Yuuki e Kazuto #34 (+18)


O pequeno caminhou em passos calmos a se retirar do quarto, de cabeça baixa como sempre e se virou para trás ao olhar a ultima vez o maior sobre a cama. Ao lado dele, apenas o bilhete próprio, com as pontas queimadas quase ocultando as próprias palavras. Já haviam se passado duas semanas desde a última vez em que estiveram juntos, Kazuto sempre sem resposta, sem amor, sem nada, não tinha ânimo para continuar ali, ou respirando.


Oi... Yuuki. Sei que talvez não leia isso, mas vale a pena tentar. Você esta dormindo já faz um bom tempo, eu amo te ver dormir, mas isso já está me agoniando. A chuva está caindo lá fora, a cidade inteira está cinza, existem milhões de corações quebrados e talvez o meu seja um deles. 

Porque a unica cor que eu vejo, sempre me evita, sempre evita me preencher. Eu só escrevi porque... Me perguntei várias vezes se deveria realmente dizer isso, mas tudo pareceu inútil como as outras coisas que já fiz. Mas escrever, é o meu silêncio.
Você disse que gostava mais de mim assim... Só peço que não me odeie, não precisa dizer que me ama, mas não me odeie, a pior coisa do mundo é ser odiado por quem se ama. Estou indo embora... Espero que logo você acorde, embora saiba que não vai me procurar, queria poder dizer que vou te deixar em paz, mas não consigo respirar sem você... Eu certamente vou voltar algum dia te procurando como sempre faço. Me desculpe por ser assim tão fraco.
                                                                        Eu te amo e sinto sua falta. 
                                                                                               Cinderela.

Yuuki era sabido de agilidade demasiada a qualquer vampiro, de fato Kazuto não conhecia muito de sua própria raça sem traço humano, se não pela aparência intacta pelo resto dos séculos que haveria de viver.
- Hum... Se volta, por que vai?
Indagou, e claro, os dedos já faziam parte entre as engrenhas de cabelo, os quais as louras se enroscavam entre os dedos frios de pálida cor. O rosto de criança, pressionava a fria parede em concreto pelo corredor do apartamento, só não mais frio que sua própria temperatura. Fincava os dedos entre o enroscado caminho de cabelo, elevando os espessos fios descoloridos ao topo de sua cabeça, livrado a passagem do pescoço delgado e pele tão exposta.
- É sempre a mesma história. - Tornou proferir a voz sem traços alterados, seu fundo rouco de quem acabara de acordar. - ... Mesmo que quisesse ir, não poderia.

As mãos, Kazuto apoiou na parede, unindo as sobrancelhas e sentia o concreto contra a própria face, tentou se afastar do local, mas preferiu não se mover, antes que o outro machucasse a si. Sentiu os cabelos a serem puxados por ele e fechou os olhos, prevendo que ele certamente avançaria ao próprio pescoço, mesmo assim manteve-se tranquilo e abriu um pequeno sorriso, discreto que tentou esconder do loiro, ele veio atrás de si afinal.
- Yuuki... - Murmurou, suspirando. - Só achei que era melhor deixar você um pouco a sós, eu adoraria ficar sempre ao seu lado... Mas te incomoda.

Um lânguido riso se instalou em ambas audições certamente, à altura em que o outro, talvez pudesse claramente prever a curva que se formou nos lábios de seu criador, por mais que seu rosto empalidecido continuamente se colasse à parede de cor clara, e se demorasse, talvez o fundisse a ela.
- Não quero ouvir declarações de amor, Kazuto.

O menor assentiu ao ver o sorriso no outro e a leve expressão de dor estava gravada na face.
- Pode por favor... Só me pressionar um pouco mais fraco contra a parede? Está machucando.

Outro dos risos se instalou entre os dois, somente ambos poderiam ouvir o riso soado nasal e tão despreocupado. Sem afrouxar, os dedos longos e finos correram por mais sobre a cabeça defronte, talvez uma tênue massagem em seu couro cabeludo, porém com o rosto era diferente.
- Pareço me importar?

- Não... Por isso estou pedindo... - O menor gemeu baixinho, tentando se afastar da parede.
Talvez, Yuuki não lhe desse consciência de que seria mais rápido do que pudesse imaginar. Não havia o libertado dos dedos que dolosos lhe pressionavam a face, que sempre parecia depressiva, teria se acostumado em vê-la de tal modo, que mesmo o sorriso do jovem parecia dolorosamente rasgado entre seus finos lábios. Mas havia o afastado a se apossar de seus punhos atados tão facilmente com uma das mãos. Havia o afastado a dá-lo ao encontro da cama desarrumada, onde antes, dormia sem incômodos, o jogando, liberando os pulsos finos a arremessá-lo entre os brancos lençóis revirados e contorcidos juntos ao edredom.
O menor teria suspirado ao senti-lo afastar a face do local, mas nem teve tempo de fazê-lo ao ser jogado contra a cama. Suspirou, levando uma das mãos a face e acariciou o local que tinha contra a parede antes, tocando os piercings pelos lábios, notando se nenhum havia machucado a si e a outra mão agarrou o edredom, apertando-o entre os dedos.
- Obrigado. - Murmurou.

- Pelo quê?
O início indagativo se fez distante e foi questão de poucos segundos até que terminasse quando as faces se fizeram centímetros mínimos de distância. Yuuki havia sido debruçado acima do alheio, porém não o suficiente para que seu corpo o tocasse. 

- Ter me soltado. - O menor riu baixinho, observando o maior e lhe selou os lábios, erguendo uma das mãos e levou-a a face dele, hesitante em tocá-lo. - Posso te tocar?
Um rosnado lhe expôs as longas lanças caninas quando fê-lo menção de ser tocado, talvez aquela fosse mais que uma resposta a pergunta do garoto que abaixou a mão e uniu as sobrancelhas, assentindo.
As mãos de Yuuki, sem necessidade de permissões passearam ao longo das laterais não muito extensas daquele pirralho, os toques precisos se desfizeram quando as emendas de sua calça se expandiram em som de rasgo pelo cômodo de paredes escuras e luz baixa, se não fosse pelo abajur carmim que discretamente iluminava o quarto. 
Kazuto sentiu os toques do outro pelo corpo e arregalou os olhos ao ouvir o barulho do tecido rasgar, desviando o olhar ao mesmo e suspirou, não se surpreendia que o outro rasgasse as próprias roupas, novamente. Manteve as mãos apoiadas ao lado do corpo na cama, já que não tinha a permissão dele para tocá-lo e apenas observava os olhos bonitos do maior.
O corpo do mais velho seguia para trás, impondo a distância entre ambos enquanto arrastava o tecido rasgado pelas pernas do outro, e lhe dava o som pesado do traje a alcançar o solo revestido pelo tapete de espessas e macias cerdas. As íris em sua metamorfose, quase eram tão arrogantes a lhe retribuir o olhar direto. Não deu o espaço aos novos pensamentos que certamente tomavam posse do garoto, seu silêncio denunciava a onda de devaneios que se apossavam de si, enquanto os olhos coloridos, perceptivos assistiam o nervosismo mínimo de seus dedos que enlaçavam o tecido na cama. 
Kazuto observava-o, quase hipnotizado por aqueles olhos tão bonitos, apaixonou-se por eles na primeira vez que os viu há um tempo atrás. Abriu um pequeno sorriso nos lábios, pequeno que logo sumiu, tentando esconder os pensamentos do outro que parecia poder ler a própria mente, e apenas observava cada movimento dele, deixando-o retirar a própria calça. Uma das mãos levou até a própria camisa, erguendo-a e expôs o corpo ao outro, tocando a pele com as unhas pouco compridas.
Um avanço prosseguiu quando Yuuki debruçou novamente o tronco já despido, e com os braços envoltos a cada coxa nua do outro, o enlaçava tão firme quanto os dentes que prendiam seu pedaço de carne mordida. Afundadas as presas longas e pontiagudas davam à bel-prazer toda a fartura do sangue de sua virilha que correu para a boca, e ultrapassou-a a deslizar graciosamente sobre a pele pálida de Kazuto.
O menor uniu as sobrancelhas e fechou os olhos com força ao senti-lo morder a si, as mãos agarraram o lençol, apertando-os com força entre os dedos e o gemido alto deixou os lábios, mordendo o lábio inferior em seguida.
- Ah... Yuuki!

As íris em sua cor nítida em fusão a um vermelho sangue, escuro, voltaram-se ao rosto do garoto com seu gemido de dor, e soou como música agradável aos ouvidos atentos, tais como a palma esquerda que no fim do enlace de sua perna, traçou curso em preciso toque sobre a coxa branca de Kazuto, e espalmou seu flácido volume por baixo de um fino tecido branco. 
O pequeno ergueu uma das mãos, hesitante em levá-la aos cabelos do outro e puxá-lo, mas sabia que ele machucaria ainda mais a si, outro gemido deixou os lábios com os possíveis estímulos dele, tão dolorosos e fechou os olhos novamente, a expressão de dor na face, fazia tanto tempo que o outro não dava realmente atenção a si, nem tinha mais vontade de machucar, nem morder, nada, dizia que o próprio sangue o enjoava, mas novamente ele estava ali arrancando gemidos de dor de si, causando um pequeno sorriso malicioso no canto dos próprios lábios e abriu os olhos, observando o vampiro.
- Bate mais. - Murmurou.

A mão do mais velho se fechou em volta ao protuberante volume abaixo da boxer branca, apalpou ao sexo em sua flacidez já vacilante, enquanto os olhos de suas cores mistas se fixavam nas orbes do alheio que por sua vez se voltou a si num sorriso tão depressivo, mesmo que sua intenção fosse outra. A palma da mão arrastou acima da região sexual que dava presença, escondida e ao mesmo tempo bem vista, com seu traço espesso coberto pelo tecido íntimo. Os longos dígitos invadiram o elástico que firme mantinha a boxer rente aos quadris do garoto e ao puxá-lo e desprendê-lo dos dedos, deixou-a voltar e estalar sutilmente com o barulho na pele de Kazuto.
O gemido alto deixou os lábios do pequeno ao sentir o tecido contra a pele e novamente a mão hesitou em lhe alcançar os cabelos, mas o fez, acariciando-o apenas, segurando os fios entre os dedos enquanto a outra mão ainda segurava o lençol, apertando-o com força e tentava disfarçar a dor que sentia com os atos do outro, suspirava ou mordia o lábio, contendo algum gemido.
Quando Yuuki finalmente se fartou em sangue, os caninos expeliram de seus dolosos orifícios. A região de pele marcada perfeitamente com a volta de todos os dentes que a prenderam. Com um dos punhos que descansou sobre a cama, erguera o torso desnudo enquanto as gotas de sangue desciam contrastantes pelo queixo de pálida tez e os lábios coloridos pelo vermelho tão carmim quanto o abajur de tênue iluminação ao lado da cama. A esquerda continuava seu caminho por cima a finíssima peça de roupa, branca, e quase transparente, com as gotas rubras que caíam da boca à mão.
Kazuto observou os lábios do outro cobertos pelo sangue e aspirou o aroma gostoso do mesmo, mesmo que fosse próprio, sentia fome e os olhos castanhos denunciavam a mesma. Desviou o olhar ao tecido da roupa, vendo-a manchar com o próprio sangue, já podendo sentir a resposta do corpo abaixo do tecido e suspirou, repousando sobre a cama novamente, chamando-o com um dos dedos.
- Me da um beijo, hum?
Levou a mão aos lábios dele, pegando pouco do sangue com um dos dedos e levou aos lábios, sugando o líquido vermelho.

A mão do maior novamente espalmou o volume que tinha abaixo dela. Os dedos outra vez invadiam o cós firme daquela boxer suja de gotejos de sangue, e deslizou-a abaixo a expor a rigidez que tomava a extensão espessa daquele sexo. Talvez o pensamento fosse incoerente a desejar tanto fazer sexo com aquela criança, somente por tê-la provido de uma maliciosa carícia. Quando os finos dígitos se firmaram a volta do falo ereto entre os mesmos, deslizaram num vagaroso movimento, atípico demais, talvez fosse o tempo em que permaneceu sem sexo, mas o vampiro não teve a delonga, debruçou o torso curvado na coluna, até que os lábios separados cobrissem de sangue teu membro crescido e afundado na boca.
Kazuto observou atentamente o outro, unindo as sobrancelhas e tentava imaginar o que ele faria, mantendo os olhos semicerrados, apreciando a suave massagem dele no sexo, esperava que não fosse nada envolvendo os dentes. Fechou os olhos, suspirando ao perceber que ele não iria beijar a si como pediu e apenas aproveitava as caricias, logo sentindo-o colocar a si na boca. Estremeceu sutilmente e entreabriu os olhos, observando-o e abriu um pequeno sorriso nos lábios, o outro queria mesmo a si afinal, e chegou a se perguntar quantas vezes mais iria sorrir, já que era algo tão raro para si.
A língua de Yuuki correu por toda a região endurecida, talvez suave demais a quem não era de costume, mas tal feito não viera da vontade de provê-lo de carinhos, mas a si do desejo egoísta de deleitar-se no sabor que embragou no paladar. Lambeu toda a ereção entre os dedos, o comprimento desde sua flácida e delicada região até a ponta que servia mais de seu amargo sabor. As presas lhe surgiam contra a pele, fizera menção de mordê-lo porém a leve fisgada deu presença no próprio corpo e indicou que seria doloroso demais.
Kazuto observava-o apenas, uma das mãos levou novamente sobre os cabelos dele, acariciando-os pela milésima vez, era tudo que poderia fazer afinal, e a outra manteve ao lado de si, apenas repousando sobre o lençol que antes apertava, apreciando cada estimulo prazeroso que arrancava baixos gemidos de si. Observou as presas do outro e arregalou os olhos, segurando-lhe os cabelos entre os dedos e apertou-os.
- Não! Não faz isso! Por favor...

As vistas de íris metamórficas se elevaram a direção do garoto quando pôde ouvi-lo num tom demasiado e desnecessário.
- Não vou fazer.
O maior concluiu no rastro da rouca voz enquanto se desdobrava da arqueação na coluna. Os dedos firmes asfixiaram seu membro a apertá-lo e deslizar a mão precisa sobre sua rigidez o qual tomou abruptidão no toque e passou a corrê-lo, voltando com os lábios e boca a afundá-lo e sentir aquele mesmo gosto.

O menor suspirou, relaxando novamente e assentiu, deixando o baixo gemido escapar ao senti-lo colocar a si na boca e observou o maior, hesitante como todos os movimentos e empurrou de leve o quadril, fazendo o próprio membro se afundar ainda mais nos lábios dele.
A língua de Yuuki pressionou o volume duro entre os lábios, a senti-lo contra o céu da boca e ela mesma. A sucção formou na pressão que impôs na boca, e sua pele puxou a retirá-lo de seu interior e voltar a abaixá-la quando no fundo da boca, sutilmente empurrado e não questionou tal feito, entretido com o próprio, e junto a ele corria rapidamente a mão a masturbar o sexo contra os lábios. 
Kazuto uniu as sobrancelhas, já estranhando o fato do outro não questionar os próprios atos, muito menos mandar cessar. Suspirou, deixando os pensamentos de lado e apenas concentrou-se nos estímulos incomuns dele, gemendo baixo, sentindo os arrepios pelo corpo e mordendo o lábio inferior algumas vezes. Deslizou uma das mãos pelo próprio tórax, alcançando o mamilo e estimulou o mesmo, apertando-o entre os dedos, embora fosse uma atitude um pouco estranha, fazer aquilo sozinho, de certa forma teve vontade de sentir mais prazer.
- Ah... Que gostoso... - Murmurou.

Ligeiro foi o ato do mais velho a tê-lo retirado da boca e voltar a desinclinar-se. As orbes sem cor fixas tornaram a observar o garoto que instalou seu murmurio de prazer. Novamente sem conceder espaços a pensamentos novos, havia o jogado de costas a si, no centro da espaçosa cama de lençóis emaranhados. Deu-lhe aos ouvidos o barulho da própria roupa que encontrou o tapete negro no chão e de mesmo modo sentir todos seus mínimos poros da pele a se arrepiar quando o revestiu com a própria e fria. 

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