Masashi e Katsuragi #10 (+18)


Masashi afastou-se, e tirou as mãos que o tocavam. Pegou suas coxas firmes e puxou-as, aceitando o desafio do moreno e pegou no colo. Levando o moreno para a cama e jogou-o sobre ela, riu com ele e acomodou-se entre suas coxas.
- Vai me ensinar posições?

Katsuragi agarrou-se a ele, no susto com o movimento e sentiu a cama macia abaixo de si, abrindo um pequeno sorriso malicioso nos lábios.
- Hum, se você quiser, eu ensino.

- Não vai querer tirar minha virgindade, hum?
- Eu já tirei.
- Estou falando atrás.
- Ah, não, só se você me pedir.
- Não vai querer mais me vender?
- Não.
- Por quê?
- Porque você é meu.
- Seu puto?
- Meu amante. Tudo que você quiser ser.
- Tudo? - Masashi riu sem altura. - Você é exagerado. - Sussurrou-lhe e mordeu o lábio, o dele. - Gosto dos seus mimos disfarçados.
Katsuragi sorriu a ele, talvez por uma das primeiras vezes mostrando os dentes a ele, estava bêbado, falava verdades brincando.
- É verdade, você é meu xodó.

- Xo...dó? Seu sorriso é bonito. Você está bêbado, mãe?
Masashi indagou e beijou seu pescoço, mordendo-o de leve. Descera a delinear com a língua sua clavícula, seu peito parcialmente exposta e seu pequeno mamilo, que sugou, como se saboreasse algo gostoso. 

- Ah!
Katsuragi gemeu ao sentir o toque no mamilo e negativou, puxando-o para si, beijando-o no rosto e pescoço, várias vezes, sentindo seu cheiro e roçou as presas ali.
- Eu quero morder você.

O menor ergueu-se para com ele e sentiu os beijos na face, pescoço, o que fizera com que fechasse os olhos e os recebesse.
- Iie... - Sussurrou.

- Hum, por favor... - Katsuragi murmurou e beijou-o na face, aproximando as presas da pele dele e tentou alcançá-lo, embora ele tivesse se esquivado. - Hum... Então vem... Me fode, eu gosto como você faz.
- Não! - Masashi exclamou, e embora tivesse feito, não era com altura alguma e desviou-se, fitando seu rosto. - Você está bêbado, vai me secar.
O maior mordeu o lábio inferior e assentiu, puxando-o para si novamente, fazendo-o cair sobre o corpo.
- Vem...

- Gosta como eu faço? Mentiroso, provavelmente não sei um terço do que te satisfaz. Homens experientes ficaram com você.
- Eram todos cretinos. - Resmungou. - Nenhum deles gostava realmente de mim.
- Certamente algum gostava.
Masashi deslizou a mão mesmo sobre o tecido e voltou ao meio de suas pernas. Afagou com as unhas medianas e ponta dos dedos a zona sensível e interna de suas coxas. O maior s
orriu a ele e negativou, deslizando uma das mãos por seu braço a senti-lo melhor.
- Você é gostoso... Sabe como fazer. E é grande.

- Hum.;. Pelo sorriso vejo que algum gostava. Alguém que realmente era bom de cama? Já teve alguém que gostava muito?
Masashi perguntou a fitá-lo, descendo o passeio da mão por seu corpo, apalpou sua coxa e subiu ao membro, desprovido de roupa íntima. Katsuragi n
egativou a todas as perguntas dele e suspirou ao sentir o toque de sua mão.
- Me fale a verdade.
O menor disse e subiu por sua intimidade, envolvendo seu membro e massageou, buscando sua ereção. O maior f
echou os olhos e gemeu baixinho, sutil ao sentir melhor o toque, gostoso e macio de sua mão.
- Estou falando...
- Vou acreditar, só porque está bêbado.
Disse o menor em sussurro, embora audível pra ele e desceu, beijando-o no mesmo lugar da coxa aonde antes brincava e mordeu, puxando de leve a pele e subiu para a virilha.

- Eu fiquei mais tempo com um dos meus garotos... Mas nunca gostei dele. Ele fugiu com um outro dois meses depois.
Katsuragi falou baixinho, resmungando e deslizou uma das mãos por seus cabelos, segurando-os ao perceber o caminho de seus toques.
- Mas não importa.
- Mentiroso.
Masashi sussurrou, sabia que estava mentindo, achava isso. Havia dito que a ultima vez que se relacionara sexualmente fora na fase onde ainda era um cortesão. Sorriu, desprovido de graça. Evidentemente ele havia gostado do garoto dele, mas não se importava, ou pensava que não deveria se importar. De olhos fechados ignorou-o e lambeu seu sexo, inexperiente, colocou-o na boca. 

O maior negativou e uniu as sobrancelhas a observá-lo, deslizando a mão até alcançar seu ombro e rapidamente voltou aos cabelos ao senti-lo colocar a si na boca, deixando escapar o gemido baixinho.
- Ah! Masashi...

Masashi deu um leve sobressalto, porém somente em seu gemido inicial e relaxou os músculos retesados. Vagarosamente levou o rapaz até a garganta, o suficiente para que o conseguisse sem engasgar. E voltou a deixá-lo, retomando o toque, e prosseguiu com ele, repetindo-o várias vezes.
Katsuragi estremeceu ao sentir o inicio dos movimentos, gostosos, em sua boca quente e vez ou outra o sentia raspar os dentes em si, sem querer, mesmo assim era gostoso, gostava que ele fosse inexperiente, gostava de ter que ensiná-lo como fazer, era ainda melhor. Deslizou a mão por seus fios e puxou-os, afastando-o de si para observar sua expressão sutil de dor e logo empurrou-o outra vez.
O menor franziu o cenho, causando rugas temporárias na expressão suavemente dolorida ao fechar os olhos com força, porém voltou-os para ele ao olhar para cima e continuar um vagaroso vaivém com a boca e vez outra, chupar com mais força e prendê-lo contra a língua. 
- Você... Meu Deus...
Katsuragi murmurou e fechou os olhos, inclinando o pescoço para trás a apreciar os toques dele, e parecia bem mais sensível agora que estava bêbado, um pouco tonto, mas nada que afetasse muito as ações, somente a cabeça e a capacidade de dizer verdades a ele.
- Mais...

- Hum...?
Masashi murmurou abafado pela ocupação da boca, e ainda fitava a direção de seu rosto o que deixou de lado quando seu pedido por mais e tentou intensificar sem que machucasse a região mais sensível de seu corpo com os dentes.

O maior ergueu-se, apoiando os braços sobre a cama, atrás de si e uniu as sobrancelhas, observando-o, e estava incomodado, era tão bom, que já gozaria na boca dele, e não queria, não agora, nem queria sujá-lo.
- M-Masashi, chega.... Chega...

Dentro da boca, o menor lambeu-o na base e na fina ligação da glande ao prepúcio e suspirou excitado por senti-lo daquela forma. Arrepiado, deu cesso ao ouvi-lo, certamente não sabia fazer aquilo, talvez o estivesse machucando, portanto ao tirá-lo, sem uso dos dentes somente o lambeu. Katsuragi sentiu as pernas trêmulas, muito e apoiou-se como podia nos braços, mas também trêmulos.
- Não... Não, se não eu vou... Vou gozar em você, não quero sujá-lo.

Masashi cessou ao notar seu corpo trépido, surpreso, embora não parecesse curioso sobre aquilo.
- Quer gozar? Então está gostoso?

- É óbvio que está.
- Mas eu usei os dentes...
- E daí? Foi ainda melhor.
- Você é masoquista?
- Só um pouquinho.
- Bem... Combina com você.
Masashi disse e levou ambas as mãos em suas coxas, afastando-as. Observou seu corpo tão intimamente, encarando partes escondidas antes pelo quimono e mordiscou parcialmente sua nádega, como conseguia pela posição, e, cuidadosamente seguiu com a pontinha da língua a lambe-lo atrás.

- O que... Você... Masashi!
Falou alto, assustando-se com o toque e desviou o olhar a ele, era evidente que nunca havia sido tocado daquele modo no local. O menor e
rgueu os olhos a fitá-lo, notando seu espanto, o que certamente não deveria ocorrer com um cortesão, ainda mais com a idade que tinha, provavelmente experiente ou pelo menos deveria. Mas pensar sobre sua ingenuidade escondida, gostava daquilo. E sentiu-se rubro ao pensar, não por timidez, mas animosidade. E delineou sua entrada, circulando a região.
- Não... Não toque aí... Não...
Katsuragi murmurou e suspirou, mordendo o lábio inferior ao sentir o toque novamente, não deixara ninguém encostar no local, achava estranho, mas ele, com aquela língua gostosa, como poderia afastá-lo? Agarrou-se ao lençol com ambas as mãos e apertou-o entre os dedos.
- Ah...

Masashi pressionou com firmeza a língua na região, porém suavizou e contornou ao redor. Deslizou as mãos em suas nádegas, como conseguia e levou uma delas ao membro, sentindo-o duro, imponente e certamente no limite. Mordeu de levinho e sorveu sua pele antes de continuar com a imposição da língua nele.
- Você... Hum...
Katsuragi fechou os olhos, pressionando-os e inclinou o pescoço para trás, apreciando cada um dos pequenos toques, que completavam os outros, e não aguentava mais, doía, era incomodo, ao mesmo tempo, tão bom que não poderia descrever a ele. Gemeu mais alto uma ultima vez e chamou o nome dele ao atingir o ápice, deixando o próprio prazer se derramar no abdômen.
- Ah...

Masashi expôs a língua e subiu com o toque da entrada até a zona frontal e lambeu a puxar suavemente a pele da parte mais sensível de seu sexo e chupá-lo antes de voltar-se abaixo e tornar massageá-lo com a língua, delineando-o. Seus espasmos denunciaram seu ápice que caiu sem quentura em seu ventre, entregando ali todo seu prazer.
O maior suspirou, a respiração ofegante, mesmo sem notar, não respirava afinal e desviou o olhar a ele, abrindo um pequeno sorriso e puxou-o para si, erguendo-o num movimento rápido.
- Vem.

O menor avançou contra ele, mesmo sem que fosse a intenção e deitou-se confortavelmente entre suas pernas, sobre seu corpo escondido pelo quimono, que revelava pouco e o suficiente.
- Foi gostoso?

- Foi sim, mas eu quero mais.
- Mais? - O menor indagou, embora soubesse o que queria dizer.
- Mais, entra.
Uma das mãos do menor buscou a do vampiro, parecia alterado de leve,e estava gostando do seu jeito lânguido de falar. Levou-a até o sexo, mostrando a ele como estava excitado. Katsuragi sorriu a ele, novamente e apertou-o ali, suavemente, sentindo-o melhor, gostava dele, ainda mais daquele modo.
- Hum... Está excitado com um velho como eu, hum?

Masashi assentiu, embora o certo fosse negar sobre o termo usado a si mesmo, não o fez. E moveu o quadril com suavidade, impondo a ereção contra seu toque.
- Está ficando pervertido, o meu garotinho. Preciso te ensinar mais algumas coisas. - Apertou-o entre os dedos.
- Pervertido por que? Oh... - Dito, gemeu logo ao sentir seus dedos apalparem.
- Está até movendo contra meus dedos.
- Eu já fiz amor com você, mover meus quadris acaba sendo peixe pequeno. - Sorriu.
- Ah é?
- Não é?
Masashi perguntou, baixo. E dava atenção ao local aonde deixara mais cedo a saliva e ainda estava úmido. Sentiu um arrepio correr o corpo ao senti-lo. Katsuragi s
orriu a ele e mordeu o lábio inferior ao sentir o toque, gostoso.
- Kimochi...

- 'mochi?
Disse o menor ainda sem altura e até soou incompleto. Devagarzinho, penetrou o dedo em seu corpo relaxado, não pela penetração mas pela excitação, pela vontade. Katsuragi g
emeu baixinho ao senti-lo adentrar a si, e o corpo já havia se curado, tomando a forma anterior, antes de se transformar, fechado ao seu redor. Masashi sentiu o dígito preso, mas que fora logo sugado para dentro de seu corpo, e penetrou-o todo, saindo tão logo, voltando para dentro.
- Apertado...

Hum, meu corpo volta a forma que estava antes de ser transformado, ele cicatriza.
Katsuragi falou baixinho, meio enrolado e puxou-o para si, selando-lhe os lábios.

- Como assim? - Masashi indagou, mesmo contra seus lábios dos quais retribuiu.
- Não notou que todas as minhas feridas fecham e cicatrizam extremamente rápido? Quando eu bebo sangue, meu corpo cicatriza. Por isso aquele dia eu te apertei quando estava dentro, estava tomando o seu sangue.
- Isso eu sei. Mas não é como se voltasse a ser virgem pra ficar tão apertadinho.
- Uhum, é quase isso.
- Quase virgem?
- Sim.
- Mas... Você era prostituto..
- Eu disse que não fazia faz um tempo.
- Mesmo assim, você cicatriza na sua situação atual no momento de transformação, ou seja, você cicatriza não virgem e com a vida sexual ativa como um cortesão.
- Ora, eu não transava todos os dias, era dono do bordel nessa época.
- Mas... a parte de trás não tem elasticidade, então... Não volta ao normal. - Riu baixinho.
- Você acha que eu transava tanto assim, garoto?
- Você foi mesmo um prostituto?
Masashi perguntou e moveu de levinho os dedos, dois deles, dentro do rapaz.

- Por um curto tempo, quando eu era mais jovem.
O maior murmurou e gemeu baixinho ao senti-lo mover o dedo.

- Você quem fundou o bordel?
- Uhum.
- Por quê? - O menor perguntou e empunhou os dedos contra ele, com força. - Hum...
Katsuragi gemeu mais alto e uniu as sobrancelhas, agarrando-se ao lençol.
- Não vai querer saber.

- Eu quero saber. - Masashi retrucou e selou seus lábios, lambendo-os. - Katsu... - Grunhiu e esfregou o quadril contra o dele. - Você me ama?
Katsuragi retribuiu o selo nos lábios, sorrindo a ele em seguida, porém cessou ao ouvir a segunda pergunta, observando-o em silêncio por algum tempo.
- O que?

- Você... - Disse o menor e fitou o moreno, porém negativou com a cabeça e mudou a pergunta. - Está apaixonado?
O maior desviou o olhar, observando a parede do quarto por um tempo e logo desviou o olhar a ele, era obvio que estava tonto, se estivesse sóbrio não responderia e assentiu apenas.
- Por mim?
Masashi perguntou,ainda fitando seu rosto mesmo embora não olhasse para si. Katsuragi a
ssentiu novamente.
- Como você sabe que está apaixonado?
- Meu coração bate... Quando estou com você.
- Como os humanos sabem que estão apaixonados?
- Bem, acho que eles só querem ficar junto da outra pessoa e sentem que sem elas não são nada.
- Nossa... Isso é com certeza muito forte. - Masashi falou a ele e deslizou os dedos, tirando-os de seu corpo. - Você não sente isso, já que não é humano?
Tornou perguntar e acomodou-se com a excitação em meio as suas pernas. Suspirou evidentemente excitado e descansou a face contra seu pescoço.

- É claro que eu sinto.
Katsuragi murmurou a ele e deslizou uma das mãos por seus cabelos, inclinando o pescoço ao lado a dar espaço a ele. Masashi m
oveu-se, sentindo-o quadris abaixo. O corpo no seu, na temperatura que era diferente, causando um leve atrito com a diferença. Suspirou novamente, excitado e impôs-se para ele, sem que realmente o penetrasse mas apenas o beirasse com força,empurrando o limite que deixava seu âmago estreito e inviolável.
- Se você está apaixonado por mim, você nunca me venderia?

O maior uniu as sobrancelhas e gemeu baixinho, observando-o com a suave expressão de dor na face, intrigado por suas perguntas, mas mesmo assim, continuava respondendo, e talvez nem se lembrasse de tê-lo feito no dia seguinte.
- Nunca.

Masashi aspirou entre os lábios descerrados o ar aos pulmões e afastou-se após tragar o cheiro de perfume em sua pele e mover-se novamente como antes, investindo sem força em seu corpo.
- E se eu fugir?

Katsuragi gemeu novamente, baixinho e dolorido.
- Você não vai.

- E se eu for? - Retrucou.
- Eu te acho.
- Fará o que se me achar?
- Eu te mato.
Masashi sorriu.
- Mentiroso. Então você, não vai poder me vender nunca. - Disse o menor e empurrou-se para ele, penetrando-o pela metade, sentindo-o apertado e fora dolorido até para si. - Porque... Eu vou me apaixonar por você. - Ditou, rouco e deu uma breve pausa. - E quando isso acontecer... Se você quiser me entregar a outra pessoa, eu... Quem mato você.

O gemido mais alto deixou os lábios de Katsuragi e uniu as sobrancelhas mais uma vez, fechando os olhos com certa força a agarrar-se a ele e apertou-o até mais do que devia, ouvindo o corpo dele estalar em meio aos braços e cessou.
- Ah... V-Vai? Ainda não me ama?

- Ah...
Masashi gemeu, audível e rouco, sentindo-se em seus braços firmes e descuidados até então. Moveu-se e tornou a penetrá-lo, desta vez até que estivesse no fundo.
- Eu ainda não sei, porque... Ainda estou aprendendo muitas primeiras vezes.

O maior sorriu a ele, de canto e contraiu-se a apertá-lo mais em si, embora não devesse, mas era gostoso, tão gostoso que não podia descrever.
- Ah! Não faz assim... - Masashi resmungou, pedinte, sentindo-se asfixiado dentro dele e arrepiou-se com a dor estranhamente prazerosa embora dolosa.- Você está bêbado, não está?
Katsuragi riu baixinho.
- Hum, acho que sou um pouco sádico também. Estou, ora, que diferença faz?

- Então vou te contar uma história enquanto fazemos amor. - Masashi disse e moveu-se, retrucando seu aperto com uma estocada forte à altura. - Alguns anos atrás eu já me virava com o que restou da minha vida farta, deixada pelos meus pais, e que já ia se tornando escassa aos poucos. Mas eu ainda tinha o suficiente. Gostava... - Deu pausa, sentindo-se sensível ali embaixo e de olhos fechados deu a primeira estocada. - Ah...Eu... Gostava de andar pelas feiras de tecidos e alimentos que existem próximas ao centro. Claro que naquela região somente os nobres podem passear, afinal, eles tem o dinheiro para comprar as peças finas e caras que são aqueles quimonos e que talvez um dia, eu já pude usar. Eu me acostumei rápido com a falta, me acostumei com a vontade de ter algo sem poder tê-lo. Eu era pequeno quando perdi o que tinha, então não fui realmente afetado senão pela falta dos meus pais, porque no fim de tudo, eu era um garotinho. - Falou e soou embargado, grave, mas rouco e por um momento cerrou os dentes com força, sensível e de cenho franzido o fitou. - Hum...
Katsuragi ouviu-o atentamente, gemendo a cada vez que o sentia se mover, e era até vergonhoso se excitar enquanto ouvia uma história tão triste sobre ele, não entendia porque queria falar naquela hora tão intima, mas o ouviu em silêncio e mordeu o lábio inferior, vez ou outra apertando-o dentro de si ainda mais, principalmente quando o sentia atingir a si a fundo, e o fazia sem intenção.
- Hum...
- Ah...
Masashi gemeu, sem voz, soprou o protesto de prazer e voltou a fitá-lo.
- No festival de cerejeiras a última feira foi grande. Existiam tecidos que jamais seriam vistos por aqui novamente, eles eram limitados então muitos comerciários e nobres estavam por lá, incluindo uma mulher, ela era alta, usava batom que se pareciam com a cor natural dos lábios, tinha um leve detalhe vermelho no canto de seus olhos, como um sombreado leve mas que fazia parecer que os olhos afiados dela estavam mais altos sobre as maçãs do rosto. Ela não parecia muito feminina, nem masculina e me deixou confuso, mas acompanhava um rapaz, era mais jovem que ela com certeza. E via tecidos de alta qualidade, assim como o quimono luxuoso que vestia. Era mesmo bonita, mas ainda que parecesse tão jovem, ao mesmo tempo parecia madura, como uma madame bem casada e cuidada. Com um tempo eu descobri mais sobre ela sem querer, que era visitante de uma das ruas proibidas para menores, frequentava algum bordel. Seus passeios eram breves, ela parecia bem desagradável quando tinha acompanhantes que eram sempre mais novos. 
Mas, com o passar do tempo o que me restava dos meus pais foi se acabando, eu precisei de dinheiro. E quando isso me ocorreu eu lembrei da "madame" de quimono vermelho, sem saber o porquê. E cheguei até aqui. Quando ela me perguntou porque eu queria estar aqui eu disse a ela que eu queria isso. Ah, com as coisas que descobri, descobri também que ela era um homem. Que era perigosa e desagradável e que era dono de um bordel de luxo. - Observou-o e sorriu, logo riu.
Katsuragi permaneceu a observá-lo por um pequeno tempo e sorriu, mostrando os dentes a ele, a segunda vez, mas dessa vez, realmente estava feliz e queria fazê-lo, puxou-o para si, seu corpo todo em vez de impor o outro apenas pelos cabelos ou pelo braço, o queria por inteiro agora. Selou-lhe os lábios e deslizou uma das mãos pela face dele a acariciá-lo.
- Eu vou cuidar de você... Nunca vai passar fome, frio, ou qualquer outra coisa enquanto eu estiver aqui.

Masashi deitou-se contra ele conforme puxado e riu outra vez, notando seu sorriso animado. O que pouco era visto por ali. Negou, não queria parecer frágil, não era essa a intenção da história contada, mas queria dizer a ele que já o havia visto antes, responder sua pergunta feita no primeiro dia. E que esperava que não fosse se lembrar no dia seguinte. Moveu-se, mordiscando-o na mandíbula e no queixo, no lábio inferior e beijou-o quando deu início a sequencia, estocando-o.
Katsuragi retribuiu seu beijo, o melhor que podia, sentindo-o ou buscando senti-lo e apreciava cada uma das estocadas em si, estremecendo ao toque dele no local sensível interior, mas queria mais, queria mais dele, queria ouvi-lo mais, senti-lo mais, tudo que poderia, agora sabia que o sentimento era realmente real, e não só porque o coração batia acelerado no peito, porque não queria deixá-lo ir embora, e apertou-o entre os braços.
Masashi retribuiu seu beijo, que firme, exigia do próprio já que não tinha costume de fazê-lo. E sentia o passeio hábil de sua língua que retribuía e os quadris, intensificou tanto quanto o beijo. Sentindo-se novamente preso nos braços do moreno, que eram um pouco firmes demais. E quase chegou a rir, visto que já havia sido amassado por ele diversas vezes em uma única hora, se não fosse por gemer, ocupado demais pra achar graça. E com ambas as mãos em seus quadris, sentia os ossos em sua pelve, onde o segurava e continuava a estocar para a intimidade úmida entre suas pernas. 
- Ah... M-Masashi...
O menor murmurou entre o beijo e deslizou uma das mãos por suas costas, abaixo do quimono que ele ainda usava e sabia que o arrepiaria ao menos um pouco, queria fazê-lo gozar, gostava do modo como ele gemia, excitado demais sem conseguir segurar, se pudesse o faria a noite noite. Sorriu a ele, entretido com seus movimentos e ao alcançar seu quadril, puxou-o para si, fazendo-o atingir a si mais fundo, e forte, gemeu novamente.

Masashi sentiu nos braços um eriço suave causado por seu toque, que sem permanecer no mesmo lugar logo desceu e tomou para si com força os quadris. E colocou-se vigorosamente no fundo do moreno, e desfez o beijo a lamber seus lábios e mordê-los, suga-los como algo realmente saboroso, e o que não era uma mentira. Ele era saboroso. E ao soltá-lo, apoiando ambas as mãos no colchão abaixo de seu corpo semi nu, ergueu o tronco, afastando-se o suficiente para ter mais precisão no vaivém e vê-lo.
- Gosto de olhar seu rosto. Você tem cara de safado, eu gosto dela.

O maior sorriu a ele e mordeu o lábio interior ao ouvi-lo, agora sim daria a ele a cara de safado, puxou-o para si novamente, com mais força e gemeu, dolorido, porém prazeroso, sentindo-o atingir a si no fundo do corpo mais uma vez e repetiu, de fato era mesmo masoquista e não tinha vergonha de mostrar a ele. Separou as pernas, dando espaço a ele entre elas e guiou-as à altura de seus quadris, apertando-o ali com elas.
- Gosta disso?
Masashi indagou e ofegou. Seguia vigorosamente conforme puxado, sentindo-se envolto por suas coxas, suas pernas e seguiu seu mesmo ritmo. Dando a ele a força que queria, a dor que queria. E cerrou os dentes com força, em reflexo, somente soltou ao gozar dentro dele, aliviando-se da dor que causava à ereção. Mesmo assim, as estocadas continuaram firmes, não eram rápidas mas eram fortes. 

- Ah!
O menor gemeu mais alto, assentindo ao ouvi-lo e fechou os olhos, inclinando o pescoço para trás, apreciando aquela dorzinha distante e o pulsar do membro sobre o abdômen, esperando por mais, e segurava-se para não atingir o ápice, o queria quantas vezes pudesse ter, esperaria ele gozar e de fato, não precisou de muito.Sentiu o liquido quente dentro de si e gozou igualmente, deixando-o sobre o abdômen, sujando-se pela segunda vez.

Masashi notou o jato leve sobre sua pele, sujando de densos respingos de prazer. Sentiu-se tão excitado, que mesmo antes não havia notado a proximidade de seu prazer, ainda que seu corpo sempre denunciasse isso, com força, com espasmos, arrepios, qualquer sinal, sabia quando viria, mas talvez estivesse submerso o suficiente para deixar de notá-lo. Gemeu e estocou firme pra dentro, inteiro, onde parou e por um tempo permaneceu, em proveito da onda de prazer.
Katsuragi estremeceu, e mais uma vez ao senti-lo se empurrar para si, era tão gostoso, ele era uma delícia, os clientes teriam adorado o garoto, mas nunca o teriam, pertencia a si e só a si, nunca deixaria mais ninguém tocar nele. Abriu os olhos aos poucos, ainda em meio aos espasmos, apertando-o no próprio interior e uniu as sobrancelhas.
- Masashi...

O menor fitou o moreno e vagarosamente se deitou sobre ele, ainda que sentisse suas pernas tremerem e suavemente o seu corpo. Sorriu ao mais velho.
- Gosto quando fica tremendo.

O maior sorriu a ele e deslizou as mãos por suas costas, embora fosse um vampiro, estava exausto, talvez fosse a bebida, ou o sol, que não demoraria a nascer.
- Gosto de você de qualquer jeito.

Masashi sorriu e lambeu os lábios com a tinta já gasta, embora ainda tonalizassem suavemente os mesmos.
- Bêbado.

- Lindo. - Retrucou e lhe selou os lábios. - Devíamos descer, vai amanhecer, então, se não quer que eu vire cinzas...
- Você vira pó mesmo? - Indagou curioso.
- Viro.
- Como sabe?
- Já vi acontecer com outros.
- Ah... Vamos.
Katsuragi sorriu a ele.
- Quando quiser sair de dentro de mim.

- E se eu não quiser sair, o que faremos?
- Bom, vai ter que me levar assim no colo até lá embaixo.
- Quer tentar?
- Não sei, quer ser visto como o garoto que está comendo o chefe?
- Estou transando com meu chefe?
- Basicamente.
- Hum... É, acho que não quero que as pessoas pensem isso. - O menor disse e se levantou, deixando o interior do moreno. Já escondido, sem necessidade de ajeitar as roupas. - Precisa de ajuda com as pernas?
- Com tudo, estou tonto.
Katsuragi disse a ele e levantou-se devagar, estendendo uma das mãos ao outro.

- Bêbado.
Masashi brincou e se aproximou, tomando sua mão, assim como ele contra si, ajudando o vampiro a se guiar pelo cômodo até deixá-lo. O maior s
eguiu junto dele para a saída e observou os garotos por ali, de cara feia.
- Ora, que expressões são essas? Já vou falar, estou dormindo com o Masashi, ele é meu, ninguém vai vendê-lo, ninguém entra aqui para pegá-lo, se algum de vocês estiver insatisfeito com isso, a porta é ali.

Uma das mãos, o menor levou abruptamente a sua boca, tapando-a. Embora fosse tarde demais quando o fez. Mas o levou ao quarto, aonde esconderia-o do sol, dos clientes, do dia e assim por diante. Ao deitá-lo em sua cama, usou de seus lenços higiênicos para limpá-lo. O fez devagar enquanto se comportava deitado e logo mudou suas roupas para peças limpas de dormir.
- Bêbado.

Katsuragi seguiu junto dele para o andar de baixo e riu baixinho até chegar até lá, deitando-se sobre a cama e deixou-o cuidar de si, somente hoje, não mataria, era gostoso, e o queria. Puxou-o para si e lhe selou os lábios, observando-o no fundo dos olhos castanhos e lindos que tinha, e sentia-se mal por não ter nenhuma história linda para contar a ele como havia dito a si, mas tinha a sua pergunta para responder.
- Também perdi meus pais quando pequeno. Eles morreram num terremoto... Meu pai lutou numa guerra, e morreu por um maldito terremoto... - O maior riu baixinho, desprovido de graça. - Eu fui resgatado, mas não quis ficar no orfanato, os garotos me detestavam e me batiam todo dia. Eu fugi e fui viver nas ruas, como você. Eu dormia numa caixa num lugar bem próximo desse bairro, pegava restos de comida no lixo ou com algumas pessoas boas, até que eu não pude mais caber na caixa. Me perguntou porque eu fundei o bordel, bem... Eu não tive outra opção. Eu queria arrumar um emprego, era tão ingenuo, achei que poderia arrumar algo bom por aqui, quando vim, era tarde da noite, estava frio e eu queria achar uma estalagem onde pudesse oferecer serviço, pensei que eu poderia limpar os quartos em troca de abrigo, comida. Havia pouca gente na rua e é claro, muita gente ruim. Deve imaginar o que aconteceu. - Suspirou, não era 
realmente afetado pelos fatos anteriores, não atualmente e virou-se de lado, esperando por ele. - O dono me achou machucado, me acolheu, e me ofereceu um emprego. Óbvio que eu não queria trabalhar com algo que me traumatizou tanto, então foi bem difícil, mas eu era o favorito dele, me tratava como um filho. Quando ele morreu, deixou a casa pra mim.
Masashi observou o moreno até que terminasse de formular sua resposta. Fora tão breve, que a história nem parecia demasiada sôfrega, embora soubesse que contar era muito mais fácil do que passar por ela. Sentiu um arrepio desconfortável na pele à menção do estupro, embora indireto. Não prosseguiria com o assunto, não no momento, abordaria-o mais tarde talvez, ou quem sabe somente curasse suas feridas em silêncio outra hora. Beijou seus lábios sem compaixão. E jogou-o no centro de sua cama, dando atenção agora a própria sujeira e se limpou antes de deliberadamente sequestar uma de suas roupas e vesti-la, só então se deitou junto a ele.
Katsuragi observou-o enquanto se limpava, esperando por ele na cama e sorriu ao tê-lo junto a si, puxando o edredom sobre o corpo e cobriu a si e a ele, beijando-o na face e abraçou-o a repousar a face bem próxima da sua.
- Eu nunca contei isso a ninguém, então, esqueça essa história. Certamente amanhã eu não vou me lembrar de ter contato ela a você... Eu lhe disse que não ia querer saber.

- Eu queria saber. - Masashi sorriu a ele e lhe afagou os cabelos, levando-os atrás de sua orelha adornada por brincos. - Você vai se lembrar e pode fingir que não. Bom dia.
Katsuragi sorriu e assentiu a ele, cobrindo-o até os ombros, cuidadoso sobre o frio que fazia lá fora e abraçou-o, puxando-o para mais perto.
- Bom dia.

O menor acomodou-se contra o vampiro, e abraçou sua cintura.
- Até mais tarde, durma bem.

- Você também, meu pequeno.
- Não sou pequeno. - Resmungou. 
- É mais novo. - Riu.
- Hum... Então vou arrumar um apelido pra você também, por ser mais velho.
- Quebro seus dentes.
- Como é carinhoso.
- Aí seu apelido vai ser meu banguela.
- E você vai continuar sendo mais velho.
- Sh, não estrague o momento.

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