Ryoga e Katsumi #28 (+18)


Ryoga estreitou-lhe os olhos de uma forma muito menos amigável que ele. Podia ser sádico, mas em nada era masoquista, aquilo não vinha como um estímulo, mas sim como um convite para uma briga, e claro que retrucou à altura.

Katsumi virou a face com o tapa, sentindo a pele arder e manteve-se daquele modo por um pequeno tempo, desviando o olhar a ele em seguida, e era meio obvio que ele era mais forte do que a si, não precisava dizer, principalmente pela marca vermelha que se formou no local batido.
- ... Por favor, Ryoga.
Murmurou, com os dentes cerrados, irritado por ter que pedir daquela forma.

- Ótimo. E não ache que vou ficar inerte se me der um tapa.
O maior disse e afastou-se, sem prepará-lo ou mesmo adicionar novamente o lubrificante, puxou vigorosamente seus quadris e penetrou-o inteiro, sem impasse, sem delongas. Fez-se a completá-lo, sentindo seu corpo apertado.

Katsumi assentiu ao ouvi-lo, sentia-se um brinquedo preso a uma cama, era patético, embora deveras prazeroso, não podia tocá-lo da mesma forma como ele fazia consigo, e antes gostava de fazer isso, gostava de machucar, agora gostava de ser machucado, mas tinha o orgulho, e ele o feria constantemente.
- Não diga que vai procurar isso em outro lugar então.
Falou a ele, porém fora cortado ao senti-lo penetrar o corpo e gemeu alto novamente, dolorido e fechou os olhos, inclinando o pescoço para trás e uniu as sobrancelhas, quase sentindo-se rasgar ao adentrar o corpo até o fundo e estremeceu.
- ... Ah.

- Se não me quer fora, faça direito aqui dentro. Essa é sua punição.
Ryoga disse e soou rouco, um pouco pesado. Afetado pelo corpo estimulado junto ao dele, sentindo um calor atípico em seu interior, úmido pelo sangue, visto que sentia o cheiro, um pouco mais forte do que o sangue em seus lábios ou sua mão.
- Parece que está afim de ter uma hemorragia hoje, uh?

O menor assentiu ao ouvi-lo, e apesar de interessante o fato de ser punido por ele, não era bom pensar daquele modo, que ele iria procurar outra pessoa se não o agradasse, gostava dele, não queria que o fizesse, e não tinha noção de que ele podia estar somente provocando a si. Voltou a respirar depois de um pequeno tempo, tentando se recuperar da onda dolorida que havia percorrido o corpo, ousava dizer que era pior do que a chicotada que havia levado no peito e voltou a abaixar a cabeça, aspirando o aroma de sangue ainda mais forte, embora não desse tanta atenção a isso agora, que parecia meio longe, alto, pela dor que sentia.
- ...

- Vê o que faz consigo mesmo se tiver a atitude errada, Katsumi?
Ryoga indagou, e percebia sem dificuldade a dor que sentia. Chegava a parar sua típica respiração humana e que ainda tinha costume, guardando-a em seus mórbidos pulmões. Por uma breve gentileza, acariciou suas pernas, confortando-o de leve, ainda que certamente não fizesse demasiada diferença, bem, não sabia, talvez a ele fosse algo importante. Mas levou as mãos abaixo de seus quadris, curvando-o a erguê-lo suavemente, e deu por fim o início aos movimentos. Inicialmente gentis, criando um ritmo.

Katsumi não disse nada a ele, nem assentiu, nem negativou, era difícil até respirar, como ele havia notado, a respiração era pesada, dolorida apesar de guardar a voz na garganta ao invés de gritar, não porque não queria irritá-lo, mas porque não tinha mais voz mesmo. Manteve a face abaixada, deixando que os cabelos caíssem sobre o rosto e nem pensou em retirá-los com a mão, já que sentia as lágrimas escorrerem pela face, deslizando pelo maxilar até o tórax, mas não daria nem pensar o gostinho a ele de ver aquilo, por isso evitou o máximo que podia olhá-lo, o que logo cessou ao sentir a carícia suave recebida e desviou sutilmente o olhar a ele, unindo as sobrancelhas e a mão deslizou pelo lençol, aquela altura certamente não tinha mais a ereção de antes, então o acessório não apertava a si, o problema fora de fato quanto o sentiu iniciar os movimentos e novamente cerrou os dentes, sentindo-o deslizar até o fundo do corpo devido a posição.
O maior notou um leve úmido rastro sobre a maçã de seu rosto, no entanto, não disse nada. Com o mesmo toque firme em suas nádegas, desceu fazendo a curva e segurou pelos quadris, trazendo para si a medida em que se dirigiu para dentro dele. Ainda devagar, ainda criando um ritmo, no entanto a medida em que tornava-se mais afetado pela excitação e pelo estimulo que corria a percorrer a ereção, menos se importava com a gentileza com que o tomava, tornando aquilo cada vez mais firme, mais intenso. 
Katsumi suspirou e manteve-se em silêncio a observá-lo enquanto o sentia investir contra si, mantendo ainda os dentes cerrados e teve que piscar algumas vezes para conseguir observá-lo, guiando a mão livre à face, livrando-a das lágrimas, sutilmente é claro e gemeu novamente, recuperando a voz ao senti-lo agilizar os movimentos e recuperou também parte do prazer sentido ao senti-lo tocar a si no local prazeroso a fundo do corpo, embora a onda suave de prazer não fosse suficiente por hora.
- Ora, está chorando. Não queria sentir dor, ah? Não aguenta mais o tranco, Katsumi?
O maior indagou e soou rouco, evidentemente afetado pelo prazer. E continuou a se mover, tendo rapidez nos quadris e intensidade a investir num determinado ponto, que já conhecia há tempos. E após tanta dor, embora uma dor nada generosa, mas sim aquela ao meio de suas pernas, optou por lhe dar algo bom para sentir. E o puxava pelas coxas, notando sua pele trepidar junto aos músculos que colidiam vigorosamente ao corpo conforme o penetrava, conforme o puxava.

O menor estreitou os olhos a ele, sabia que mesmo com aquele silêncio de antes, ele não ia perder a oportunidade de encher o saco quando já estivesse melhor e sorriu a observá-lo.
- Você se esquece que era eu quem metia dessa forma nos outros, não o contrário. Eu sou virgem toda vez, idiota.
Falou a ele, como de costume e estremeceu, fechando os olhos e gemeu novamente, porém dessa vez prazeroso e mordeu o lábio inferior, agarrando-se a ele com a mão livre, em seu quadril.
- Caralho...

- Se não quer ser penetrado com força, então se comporte.
O maior disse, não dando importância ao que ele dizia, era um enrustido. Penetrou-o com força novamente, fazendo-o gemer ao ser intimamente tocado naquele ponto, interno e sensível. E sorriu-lhe com os dentes ao vê-lo protestar. Puxando-o firmemente outra vez, e tornou tocá-lo no mesmo sensível lugar, o qual em ritmo, insistiu, prosseguindo por diversas vezes.
- Você é um passivo, que gosta de apanhar, que gosta de ser maltratado, mas é um enrustido.

Katsumi gemeu novamente, alto com a investida e estremeceu, apertando-o no quadril, puxando-o para si, mesmo que ainda fosse dolorido, era gostoso, e ele já sabia que era masoquista, nem precisava fingir, embora tivesse um momento de recaída ao chorar, obviamente não queria tê-lo feito na frente dele. Negativou e desviou o olhar, sentindo o corpo se arrepiar visivelmente e mordeu o lábio inferior.
- Enrustido, é? Só porque eu dei pra você e gostei acha que eu sou enrustido?

- Você é um enrustido. Não quer chorar, ah? Não quer admitir que gosta de me obedecer. Quer assentir ao que eu digo, mas me olha com um rostinho arrogante. Sei o que quer, Katsumi. Não se esqueça que tem o meu sangue no seu corpo.
Ryoga disse, rouco e pesado, afetado pela excitação, mas que nada impedia de provocá-lo, e continuar com o vaivém firme dos quadris. Uma das mãos levou em seus cabelos, e acariciou uma pequena mecha, tão logo a desprezou ao escolher o topo de sua cabeça, agarrando os fios. Um pouco rude, mas nada demasiado. 

O menor sorriu a ele, meio de canto, não provocaria a si com aquelas palavras, nem se quisesse muito, sabia da própria posição, sabia que era arrogante mesmo, mas adorava infernizá-lo, a única coisa que faria a si ficar extremamente irritado seria se ele falasse sobre outra pessoa, ou dizer que iria embora. Gemeu ao senti-lo segurar a si pelos cabelos, excitado e guiou uma das mãos ao pulso dele, deslizando pelo braço e sentiu a força com que segurava a si devido a seus músculos firmes.
- Nossa... Calma. Está tão excitado assim, ah? Então parece que meu jeitinho arrogante te agrada.

Ryoga sorriu-lhe de canto, evidentemente não realmente bem humorado.
- Não estou fazendo força. E bem, sem o jeito arrogante, não teria graça nenhuma tirar sua pose.

Katsumi sorriu a ele.
- O que foi? Eu te irritei?
Falou e empurrou-se para ele como pôde, sentindo-o no mesmo lugar gostoso do corpo e uniu as sobrancelhas ao mesmo tempo, sentindo a maldita capa apertar a si.

- Certo que sim. Não gosto que se enganem a meu respeito, não gosto de parecer desesperado por pouca coisa.
O maior retrucou novamente, claro que ainda o provocava, assim como ele a si, e especialmente aquela noite, o sexo envolvia provocação o ato inteiro. Apertou mais o dedo em seus cabelos escuros, segurando-os no topo da cabeça e moveu-se tão vigorosamente, empurrando-se para ele o que fazia aquele agradável ruído de pele à pele ressoar como tapas, no meio de suas pernas e por fim gozou, não muito disposto a estimulá-lo que não fosse pela penetração, e ele, seria obrigado a gozar sem o uso de sua mão ou da própria.

- Pouca coisa, é?
Katsumi falou a ele e estreitou os olhos, deixando escapar um gemido sutil ao senti-lo puxar os cabelos e agarrou-se a ele cada vez mais com os movimentos firmes, provavelmente mais fortes para si do que para ele, já que era um vampiro mais recente que ele e talvez ele soubesse disso. Franziu o cenho ao senti-lo gozar em si e estremeceu, pelo menos não estava com um anel que impedia a si de atingir o ápice, apesar daquela capa ser desconfortável, conseguiu fazê-lo junto dele, afinal já segurava há um tempo e gemeu baixo, rouco.
- ... Ryoga...

Ryoga estocou uma última vez e notou sua capa transparente tomar respingos densos esbranquiçados. Constando seu ápice, fosse pelo esperma na capa, ou pelos espasmos de seu corpo e mesmo seu gemido com o próprio nome. Penetrou-o de novo, e de novo, com força, mas encerrou por fim, o soltando, abandonando igualmente seu corpo.
O menor gemeu mais alto ao sentir a investida dele no local já sensível e uniu as sobrancelhas, observando-o enquanto deixava a si e se levantava, ficou em silêncio por um minuto, olhando seu corpo sujo pelo próprio sangue em quantidade generosa de fato e arqueou uma das sobrancelhas, repousando a cabeça no travesseiro, antes de finalmente soltar a própria perna presa, mas deixou o braço por hora.
- Como está sua perna?
Ryoga indagou e sorriu. Usou um lenço úmido e anti-séptico para limpar o próprio sexo, ainda suavemente afetado pelo prazer e por seu sangue. Fitou o cigarro abandonado e já inteiramente queimado, optou por acender outro. 
O outro gemeu dolorido até abaixar a perna e uniu as sobrancelhas.
- Doendo pra caralho... Pra que fazer isso?

- Pra que isso o que? A graça é fazer ser ruim pra você.
- Pff. - Katsumi murmurou a ele. - Vou ter que sair amanhã pra comprar remédios, os meus acabaram.
Soltou a mão presa, dolorida e marcada pela corda e massageou o pulso, observando os cortes feitos pelo vidro anteriormente. Levantou-se, sentindo as pernas trêmulas.
- Sangue...

- Eu comprei pra você.
Ryoga disse e caminhou em direção ao casaco que usava poucas horas antes, tirou de lá a caixa com a medicação e jogou para ele na cama. Serviu o copo com sangue para ele, pegando do pequeno bar ali mesmo, e levou, tanto para que se alimentasse quanto para que ingerisse o medicamento.

O menor observou o remédio jogado sobre a cama e arqueou a sobrancelha, não sabia se agradecia por ele ter se preocupado consigo, ou se ficava chateado por saber que ele não queria mais ter filhos consigo. Bem, dos males o menor, pegou a taça, fingindo que nada havia acontecido e bebeu o comprimido.
- Quer mais sangue? - O maior indagou e num movimento descontraído na verdade, afagou seus cabelos, arrumando-os no lugar.
- Não. - O menor disse a secar a taça em dois goles. - Vou ver como estão as crianças.
- Foi suficiente?
Ryoga indagou com um leve arqueio da sobrancelha, mas não insistiu. Assentiu e se sentou, tragando o cigarro.

Katsumi assentiu, embora fosse óbvio que não era, sentia a sensação estranha das feridas que cessavam a dor e aos poucos se fechavam, mas não era o suficiente para se curarem totalmente e tudo bem. Levantou-se, colocando o roupão sobre o corpo e logo saiu do quarto em direção ao quarto dos filhos, abrindo a porta a tentar observar dentro do quarto, em silêncio. O maior não notou nada errado, portanto permaneceu por ali mesmo. Certamente as crianças não faziam nem menção de acordar, mas o deixou ir. Deixou-se após vestir uma roupa íntima e um roupão, mas ainda fumava, não tinha o que fazer.
Katsumi voltou ao quarto pouco tempo depois e seguiu em direção ao banheiro, limpando-se e por fim guardou as velas e os acessórios que de fato nem usou com ele, deitando-se em seguida.
- Descansar? Afinal você trabalhou o dia inteiro.

- Estou tranquilo. Era um pretexto pra te encher o saco.
- Eu sabia, filho da puta. - O menor falou a ele, estreitando os olhos e observou o próprio membro, ainda ereto embaixo da roupa. - ... Quando passa o efeito dessa merda?
- Na verdade isso é mais um efeito placebo. Mas bom, agora tem um pretexto pra ficar de pau duro.
- Ah sim. - Katsumi riu e escondeu-se abaixo da roupa.
- Deite. Tome mais sangue senão vai ficar com dor.
- ... Hai.

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