Nowaki e Tadashi #32


Nowaki buscou a carne assada e levou-a sobre a mesa já decorada. Ao voltar para cozinha, indicou a ele a salada que levava frango e que levasse para mesa. As sobremesas viriam depois. Portou o arroz, uma travessa com legumes grelhados ao curry. Vinho, champanhe. Finalizou com as louças.
- Bem, uma mesa natalina. - Apresentou a ele, ou melhor, brincou com a apresentação. - Mesa natalina, Tadashi, Tadashi, mesa natalina.

Tadashi assentiu e ajudou-o com a travessa junto do arroz e outras coisas pela cozinha. Ficou em pé diante da mesa e riu, mordendo o lábio inferior.
- Prazer, mesa.

O moreno sorriu, achando graça da continuidade da brincadeira. E por fim indicou a cadeira.
- Sente-se.

Tadashi assentiu e sentou-se frente a ele na mesa.
- Isso é tudo muito chique pra mim...

- Não seja bobo. Coma à vontade.  - Disse o maior e igualmente se sentou. - Tem batatas com a carne, você gosta.
- Eu gosto de batatas mesmo... - O menor riu e logo se serviu com as batatas junto da carne e o arroz.
O maior observou-o se servir, e fez o mesmo. Iniciou com os legumes e a carne, um pouco da salada e fitava vez outra o garoto, tentando notar suas feições durante o jantar. Tadashi experimentou o jantar, abrindo um sorriso, estava realmente gostoso e nem pensava no vinho, queria era guardar espaço para aquela comida gostosa. O moreno sorriu sutilmente ao notá-lo, para si e não a ele. Fatiou um pedaço da ave e levou a boca.
- Salgadinho.

- Hai é... Uma delicia! Nossa...
- O que é isso...? - Tadashi disse, referindo-se à ave.
- É um peru. Bem típico de natal. - Nowaki disse, achando que soava meio óbvio. - É bem gostoso, hum.

- Hai... Desculpe, eu... Nunca comi.
- Coma o quanto quiser. - O maior sorriu a ele. - Ele é recheado, fuça que vai achar o recheio.
Tadashi sorriu e assentiu, pegando os garfos e mexeu na ave, dentro, puxando-a e mordeu o lábio inferior.
- Isso é farofa?

- Sim, ela é mais densa, então consegue pegar em pequenos pedaços.
- Hum... - Tadashi lambeu os lábios e puxou pouco da farofa, colocando no prato.
- Experimente. - Nowaki disse e como ele, pegou um pouco, experimentando. - Está gostoso.
- Hai... - Tadashi experimentou e sorriu. - Hum... Todo mundo devia comer isso.
Riu, porém cessou por um instante, pensando que se fosse um ano atrás, estaria drogado numa cama enquanto os outros comemoravam, lembrou-se dos amigos no mesmo estado e até as pessoas tão pobres que também moravam ali, mas negativou, sorrindo a ele.
- E há quem não goste.
Disse o maior enquanto continuava a comer, devagar e tomou um pouco de champanhe, continuando com a salada, que gostava bastante. O menor s
orriu e mordeu o lábio inferior.
- E vamos dormir juntos depois?

Nowaki estranhou a pergunta repentina e deixou os talheres por um instante.
- Jovens...

- O que? - Riu.
- Pensam em sexo o tempo todo.
- Não sexo, dormir mesmo, juntos.
- Certamente. Acha que vou mandá-lo embora de madrugada?
- Não... - Riu. - E vamos... Dançar?
- Por que dançar? Você gosta?
- Gosto, você não?
- Não especialmente. - Disse o moreno e ouviu ressoar leves apitadas vindas do relógio, tal como o estouro de fogos de artifício que indicavam o início da comemoração. Sorriu por fim. - Feliz natal, Tadashi.
Tadshi assustou-se ao ouvir o relógio, porém sorriu em seguida, meio envergonhado e sorriu, empolgado.
- Feliz natal, Nowaki...

Nowaki pegou a taça com champanhe e levantou-se, próximo a ele, levou a taça a tilintar com a dele, em brinde. O menor ergueu a taça, sorrindo a ele ainda e retribuiu o pequeno toque do vidro, bebendo alguns goles, o moreno bebeu logo após o brinde, como ele.
- Estão soltando fogos de artifício, quer ver?

- Fogos? Quero!
- Vem.
O moreno disse, levando consigo somente a taça. Guiando o rapaz até o jardim nos fundos, dando vista do céu colorido pelos fogos. Tadashi se l
evantou, levando igualmente o champanhe e sorriu ao ver o céu colorido pelos fogos, aproximando-se dele com o barulho alto. Nowaki o fitou quando próximo, e tocou suas costas numa tênue carícia, descontraída. E assim como ele continuava a observar o céu.
- Vamos, antes que o jantar esfrie, uh? - Nowaki disse, algum tempo depois.
- Hai. - Tadashi sorriu e logo voltou para dentro.
O moreno seguiu junto dele e sentou-se após voltar para dentro de casa. Retomou o jantar num instante e não se demoraram a finalizá-lo. O menor bebeu os últimos goles de champanhe com um sorriso nos lábios.
- Hum... Queria poder comer mais. - Riu.

- Então coma mais, hum?
- Iie, estou lotado.
- Sem espaço para sobremesa?
- ... Ai meu Deus.
- O que? - Sorriu.
- Vou morrer.
- Se não quiser não precisa.
- ... Eu quero, mas estou gordinho.
- Então podemos comer mais tarde.
- Hai. - Sorriu.
- Quer vinho?

- Acho que eu não devia, tomei três taças de champanhe.
- Hum, muito bem.
Tadashi se levantou e sorriu a ele, estendendo a mão.
- O que, quer mesmo dançar?
- Claro.
- Certo. Que tipo de música vai colocar?

- Lenta? - Sorriu.
- Bem, escolha algo.
Tadashi assentiu e observou seus CDs, alguns que nunca havia ouvido falar e por fim colocou um que julgava bom, escolhendo a música. Nowaki suspirou e se levantou relutantemente. Não gostava de dançar, porém ainda assim foi. Chegou perto dele após o início da música, ajeitando-se bem posicionado e passou a seguir o ritmo. O menor riu baixinho e segurou-se nele, uma das mãos junto a sua e a outra em seu ombro e deu alguns passos, meio desajeitado.
- Por que quis dançar? - O moreno retrucou enquanto com ele, dançava vagarosamente.
- Por quê? Bom... Porque eu me sinto bem, me sinto como se o tempo parasse.
- Gosta de filmes de romance?
- Não.
- Hum, mas falou como se acabasse de ver um. - Nowaki provocou.
- Ah vá.

Tadashi riu e repousou a face sobre o ombro dele. O maior continuou com ele, e fez silêncio, ouvindo a música até seu fim, dançando até que ela acabasse, por fim, o menor sorriu e desviou o olhar a ele, deslizando uma das mãos por seus cabelos.
- Obrigado.

- Está gostando, hum?
- Muito.
- Hum, bom. - Nowaki falou baixo, mas audível.
O menor sorriu e assentiu a ele num movimento da cabeça. Nowaki virou-se, beijando-o no rosto, afundando os lábios em suas bochechas, e o outro sentiu o beijo, gostoso e riu baixinho, observando-o, tão perto de si, quase não acreditava que estava com ele, era como um sonho, e saber que ele gostava de si, com certeza era o principal, poderia facilmente morrer ali naquela hora, morreria feliz e satisfeito, mas ainda tinha muito o que viver ao lado dele.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário