Ikuma e Taa #36 (+18)


Taa adentrou a boate movimentada, observando o local abarrotado de gente, como sempre fora, e procurava o namorado, mesmo sem perguntar a ninguém, sabia que se ele não estivesse ali, estaria em casa. Desceu até o local e notou o estranho silêncio se não fosse pela musica alta no andar de cima, abafada quando se fechada a porta. Foi até a cozinha, preenchendo uma taça com sangue para si e levou-a aos lábios, bebendo aos poucos o líquido que deixava os olhos vermelhos. Caminhou em passos calmos até o quarto do outro, adentrando devagar o local e o observou na cama, deitado de barriga para cima e admirou o corpo dele, certamente havia cochilado, ou dormia mesmo, sempre fora um folgado preguiçoso. Aproximou-se, observando o tórax do namorado já sem a camisa e mordeu o lábio inferior, queria tocá-lo, mas sabia que ele acordaria se o fizesse. Observou o quarto, em especial a gaveta e abriu um sorriso malicioso nos lábios. Caminhou devagar até o local e a abriu, observando os objetos seletos que ele colecionava de modo estranho e pegou as algemas, caminhando até o maior e ajoelhou ao lado dele na cama. Segurou as mãos dele, prendendo-as contra a cabeceira da cama e sorriu, sentando-se sobre o corpo dele a retirar a própria camisa, jogando-a ao lado e 
abaixou-se, beijando-lhe o pescoço algumas vezes, agora não se importava se ele pudesse acordar, embora soubesse que de nada adiantaria aquelas algemas para ele.
Os dedos de Ikuma haviam deslizado a calça nas pernas, e baixado o tecido conforme os dígitos corriam abaixo, permitindo que o tecido negro caísse ao solo envernizado e ali permanecesse, talvez tivesse coragem de arrumá-lo depois, porém após algum excesso de bebida, queria apenas dormir. O único tecido que por sua vez cobria o corpo, era a peça íntima na cor escura, qual tratou de ficar igualmente coberta junto as pernas torneadas, abaixo do edredom branco que repousava acima do colchão e corpo. Não houve demoras até ser pego pelo sono, e dormiu de bruços, porém em reviravolta sobre a cama se instalou de peito para cima, jogando o cobertor abaixo do tronco, ainda a cobrir somente a região inferior ao abdômen nu que não sentia a queda de temperatura a entrar pelas brechas na porta da área. Ainda no sono pesado, o vampiro de melenas recentemente prateadas sentia o peso, pouco, acima do corpo, porém este insuficiente, assim como os beijos desferidos na pele fria, para romper o sono qual se encontrava.
O maior deu-lhe uma leve mordida na pele, sabia que o namorado tinha sono pesado e sabia que demoraria a acordar. Deslizou uma das mãos pelo corpo dele, acariciando-o, sentindo a pele tão fria do outro, mas talvez nem pudesse sentir se ela era realmente fria, apenas sabia pela lembrança do toque dele quando ainda era humano. Desceu os beijos pelo tórax do outro até chegar a um dos mamilos, sugando-o e mordeu-lhe levemente o local, puxando entre os dentes, com cuidado para não machucá-lo com os caninos afiados. Levou uma das mãos até o membro do outro mesmo sobre a roupa intima, apertando-o e arrepiou-se, lembrando-se da sensação de ter o outro dentro de si. Acariciou-o no local e continuou a descer, beijando-lhe no abdômen. Era até estranho pensar em como passou a gostar de ser o passivo do outro, já que antes, era totalmente diferente, o próprio jeito era diferente, mas ele, aquele corpo, só de pensar já sentia o arrepio percorrer o próprio.
A expressão facial do menor talvez não fosse das melhores, e não pelo fato de desagrado pelos atos que sequer sabia os quais se tratava, afinal dormia sem nem imaginar o que se passava no ambiente, mas sim ser incomodado no sono. Moveu-se pouco na cama, porém fora inútil, os braços mantinham-se presos, mesmo sem saber de tal, desistira de tentar se mudar de posição, até porque encontrava-se impossibilitado pelas algemas, e o corpo que vagarosamente passeava com suaves toques na epiderme extensamente branca, talvez pouco mais bronzeada do que costumava ser.
- Hum...
Murmurou lânguido entre o suspiro que soou notório das narinas. Tinha boas sensações, quais passou apreciar mesmo em sono, e talvez achasse que dormia e tudo fazia parte, até mesmo a ereção que se formou mediante as carícias no sexo.

Taa abriu um sorriso malicioso nos lábios ao vê-lo se mover e continuou em cima dele, sabia que não poderia pelas algemas que o prendiam. Mordeu o abdômen do outro com certa força, causando um pequeno machucado que escorreu sangue e lambeu o local, levando uma das mãos até a cintura dele e cravou as unhas na pele, sugando-lhe o sangue que escorria e lambendo os lábios logo após.
- Ikuma... Acorda... - Falou em tom alto e apertou-lhe o membro com pouca força.

A extensa camada de pele do menor se eriçava conforme os tais, pois por mais que fosse o vampiro, sendo ainda um dos legítimos, era provido de sensações prazerosas quais simples seres humanos possuíam, o que de fato agradecia, e o namorado ali sabia que sexo era uma das atividades prediletas, senão a favorita de todas outras. Suspirou, sendo permitido a expor a voz sem som apenas no sopro que esvaiu-se nos lábios espessos, enquanto tinha o toque manual e doloso sobre o falo ainda mais entumescido, e no peitoral sentia gotículas serem arrastadas graciosamente sobre a palidez da tez, e rompidas pela língua alheia e novamente tentou mover os braços e tocar a possível criatura acima do corpo, mesmo que ainda dormisse e que de fato, seria difícil despertar.
Taa apertou-lhe novamente no local onde estimulava, adentrando a roupa intima e a mão massageou o membro do menor. Levou os lábios pelo corpo dele, beijando-o, mordendo-o alguns locais e machucava a pele fazendo escorrer mais do sangue pelo local e a mão passou pelo tórax do outro, espalhando o líquido tão saboroso. Deixou que a língua tocasse a orelha dele, suspirando.
- Ikuma... 

O fato era que cada uma das inúmeras sensações provocadas por simples estímulos bucais e manuais, não tardariam a ser incômodas, por mais prazeroso que fosse, ainda assim se tornaria desagradável para Ikuma senão feito nada para reverter o desejo de sexo que aumentava pelo corpo mórbido. Visto que não mesmo demorou, porém as pálpebras ainda juntas, escondiam os olhos atípicos em cor, mas sabia qual posição se encontrava, ainda mais ao sentir ousados toques do outro homem, e nem sequer fosse necessários para visualizar com precisão o ocorrido em torno de si.
- Hum... Você sabia que não permito que me sugue o sangue, sem me pedir, certo?

Taa ouviu a voz do outro e desviou o olhar aos machucados que havia feito na pele dele, que ainda escorriam pouco sangue. Mordeu o lábio inferior e o fitou, unindo as sobrancelhas.
- Desculpe...

Sem a tênue película que revestia as orbes de cor clara, Ikuma dera finalmente a passagem visual das vistas a encarar a face defronte; que por sua vez esboçava o receio em teus feitos.
- Ótimo, agora continue, faça um bom trabalho no que planejava, porque não pense que fará diferença se me soltar agora. De qualquer forma você vai saber como é me desobedecer, mais tarde.

Taa assentiu e abaixou a cabeça, voltando os lábios ao tórax do maior e lambia o sangue que escorria pelo local, sugando-o. As mãos deslizavam pela cintura dele, arranhando-o com certa força e cortava a pele, abrindo um pequeno sorriso malicioso nos lábios, desceu novamente uma das mãos ao membro do outro e apertou-o apenas mais uma vez, levando as mãos até a roupa intima dele e a retirou pela lateral, jogando de lado. Os lábios desceram até alcançar-lhe o membro e deu uma leve mordida na glande, sugando-a em seguida e desviou o olhar ao outro.
A análise do menor era exposta naquelas orbes douradas, acesas pela presença sanguínea, o aroma forte, rústico de si mesmo, enquanto estes se desviavam a face abaixo, a dar-lhe ainda mais o prover do sangue, sem permissão para fazê-lo, e o que de fato nunca havia ocorrido, porém aquele jovem vampiro nem imaginava o quão desgostoso a si era ser desobedecido, e um amplo sorriso se expandiu nos lábios volumosos, este que peculiar não expunha intenções algumas, mas sabia que o ar exalado por ele, seria detectado pelo mais alto. Enquanto tinha prazeres carnais apreciados, sentia a glande envolta pelo calor que o outro homem ainda possuía em sua boca fina, por vez, possibilitado de melhores movimentos, já que não tinha aquele corpo magrelo sobre si mesmo, e tratou de empurrar bruscamente o quadril a sua boca, fazendo o sexo enrijecido se afundar indelicadamente na cavidade, por pouco não causando ânsia no parceiro, e o sorriso maldoso novamente tinha posse dos lábios bonitos.
O maior sentiu o movimento do outro e levou bruscamente uma das mãos aos quadris dele, segurando-o e retirou-o da boca, arqueando uma das sobrancelhas e fitou o menor.
- Quer me fazer engasgar, é?
Colocou-o na boca novamente, sugando-o e iniciou alguns movimentos de vai e vem, colocando-o e retirando-o da boca, deslizou uma das mãos pela coxa do outro, acariciando-o e arranhando levemente a pele.

- Oh, de forma alguma. - Ikuma comentava cortês, e que de fato soava talvez irônico. - Só estava louco pra meter meu pau na sua boquinha.
Dizia entre olhares diretos de ambos e assim delineou o lábio superior com a língua.

- Na minha boca, hum? Não esta louco pra meter ele em outro lugar também?
Taa mordeu o lábio inferior e logo voltou a colocá-lo na boca, voltando aos estímulos e desviava o olhar para ele algumas vezes, sugando-o, dando leves mordidas no membro dele. Uma das mãos foi ao tórax do menor, passando pelo sangue e desceu novamente, levando um dos dedos até o intimo do vocalista e pressionou o mesmo no local, rindo baixinho, provocando-o apenas.
- Aqui, hum... - Murmurou.

- Tira o dedo daí, filho da puta. Quebro cada um dos ossos que constituem a estrutura dele, até que seja impossível reconsertá-lo.
O comentário do menor havia soado passivo apesar da agressividade de cada uma das palavras, o sorriso deu ênfase maior à cortesia empregada e balançou sutilmente o quadril, metendo-se ainda mais em sua boca.

O maior retirou o dedo do local ao ouvi-lo, rindo baixo e quase engasgou com o movimento do outro, retirando-o da boca.
- Também não te chupo mais. - Estreitou os olhos e deitou-se sobre o outro, beijando-lhe o pescoço algumas vezes. - Quer que eu coloque algo ali em vez do dedo, hum? - Riu baixo.

- Hum... Você pode tentar.
O tom de voz de Ikuma permanecia intacto, mesmo diante das provocações sem efeito do outro homem. Os braços nem ao menos insistiam em mudar a posição, de fato, poderia se livrar dali, mas tinha apreço pela própria cama, o que por fim não permitiu quaisquer atitudes bruscas de parte própria afim de ser solto.
- Vai, vamos ver se consegue ser melhor que a última vez... Acho difícil, inútil.

O maior riu baixo e mordeu-lhe o pescoço, levando uma das mãos até a calça e a abriu, retirando-a, logo em seguida fora a roupa intima, ergueu o corpo, observando-o e abriu um pequeno sorriso malicioso nos lábios.
- Só estou te provocando, hum.
Ajeitou-se sobre ele e segurou-lhe a ereção, levando-a até o próprio corpo e sentou-se devagar, sentindo-o adentrar a si aos poucos e gemeu alto, apertando o lençol entre os dedos.

- Uh, - Ikuma murmurou entre o sorriso lateral exposto nos lábios pálidos. - É claro que está, já detonei sua vontade de ser ativo, além do mais você é minha mulherzinha.
Trincou os caninos um ao outro, expondo-os entre o descerrar de lábios e elevou o quadril como já feito com a boca do rapaz, estocando-o com precisão feita já antes.

Taa assentiu assim que ouviu o outro e mordeu o lábio inferior, cortando-o e deixando pouco do sangue escorrer pelo queixo e pingar sobre o corpo do outro. O gemido mais alto deixou os lábios ao sentir o movimento do quadril que ele havia feito, sentindo-o inteiro dentro de si e moveu o próprio quadril, rebolando sobre ele.
- Hum, kimochi...
Riu, levantando-se e logo voltou a se sentar, repetindo os movimentos de sobe e desce, agilizando-os aos poucos e fechou os olhos, inclinando a cabeça para trás, apreciando os movimentos.

- É, certamente está bem gostoso.
Ikuma assentiu sem trabalho algum, afinal ali era só apreciar, já que o rapaz havia tentando desafiar a si, e não vacilaria em atitudes. Os olhos dourados novamente eram escondidos pelas pálpebras, estas revestiam seu tom atípico, e não mais se proveu de luz natural onde se instalava com o ambiente. Sentia o colchão movimentar-se sutilmente conforme aquele sobe-e-desce, enquanto o sexo era engolido pelas paredes confortáveis e prazerosas ao invadir aquele homem.

O maior sentava-se com certa força sobre o outro e os gemidos mais altos deixavam os lábios, puxando o lençol entre os dedos, levou uma das mãos ao tórax do outro novamente, pegando pouco do sangue e levou aos lábios, sugando os dedos e limpando o sangue pelo local.
- Está bom, hum?
Diminuiu pouco os movimentos, contraindo o intimo e apertando-o em si, suspirava e abaixou-se, beijando-lhe os lábios um pequeno tempo para logo depois voltar a se sentar, continuando os movimentos.

- Me diz você, Lagarta? Está gostoso, ahn? - O menor dizia entre a suavidade da voz, quase não presente conforme os quase sussurros. - Aposto que ter meus pulsos presos não é tão bom quanto imaginou, ah? - Sem respostas, a língua se entrelaçava a do maior conforme fora beijado, e bruscamente dançavam por pouco tempo entre bocas. - Você sabe que queria me ver te chupando, te mordendo, te masturbando, pagando uma pra você... Ou usando a língua num local muito mais íntimo, ah?
O maior mordeu o lábio inferior ao ouvi-lo e suspirou, concentrando-se nos movimentos, mas queria sentir o toque dele em si, como ele havia dito. Abriu os olhos, observando as mãos do outro presas a cama e levou a própria mão até as algemas, soltando-as e deixou-as ao lado, deitando-se na cama e puxou o outro sobre si, selando-lhe os lábios algumas vezes.
- Aha... Não, você vai continuar da mesma forma como começou, esse é o castigo mais leve que eu posso te dar, senão vou sugar todo seu sangue até drenar ele, e te deixar inconsciente por um bom tempo.
As mãos de Ikuma, ambas buscaram a fina cintura do rapaz cujo os lábios encontravam os próprios em toque suaves, tornou a se voltar para a cama e trazê-lo sentado ao próprio colo, mas desta vez igualmente tinha-se a sentar, apoiando os punhos fechados sobre o colchão macio e os olhos impudicos sobre o desnudo defronte.

- Não... - Taa uniu as sobrancelhas e ajeitou-se sobre ele. - Por quê?
Suspirou, retomando os movimentos e levou os lábios até o pescoço do outro, beijando-o algumas vezes enquanto uma das mãos foi sobre o ombro do menor, apoiando-se no local.

Uma das mãos do menor se elevou sobre o tronco do parceiro, e assim fazia menção de tocá-lo, deslizando-a à centímetros de sua pele, sobre o ar. 
Taa segurou a mão do menor, levando-a até o próprio tórax, deixando-o tocar o local e deslizou-a até o próprio membro, num pedido para que ele tocasse a si, retomando os movimentos que fazia, sentando-se com certa força ainda sobre o colo do outro, devagar.
Ikuma deslizou a ponta dos dedos acima da pele, retornando o caminho feito até o membro do companheiro, sem correspondê-lo em expectativas. Um sorriso alargou novamente aqueles lábios bem desenhados e volumosos, de fato exponha nele a maldade que fizera com o parceiro e apenas voltou a por a mão sobre a cama, fechando os olhos para melhor sentir o sobe-e-desce sobre o sexo.
- Como você é mau...
Taa mordeu-lhe o ombro, causando um pequeno machucado no local e retirou os dentes ao sentir o gosto de sangue, abrindo um pequeno sorriso nos lábios e agilizou pouco os movimentos, sentindo-o tocar o local sensível do corpo e estremeceu, levando a própria mão até o membro, estimulando-se.

- É... Você é desobediente, e se prepare pra ter bons sonhos depois de terminar de transar comigo, ah. Mas como estou quase gozando, vou ser um pouquinho legal comigo mesmo.
Tamanha agilidade ao levá-lo para a cama, Ikuma deu-lhe comodidade para as costas, enquanto as mãos firmes seguravam ainda seus quadris e fincavam os dedos contra a pelve exposta. O próprio quadril instava-se entre suas pernas, e força empregada não obtida desde o início do sexo, estocava-se com vontade, enquanto o som de corpos másculos davam melodia ao cômodo quente, que lubrificava a pele em suor devido a sensibilidade ao calor, proporcionado ainda mais naquele quarto com luzes poucas, onde a luminosidade para os ambos vinha através das luminárias na rua, transpassando pelo vidro na área, pela lareira automática em fogo, sensibilizando as peles vampíricas dos homens no ambiente.
- Ah!
O gemido quase havia soado como um grito exclamativo, conforme meteu-se bruscamente contra o rapaz, atingindo incessantemente seu ponto mais delicado e sentia-o estremecer entre os dedos que continuamente se mantinham em sua cintura.

Taa uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo, lambendo o sangue dele que havia ficado nos lábios e mordeu o lábio inferior. O outro foi rápido em jogar a si contra a cama, ajeitou-se na mesma, separando as pernas e deu espaço a ele, levando as mesmas ao redor da cintura do menor. Os gemidos altos deixavam os lábios, uma das mãos fora ao redor do corpo dele e a outra fora até o ombro do vocalista, apertando-o no local, cravando as unhas e sentia o corpo estremecer ao senti-lo estocar-se daquele modo em si, contendo o ápice o máximo que podia até que atingiu o mesmo, sujando o corpo do vampiro, e a mão no ombro dele foi até os cabelos do maior, puxando-o para si e lhe selou os lábios, beijando-o, invadindo-lhe a boca com a língua e tocou-a com a própria, massageando-a. Cessou o beijo logo e o fitou, gemendo baixo ainda.
-  Eu... Te amo, hum... - Murmurou.

Os olhos atentos do mais velho se voltaram o tórax desnudo do rapaz, o assistindo ser sujado pelo sêmen satisfatório ejaculado por ele mesmo. Os lábios tomados não hesitaram a retribuir mais um de seus beijos, e de fato jamais recusaria àquele homem, seja qual fosse a situação, num simples toque de mãos ou corpos, línguas ou sangue, e desfez-se em seu íntimo enquanto as bocas continuavam juntas na troca de sabores e saliva. Suspirou, soprando o hálito quente contra os lábios avermelhados do outro vocalista, e seguia de olhos fechados, respirando compassado e com movimentos já cessados.
O maior mordeu-lhe o lábio inferior ao sentir o liquido tão quente no próprio corpo e suspirou, recuperando a respiração, retirou as pernas da cintura dele, apoiando-as na cama e envolveu o corpo dele com os braços, abraçando-o e apertou-o entre os mesmos.
- Vou apanhar? - Riu baixinho.

- Não, vou te desmaiar mais tarde. Deixa só me dar fome.
Ikuma comentou e livrou-se dos braços magros do namorado, jogando-se para a cama onde logo se pôs sentado à beira, buscando mais um dos cigarros em seu box escuro, qual levou a boca e se proveu da nicotina inofensiva. Taa a
jeitou-se na cama, cobrindo-se e observou o namorado.
- Não vai fazer isso, não é?

- Ah, eu vou sim. - O menor afirmou, ainda de costas ao outro homem, enquanto soprava a fumaça entre os lábios.
- Ah Ikuma... Eu sei... - Suspirou. - Que eu não devo te desobedecer... Mas me deu vontade de sentir o gosto do seu sangue...
- Foda-se, não me pediu. Pode ficar pronto pra apagar por uns dois dias.
- Você estava dormindo... E não iria deixar...
Taa sentou-se, aproximando-se do outro e lhe beijou o pescoço, deslizando as mãos pelas costas do menor, acariciando-o.

- Se sabia que eu não ia deixar por que fez, ah?
- Porque me deu... Vontade.... Sentir seu cheiro me da vontade de sentir o gosto do seu sangue.
Taa murmurou e aspirou o perfume do outro, mordendo-lhe levemente o pescoço.

Ikuma virou-se breve e rápido, onde as pontas dos dedos tateavam a pele e segurava-lhe o queixo numa das mãos, com os lábios próximos a roçar-lhe a pele onde os dígitos o seguravam.
- Entenda que não pode simplesmente fazer o que quiser.
E delicadamente as presas que afundavam no queixo do rapaz, o mordendo superficialmente, porém suficiente a enfiar as pontas afiadas contra sua carne e retirá-las, voltando a fumar o cigarro entre os dedos da outra mão. O menor d
eixou o gemido baixo escapar ao sentir as presas na pele e levou uma das mãos até o local, limpando pouco do sangue.
- Hai... Quer tomar banho?

- Iie, pode ir lá.
O maior assentiu, aproximando-se do outro e lhe beijou o ombro algumas vezes.
- Gomen ne...
Levantou-se, caminhando até o banheiro e adentrou o box, ligando o chuveiro e deixando a água molhar o corpo, lavando-o.

Após o fim do cigarro, o menor friccionou-o por vezes no cinzeiro até apagá-lo. Levantou-se mesmo nu e caminhou até o banheiro, abrindo a porta do box para fechá-la logo ao ter-se dentro do local. Ambas as mãos logo estivera na cintura cujo trazia-lhe os quadris contra o próprio. Tornou a lhe morder o queixo, logo maxilar e voltou ao lábios, descerrando-os com a língua.
O maior aproximou-se do outro, abraçando-o e beijou-o, tocando-lhe a língua com a própria e sugava-lhe os lábios, apreciando o sabor dos mesmos. Mordeu a própria língua, fazendo um pequeno corte e deixou pouco do sangue ir aos lábios do outro, dando do próprio sangue a ele como costumava fazer. Deslizou uma das mãos pelo tórax do namorado, ajudando a retirar o sangue no local, deixando-o escorrer junto da água. Ikuma dera-lhe uma ultima sugada na língua enfim finalizando o beijo trocado entre ambos ao puxar seu inferior e soltá-lo.
Taa sorriu, pegando pouco do sabonete e passou pelo corpo do outro, lavando-o como havia feito com o próprio. Estava tão diferente esses dias, talvez mais atencioso ao namorado, não porque não queria que ele punisse a si, sabia que havia desobedecido o outro e não iria mais discutir se ele realmente quisesse castiga-lo, mas sim porque o amava cada dia mais, selou-lhe os lábios, observando-o e puxou-o para baixo da água novamente, deixando a água retirar a espuma.
O menor agradeceu o gesto com apenas um manear da cabeça, ajudando a água a dispensar a espuma que revestia as boas formas corporais, com as mãos, e logo as levou aos cabelos, os lavando e jogava-os para trás enquanto a água insistia em levá-los para defronte as vistas, que ainda se voltavam ao namorado.
Taa lavou os próprios cabelos igualmente, retirando logo o shampoo dos mesmos e selou os lábios do namorado, saindo do box e pegou uma das toalhas, secando o corpo. Caminhou novamente ao quarto, enrolando a toalha na cintura e pegou um dos cigarros do outro, acendendo-o e o tragou, sentando-se na cama e esperou que o menor voltasse.
Ikuma teve mais algum tempo suficiente para realmente terminar o banho, talvez já nem houvesse mais o que fazer, mas adorava o simples fato de permanecer ali embaixo d'água. Após alguns minutos mais depois da saída do namorado, desligou o chuveiro interrompendo a água de cair. Pegou a toalha limpa fora do box e tateou-a no corpo, observando a pele eriçada pelo provável vento que a atingia, mas não a sentia, somente caso a temperatura fosse contrária a sensação frígida. Deixou o banheiro com a toalha ainda a deslizar o corpo com ajuda das mãos, e passava-a no pescoço, deixando-a pendurada sobre os ombros. Buscou alguma peça de roupa íntima, trajando-a, e com a toalha, desta vez secava os cabelos. 
O maior tragou o cigarro mais algumas vezes, observando o outro e sorriu, mantendo os olhos presos a ele.
- Tem alguma roupa minha aqui?

- Deve ter algumas na gaveta de baixo no guarda-roupas. - Indicou com um dos dedos.
Hai.
Taa levantou-se, abaixando e pegou a roupa intima na gaveta, retirando a toalha e vestiu-se, levando a toalha até o banheiro novamente. Voltou ao quarto, tragando o cigarro e entregou-o ao namorado, beijando-lhe o ombro e voltou a cama, deitando-se.

Pela ultima vez, Ikuma tragou o pequeno cilindro branco e apagou sua brasa no cinzeiro. Abandonou a toalha sobre o móvel ao lado da cama e deitou-se nos lençóis limpos, certamente recém trocados pelo companheiro e se cobriu. O maior virou-se de costas ao outro, apenas fazendo sinal a ele para que abraçasse a si.
- Acostumou mesmo, hum.
Ikuma aproximou-se do outro, passando um dos braços sobre sua cintura, acomodando-o conjunto ao próprio corpo. Taa a
ssentiu e suspirou, retirando os cabelos do pescoço e mordeu o lábio inferior, fechando os olhos.
- Pode morder, hum.

- Não estou com fome agora. Mas pode ter certeza que amanhã cedo, hum....
- Não pode ser agora...? Aproveitar que eu estou assim com você e não vou querer acordar mesmo...
- Ahn?
- Não vai me deixar anos sem acordar? - Riu.
- Anos? Que exagero, falei dois dias, não dois anos.
- Hai... Mas ne... É bom enquanto esta me abraçando... Ai eu fico dois dias achando que estamos assim ainda. - Riu.
- Qual é Taa? Você não toma sangue há quantos dias? Tá tenso aí, cara.
- Desculpe... - Riu e uniu as sobrancelhas. - Estou... Ficando idiota.
- Qual o problema?
- Não tem problema ne... Só... Me abrace assim quando eu for acordar.
- ... O que é? tá esperando um filho meu né? Se estiver... Não é meu.
O maior estreitou os olhos.
- Está louco?! Que porra?!

- E então? - Ikuma riu baixinho.
- Não é nada em especial... Só gosto de você cada vez mais a cada dia...

- Hey...- O indicador do menor percorreu o braço exposto do outro homem, desde seu ombro até tocá-lo na mão, onde entrelaçou os dedos. - Quer vir morar comigo?
Taa aorriu, acariciando a mão do outro.
- Quero.

- Hum, perguntas com respostas óbvias.
- Hai... - Bocejou. - Hum, vamos dormir?
- Uhum, bom descanso.
- Amanha eu trago as minhas coisas. - Sorriu.
- Traga poucas coisas.
- Eu tenho cara de quem vai encher sua casa de porcarias? - Riu.
- Tem.
- Hã, eu nunca faria isso. - Fechou os olhos. - Ah espere... Amanha não estarei acordado...
- Ah é, deixe isso pra sábado.
- Vai mesmo fazer isso pelo jeito... Não vai me matar, ne? - Riu baixo.
- Eu disse que vou te chupar... Hum.... - Murmurou ambíguo. - Não te queimar.
- Mas sem sangue... - Murmurou.
- Hum, você recupera.
- H-Hai...
- Ikuma... - Murmurou.
- Hum?
- Eu te amo. - Sorriu.
- Eu também te amo.
Taa assentiu e fechou os olhos, permanecendo em silêncio.

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