Miyako e Sayuki #42


Ao terminar as aulas, Sayuki já havia trocado as roupas, assim como havia trocado a pequenininha. Estavam prontas para sair com a morena, e esperava na porta, , segurando a filha, com a pequena bolsa na lateral do corpo, onde carregava alguns acessórios, chupeta, mamadeira e as fraldas da pequena.
Ao final da aula, Miya se dirigiu para a saída, carregando sobre o ombro a mochila nada pesada, carregava só alguns cadernos e por fim, preferiu deixa-la na enfermaria, onde poderia guardar no armário do loiro e pegar na manhã seguinte, daquele modo era melhor, logo após, seguiu para fora, em direção a saída, onde encontraria o outro, e claro, a filha pequena em seus braços.
- Ora, parece que tem duas mocinhas perdidas aqui.
Sayuki deu a ela um sorriso.
- Iie, estamos esperando nosso papai.
- Ele já chegou.
Miya sorriu e estendeu os braços para pegar a pequena nos braços, dando a ela um conforto entre os braços e preferiu ignorar os olhares atravessados, não precisava dar satisfações da própria vida para ninguém, somente para ele mesmo.
- Estão prontos para o zoológico?
- Estamos! - Sayuki deu um sorriso.
- Ótimo, eu dirijo, vamos.
A morena seguiu com o outro até o carro, e colocou a filha pequena no banco de trás, presa na cadeirinha, não podia levá-la no colo. Logo após, seguiu para o volante o qual tomou e esperou o loiro se colocar lado a si e colocar o cinto.
- Está tudo bem? A enfermaria estava cheia?
- Quando falta uma aula assim sempre fica meio cheio, os alunos acham que eu tenho cara de atestado médico ou ida direto pra casa.

Miya riu.
- Eu imagino.
- Queria entender o que eles pensam que vão fazer com a vida deles estudando desse modo. Estuda uma aula, sai e vai embora.
- Eles não se importam com o futuro, se importam com o momento.
- Adolescentes...
- Isso inclui a mim, hein? - Sorriu.
- Eu sei, não se preocupe.
- Hum, vamos comprar sorvetinho pra pequena, hum?
- Só pra ela?
- Mamãe também quer? - Miya riu.
- Claro que quer.
- Então ta bom, todo mundo vai tomar sorvete.
Ao estacionar o carro, Miya deu a volta para abrir a porta para Sayuki, gostava de fazer aqueles pequenos gestos para ele, e novamente, pegou a pequena no colo, na frente dele, sabia que ele não podia pegar tanto peso, embora fingisse que não, era um orgulhoso no fim de tudo.
- Pode deixar que eu levo a bolsa dela. - Disse Sayuki.
- Não, eu levo, não se preocupe.
- Miya, eu quero ajudar.
- Você ficou o dia todo com ela, hum? Me deixe ficar um pouquinho.
O loiro uniu as sobrancelhas, mas sabia o que ela estava fazendo, sabia que queria de alguma forma ajudar, embora parecesse que só estava com ciúmes. Assentiu e deixou-a com a pequenininha, passando pela entrada do zoológico e devagar, observava o ambiente aberto, e a pequenininha, seus olhinhos abertos, que procuravam timidamente os animais, embora ainda fosse tão pequena que não pudesse entender nada que falassem a ela.
- Acha que ela sabe que estamos passeando?
- Acho que não. - Sayuki riu. - Mas logo ela vai saber.
Miya parou um segundo, observando o rosto do loiro com um pequeno sorriso e assentiu, seguindo em direção a pequena barraquinha dos sorvetes ali perto, preferiu algo de massa, ao invés da raspadinha, já que a filha não conseguiria tomar.
- Do que você quer?
- Morango.
- Tão chichê, não quer nada diferente?
- Iie. Acho que ela também quer de morango, então vou dar pra ela.
- Hum, ela está é com cara de quem quer de chocolate, então quero um de chocolate pra mim.
Sayuki abriu um pequeno sorriso e assentiu, recebendo o sorvete nas mãos e a morena, pegou o dela, mas precisariam sentar para poder apreciar o doce, e por sorte, próximo dali havia um pequeno gazebo onde se sentaram. A morena levou o sorvete para a boquinha pequena da filha, que abocanhou o doce, que aparentemente gelou mais do que devia, porque havia fechado os olhinhos com certa força. Sayuki riu e negativou, usando um lencinho para limpar os lábios da filha.
- Gelou o cérebro, foi?
- Tadinha.
- Hum, sabe... Estou feliz que estejamos aqui juntos. Não sei se cheguei a dizer isso a você, mas... Nunca tive medo de ter uma família com você como achou que eu teria.
- Eu não achava isso. Sabe disso, é porque você é muito nova.
- E daí? Se lembra o que disse sobre os estudantes? Que não pensam no futuro? Eu tenho um futuro, e quero pensar nele ao seu lado, não sozinha. Claro que podemos ter tomado uma decisão meio precipitada com essa coisinha, mas nunca irei me sentir triste por tê-la, a amo muito porque é minha, porque vocês são minhas, e é isso que eu quero pra sempre.
Sayuki abriu um pequeno sorriso, sentindo as lágrimas presas aos olhos conforme a ouviu e assentiu a ela.
- Isso é muito bonito, Miya.
- É só a verdade. Talvez devêssemos vir aqui mais vezes, é bonito, não é?
- É sim... Acho que ela vai gostar de ver os leões. Ela gosta de gatos.
- Hum... E a mamãe, gosta de ver o que?
- Eu? Ah... Não sei, não gosto de nenhum animal específico.
- Não é? Se quiser posso te mostrar minha cobra.
- Miya!

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