Masashi e Katsuragi #9 (+18)


- Katsuragi!

O vampiro ouviu o chamado do rapaz parado em frente à porta de entrada dos cortesões e saiu do local, observando-o, pouco pasmo pela falta de contato que tinha com ele, mesmo assim ele estava gritando agora na própria porta. Ajeitou os cabelos que caíam sobre os ombros soltos e sorriu a ele numa mesura sutil.
-
 Posso ajudar?
Sinto muito por incomodá-lo, mas eu estou muito interessado no garoto que andou me servindo nos últimos dias, fiquei sabendo que ainda é virgem e gostaria de lhe fazer um pedido.
- Estou ouvindo. 
Cruzou os braços, era evidente que não sabia nem o nome do garoto, ridículo.

- Eu pago o valor que quer, e ainda pago a mais para que não haja um leilão, eu o quero pra mim.
Katsuragi arqueou uma das sobrancelhas.
- Ele não está a venda.

- Bem, pago o mesmo para ser o primeiro homem dele.
O vampiro assentiu, observando-o, e de fato era bonito, chegou a se perguntar se ele não seria melhor para o garoto do que a si, afinal, era velho, ele tinha quase a idade do pequeno, mas sentiu o coração apertar só de pensar na hipótese.
- Eu vou pensar. 

- Certo, eu virei mais tarde com o dinheiro, se quiser aceitar, o prepare para mim.
Katsuragi assentiu numa pequena reverência e adentrou o local novamente, sentando-se ao canto numa das cadeiras.
- O que está te preocupando, hum? Vai dizer que comeu o garoto e não tem virgindade alguma pra vender?
O vampiro arqueou uma das sobrancelhas a observar o ruivo, que havia deixado no próprio lugar anteriormente.
- Não, e não é da sua conta.

- Mãe, sabe que eu sempre cuidei de você, quando você não tinha os pirralhos doadores de sangue, era eu quem fazia sua comida, cuidava das suas coisas. Não se apaixone, não vale a pena. O garoto vai embora, se lembra do que houve com o F...
- Cale a boca! Não se meta! E eu nunca amei o Fei, claro que tivemos noites boas, mas talvez eu só quisesse ter alguém pra mim, não o amava, só queria matar o Hazuki, por levar um dos meus garotos mais famosos, desgraça, como o Fei me trazia dinheiro.
- Bem, já passou, escute o que eu estou dizendo, o garoto está aqui por alguma razão, e também, o homem é bonito, é rico, deixe ele ir, ele gostou dele.
Katsuragi uniu as sobrancelhas por um segundo e assentiu, retirando a cigarrilha do obi a acender o cigarro.
- Mande-o se aprontar...
Masashi observou o cortesão à porta. Tinha um recado e ouviu-o atentamente enquanto recebia o quimono feito certamente à mão, era incrivelmente bonito. E com certeza muito caro. Sentiu um frio tocar o estômago, seria vendido e teria que entregar o corpo a alguém de forma certa, e os clientes dele eram exigentes, sabia pela fama do lugar já que os cortesões eram estritamente educados. Sabia também que Katsuragi era quase um demônio insensível, embora ainda não houvesse provado esse tal veneno. O garotinho chegou para ajudar com pequenos detalhes, assim como cabelos, ajustes da roupa, eram treinados desde cedo. Vestiu-se após o banho, pensando sobre ser de outro homem, não queria fazer sexo daquela forma, mas chegou ali para isso, para se entregar sem exigências. Os dedos passearam pelo pescoço, aonde havia recebido seus dentes longos e acariciou, sentindo um pequeno relevo na região, mesmo embora não visíveis. Ao término, pintou-se com a tinta, sem branquear a face, mas usou um habitual tom vermelho forte e escuro nos lábios. Seguindo logo ao quarto do cortesão superior ali dentro. 
- Mãe...? - Chamou e observou-o em seu quarto.
- Hum?
Katsuragi respondeu, e mesmo que parecesse desatencioso sabia exatamente quem era, reconheceu a voz, e antes havia ouvido os passos, cada um foi como uma faca fincada no peito. Virou-se a observá-lo, e tinha metade da maquiagem habitual apenas na face, a outra metade havia sido retirada nas duas horas que passara deitado e chorando, se achava um idiota por ter tais sentimentos, sabendo o que eles significavam e sendo imortal, mas não diria a ele.
- O que foi?

Masashi arqueou ambas as sobrancelhas notando as manchas de tinta em sua pele.
- Tudo bem? - Perguntou e entrou em seu quarto, aonde dormira algumas vezes. E sentou-se a seu lado. - Estou aflito, estou ansioso.
Mordeu o lábio inferior num gesto de nervosismo e riu, ainda refletindo o sentimento. Katsuragi l
impou os últimos rastros de maquiagem e assentiu a ele, virando-se a observá-lo.
- Tem que ser forte, eu vou te levar até lá. É aquele rapaz que você gosta.

- Que eu gosto? - Masashi indagou, sem saber a quem se referia. Mas era conclusivo, já que havia lidado com somente um cliente. - Ah, o de cabelos claros?
- Uhum.
- Ele quer minha virgindade de... Trás?
- Sim. Vai pagar duas vezes mais.
- Hum... - O menor estremeceu, desacostumado com a ideia. - Estou ansioso.
- Eu imagino. - Katsuragi serviu uma dose de saquê para si.
- Eu quero.
- Não pode beber antes de entrar na sala.
- Mas... Senhor... - Disse Masashi a deslizar uma das mãos pelos cabelos do maior.
- Não faça isso.
- Não mexer no seu cabelo?

- É.
- Por que? Está bagunçado.
- Eu arrumei.
- Claro que não.
Masashi riu e voltou a ajeitar aqueles poucos fios bagunceiros.

- Está bom assim!
- Sh sh... Está bêbado?
Katsuragi ouviu o chamado do ruivo no andar de cima e levantou-se, ajeitando o quimono que usava, de fato havia tomado algumas doses de saquê, mas não estava bêbado, não muito.
- Vamos.

O menor assentiu e voltou-se consigo para a porta, dirigindo-se até ela, deixando o cômodo. O maior subiu as escadas, apoiando-se com uma das mãos no corrimão e no camarim observou-o atentamente, ajeitando seu quimono e cabelos, ainda aflito, muito, sentia-se corroído por dentro, e não era a bebida. Viu o ruivo afastar a si, talvez pela própria segurança, já que segurava-se a ele com força e o observou a indicar algumas coisas a ele.
- Está pronto?
Masashi respirou com força, e fitou o vampiro. Mordeu o lábio inferior e pensou um pouco até assentir.
- Hai. Mas você parece mais nervoso que eu.

O maior negativou, mesmo observando de longe.
- Hey, dê atenção a mim.
- Hai. - Masashi assentiu e observou o rapaz. 
O maior acendeu outro cigarro, dessa vez sem a cigarrilha e era o quarto em uma hora.
- Posso ir?
- Ele está esperando lá fora.
Masashi observou-o atentamente, ainda a distância e viu o ruivo passar primeiro para o salão, não suportou vê-lo sair, nem poderia, jogou o cigarro de qualquer jeito e levantou-se, segurando-o pelo braço, e apertou tanto que certamente havia marcado.
- Não quero que vá.

O menor deu o passo a frente, seguindo com o cortesão certamente muito experiente. No entanto sentiu-se bloqueado pelos dedos no braço e até protestou com um grunhido.
- Katsu... - Reclamou e fitou o braço a fim de indicá-lo. 

Katsuragi afrouxou o aperto, sem noção da força e puxou-o para si.
- Não quero você com ele.

O menor fitou-o surpreso.
- Não é pra ir?

- Não... Você é meu... Não pode ser de outra pessoa.
- Mãe.
- Vá para o meio do inferno. Você não questiona minha autoridade, ou vai dormir na rua! - Falou ao ruivo.
Musashi fitou-o, confuso sem saber se ia ou não.
- Não vou?

Katsuragi negativou e abraçou-o.
- Posso saber o que está havendo?
O maior desviou o olhar ao rapaz de cabelos loiros, que fitava a ambos dali, confuso ao ouvir as vozes.
- Ele não vai fazer nada com você. 

- O que? Mas eu lhe dei o dinheiro!
- Enfie no rabo! Acha que você manda em alguma coisa só porque você tem dinheiro? Eu tenho dinheiro!
Katsuragi cessou a fala ao sentir o tapa estalar contra a face e ardeu, mesmo que fosse um vampiro, se fosse humano certamente estaria no chão, ele era bem mais forte que si na forma humana.
- Eu quero o que eu paguei.
Estalou o pescoço sem tocar e estreitou os olhos a ele.
- Eu vou arrebentar essa sua cara.

Masashi arregalou os olhos ao notar o estalo que ardeu em sua pele. Virou-se para o loiro, empurrando-o para tirá-lo dali. Ao fitar o ruivo, notou seus lábios torcidos, como se previsse a situação. Mas voltou ao dono do bordel, tocou seu rosto e afagou.
- Sh... Vamos pro quarto?
Indagou ao moreno e deslizou os dedos com uma carícia, evitando alvoroço no bordel. Katsuragi o
bservou-o e derreteu ao ver seu rosto que tanto gostava. Assentiu a ele e indicou a porta ao rapaz.
- Vá. Pegue o dinheiro dele.

- Isso não vai ficar assim, eu vou ter esse garoto de um jeito ou de outro.
- Melhor não tentar nada ou sua cabeça pode cair sem querer. 
O maior observou-o a se retirar, indignado e suspirou, estava bêbado, droga. Virou-se em direção ao moreninho e negativou consigo mesmo.
- Desculpe.
Estava de fato arrependido, mas daria aquele valor a ele e mais, o abraçou e repousou a face em seu ombro, só cessou quando ouviu o barulho do grito de um dos garotos dentro do camarim, puxou-o consigo e correu a observá-los, porém cessou os passos no mesmo lugar, o cigarro havia caído fora do cinzeiro e o móvel do canto estava em chamas.
- Meu deus, isso vai se espalhar, Mizuki, traga água! - Uniu as sobrancelhas e observou, atônito, já que não podia se aproximar. - Fique aqui, se algo acontecer com você eu me mato.

Masashi tocou seus cabelos escuros e afastou-se ao ouvir o urro vindo em tom agudo. O garoto que parecia em torpor até ouvir a ordem. Inútil, pensou afetado pela situação em si. E sentiu o cheiro tóxico de fumaça, desagradável, e que subiu conforme o fogo fora apagado. No entanto voltou-se ao moreno e lhe deu um tapa, que não usou realmente força.
- Como pode jogar cigarro no chão, louco.

Katsuragi uniu as sobrancelhas ao sentir o tapa e levou a mão à face, pasmo com o toque daquele modo vindo dele e não disse nada por alguns segundos. Masashi puxou-o pelo pulso e levou ao quarto vip. Ocupado, seguiu ao próximo, vazio e deixou-o na cama ao fechar a porta. E novamente acariciou seu rosto.
- ... Mas que posição era aquela? - Indagou após passar pelo quarto anterior. - Você... Ciumento.

O maior riu baixinho e deitou-se na cama, confortável, mas menos do que a própria e puxou-o para a beira, levando as pernas na altura de seus ombros.
- Hum, é gostoso.

- O que é gostoso? A posição..?
- Uhum.
- Você fez com alguém?
- Meus meninos dizem.
- Você é meu, não vou deixar ninguém encostar em você. Ouviu?
- Mentiroso. Alguém fez em você.
- Não mentiria pra você.
- Então como afirma?
- Ora, eu ouvi. Você ouviu o que eu disse?
- Quer que eu seja a "mulherzinha" do cafetão?
- Você não é minha mulherzinha, quem come é você.
- Ciumento. - O menor resmungou, não realmente. 
- Dê graças a Deus que eu sou ciumento. Gostaria de estar nesse quarto com aquele homem agora te comendo?
- Não fale assim.
Katsuragi assentiu e abaixou as pernas, sentindo as lágimas que se formavam nos olhos, atingido pelas próprias palavras, porém nada disse a ele, também não demonstraria nem rastros das lágrimas.
- Venha, deite-se. Eu vou pagá-lo pelo programa que eu tirei, não se preocupe...

- O que foi? - Masashi indagou notando sua leve expressão de desagrado. -  Você vai ser meu cliente?
- Será por todas as vezes que eu abusei de você de alguma forma e o fiz passar por situações como a de hoje... Aí se quiser, pode ir embora. Ele não irá atrás de você.
- Abusou de mim? Quando isso aconteceu? Você está apaixonado por mim ou querendo ser um cliente?
O maior desviou o olhar, em silêncio.
- Idiota.
- O que?
- Então estou indo embora.
- Se estiver feliz assim...
- Você é um cretino. Eu vim aqui pra trabalhar de todo modo, não vou embora. Vou para o quarto.
Katsuragi uniu as sobrancelhas e assentiu. O menor fitou-o de cima, na cama e negativou, dando-lhe as costas a fim de deixar o quarto. 
- Masashi! ... Fique essa noite comigo.
- Você vai pagar?
- Esta com raiva porque eu disse que ia pagar o dinheiro da sua virgindade?
- Bem, se você pagar eu fico.
- Não seja idiota.
- Então estou indo.
- Eu pago, maldição.
Masashi assentiu com a cabeça e virou-se para ele, parando em frente a sua cama.
- Como devo começar?

- Quero o meu quarto, e quero só dormir, estou tonto.
- Quer que o leve no colo?
- Não haja assim!
- Então perguntando sinceramente.
- Você não aguenta o meu peso.
- Você é vampiro e não pedra.
- Mesmo assim.
- Bem, então sou fraco. Levante-se e nós vamos.
- Hoje você está insuportável.
Katsuragi levantou-se, apoiando-se na parede. Masashi o
bservou-o ao se levantar e tomou por ali mesmo, ao impor o mais velho contra a parede e segurar sua cintura, beijar seus lábios com cheiro de álcool e seu perfume agradável, quase feminino.
O maior assustou-se com os movimentos rápidos dele, já que até então só havia feito lentos pela bebida. Retribuiu o beijo, ou tentou e fechou os olhos aos poucos, suspirando. Masashi penetrou-lhe a boca com a língua, beijando-o com firmeza, embora não muito rápido, e não se sentia inexperiente, já que o primeiro beijo que dera na vida fora com ele mesmo. Pressionou a ponta dos dedos em seus quadris e evidentemente sentiu sua forma através do quimono. 
O maior sorriu a ele, entre o beijo, pouco tonto pelo efeito da bebida e deslizou uma das mãos pelo corpo dele igualmente, porém nas costas, permanecendo de olhos fechados a se lembrar do corpo lindo que havia abaixo daquelas roupas.
Ambas as mãos, o menor levou a abertura do quimono e afastou as laterais pela frente, beijava-o ainda sem interromper pelos atos. E para trás seguiu com um dos dedos tocando, querendo prepará-lo. 
- H-Hum...
Katsuragi murmurou, concentrado no toque e igualmente deu a ele o que queria, segurando-o entre os dedos, mesmo sobre o tecido e apertou-o entre os dedos. 
- Uh!
Masashi murmurou, sem esperar o contato e sentiu a pele arrepiar enquanto ainda o beijava e tocava-o em seu corpo. E o fato que mais excitava, era sentir a vontade transmitida pelo vampiro, mesmo talvez sem intenção. Quando o tocava, sentia que ele queria aquilo. 

O maior gemeu baixinho, guiando a mão livre ao próprio obi onde puxou a amarra, soltando-o e expôs o corpo a ele, mesmo que não gostasse, sabia que ele gostava e deixou-o tocar a si agora com o quimono aberto, facilitando os toques. Deslizou a mão até a abertura de sua roupa e massageou-o em seu membro, que segurou entre os dedos, delicadamente, embora não fosse seguro fazer aquilo enquanto estava bêbado, afinal, sóbrio era capaz de medir a força que tinha, como vampiro era capaz de quebrar algum osso dele, só esperava que não pudesse quebrar aquele lugar específico.
- Hum...
O menor gemeu, levinho, sentindo a frieza de seus dedos que embora não tivessem calor, pareciam cálidos e receptivos. Ao término do beijo, fitou seu corpo parcialmente descoberto, era lindo, ele era sensual e combinava bem com sua posição atual, vampiro. Suspirou e sentiu o arrepio na tez. O dedo delineou entre suas nádegas e penetrou seu âmago, que pareceu sorver para dentro e recebê-lo de bom grado.
- Katsu...

Katsuragi gemeu, dolorido ao sentir o toque e contraiu-se a apertá-lo em si, desacostumado ao toque. Apertou-o entre os dedos do mesmo modo, insinuando a penetração e puxou-o para si, sentindo a parede contra as costas, fria embora não sentisse a temperatura da madeira e por um segundo achou melhor não ficar por ali, ou quebraria a construção delicada.Masashi fitou-o de olhos baixos e descerrou os lábios num gemido sem voz. Encarou o moreno, lindo. E sentiu-se puxado, quase pelo sexo e arregalou os olhos ao tê-lo feito. Os dedos se afundaram mais contra suas nádegas, visto que imposto à parede, a mão consequentemente aprofundou o ato e tocou-o bem no fundo, o quanto alcançava.
- Você quer isso ou você quer dormir somente? - Indagou, referente ao que dito por ele pouco antes. 

O maior gemeu baixinho mais uma vez, seguido do arrepio ao senti-lo tocar a si a fundo, era obvio que o queria, ainda mais com aqueles toques, e ele os havia iniciado, gostava de ser mandado mais do que mandar, mordeu os lábios e sorriu a ele.
- Quero isso.

- Quer fazer? - Indagou outra vez, embora não quisesse realmente resposta. Mordeu seu pescoço, imitando o que ele podia fazer e até riu, baixo e divertido. Penetrou-o com força, e apalpou seu sexo com a outra mão, masturbando-o.
- Katsu...Gosto disso. Gosto muito de você.

Katsuragi sorriu a ele ao ouvi-lo e assentiu num sinal com a cabeça, inclinou o pescoço ao lado e agarrou-o nos cabelos, puxando-o antes que mordesse forte demais. Estremeceu ao sentir a investida contra si e mordeu o lábio inferior, semicerrando os lábios num gemido sem voz, apertando-o entre os dedos ainda a segurá-lo com a outra mão.
- Eu também gosto de você, nem sabe o quanto.

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