Ikuma e Taa #53


Certo.
Ikuma ditou após todos os detalhes da refeição postos à panela, deixando o espaguete cozinhar no molho já preparado. Taa s
orriu ao outro e pegou os pratos, levando-os a mesa e ajeitou-os no local, voltando para pegar os talheres e depois as taças, levando junto a garrafa de vinho. No curto espaço de tempo entre a prontidão do jantar, o menor puxou o outro consigo, o mantendo próximo com as mãos que pousou acima de suas nádegas. Taa abriu um pequeno sorriso nos lábios, abraçando-o e lhe selou os lábios.
- Que foi, hum?

- Estou sendo carinhoso.
O maior sorriu, abraçando-o e deslizou as mãos pelas costas dele.
- É muito estranho me ver assim

- Já estou acostumando.
- Mas eu fiquei assim do nada...
- Talvez seja um pouco, afinal, sei que é porque está apaixonado, mas e antes? Não estava também?
- Claro que estava. - Taa riu e lhe selou os lábios. - Idiota.
- Então.
- Estou com vontade de dar pra você, tire as mãos da minha bunda.
Ikuma lhe deu um tapa e por fim o soltou. Taa deixou um baixo gemido escapar, mordendo o lábio inferior e piscou a ele.
- Não queime o jantar.
- Não vou queimar.
O maior abaixou-se em frente ao forno fechado e observou a carne coberta pelo alumínio.

- Já deu meia hora?
- Acho que sim. - Taa levou uma das mãos a abrir o forno e sentiu o forte calor contra a face, afastando-se. - Ai, caralho.
- Deixe-o aí.
Ikuma voltou erguer a tampa do forno e desligou o fogo, deixando o mormaço terminar o serviço na carne assada, enquanto igualmente o fazia com o espaguete, apagando a brasa quando por fim terminado. Taa a
ssentiu a permanecer afastado do fogo.
- Sirva o espaguete noutra travessa, eu tiro daqui, o mormaço já diminuiu.
- Só um minuto. - Taa suspirou, levando a mão até a face.
- Hum, ainda sensível?
Uma das mão, o menor deslizou com o dorso sobre a face do companheiro. O maior a
ssentiu e virou pouco a face em reflexo.
- Estou bem...

Ikuma deslizou o dígito entre seus lábios, em resvalo deste a sua boca, friccionando o dedo meio a um de seus dentes, até que a pele abrisse uma sutil fenda e dela, o sangue. Taa sentiu o forte gosto do sangue pelos lábios e observou o maior, encostando-se na parede atrás de si e sugou o sangue por um pequeno tempo enquanto fitava-o.
- O que há?
O menor formulou um breve e sutil vaivém com o dedo, porém no fim do feito, apenas o deixava sentir o fel expelido em sua boca, novamente. Taa a
briu um pequeno sorriso e sugou-lhe o dedo, cravando a presa no mesmo a arrancar pouco mais de sangue.
- Uh... - Ikuma grunhiu e por fim o livrou do toque. - Jantar.
Taa uniu as sobrancelhas ao ouvir o grunhido do outro e logo o retirar do dedo dos lábios, lambeu os mesmos e assentiu.
- Antes que encha a barriga com o meu sangue.
- Vamos comer logo, minha calça está ficando apertada já.
- Hum... Não seja tão sensível, sabe que não vou pensar duas vezes pra tirar essa calça apertada, agora sirva o espaguete na travessa e leve até a mesa.
Taa mordeu o lábio inferior e assentiu, abrindo o armário a buscar o pequeno recipiente de vidro e colocou o espaguete no mesmo, levando-o até a mesa e deixou sobre a mesma.
- Pode tirar do forno por favor... Amor?

Já na volta do alheio, postando a travessa de branca porcelana sobre o forno, Ikuma desembrulhou a carne assada com minúcia e com os talheres, fatiou-a afim de dar praticidade ao jantar. Salpicou um tempero de agrado sobre esta e deixou-a dorar apenas por pouco minuto. Taa sorriu, abraçando-o por trás e lhe deu um beijo no pescoço.
- É gostoso fazer isso contigo.

- O que? Me abraçar por trás e roçar seu pau duro na minha bunda?
- Também, mas eu digo o jantar. - Riu e se afastou.
- Também, hum hum.
Ikuma virou-se fronte ao outro, selou-lhe os lábios; neste roçou a língua, queria beija-lo mas por fim desistiu e voltou-se ao forno, onde novamente teve o cuidado a retirar o assado e pôde enfim, levá-lo a mesa de jantar ajeitada pelo rapaz, observou a decoração e sorriu de canto, o provocaria, mas não o fez. Taa r
etribuiu o selo e uniu as sobrancelhas ao vê-lo se afastar, caminhando para a sala junto dele e encostou-se numa das cadeiras, observando-o.
- Vai, pode fazer piada. - Riu.

- Iie.
O menor pousou o recipiente acima da mesa e levou as mãos a retirar o avental ainda no parceiro, riu desta vez e caminhou a cozinha, levando consigo a peça. Taa s
orriu e observou o outro a caminhar ao local apenas. Pegou o isqueiro no próprio bolso e usou-o com cuidado para acender as velas.
O barulho a porta, Ikuma atendeu a serviçal que dispensou tão logo. Minutos depois pôde voltar a sala de jantar, ajeitando o obi do quimono preto que vestiu.
- Não vou usar branco. - Alertou ao parceiro e sorriu a ele.

Taa abriu um pequeno sorriso e mordeu o lábio inferior.
- Vai usar o quimono? Achei que não fosse...

- Se quiser trocar de roupa, vá logo.
O menor ditou a pousar as mãos sobre os quadris do outro, o fitando próximo. O maior s
elou-lhe os lábios e abraçou-o com certa força.
- Vou.
Soltou-o e caminhou ao quarto,abrindo o guarda roupa a procurar o próprio quimono, branco, o contrario do outro, vestiu-o e ajeitou os cabelos mesmo soltos sobre os ombros, voltando a sala a ajeitar o obi e sorriu ao menor.
- Bom?

- Ótimo, principalmente pra transar.
Ikuma sorriu de canto após o comentário e seguia encarando sua figura, dispondo o assento ao mais alto, visto que sentado à mesa, se pôs igualmente a sentar-se próximo dele. Taa r
iu baixinho e sentou-se, piscando ao outro ao vê-lo se sentar em frente a si.
- Quem era na porta?
- Serviçal, mas já foi.
O menor abriu a garrafa de vinho prontamente, servindo as taças com este. Taa a
ssentiu e sorriu a esperar pela taça e logo levou-a aos lábios, apreciando o sabor do vinho junto ao sangue.- Está com apetite?
Ikuma ditou após repousar a taça sobre a mesa, sentindo no paladar o sabor suave do álcool, vinho e sangue.
- Bastante.O menor observou o outro e logo pôde ouvir o estrondo comemorativo de alguns fogos no exterior da casa, o miado inquieto que logo se instalou no ambiente, constando a presença do recém chegado. Taa uniu as sobrancelhas e desviou o olhar ao gatinho pequeno que caminhava pelo corredor, pouco perdido e afastou a cadeira a bater levemente a mão sobre a perna, vendo-o correr para si e pegou-o no colo, acariciando-o.
- Psiu... Tudo bem.
Ikuma virou-se a fitar o pequeno e novo morador da casa, desajeitado e confuso sob qual direção seguir, visto que apenas correu ao maior diante do tom sonoro da cadeira arrastada pelo piso, podendo ver presença ali e tentou inutilmente tomar impulso afim de subir em seu colo, e não conseguiu, apenas pôde esperar por ser pego no colo, acomodando-se medroso em suas pernas. Taa sorriu, ajeitando-o entre os braços e viu-o se encolher sutilmente, ajeitou a cadeira a deixá-lo sobre si e riu baixinho.
- Calma, gatinho...
Ikuma riu, abafando o tom de voz entre lábios cerrados.
- Ele tem medo dos fogos?

- É o que parece... Ele é pequenininho, quase some no quimono, só consigo ver porque é branco. - Riu. - Deixa ele aqui, já ele se acalma. Vamos comer, hum?
- Uhum. Mas eu suponho que o cheiro da carne vá espantar todo o medo dele.
- Eu dou um pedacinho pra ele.
- Deveria encontrar algum potinho pra ele?
- Seria bom... Pode fazer isso pra mim, por favor?
- Você colocou leite para ele, não? Deve estar na cama.
Ikuma levantou-se, seguindo o rumo ao cômodo, encontrando o mencionado mesmo onde havia dito e pegou o pequeno pote já escolhido pelo outro o levando a cozinha. Passou água, apenas a livrar o cheiro desgostoso de leite e quando seco, o levou até a sala de jantar, deixou ao lado e cortou uma das fatias da carne, deixando o pedaço desta no recipiente. Taa v
iu o gatinho se mover no próprio colo ao ver o potinho no chão e colocou-o no local com cuidado, vendo-o caminhar até alcançar o potinho e cheirar a carne, mordendo-a com os dentinhos pequenos.
- Nossa vez.
O menor buscou o talher na mesa, servindo a louça com o espaguete e prontamente o experimentou. Taa r
iu baixinho e igualmente se serviu do espaguete, logo após o outro.
- Parece... Muito bom.
Ikuma sorriu de canto, voltando a comer e sentir um tênue sabor do sangue adicionado ao vinho no molho do espaguete. Taa suspirou a experimentar a comida e abriu um sorriso nos lábios.
- Hum... Você é um ótimo cozinheiro.
- Você é que é uma ótima comida.Taa estreitou os olhos e riu.
- E se eu disser que não vai ter essa comida hoje, ahn?
- Hoje eu deixo passar, só pra ser um pouco romântico, mas amanhã te acordo no cacete.
- Porra, eu adorei essa frase. - Riu.Ikuma riu maldoso, tomando mais um gole do vinho e serviu-se da carne preparada pelo outro.- Chegou até a arrepiar.- Hum, gostou mesmo pelo visto.Taa assentiu e riu, levando pouco mais do espaguete aos lábios. Ikuma segurou a taça, dispondo-a fronte ao alheio.
- Brinde a que?
Taa riu baixinho e ergueu a taça.
- A eternidade juntos. - Sorriu.

- Hum, que gracinha.
Ikuma brindou ao dito, audível o sutil tilintar das taças e um outro gole do vinho tomou. Taa r
iu e levou a taça aos lábios a beber alguns goles do vinho.
- Ou ao menos... Até o tempo que você me suportar.

- Seremos eternos, e meu amor por você também.
Taa sorriu, desviando o olhar à taça, desajeitado.
- Oh, ele está tímido. - Ikuma cortou um pedaço pequeno da carne, levando-a a boca. - Coma, antes que esfrie.O maior assentiu, servindo-se da carne a cortar um pedaço pequeno e levou aos lábios.
- Bom? - Ikuma indagou mastigando vagarosamente.- Até que está... Achei que tudo que eu fizesse ficasse péssimo.
- Ah Taa, como é exagerado.
- Mas é verdade.
- Alguém já disse isso?
- Minha mãe.
- E o que ela disse?
- Disse que eu não sabia fazer nada direito.
- Ah, talvez tenha sido um comentário da boca pra fora, apenas isso. As pessoas fazem muito disso, dizer por dizer.
- Não tenho nenhuma lembrança boa dela.
- Que bom, pelo menos não fica triste com a morte de alguém que nunca lhe fez bem.
Taa assentiu, desviando o olhar a comida no prato.
- Perdeu a fome?
- Iie.
Taa sorriu e logo levou mais da comida aos lábios.

- Isso, coma porque seu namorado legal fez um jantar pra você.
- Disse que tinha um presente pra mim também... Quero saber o que é.
- Se for pra dizer o que é, teria sido mais fácil te mandar escolher o que queria.
- Quando vai me dar? - Taa uniu as sobrancelhas.
- Qual é a pressa?
- Tenho uma coisa chamada curiosidade.
- Essa coisa é grande, ah? Bem grande.
- É... - Taa estreitou os olhos e riu.
- Quando terminarmos o jantar.
- Hum... Okay. - O maior bebeu mais alguns goles do vinho.
Ikuma prosseguiu no silencioso jantar, se não fosse pelos fogos de artifício que assustavam o recente morador da própria casa, e vez outra se provia do vinho, saboreando o tênue gosto de sangue em casa um dos alimentos, até que os terminasse. Taa bebia mais vinho do que comia, afinal, adorava o sabor de álcool, e encheu a taça umas três vezes com o liquido escuro, terminando logo a refeição junto do outro.
- Não vou cuidar de nego bêbado.
- Estou bem, só tomei um pouco de vinho, hã.
- Estou avisando antes que fique tonto. 
- Não vou ficar tonto.
Ikuma levantou-se, riu provocativo e levou consigo a louça onde portava o jantar servido, levando-as a cozinha. Taa levantou-se igualmente e levou o próprio prato, deixando a taça sobre a mesa a retirar as coisas do local, menos o vinho.
- Apague as velas pra mim. Velas...

O menor guardou o que era necessário e a retornar a sala da jantar, pousando sobre a mesa dois talheres de sobremesa, visto que o companheiro retornava igualmente o cômodo, levou consigo as taças de sobremesa, portando nestas o suave mousse de tom sutilmente rubro, leve sabor doce, certamente feito com determinado tipo sanguíneo, adornando a sua beira duas fatias de morango, cristalizadas em sangue seco, e a cobertura era fresca num sangue morno e espesso.
- A serviçal fez um bom trabalho.
Pousou as taças igualmente acima da mesa, ainda no clima apagado de luzes e somente velas acesas. Taa obs
ervou as taças e mordeu o lábio inferior a sentar-se na mesa.
- Hum... Isso parece uma delícia.

- Aha.
Ikuma acomodou-se novamente no local anterior, dispondo numa das mãos a colher de sobremesa; esta que tomou a quantidade sutil do mousse e levou a boca, o degustando.
- Sabia que não seria possível preparar algo para a sobremesa a tempo, então jantamos enquanto ela se encarregou disso com meu pedido, veio entregar aquela hora.

- Ah sim. - Taa riu baixo e pegou a colher a levar pouco da sobremesa aos lábios, abrindo um sorriso. - Hum...
- Hum, gostou?
- Muito.
- Que bom. - O menor ditou e continuou o vagaroso degustar do mousse. - Ela trouxe isso também, o que será?
Deixou sobre a mesa a caixa em negro veludo, próximo a taça do maior.

- Uh? - Taa observou a pequena caixa. - Por que ela traria isso? - Riu e pegou a pequena caixinha, observando-o. - O que é?
- Não sei, às vezes ela deu um presente pra você. Está tendo um caso amoroso com a minha empregada, Lagarta.
O menor ditou a mais que levou do mousse a boca. Portava na caixa a aliança de três voltas em ouro branco, as pedras negras revestiam duas delas, cravejando-as, e a solo, branca.
- Eu? - Taa uniu as sobrancelhas e desviou o olhar a caixa a abrir a mesma, observando o anel e logo desviou o olhar ao outro. - Isso... São... Diamantes?
- Oh, minha empregada deve ganhar bem pra isso.
Taa inclinou o pescoço ao lado, observando-o em silêncio.
- O que há?
Ikuma voltou pegar a caixa com a joia, tomando uma das mãos do outro, encaixando em seu anelar a aliança e sorriu diante da medida exata. Taa o
bservou o anel no próprio dedo e logo desviou o olhar ao outro.
- Não, Ikuma... É... É muito cara.

Fora a vez do menor de pender a face de lado, fitando o outro. Taa riu baixo. - Obrigado. - Sorriu.
Ikuma retirou a própria do bolso interno contido no quimono, entregando-a a ele. Taa observou a aliança e sorriu, segurando a mão do outro e encaixou-a no dedo anelar, erguendo-lhe a mão e beijou a mesma. O menor concedeu a mão ao outro, deixando o anel deslizar pelo dedo.
- Feliz ano novo, Lagarta.
Ditou quando por fim as vistas decaíram no relógio que marcava o início do novo ano em meia noite e dois minutos. Taa s
orriu e levantou-se a lhe selar os lábios.
- Feliz ano novo, filho da puta.
O menor o retribuiu com o selo nos lábios e uma piscadela. Taa mordeu-lhe o lábio inferior e serviu-se com pouco mais do vinho, levando a taça aos lábios e bebeu alguns goles da bebida.
- Vamos para o quarto?
- Não vai continuar com a sobremesa?- Levo ela comigo. - Riu.- Está querendo encher a cara hoje, ah?- Ah, claro que não.- Uhum. - Ikuma levantou-se, levando consigo a garrafa de vinho. - Vamos.
Taa riu, pegando a própria taça de sobremesa.
- Não vai pegar a sua não?

- Quase a terminei enquanto você se perguntava se eram diamantes.
Ikuma regrediu alguns passos pegando a taça com a sobremesa. Taa r
iu, selando-lhe os lábios.
- Achei que você ia me pedir em casamento, e que ia me apresentar seus pais. - Taa riu, debochado e piscou ao outro. - Vamos, hum.

- Preciso apresentá-los a você? - Ikuma ditou já ao caminho do quarto.
- Precisa. - Riu.- Não sou um garotinho que está saindo de casa, Taa.
- É brincadeira.
- Não duvido muito que queira.
O maior negativou a se sentar na cama e ajeitou-se a apreciar o doce.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário