Yasuhiro e Yoruichi #12


Yasuhiro passeava ainda pelos cômodos da casa, e embora não tivesse o mesmo jardim do primo, tinha um extenso. Entre as cerejeiras e os bordos japoneses que davam cor pelo jardim, um modelo estilo labirinto criava uma leve e bonita brincadeira. A casa era escura como devia ser, mas tinha boa iluminação onde quer que as velas pousassem, as luminárias também, era de fato uma casa incrível, não teria do que reclamar e levaria uns dias para conhecê-la.
- Vamos, meu primo, vamos nos banhar no pequeno lago.

Yoruichi suspirou, observava a casa, bonita e bem decorada, mas tudo aquilo era meio triste, não queria ter que deixar as próprias coisas, a própria ponte, gostava dela. Desviou o olhar ao outro, meio irritado devido a recente mudança e negativou.
- Pode ir.

- Você vai continuar a agir assim?
O loiro indagou e desta vez realmente falava sério. Podia entender um problema e outro sobre o fato de que deixara uma parte de si para trás, mas não por tanto tempo, já havia tido tempo para se habituar com a ideia ou pelo menos tentar interagir consigo.

- Continuar com o que? Se sumi por uma semana e ninguém deu falta ou foi atrás. Resolveram ir atrás quando faltava duas horas pro casamento. Você estava ocupado demais com seu humano idiota.
- Na verdade procuraram sim você, mas esperava o que? Queria que corressem atrás de você e está triste porque o plano foi frustrado? Agora estamos casados e não espero ser o único a tentar fazer isso dar certo.
O moreno desviou o olhar e ainda tinha um certo rancor, mas assentiu apenas.
- Você foi? Você ao menos pensou em mim?

- Claro, com a sua imprudência era difícil não pensar.
- ... - Yoruichi desviou o olhar a ele e observou-o por poucos segundos. - Verdade?
- Não vou te mimar, seu rebelde.
Disse o maior, percebendo o que ele queria ouvir e até poderia dizer, mas ficara sem jeito talvez, gostava de provocar, mas a hora de falar sério poderia ser muito mais difícil. 

- Então vá sozinho ao lago. - Disse o menor a arquear uma das sobrancelhas.
- Não vou te mimar. Se não quer vir, fique sozinho e sujo. - Disse o loiro, resmungando.
- Depois eu que sou o difícil.
- Uh, não queira comparar, você não é difícil, é quase impossível, meu primo.
- É bem fácil, é só dizer que sentiu minha falta.
- Você sentiu a minha, Yoruichi?
Yoruichi desviou o olhar a ele, meio de canto e engoliu em seco o próprio orgulho.
- Todo dia.
Disse e virou-se, seguindo em direção ao quarto, que tentava achar.

- AH É? - Disse o maior, um pouco mais fatídico a pergunta e seguiu-o em seu caminho. - Mesmo assim agora não quer tomar banho comigo.
- Não, porque você não me respondeu.
Disse o menor sem se virar, continuando calmamente o caminho.

- Você não tinha perguntando antes e já havia negado, seu imundo.
O moreno desviou o olhar a ele.
- Porque eu sabia que não ia falar.

- Não seja um mentiroso.
- Eu, mentiroso? - Cessou os passos, fitando-o. - Sentiu minha falta?
- Quis saber onde havia se metido.
- Então não sentiu?
- Puta que pariu hein?
Yasuhiro deu de ombros, erguendo uma das mãos como quem abria mão dele e por fim seguiu o caminho feito até ali, buscaria uma roupa e se banharia. O moreno s
orriu meio de canto.
- Espere, bebê chorão, eu vou junto.

- Vai nada. Tome banho de bacia.
- Vai me impedir de ir até o lago?
- De ir até lá não, mas posso impedir de entrar.
- Ah e vai fazer o que? Me segurar pelado?
- Nem havia pensado no detalhe da nudez, mas se queria tanto assim ver, era só pedir.
- Ver o que? Eu não quero ver nada!
- Não quer?
- Não. - Yoruichi cruzou os braços.
- Então não pode tomar banho agora, porque eu vou e vou ficar pelado, peladão, pelado pra caralho.
- Olhe essa boca. Então vá, eu vou depois, já que não faz questão.
- Então okay.
Yasuhiro disse, deu de ombros, usando sua própria arma contra si, sua própria birra, faria da mesma forma, embora preferisse irrita-lo de alguma outra forma, aquela também parecia funcionar. O menor a
ssentiu e virou-se, seguindo ao quarto onde pegaria uma roupa qualquer para usar quando fosse se banhar, e não iria com ele.
O loiro seguiu para o banho no lago fora de casa, não daria o braço a torcer desta vez, embora quisesse pega-lo e arremessa-lo na água mesmo antes de entrar ou talvez tirar as roupas.



- Sai daí! Você está aí já há duas horas, já está fazendo de propósito! Eu preciso tomar banho, Yasuhiro!
O moreno falou e cruzava os braços, segurando a própria toalha, e dele que o engraçadinho não havia pego, deixando ao lado.

- Faz nem dez minutos.
Disse o loiro e já faziam horas, mas fingiu-se desentendido, sentindo a água em temperatura agradável e já havia se higienizado com sabão.

- Yasuhiro! Eu vou matar você!
O menor falou e negativou, irritado, retirando o próprio quimono e permaneceu com a roupa íntima, era mais seguro. Entrou na água junto dele e empurrou-o.
- Sai!

Voltou-se a ele, com aspecto desdenhoso, embora fosse só uma forma de fita-lo se despir. Entrou consigo e fora empurrado, empurrou-o da mesma forma, embora com menor proporção.
- Pare com isso, tem um grande espaço e você fez questão de se sentar próximo, quer tocar em mim. Ecchi.

- Chega! Eu tenho dezoito anos, não tenho mais idade pras suas birrinhas.
Yoruichi falou a ele e afastou-se, virando-se de costas e pegou o próprio sabonete na beira.

- Uh... Tão maduro, tem dezoito aninhos.
- Tenho, sou bem maduro!
- Ah sim, você é sim.
Disse o maior e deu um leve toque sobre o topo de sua cabeça, como se o compreendesse ou consolasse. 

- Sai, está invadindo meu espaço!
- Meu amor, você é meu companheiro, tem sorte de ser só o seu espaço mesmo.
O moreno desviou o olhar a ele.
- Chega pra lá.

- Não chego.
Yasuhiro disse e pegou-o pela cintura num movimento rápido e trouxe-o perto o bastante, encostando-se com o peito em seu corpo. O menor a
rqueou uma das sobrancelhas ao senti-lo segurar a si e afastou-se, ou tentou se afastar, apertando seu braço.
- Me solte, Yasuhiro!

- Não solto, seu porcaria.
- Me solte, está machucando... E não deixei me segurar.
- Seguro mesmo, se reclamar, seguro seu pau.
Yoruichi encolheu-se ao ouvi-lo e novamente o apertou no braço.
- ... Yamete.

- Iie.
O maior disse e fez até questão de soar baixo e contra seu ouvido, próximo. O moreno d
esviou o olhar a ele, meio e canto e negativou, ainda a segurar-se em seu braço.
- ...

- Não vou soltar.
Disse o loiro e até deu um leve mordisco em seu ombro, que não feriu a pele no entanto. O menor v
irou-se sutilmente a observá-lo e ainda se encolhia em meio a seus braços. Silencioso, deslizou a língua pelos lábios dele, sentindo-o e deslizou uma das mãos pelo maxilar do outro até a nuca, onde o segurou e penetrou a boca dele com a língua.
Fosse o qual fosse o plano do moreno, havia falhado miseravelmente. Ao invés de solta-lo a medida em que sentiu o beijo, dado o fato de que já havia feito consigo antes, antes que viesse a se surpreender, Yasuhiro somente imergiu igualmente em sua boca, o beijando, o penetrando igualmente na cavidade, firme.
Yoruichi suspirou com o toque retribuído e embora quisesse fingir que queria fugir, na verdade queria ficar daquele modo com ele mesmo. Sentir seu corpo, mesmo frio, gostoso junto ao próprio, havia esperado tanto tempo, queria fazer amor com ele, mas não podia.
Com as mãos já em sua cintura, o maior trouxe-o ainda mais firmemente para si, tão firme quanto a língua movia em sua boca e quase chegava a pensar que estava iniciando a noite de núpcias. O moreno manteve os olhos fechados, sentia a água estranhamente morna tocar o corpo, o próprio e o dele e deslizou a mão a seus cabelos, acariciando-os, deslizando numa suave carícia pelos fios dourados.
Yasuhiro sorvia entre o beijo seu lábio inferior, tocando gentilmente sua boca com uma carícia da língua que resvalava suavemente sobre a pele, língua, mucosa. E com um dos braços mais desatencioso a sua cintura, o outro manteve, porém um deles desceu pela coxa, acariciou-a e seguiu caminho à virilha, em menção de tocar a seu sexo.
O menor sentiu seu toque, suave e embora parecesse desatencioso em meio ao beijo, sabia exatamente onde ele tocava, tanto que cessou o beijo com uma pequena mordida em seu lábio e segurou sua mão, de modo gentil.
- Não... Ainda não.

Ao sentir o mordisco, Yasuhiro descerrou as pálpebras e fitou-o de perto, sentindo o toque de aparte de sua mão, acabando com a possível ideia de ter sexo com ele.
- Eu não fiz nada, era só uma roçadinha. - Brincou, embora tivesse pensado adiante.

- Sei...
Yoruichi falou a ele e lhe selou os lábios, apartando daquele modo aquele toque que tinham, que já causava reações ao corpo e virou-se a pegar o tecido, junto do sabonete. O maior s
entiu-o aos poucos desvencilhar o toque e preferiu deixa-lo, antes que roçasse alguma coisa ereta em seu corpo, que fosse dolorido de conter. Esfriaria-se com a água enquanto via-o se banhar.

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