não morrem...
- Não facilmente.
- Não de doença ou algo relacionado à saúde.
- Hai, mas mesmo assim...
O maior abriu a porta do carro, deixando-o adentrar o veículo, a pouco estacionando na vaga de estacionamento, ao adentrar, o pequeno colocou o cinto. Kaname entrou logo após e acomodou-se no veículo, logo este se locomovera pelo estacionamento, seguindo a saída e traçou o trecho na rua, não muito longe, até o hospital. Shiori sorriu a ele e observava atentamente o caminho feito, afinal, depois do acidente que tiveram, nunca mais desgrudou a atenção da rua quando estava dentro do carro com ele. 
Algum tempo depois, Kaname estacionou outra vez na frente do edifício extenso, médico. Cessou o caminho do carro e ao deixá-lo, já alarmou o veículo, abrindo a porta do passageiro ao moreno. O menor sorriu a ele a retirar o cinto e logo saiu do carro, segurando a mão do outro que seguiu até o hospital, cumprimentou novamente os mesmos funcionários e o levou até a sala onde já detinha permissão de levá-lo. Fechou a porta ao passar.
Ao entrar na sala, Shiori retirou o casaco, deixando sobre a cadeira próxima. Bem dobrado no armarinho médico, Kaname pegou o avental, entregando-o a ele.
- Ah... Preciso vestir?
- Prefere ficar nu?
- Não...
- Então. Quer ficar com a mesma roupa?
- Iie... Eu me visto.
Shiori assentiu e levantou-se a retirar a própria camisa e a calça em seguida. Kaname d
eixou-lhe ao lado o avental e buscou o necessário para seu exame, fuçando a sala que na verdade, não era de posse. Após vestido, o pequeno se deitou no local. O maior pegou o pequeno banco estofado e ajeitou-o ao lado da cama médica. O aparelho ligado em prontidão, o gel de ultrassom que passou suavemente em seu ventre já elevado.
- Tomara que seja uma menininha. - Shiori sorriu.
- E se não for? - O maior indagou ao limpar as mãos com luvas e buscar o aparelho ao lado.
- Vou ficar feliz mesmo assim.
- Então. - O maior descansou o aparelho sob seu ventre, deslizando-o na posição correta, onde podia ver o feto, com tamanho já relevante e bem formado. - Veja.
Shiori desviou o olhar ao monitor e sorriu.
- Own...

Kaname sorriu a ele.
- O que é?
- Não vou dizer.
- Eh?
- Não vou dizer o que é.
- Mas por quê?
- Porque eu não quero.
- Mas...
Kaname riu abafado, em tom maldoso.
- Me faala!
- Se-gre-do.
- IIE!
- logo teremos um mocinho em casa.
- Ah, jura?! - Shiori sorriu.
- Não sei...

- Kaname!
- Sh, está num hospital mocinho.
- Mas me diga... Isso é maldade
- Já disse.
- Nosso menininho.
- Uhum, já pensou em um nome?
- Iie... Ainda não.
- Teremos tempo.
O menor assentiu e desviou o olhar ao monitor novamente.
- Ele parece bem, não é?

- Está perfeitamente bem. E está animado também.
- Animado? - O pequeno sorriu.
- Está bem agitado. Apesar de ser vampirinho, tem pulsos bem acelerados e se mexe bem para uma criança de quatro meses.
Shiori desviou o olhar ao outro e sorriu novamente, observando o mesmo sorriso em sua face.
- Quer uma foto?
- Quero.
- E pode se vestir.
Disse o maior após o fim do procedimento, entregando-lhe logo a chapa onde detinha a imagem do bebê em sua barriga. Shiori s
orriu a pegar a imagem e permaneceu a observá-la por um tempo.
- Parabéns. - O maior falou baixo, porém o suficientemente alto para ele.
- Pra você também, papai. - O menor sorriu e levantou-se a lhe selar os lábios, logo após, retirou o avental e vestiu as próprias roupas, com a ajuda do outro. - Kaname... Sabe... Ainda vai me deixar trabalhar com você?
Mas agora não pode.
- Posso sim, não posso trabalhar quando chegar a nove meses. - Sorriu. - Por favor... Eu quero ficar perto de você.
Mas não pode se esforçar do mesmo jeito.
- Mas só vou ser assistente.
- Não tem algo que realmente possa fazer que seja tranquilo aqui. Mas bem, verei o que fazer.
- Hai... Kaname... Eu te amo.
- Eh... Que comentário repentino... Eu também, Shiori.
O menor sorriu.
- Então vamos voltar pra casa

- Hum. Estou com fome.
- Nem me fale em fome. - O pequeno riu. - Mas eu estou com vontade de comer pipoca...
- Pipoca...?
- É... Pipoca. Sabe... Quando vamos no cinema. Ah... Eu não vou no cinema há anos... 
- Ah. Você quer ir agora?
- Mas... Não é longe?
- Estamos de carro.

- Hai. Então vamos.
O maior ajeitou as coisas da sala e enfim se encaminhou de volta ao estacionamento, deixando junto a ele o hospital.

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