Yasuhiro e Yoruichi #13


Yoruichi suspirou, e estava entediado. Aquela casa era grande demais, haviam muitos quartos vazios, tudo por mimo da própria mãe que queria ter vários netos, que não queria prover. Era medroso, e estava um pouco incomodado devido ao fato de que o outro ainda tinha contato com aquela criança, e ele havia saído de casa, não sabia onde estava, se preocupava ainda mais agora, que já era casado com ele, e era quando os maridos começavam a trair as esposas, não teria chance contra aquela porcaria fofa de meio metro. Encostou-se ao limiar da porta, o kimono jogado sobre o corpo de modo solto, preguiçoso, afinal, havia acabado de acordar, e fizera questão de dormir no outro quarto, evitando-o e evitando seus toques. Já era tarde, faria para si um chá. Distraiu-se com os sons ao redor, da chaleira no fogo e quase não ouvira os passinhos pelo chão, somente quando o vaso sobre o móvel se espatifou contra o piso fora que deu atenção ao pequeno animal que agora observava assustado, com o rabinho peludo o que havia feito. Preparou-se para pegá-lo, era quase um gato como ele, escondido com as pequenas 
presas a mostra ensaiando para pegar o pequeno bichinho e por fim jogou-se sobre o corpinho cinzento do animal, abraçando-o contra si e observou-o, notando que nem precisaria pular sobre ele, já que era dócil.
- Oi amiguinho... Você veio me visitar, é? Está com fome? Talvez eu tenha algum peixe...

Já estava na segunda semana de casamento, Yasuhiro havia até mesmo trocado algumas carícias  com o moreno, embora seu humor fosse demasiadamente instável, hora queria carinho e em outras era simplesmente um bastardo e embora gostasse de provoca-lo, aos poucos acabava perdendo a paciência e era nesse meio tempo que acabava saindo, em maior parte das vezes ia até uma pequena feira num vilarejo próximo e conseguia se divertir com coisas de humanos, alguns bolinhos doces e incomuns, que não precisava comer, mas que achava interessante conhecer. Outros feitos de arroz, que era como uma massa, era horrível, ao pensar torcia a boca. Após beber um pouco de saquê preparado de uma forma quente, enfim seguiu de volta para casa, havia até, como um bom marido que era, comprado um doce cuja massa fina e branca envolvia um morango inteiro, levando numa pequena bandeja com cinco unidades. Ao voltar ouvia um falatório vindo da cozinha, com uma voz até incomum, fina e dócil, e ao chegar vagarosamente no cômodo, observou o rapaz a se divertir com um companheiro peludo e cinzento.
- Você é muito lindo...
O moreno falou a ele, deslizando a mão pelos pelos do pequeno animalzinho e pegou uma pequena fatia do peixe que havia preparado mais cedo para ambos, colocando num pires pequeno, para ele, assim como alguns golinhos de leite.
- Você bem que podia ficar... Temos tanto espaço e eu queria um amiguinho...

- Ah, quer um amiguinho, é?
O loiro indagou a ele, tirando de seu encontro pessoal com o felino, que na vigorosidade com que comia os filés de peixe, parecia não se alimentar há alguns dias e bem não se decidia se tomaria o leite ou se comeria os filés. Caminhou até ele, se aproximando e fitou o bichano o qual tocou com a ponta do dedo no topo de sua cabeça pequenina.
- Vamos provar carne de gato.
Disse ao moreno e embora fosse somente uma provocação, falou como se estivesse sério. Yoruichi d
esviou rapidamente o olhar em direção à porta, vendo-o ali e já sentia o cheiro dele por um tempo, mas estava em toda a casa de toda forma.
- Nem pensar!

Yasuhiro sorriu-lhe com os dentes, sem ruir no entanto e deixou para ele a bandeja sobre a mesa após mostrar visualmente, erguendo de leve o recipiente que colocou ao lado.
- Vou arrancar o couro dele. O moreno d
esviou o olhar para a bandeja trazida, estranhando-a e negativou.
- Não, deixe ele em paz.

O riso soou entre os dentes do maior desta vez a medida em que passeava pela cozinha pouco conhecida.
- Fará um pouco de chá para seu marido?

- Estou fazendo para dois... - O moreno murmurou, desviado o olhar ao gatinho. - Vou ficar com ele.
- A você e ao gato, está tão amoroso com ele, espero que cuide bem dele mesmo enquanto estiver a dormir.
- Não se atreva a fazer mal a ele.
- Oh, quem disse que eu irei?
Yoruichi estreitou os olhos.
- Onde esteve?

- Dei uma volta pelo vilarejo.
- Está cheirando humano.
- Evidentemente, os humanos estão por todo o lugar.
- Hm... E o garoto?

- Ele está onde costumava estar, Yoruichi. Está há quilômetros daqui.
- Você chegaria lá em minutos.
- Eu não fui, Yoruichi. Pare de ser tão complexado com o menino.
O menor assentiu e desviou o olhar.
- Trouxe-lhe um doce da feira, experimente. Devia também ajeitar as roupas, já que não quer ser tocado.
Yasuhiro disse a ele, fitando a seu quimono desajeitado, largado em seu corpo bonito e era uma das primeiras vezes que o via tão casual, já que em sua casa estava sempre com aquela vestimenta bem ajustada. Levou as mãos aos lados e juntou-as, fechando corretamente seu obi, suficiente para esconder sua silhueta tão despida.

Yoruichi desviou o olhar a ele ao ouvi-lo, assentindo sobre o doce, porém prendeu a respiração ao sentir as mãos dele sobre as próprias roupas, fechando-as, e era a última coisa que achava que ele faria. Até então não havia deixado ele ver a si sem as roupas, e não pretendia até que o autorizasse a seguir adiante, ainda tinha receio, ainda tinha ciúme.
- Eu não achei que ia chegar tão logo...

- Bom, ainda é um pouco cedo pra nós, então se supõe que estaria aqui nesse horário, ainda que não hoje. Não que isso seja um problema, já que sou seu marido.
O maior deu-lhe uma piscadela. O moreno a
ssentiu e desviou o olhar num suspiro.
- Vou... Vou terminar o chá, obrigado pelo doce.

- Experimente.
Yoruichi assentiu e retirou um deles da bandeja, levando até os lábios e deu uma mordida, sentindo o gostinho azedo e doce ao mesmo tempo, com um sorrisinho nos lábios.
- É bom...

- Oishi, ah? Ichigo daifuku.
- Hum... É bem gostoso.
O moreno sorriu e guiou o docinho aos lábios dele em seguida. Yasuhiro f
itou seu modo a oferecê-lo, guiando até a boca. Não negou, embora não quisesse, mas desviou o doce e mordiscou seu dedo, que segurava a sobremesa, sem feri-lo na verdade, como um gato em um mordisco brincalhão.
Yoruichi uniu as sobrancelhas ao sentir a mordidinha no dedo e afastou-se rapidamente, porém ao invés de se irritar, deu um pequeno risinho, guiando o doce aos lábios dele rapidamente, empurrando-o em sua boca e sujou-o todo com o creme.
Ao ter a mordida desvencilhada, o maior diria algo a ele embora tenha sido surpreendido com o doce amarrotado contra a boca, e sentiu o morango invadir dentro dela, embora o doce escuro tivesse sujado a boca, e fitou-o com os lábios escurecidos pelo creme. Yoruichi riu conforme o viu observar a si com aquela expressão incrédula e por fim correu, fugindo dele em direção ao quarto.
- Yoruichi... Preciso de alguma coisa pra limpar a boca, fique aí.
Disse o maior em protesto e sua menção de ir embora e correu até ele, sem levar a brincadeira, já que não foi difícil alcança-lo e pega-lo pelos ombros, coloca-lo à parede impor-se a ele e sua pequena luta para que não fosse sujado, mas esfregou-se com a boca suja em seu rosto. 

O moreno uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e encolheu-se contra a parede, sentindo o doce deslizar pelo rosto a sujá-lo com o chocolate, riu novamente, negativando.
- Chato!

- Olha só, que delícia de doce.
Disse o maior e esfregou-se com vontade em sua bochecha. O menor n
egativou e riu, movendo os braços a tentar afastá-lo de si.
- Yamete!

- Iie.
Yasuhiro retrucou e então lambeu o doce que havia passado em sua pele, da bochecha até o canto dos lábios, onde penetrou levemente a ponta da língua entre as extremidades. O moreno s
orriu meio de canto ao senti-lo lamber a si, e a essa altura o kimono já estava desarrumado novamente, não se importou. Voltou-se a ele ao sentir sua língua, e beijou-o, penetrando a língua em sua boca.Ao sentir o toque mútuo de sua língua, o qual o loiro pretendia importunar por um tempo mais, porém, simplesmente o retribuiu como impôs. As mãos em seus ombros levou até o pescoço e uma delas seguiu caminho em sua nuca, rente aos finos fios de cabeço, onde entrelaçou os dígitos, e de seu corpo, chegou mais perto.
Yoruichi suspirou, sentindo-o se impor contra si na parede e gemeu, sutilmente, sem intenção é claro, e enquanto isso dava atenção ao beijo, deslizando as mãos pelo corpo dele, acariciando-o até alcançá-lo em seus quadris, onde cessou.
Yasuhiro sentira os dedos a deslizar sobre o tronco, até que interrompessem seu curso nada ousado. E com a mão desocupada, tocou seu peito plano, levemente aparente por suas roupas de tecido leve demais, escorregadio demais e tocou o pequeno mamilo e toma-lo entre os dedos e puxar com leveza, queria experimenta-lo, queria fazer o que casados fariam.
O menor sentiu o toque sobre o mamilo, e não podia mentir, queria ele, com aquele gostinho de chocolate, queria a cama, o corpo dele sobre o próprio, mas aqueles pensamentos ruins voltavam novamente, os cabelos loiros, que enchiam a própria cabeça, e fora bem nessa hora que sentiu o pequeno gato deslizar pelas pernas, tirando a própria atenção dos toques do corpo dele. Desviou o olhar ao filhote, abaixando-se a pegá-lo no colo.
- Ah, você já terminou de comer? Vamos, vou colocar seu potinho de comida num lugar melhor. - Disse o menor a desviar o olhar ao outro, meio de canto. - Vou... Fazer seu chá.

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