Daisuke e Misaki #12


Misaki moveu-se na cama, pensando estar em casa na própria cama espaçosa e sozinho quando sentiu o corpo colado ao próprio e abraçava-o. Sorriu, lembrando-se que havia dormido com o vampiro. Os dias passavam rápido, mas mesmo que quisesse, não iria conseguir tira-lo da cabeça, ele já fazia parte de si, assim como o filho que carregava. Virou-se com cuidado, observando-o, tão calmo enquanto dormia e levantou-se devagar, sentiu o arrepio na pele ao tocar o chão com os pés descalços, estava frio e vestia apenas a roupa íntima. Alcançou a camisa dele e vestiu-a, esperando que ele não ficasse irritado consigo e caminhou até a cozinha, alcançou a bolsa sobre uma cadeira e pegou o celular, digitando o numero da chefe. Como sempre, ouviu os gritos no telefone, ela estava furiosa, não sabia se era consigo ou se algo tinha dado errado, mas explicou calmamente que estava na casa do maior, dando a desculpa sobre a capa que já havia alguns dias que levara para ele ver. Desligou logo, com cuidado para que não o acordasse, afinal, desconfiava que ele tivesse uma audição muito boa para ouvir a si.

Caminhou pelo local, abrindo a geladeira em busca de algo para beber e pegou o suco, colocando pouco no copo a beber alguns goles, observou a jarra e riu baixo ao notar que iria preencher o copo para levar a ele e notou que o outro não bebia o líquido como a si, não era tão necessário servi-lo com o mesmo. Pegou um copo no armário e a faca sobre a pia, fazendo um pequeno corte sobre o pulso e deixou que o líquido preenchesse o local, mordendo o lábio inferior pela dor que sentiu, momentânea e logo buscou a própria bolsa com o curativo, colocando-o sobre o local, não sem antes limpá-lo com água. Voltou ao quarto, deixando o copo ao lado da cama e abaixou-se, beijando-lhe os lábios algumas vezes, pequenos selos e deitou-se, cobrindo-se e abraçou o maior, observando-o enquanto dormia.
Daisuke suspirou profundo, aspirando às narinas o aroma tênue que se apoderava do ambiente. É claro que se teve desperto no momento em que o jovem rapaz havia deixado a cama, mesmo a observar seu atos tão meticulosos até ao vestir-se com a camisa própria e deixar o quarto. Ajeitou-se na cama em mais espaço quando por fim havia se esvaído de sua presença, e ao tê-lo de volta ao lado esquerdo do corpo, permanecera na sonolência dos olhos fechados só então a descerrar os lábios e comentar ante o cheiro suave que aspirava o cainita, enquanto sentia o voltar de suas vistas a própria face, qual camuflou minimamente com as madeixas claras a cair sob a pele pálida.
- É perigoso cortar o pulso, Misaki.

O menor sorriu ao ouvi-lo, selando-lhe os lábios algumas vezes.
- Eu vou ficar bem, foi um corte pequeno, já fica melhor, hum? - Estendeu as mãos ao móvel, pegando o copo e sentou-se. - Toma.

- Hum, acha que pra se matar uma pessoa precisa de um grande impacto, meu amor? - Daisuke indagou a se sentar devagar na cama. - Cortes pequenos, se em regiões certas, são mais suficientes de que um grande corte num local inofensivo.
O menor desviou o olhar ao pulso.
- Hai... Não vou fazer de novo...

- Posso te ensinar onde cortar e que seja bem gostoso.
O maior riu baixinho em ligeiro tom de brincadeira. Aceitou a cortesia do alheio e experimentou o sangue já sem calor, seguindo-o por goles longos que esvaíram o líquido do copo. O cainita deslizou a língua sob a beira cristalina do recipiente, sugando as gotas pequenas e a marca dos lábios na região, e, ao fim do desjejum, sorriu tênue e lhe beijou a bochecha rosada.
- Obrigado, Misaki.
Um leve afago lhe deu na nuca, pousando o copo no móvel ao lado da cama tão logo. 
Misaki sorriu ao vê-lo beber o sangue e assentiu ao agradecimento.
- Eu só queria lhe trazer algo pra tomar mesmo. - Deitou-se, levando uma das mãos até o rosto do outro, acariciando-o. - Bom dia.

- Bom dia. - Daisuke falou baixo, ajeitando-se igual a deitar-se na cama.
O menor selou-lhe os lábios, sentindo o suave sabor de sangue.
- A Kyoko já estava gritando comigo. - Riu.

- Por quê?
- Ela sempre esta gritando comigo, na verdade. Por que eu não faço mais o meu trabalho, e fico só na sua casa, que eu não tenho que ficar te atrapalhando em nada.
- Hum... - Daisuke murmurou e riu baixinho. - Provavelmente acha que vamos ficar fazendo sexo o tempo todo e vamos esquecer de trabalhar.
- Bem... Ela deve achar isso mesmo. - Riu. - Ela disse que ligava pra você mais tarde...
- Hai hai... - O menor assentiu junto ao suspiro transpassado no sopro que escapou pesado pela brecha entre os lábios sem cor. - Vamos ver que tema ela vai querer desta vez...
Misaki riu e permaneceu em silêncio, observando-o.
- Fazem dois meses... Hoje.

- Ora, parabéns... Papai ou mamãe?
- Acho que o termo correto é mamãe. - Riu.
- É, é? Por quê?
- Porque eu vou dar a luz. - Riu. - Você é o papai. - Beijou o nariz dele.

- Dar a luz... - Tornou a rir
- E não é? - Riu.
- Ah, claro, mas ... Dar a luz soa estranho.
- É, eu sei. - Misaki selou os lábios dele. - Pensa em escrever sobre o que agora?
- Então, devo ver se a Kyoko espera algo. Caso contrário eu pensarei em alguma coisa.
- Quero ler a historia que escreveu... A última.
- A última já publicada ou a do romance vampírico?
- A do romance vampírico. - Sorriu.
- Ah, é claro. Mas pode esperar um pouquinho até ser publicado, não? - Daisuke riu a lhe direcionar uma piscadela rápida. - Tenho no computador, mas ler num livro em mãos é sempre melhor.
- Só se você autografar pra mim.
O maior tornou a rir, porém em tom maior.
- Claro, mas vai ler primeiro. E se gostar, eu vou autografar. Afinal... Qual a graça de ter autógrafo de alguém que não é fã?

- Eu gosto de tudo em você... - Riu baixinho.
- Dois meses não são suficientes pra saber disso, mamãe.
- Estou dormindo com um estranho? - Mostrou a língua.
- Não disse que era um estranho, só não é suficiente pra conhecer e gostar de tudo.

- Creio que iria gostar desse livro... Já li alguns outros seus... Sem nem saber que eram seus.
- Oh, é mesmo?
Daisuke sorriu ao outro e virou-se acomodado à cama. Um dos cotovelos teve-se comodo no colchão, e dera descanso ao rosto sob a palma da mão, enquanto os olhos de cor forte fitavam o rosto do jovem rapaz.

- Seus olhos são tão lindos... - Disse o menor num sorriso.
- A cor ainda está forte? - O maior indagou o cainita descontraído no comentário. - Por causa do sangue, já amenizam. Mas obrigado pelo elogio, Misaki. - Sorriu ameno.
- Vou alimentá-lo quando quiser, hum.
- Pelo visto criou um fetiche por vampiros, Mi-sa-chan!
- Não criei fetiche nenhum, ora. Eu achava que eles não existiam.
- Mas agora sabe que existe.
- É... Afinal, estou carregando um, hum.
- É, carregando um que é filho de um.
- Ele vai ser lindo como você... - Riu.
- Com a mamãe linda assim não tem como não ser uma criança bonita.
- Own...
Misaki levou os braços ao redor do pescoço do maior e puxou-o para si, selando-lhe os lábios.
A mão direita e livre de Daisuke, se voltou a cintura magra do rapaz, enquanto lhe retribuía o selo nos lábios e acariciava a tênue curva corporal, sentindo o toque macio de pele. O menor arrepiou-se suavemente com o toque frio, mesmo vestindo a camisa. Selou-lhe os lábios novamente e mordeu-lhe o lábio inferior.
- Eu quero um beijo...

Daisuke deslizou os dedos sem calor às costas do rapaz, e num breve impulso lhe empurrou o corpo junto do próprio. Com semelhantes selos nos lábios do alheio, o cainita tão logo a assentir a vontade do andrógino lhe invadiu a boca com a língua a passear por todo seu canto úmido. O menor sorriu, retribuindo-lhe o beijo e levou uma das mãos até a face dele, sentindo a pele fria e deslizava pelo local numa leve caricia.
A esquerda do vampiro, antes em apoio do próprio rosto na palma, voltou-se a face do alheio e deslizou suave a nuca o qual entrelaçou os finos fios mesclados em loiro. Tornou e pressioná-lo próximo ao físico sem calor, enquanto passeava a língua sobre a igual.
Misaki ajeitou-se na cama, deslizando a mão livre sobre a cintura dele e separou as pernas, deixando-o entre as mesmas. A mão alcançou-lhe o quadril, pressionando-o levemente contra o próprio corpo, brincando apenas e mordeu-lhe o lábio inferior ao sentir o corpo do maior tão junto ao próprio.
Daisuke ajeitava-se em movimentos mínimos e vagarosos conforme se instalava confortável entre as pernas do alheio. A mão em costa, deslizou ao quadril e acariciou num sobe e desce sem pressa mesmo sob o tecido justo de sua peça íntima e correu as nádegas, apalpando-a, enquanto sem interrupção lhe provia da língua em sua massagem lenta, e um leve estalo dos lábios a lhe sugar o inferior entre os próprios.
O menor sorriu entre o beijo, puxando-lhe o quadril novamente e deslizou pelas costas do maior, acariciando-o, sentindo a pele fria, mas tão gostosa do vampiro. Retribuía o beijo, massageando-lhe a língua com a própria, sugando-a, com cuidado para que não tocasse as presas do outro.
Numa ultima puxada tênue em seu inferior, meticuloso a não permitir que os pontiagudos machucassem os beiços macios do outro, o qual Daisuke delineou com a ponta da língua e sem pressa descerrou as pálpebras, e voltou-se ao rapaz.
- Gosto de você, Misaki. - Sussurrou o cainita.

Misaki manteve os olhos fechados, sorrindo ao senti-lo morder o próprio lábio e abriu os mesmos bruscamente ao ouvi-lo, observando-lhe a face.
- G-Gosta?

- Gosta. - O maior tornou murmurar em tom de voz baixo, e deslizar a mão sob a bochecha rosada do alheio. - Você é muito doce.
O menor riu baixinho e lhe selou os lábios.
- E você é perfeito.

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