Miyako e Sayuki #41


Sayuki já estava de volta à escola e mantinha-se na própria sala, porém nos braços, tinha a pequenininha, a filha, que teve a permissão para levar ao trabalho consigo já que não tinha ninguém para cuidar e não a deixaria com uma babá. Sentava-se na própria mesa e deixava a pequena filha em sua cadeirinha quando tinha que atender algum aluno, e o fazia longe dela, não queria comentários, mas também se preocupava com a saúde da pequena. Preocupava-se que algum aluno pudesse sair espalhando mais coisas do que antes, já que a filha tinha os inconfundíveis cabelos castanho claros da outra e os próprios olhos clarinhos, ela se parecia muito com ela, era verdade, e a achava linda, como achava a outra. Um beijinho deu em seu rostinho pequeno e olhou no relógio, esperando pelo sinal para que a outra viesse até si no intervalo.

Miya balançava uma das pernas que até mesmo recebeu um tapa da colega de classe, esperando que cessasse a agitação, sem força é claro. Anotou no caderno detalhes da aula, a letra bagunçada pela falta de vontade de continuar ali e tomava um achocolatado de morango em caixinha, o mesmo que sempre dava a ele quando o conheceu. Levantou-se enfim quando dado o sinal, denunciando o horário de intervalo e das aulas que não teria pela falta do professor de história, o que era ótimo, não gostava da matéria. Guardou os materiais, jogando-os na bolsa que levou sob um dos ombros e portava no bolso da bermudinha que usava uma caixinha igual da bebida que levava na mão, sugando pela saída e pelo corredor, até a enfermaria. 
Ao ouvir o intervalo, Sayuki sorriu à filha e beijou-a no rosto, seguindo à porta da enfermaria e abriu, onde esperava pela outra que tinha certeza que viria direto para a sala. Estava esquentando o leite da filha pequena no pequeno fogão branquinho que tinha ali, que usava para fazer chá para si e alguns alunos, ainda acreditava no poder de cura das ervas apesar de ser um costume meio antigo.
Miya saltou fronte ao louro conforme abriu a porta, quase deu de cara com seu rosto. Riu baixinho, ofegado pela rapidez de chegar até ali e selou-lhe os lábios.
- Oi rainha, cadê a princesa?

O loiro riu baixinho ao vê-la e selou-lhe os lábios.
- Está na cadeirinha, ela está com sono.

Miya assentiu com um sorriso bem humorado e tirou a caixinha do bolso, entregando a ele.
- Ah! - O menor sorriu a pegar a caixinha e aproximando-se, selando-lhe os lábios. - Obrigado.
-Fazia tempo que não o trazia pra você. - Miya sorriu ao retribuí-lo no segundo selo. - Vamos, deixa eu ver minha menina. - Caminhou a dentro da sala, buscando visualmente o bebê.
Sayuki deixou-a adentrar o local e seguiu junto dela até a mesa onde a filha descansava na cadeirinha dela. Sorriu.
- Olha quem veio te ver, meu amor

- Hey, pequenina. Papai veio te ver. - Miya murmurou com a voz mais suave que o normal e caminhou até a filha, beijando-a na testa, sentindo seu cheirinho de bebê. - Hum...
Sayuki riu baixinho e sentou-se na cadeira atrás da mesa, notando o sorrisinho da filha ao ver a outra.
- Oi gatinha, oi.
A morena murmurou a ela e deixou a caixinha de chocolate de lado, roubando-a da cadeirinha. O loiro f
urou a própria caixinha e levou-a aos lábios, bebendo alguns goles da bebida enquanto as observava.
- Sentiu nossa falta?

- Levei uns tapa pra poder parar de mexer a perna com nervosismo pra terminar a aula, e mesmo assim não parei. - Miya riu baixinho e afundou o rosto no pescocinho da bebê, cheirando-a. - Hum... Que gostosa.
O loiro ouviu a risada gostosa da pequenininha a esticar as mãozinhas e agarrar os cabelos curtinhos da outra e riu junto dela. Miya não conteve o riso que deu junto das outras duas e afagou o pescoço da filha com o rosto, voltando a aspirar seu cheirinho e sentir seus dedinhos nos próprios cabelos, puxando-os, mas não se importava.
- O que acha de levarmos ela pra dar um passeio no zoológico?
- Hum, se a mamãe quiser ir.
- É claro que quero, tem golfinhos. - Riu.
- Vai nadar com aqueles tarados?
- Não, só olhar mesmo.
- Não vai nadar? Tem que nadar. Quero ver a roupinha justa.
- Não pode. - Riu.
- Se quiser nós vamos. Quero comprar o primeiro ovinho de páscoa do meu bebê. Vai comer chocolate com a mamãe, hum?
Miya falou a pequenina, embora não esperasse realmente uma resposta. Sayuki s
orriu a observar a filha, que esticava o bracinho tentando alcançar o colar pendurado no pescoço da outra.
- Vai sim.

- Vai? Minhas mulheres vão ganhar docinhos na páscoa. Ah meu deus, como você é gostosa, pequenina. Quero te comer no café da manhã, com pasta de amendoim.
O loiro riu e fez bico.
- A mamãe está ficando com ciúme.

- Não fique, mamãe, você eu quero comer de outra maneira.
Miya sorriu ao louro e alcançou-o, selando seus lábios.

- Sabe que podemos fazer agora, uhm?
- O que? - A morena indagou e acomodou a pequenina contra o peito.
- Amor. - Sayuki murmurou e mordeu o lábio inferior.
- Isso é algo que eu certamente não esqueço, baby.
- Então...
- Hoje mesmo teremos um encontro. - Miya falou baixo, e acariciou com a ponta do dedo o contorno do rosto do loiro.
- Hum...- Sayuki sorriu a ela e assentiu.
- Já andou brincando com suas mãos, hum?
- Não. Estou virgem.
- Nos dois?
- Uhum.
- Não se tocou nem na gravidez?
- Nem na gravidez. - Sorriu.
- Hum, então não vou poder fantasiar você se tocando com necessidades.
- Ah...
Miya sorriu, provocando-o.
- Você só vai poder sair na última aula?
- Só tenho mais uma aula, o professor de história faltou.
- Hum, então ta bom.
- Vai poder sair antes?
- Vou sim, estou com a neném.
- Então combinado, deixa esse pedacinho dormir, e assim que eu sair, vamos direto pra lá.
- Ta bem. Não enrole na sala.
- Nunca. - Miya sorriu de canto.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário