Zabuza e Haku #OneShot (+18)


A chuva caía, pingando insistentemente sobre dois corpos estirados no chão, mas não era só o barulho dela que era ouvido, alguns gritos, passos pisados em poças molhadas, palavras sussurradas em ouvidos. Os moradores da névoa estavam todos ali sobre a ponte, prontos para atacar seu agressor, por um momento, ninguém percebeu que uma densa névoa estava começando a cobrir o local, passando pelo meio dos corpos, com um frio gelado que parecia gelar até a alma, cegando seus olhos e até mesmo seus instintos. Alguém se escondia em meio as sombras. 

- Que estranho... 
- O que, Kakashi sensei?
- A névoa deveria ter se dissipado assim que Zabuza... Esqueça. Venham.
Aos poucos, aquela estranha corrente de ar, havia se dissipado, lentamente, sumindo com o vento, quase naturalmente, e Kakashi chegou a pensar que pudesse ser algum tipo de luto pelos corpos que jaziam no chão, assim como a chuva fora para Haku. Eles ainda estavam lá, Haku e Zabuza, seus corpos mortos, estirados, mereciam um enterro digno, e foi o que os jovens ninjas da folha fizeram. Duas lápides foram feitas, na vila da névoa e a espada de Zabuza fora deixada sobre uma delas, e alguém ainda observava de longe as últimas palavras dos garotos e seu professor, antes de deixarem o lugar.
A sombra que se espreitava, seguiu entre as árvores, silenciosa para que não fosse notada em seu caminho até o chalé no fim da estrada, tinha que correr, porque a chuva parecia não dar uma trégua, e carregava muito peso consigo. Havia também a possibilidade de dar de frente com algum lavrador ou espadachim que se achasse forte o suficiente para derrotá-la, embora ela soubesse que ninguém poderia tocar em um fio de cabelo seu sem pelo menos sofrer muito primeiro. 

- Rapaz? ...  – Uma voz feminina veio a tona. – Hey, acorde, não acha que já dormiu demais?
Zabuza abriu os olhos, devagar, sentindo a luz bater contra eles de forma incômoda, e teve de cerra-los novamente por alguns instantes, somente para tentar se acostumar. Aquela altura, se perguntava o que estava fazendo ali, talvez, pudesse ter morrido e estava numa espécie de céu, mas não acreditava que pudesse seguir o garoto para aquele lugar, o inferno parecia esperar para si com bem mais vontade. Sentia a boca e garganta seca, a voz parecia não querer sair, não querer deixá-lo, estava paralisado. Via um teto de madeira rústica, não havia demais barulhos se não a natureza, e ao fundo, podia ouvir um barulho fino de algo caindo sobre o telhado, talvez fosse neve, e por um momento lembrou-se do primeiro inverno que havia passado ao lado dele. Haku... Será que havia conseguido se salvar daquilo tudo? Como conseguiria viver sem ele? Se sentia vazio, uma casca, sem futuro, sem expectativas e o frio, só não cortava os ossos porque percebia, tinha vários cobertores sobre o corpo, embora estivesse sem a parte de cima das roupas, enrolado por faixas brancas que antes poderiam estar manchadas de sangue, agora, não mais. 
- ... Quem... Quem é você? Onde eu estou?
- Imaginei que essas seriam as primeiras perguntas que você faria ao acordar. 
- Então por que não me responde?
- Hum, você é desbocado, não é? Onde estão seus modos por alguém que o salvou a beira da morte?
- O problema é que... Eu não queria ser salvo!
- Ora, pra que tanto drama... Nunca entendi porque vocês ninjas tem toda essa dramatização de querer se matar, morrer por qualquer coisa. A vida é muito mais preciosa do que isso.
A língua de Zabuza estalou entre os dentes, pelo jeito, aquela mulher insuportável tinha uma visão completamente distorcida da vida.
- Quem é você pra me dizer quando devo ficar vivo ou quando devo morrer?
- Bem, sou a pessoa que salvou a sua vida.
- Tsc... Que inferno. 
- Por que todo esse mau humor?
O maior fez um momento de silêncio, se quer havia visto o rosto dela ainda, e não tinha vontade. Por sua voz sabia que era velha, o resto poderia imaginar. O olhar desviou em direção a janela, podia confirmar ali o que havia imaginado, era neve mesmo, caía graciosamente, cobrindo a casa com sua cor branca, e lembrava de seu quimono azul, correndo pelo branco. Teve de fechar os olhos por alguns segundos, as lágrimas insistindo em deixá-los, e por fim os deixou. 
- Não devia ter me salvado... Agora que descobri que o amo, não há mais propósito estar vivo sem ele. Seria como ter uma vida vazia, solitária, faltando uma parte de mim, essa parte de mim que morreu com ele é muito grande para que eu possa suportar ficar de pé.
- Que parte sua morreu, Zabuza? Se você não estivesse preocupado em olhar para seu próprio interior e olhasse a sua volta, talvez pudesse ver quem o salvou e o que estamos fazendo aqui. 
Zabuza arqueou uma das sobrancelhas quase inexistentes e desviou o olhar para a senhora que falava, lado a ele. Por um momento, a fitou silencioso, não a conhecia de rosto.
- A parte de você que diz tanto ter morrido, está no outro quarto, descansando e se recuperando de seus ferimentos. 
Ele arregalou os olhos, e ainda que fosse compelido de uma vontade enorme de se levantar e correr para o outro quarto, o corpo parecia paralisado. Havia estado todo aquele tempo achando que ele havia morrido? 
- Do que você está falando, velha?! Haku tinha ferimentos muito profundos, ninguém... Ninguém poderia salvá-lo.
- Talvez você não me conheça então. 
- Ora, desembucha velha, do que você está falando?
A senhora deu um sorriso, levantando-se e seguiu em direção ao futon onde o moreno se deitava, fitando-o sem sua máscara, e parecia bem mais assustador assim com seus dentes pontiagudos. 
- Eu sou Aya, uma das ninjas curandeiras da névoa. 
- Então você... Mas como...? Aliás, por quê? Por que salvar um criminoso?
- Não seja tolo Zabuza, sei que não é um criminoso, e também, sei que não poderia deixar alguém como você morrer. 
- Eu não sei o que você viu em mim, velha, mas... Obrigado. 
Ela deu a ele um sorriso.
- Como me tirou de lá?
- Hm, isso foi mais fácil do que imagina. Os homens e aqueles ninjas da folha pareciam muito interessados nos bandidos que tentavam fugir, só foi preciso um pouco de névoa para confundi-los e trocar os corpos. 
- Trocar os corpos... Então não nos roubou simplesmente? 
- Não, é claro que não. Todo pensam que você e Haku estão mortos agora, fizeram até o seu enterro. 
- Fizeram... Nosso enterro?
- Sim.
- Talvez isso seja uma chance para que eu possa recomeçar... Sem tratá-lo como uma arma. 
- Talvez seria melhor. 
- Eu quero vê-lo. Preciso vê-lo. 
Zabuza se moveu abaixo do cobertor, tentando se levantar, embora fosse impedido pela senhora, que colocou a mão sobre seu peito.
- Deite-se, você tem ferimentos muito profundos e ainda não se curaram, fazem apenas alguns dias. 
- Não... – Disse o maior em meio a um gemido. – Preciso ver o Haku. 
- Você vai vê-lo, assim que estiver melhor, ele também ainda não acordou. Estava morto quando eu o peguei.
- Como conseguiu... Trazê-lo de volta a vida?
- Eu sei algumas técnicas secretas... 
- Isso vai mudá-lo de alguma forma?
- Não, apenas usei meu chakra para trazê-lo de volta a vida... O problema é que isso é uma técnica proibida. Se alguém souber que eu o fiz, provavelmente acontecerá algo terrível comigo. 
- Eu vou guardar segredo. Talvez eu tenha subestimado você, velha.
- Pare de me chamar de velha e descanse, seu palhaço.

O frio não havia diminuído, pelo contrário, com os dias passando, havia se intensificado. Zabuza já havia levantado conforme se sentia melhor, e como era de se esperar, o tempo que havia adormecido, de mesmo modo fora usado para treinar um pouco do lado de fora. Havia descoberto que até a própria espada ela havia recuperado e agora usava para atacar algumas árvores, e aproveitava para trazer lenha para dentro de casa e aquecer os cômodos. A mulher ainda não havia dado permissão para que ele entrasse no quarto de Haku, até aquele dia. 
Zabuza empurrou a porta, e podia observar a cama ao canto, onde o garoto se deitava. A vontade era correr até ele, mas estava sendo vigiado e talvez ainda não tivesse força o suficiente para correr, então se aproximou devagar. Ele estava exatamente igual se lembrava dele, seu rosto, seus cabelos, que soltos emolduravam seu rosto tão pequeno. Os cobertores cobriam seu corpo, embora em sua parte de cima, também estivesse sem roupas, e só então havia se dado conta, de que nunca havia visto a ele sem suas vestimentas. Tinha alguma espécie de ideia com seu rosto tão feminino, de que não deveria invadir sua intimidade. 
- Pode nos deixar por um momento?  - Ele disse a senhora.
- Claro. Vou até a cidade para comprar arroz, fiquem a vontade. 
Ela disse, e devagar, arrastou a porta para fechá-la, batendo contra o limiar. 
O moreno abaixou-se, ajoelhando lado a pequena cama em que o garoto havia sido colocado, não era tão baixo quanto um futon comum, e era mais macio, ele precisava mais de conforto do que a si, sabia disso, agora.
- Haku... O que foi que eu fiz com você? Eu deveria ter cuidado de você, não feito isso. Você quase morreu por mim... O que você estava pensando? 
Zabuza fez um momento se silêncio e percebeu que de nada adiantaria falar sozinho, embora tivesse continuado.
- É claro, que você estava pensando somente o que eu ensinei a você... 
Um suspiro deixou os lábios dele, e lágrimas deixaram seus olhos, sabia que não era costume, mas havia pego uma das mãos do garoto abaixo de seu cobertor e levado até a testa, segurando-a firme entre os dedos, sentindo sua pele quente como de costume, agora pouco fria pelo inverno e ali permaneceu naqueles longos minutos, agora que estava com ele, não queria ter que se despedir de novo, nunca mais queria dizer adeus a ele novamente. Seria dele, se ele fosse próprio, se ele perdoasse a si. Abandonaria tudo, o poder, a cobiça, até a vida de ninja que levava. Tudo por ele.
- Z...Zabuza...
Fora quase um murmúrio. Uma voz distante, fraca que parecia até mesmo um sonho. Mas era o garoto, acordando. E num olhar rápido, o maior observou o rosto dele, achou que nunca mais fosse ouvir sua voz.
- Haku? Haku, está acordado? 
- Por que... Você está chorando...? 
Zabuza sorriu, quase de imediato e apertou a mão dele entre os dedos, trêmulo a observá-lo e silencioso agradeceu por poder falar com ele de novo, se Aya estivesse ali, a teria girado no ar.
- Por que estou chorando? Porque eu quase perdi você, Haku...
Haku permaneceu em silêncio por alguns instantes, piscando algumas vezes para recuperar a visão e só então, havia notado que Zabuza segurava sua mão em meio as dele.
- ... De nada adianta eu estar vivo, Zabuza... Eu falhei com você, eu perdi a luta.
- Você não perdeu nada, você é um ninja extraordinário, suas habilidades são excelentes e você nunca me envergonhou em nada. 
- ... O que?
- Você ouviu. Se depender de mim, Haku, nunca mais você terá que lutar novamente, nunca mais o verei cair em um campo de batalha, nunca mais terá sangue em suas mãos.
- Mas Zabuza... Fui criado para isso, como pode dizer agora que eu não lutarei mais? Isso... É tudo que eu sei.
- Eu sei que é, eu te criei assim, mas eu não devia... Eu devia ter ensinado mais a você, eu devia ter sido o pai que você merecia. 
Haku fez uma pequena pausa, observando-o com o cenho franzido.
- Pai?
Zabuza desviou o olhar a ele, indagativo e Haku deu um pequeno sorriso.
- Eu nunca tive um pai, Zabuza. 
- É por isso mesmo que eu estou dizendo.
- Eu não quero que seja meu pai, eu nunca quis. 
O maior o observou em silêncio, e embora tentasse, não poderia entender o que ele queria dizer.
- “Eu serei sua arma, Zabuza, você pode me usar como e quando você precisar”. 
- Você nunca foi só uma arma, Haku... Sabe disso. 
- Eu sei, mas foi o suficiente só para estar perto de você, para ter um lugar na sua vida. 
Zabuza franziu o cenho pela primeira vez, Haku nunca havia visto aquela sua expressão, mas parecia compreensivo, parecia reflexivo, e talvez, muita coisa passasse pela cabeça de ambos naquele momento, as mãos do maior ainda estavam trêmulas, não sabia lidar com aquilo, não sabia como agir, não sabia como dizer a ele que o amava, sentia, mas não podia descrever em palavras, e aquilo era dolorido. 
O menor o observava, atento a seu modo de agir, e para ele era mais óbvio do que qualquer coisa o que o outro sentia, podia ver em suas mãos trêmulas, podia sentir em sua respiração pesada, que ele estava confuso e feliz de alguma forma por estar consigo de novo, havia esperado aquele dia, por toda a própria vida, o dia que seria dele por completo, não somente uma arma, não somente um objeto. 
Com uma das mãos, Haku deslizou o cobertor para descobrir a si, e embora Zabuza estivesse confuso, antes que ele pudesse dizer alguma coisa, o garoto segurou uma das mãos dele, guiando sobre o próprio peito, onde estavam algumas faixas, onde havia sido machucado, e embora fosse dolorido, pressionou a mão dele sobre o local, deixando-o sentir os pequenos batimentos, frágeis, mas existentes.
- Ele ainda bate por você. 
Zabuza arregalou os olhos ao ouvi-lo, as lágrimas já escorriam de seus olhos sem encontrar nenhuma resistência e mostrava ao garoto, todos os sentimentos que na vida tentou esconder, estavam juntos, só isso importava.
- Ah, Haku...
E ao dizer, abraçou o corpo sobre a cama, parecia tão frágil em meio aos braços, que não acreditava que o havia feito passar por tudo aquilo, lutar, lutar por ele, se matar por ele. Queria protegê-lo agora, acima de qualquer coisa e só estar a seu lado, nunca mais iria deixar que ninguém o machucasse. Nunca mais. 



- Zabuza... 
O pequeno murmurou, ainda em seus braços, e com a mão dele, que ainda segurava, deslizou pelo corpo pequeno e talvez não tão frágil assim, sabia que ele nunca havia visto as próprias formas, então tudo para ele seria uma surpresa. Devagar, descobriu o próprio corpo por inteiro, embora ainda usasse a roupa íntima na parte de baixo, era tudo o que usava e pode dar a ele a visão de si. Zabuza o fitou por alguns instantes, sem saber o que dizer, e porque o outro o fazia, ainda mais estando frio, então achou que o mais sábio a fazer seria cobrir o garoto novamente, porém sua mão fora parada por Haku, impedindo-o de fazer e entrelaçando os dedos aos dele. 
- Zabuza, por favor... Me use como você quiser.
- Não posso fazer isso, Haku. Sabe que eu não posso.
- Não seja tolo. Sabe que sou seu. Meu corpo é seu.
- Você está ferido. E sou bem maior do que você... Sabe o que isso significa. 
- Sei que sente atração por mim. Sei que sempre sentiu. Ou estou errado?
Zabuza franziu o cenho, estava confuso, e pela primeira vez estava sendo posto daquela forma contra a parede por ele, sabia que o queria, olhar o corpo dele causava um arrepio estranho na espinha, mas sabia que podia machucá-lo. 
- Faça comigo, me aqueça, Zabuza, me faça seu.
Aos ouvir suas palavras, o maior esqueceu completamente o motivo de estar tão pensativo sobre aquilo, não era como se fosse algo errado, amá-lo e ser amado de volta, certo? Ainda que parecesse errado, antes mesmo de perceber, estava tocando o corpo dele, acariciando-o com as mãos frias, que em nada esquentariam seu corpo, somente arrepiariam sua pele. Num movimento rápido, havia retirado as roupas, o casaco pesado estava no chão, a regata fina e até mesmo a calça, permanecendo somente com a roupa íntima, e se colocou sobre o corpo do outro, como ele queria, ainda que houvesse puxado o cobertor para cobrir a ambos, ou ele morreria de frio.
- Sabe que não posso te aquecer. Sempre fui gelado.
- Então deixe seu coração me aquecer. 
Não estava acostumado aquilo, com certeza. Era desajeitado, grosseiro e nunca havia se sentido tão balançado por alguém, quando havia chegado naquele ponto? Agir tão sem pensar. E num sorriso, o maior beijava o pescoço dele, deslizando a língua suavemente em sua pele quente, enquanto contra o ouvido, podia ouvir os suspiros sutis de Haku, assim como as mãos quentes dele sobre as costas, sempre havia sido daquele modo, quem aquecia a si, era ele, não o contrário.
Zabuza havia parado de pensar. Enquanto beijava o rosto do pequeno, por um momento desejou se meter entre as pernas dele, mas não estava na cama com um qualquer, queria ser carinhoso com ele. E os olhos, por um momento cruzaram com os do outro, por acaso, fitando seus olhos amendoados e tão bonitos, estava apaixonado. Os lábios tocaram os dele, no primeiro beijo que Haku havia dado em alguém em sua vida, sua língua pouco desajeitada passava pela língua do outro numa troca gentil de carícias, não era o primeiro beijo de Zabuza, mas era o melhor que já havia provado, e aquilo era mais importante. 
Aquela altura, Haku já havia dado espaço entre suas pernas para o maior, e podia sentir até mesmo o roçar de quadris, o volume pequeno que tinha, junto ao volume do outro, era bem mais novo do que ele e sabia disso, nem por um momento pensou em recusá-lo ou cessar o que faziam. Imaginava o incômodo e a dor que viria, mas estava preparado para isso.
- Haku... 
Zabuza murmurou, tão próximo a orelha do menor, e deslizou a língua por sua cartilagem quando por fim, deslizou uma das mãos pelas coxas do pequeno, roçando-se em sua parte íntima, e não se deu ao trabalho de retirar sua roupa, apenas a colocou para o lado, não queria ver o sexo dele, não porque não iria gostar, mas sim porque ainda que estivessem fazendo aquilo, queria dar a ele algum espaço. Devagar, roçou o dedo sobre aquele pequeno ponto íntimo do menor, pressionando-o e sentia-o se contrair, desacostumado, até ouviu um gemido deixar seus lábios, e finalmente, empurrou-se para dentro, devagar, cuidadoso.
- N-Não... Não precisa ser tão cuidadoso, eu... Aguento, Zabuza.
- Acalme-se. Não posso fazer isso direto, não quero te rasgar em dois. Precisa ser paciente. 
O menor uniu as sobrancelhas, porém assentiu, fechando os olhos com certa força ao senti-lo incômodo dentro de si, dolorido. 
- Prometo a você que vai ficar bom. 
- Você... Já fez isso com alguém?
- Não. Você é meu primeiro. 
Haku abriu um pequeno sorriso, tímido e fechou os olhos a repousar a cabeça sobre o travesseiro, esperando pelos movimentos que logo vieram. Zabuza também não gostava de ser tão cuidadoso com ele, muito pelo contrário, queria se empurrar para ele sem dó, estava excitado, e isso incomodava, mas simplesmente não conseguia. Ao mover o dedo, logo ele adicionou mais um, acostumando o corpo do menor até que sentisse que poderia continuar, e a cada gemido que arrancava dele, sentia um arrepio diferente pelo corpo.
- Posso?
- H-Hai. 
- Vou devagar.
- Não... Faça como sentir vontade.
Zabuza observou o outro, seu rosto, suas expressões, tinha as bochechas suavemente coradas e sentia seu corpo trêmulo entre os braços, se fizesse como tinha vontade, o mataria. Ele teria que aprender ainda que não era somente o que tinha vontade, era o que ele queria também, era o que ele sentia que também tinha importância, não o usaria como um boneco.
O maior abaixou a roupa íntima que usava, e devagar se guiou ao corpo do pequeno, roçando-se nele antes de finalmente o penetrar, mas quando o fez, deixou-o sentir cada centímetro do corpo que o adentrava, devagar, paciente, e pôde sentir seu corpo apertado, que não queria dar passagem a si, talvez dolorido demais, mas com certeza, era um abraço quente, e úmido, pelo sangue, mas não sabia disso ainda. 
Haku fechou os olhos, pressionando-os firmemente e sentiu o corpo estremecer conforme o sentiu entrar em si, doía, machucava, e por um momento se perguntou como poderia gostar daquilo, até se lembrar que estava fazendo aquilo com ele, e queria já há algum tempo, desde que começara a descobrir o próprio corpo, as próprias sensações e vontades. Uma das mãos, deslizou pela face dele, numa suave carícia, enquanto notava sua atenção para as próprias expressões, e dos lábios trêmulos, escapou um gemido sôfrego, mas prazeroso. 
- Z-Zabuza... Você... Ah...
- Eu disse que iria doer. Talvez seja melhor parar.
- Não! Você só é... Maior do que eu pensei que fosse. 
O maior deu a ele um pequeno sorriso, sem traços de graça e novamente beijou seus lábios, entrelaçando a língua a dele, sentindo seu gosto doce, embora tivesse dormido por tanto tempo, ele era naturalmente doce, como uma pequena flor e o trataria assim.
Devagar, Zabuza empurrou-se para dentro, até que enfim estivesse inteiro no garoto e deu a ele um tempo para se acostumar com a sensação, a sensação de se fundir com ele, de estar o completando, fazendo algo tão íntimo, e tão intenso tanto em dor quanto em prazer. 
Haku não parecia se importar pela dor, embora ela fosse grande, afinal, seu corpo ainda estava dolorido, de certo modo, estava feliz por poder estar com o outro, por poder ser dele daquela forma como queria e um de seus olhos se fecharam, dolorido quando o sentiu se mover pela primeira vez. 
As mãos de Zabuza estavam trêmulas, assim como suas pernas, e era difícil se apoiar sobre a cama. Tinha-se em meio as pernas do pequeno e sobre seu corpo, sem apoiar o peso, fitava-o de cima, atencioso e por fim passou a se mover, devagar, porém firme, sentindo-o finalmente dar espaço a si em meio a seu corpo, e estava tão excitado, que tinha que se segurar para não gozar ali mesmo, queria dar prazer a ele.
Foram longos os minutos doloridos, porém aos poucos, sentia Haku soltar seu enlace firme em seus quadris, com uma investida, sentira seu corpo todo estremecer, e sabia que o havia atingido onde gostava, então, passou a fazê-lo mais vezes, no mesmo local.
- Z-Zabuza! Ah!
O maior abriu um pequeno sorriso, abaixando-se a esconder a face contra o pescoço do pequeno e sentia seu cheiro, banho, perfume, flores e o pouco suor que o dava devido ao sexo, podia sentir seus cabelos colando sobre a face, e seu corpo quente, estava ainda mais quente, macio. 
- É bom assim, Haku?
- Hai... Ah!
Em seu pescoço, Zabuza distribuiu alguns beijos, atencioso ao baixo ventre e ao modo como se empurrava contra ele, não queria machucá-lo e sentiu as mãos quentes novamente sobre as costas, deslizando as unhas sobre a pele, e sabia que ele tentava sufocar seus gemidos na garganta, ou em seus lábios mordidos.
- M-Mais... Mais Zabuza. Ah!
O maior cerrou os dentes e rapidamente passou a se empurrar para o corpo dele, tocando-o no local onde gostava, e podia sentir que ele se arrepiava, contraía-se ao redor de si, como se não quisesse deixar sair de seu corpo e por fim pôde ouvir seu gemido, alto, prazeroso conforme se agarrou contra si, seu rosto vermelho, corado pela atividade física e deu-lhe os últimos movimentos que podia, deixando o próprio prazer, dentro de seu corpo.
- Me desculpe, Haku... – Disse o maior, em meio à respiração descompassada.
- N-Não se desculpe... – Respondeu o menor, de mesmo modo.
Zabuza sentia os braços trêmulos, seu corpo dolorido, porém, ergueu-se a observá-lo.
- Preciso trocar suas roupas antes que a velha chegue.
- Não... Por favor, deite-se comigo. 
- Haku, eu...
- Por favor. 
O maior assentiu, e preferiu deixar a roupa dele no lugar onde estava, deslizando uma das mãos por ela a ajeitá-la em seu corpo e só então notou que a parte da frente dela estava úmida. Deu um sorriso para si mesmo. O havia feito gozar. Ao colocar-se para dentro da própria roupa novamente, assustou-se com o fato de que estava sujo com seu sangue, mas achou melhor não alertá-lo por hora, cuidaria dele mais tarde. E finalmente, deitou-se a seu lado, abraçando-o, mantendo-o contra o peito.
- Nós vamos morar no campo. Longe daqui, longe de toda essa água.
- Não me importa onde queira morar. Só quero estar com você. 
- Vamos estar juntos. Eu nunca mais vou deixar você ir Haku, nunca mais vou soltá-lo.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

3 comentários:

  1. Ai gente, foi lindo demais! De longe o shota mais fofinho que eu já li em fics, de verdade <3

    O jeito meigo de Zabuza com o Haku foi tão verdadeiro que até chorei aqui, sério. A emoção passada para essa fic representou bem o casal que, sinceramente, não deveria ter sofrido o que sofreu.

    Obrigada mesmo por essa oneshot tão meiguinha e azedinha em limão doce <3

    Bjinhos =*

    ResponderExcluir
  2. Cara, exatamente o que a Talita falou: sua escrita passou tanta emoção. Nossa, estou tocada hahahaha
    Nossa, muito lindo, e eu nem gosto de Naruto na verdade. Nem sei o que dizer <3

    ResponderExcluir
  3. COMO ESPERADO DA NOSSA QUERIDA KAYA! HUOOHOHOHO~
    Bixa, a senhora é destruidora msm, viu viado!
    O que dizer dessa primeira one-shot ZabuzaxHaku que eu li na minha vida? Quer dizer, eu sempre shippei, nada fervoroso, mas shippava.
    Confesso que foi uma ótima experiência, cara! Você escreve bem pra cacete, e a narrativa tava óh, uma maravilha! Zabuza ali todo preocupado e choroso me deixou com o coração batendo forte <3
    E esse lemon, o que dizer? Ahh meu pai, foi emocionante <3
    Fou o shota mais top que já li, parabéns ajdgastdr

    Enfim, monamour, tá de parabéns!
    Bjs na bunda e até uma próxima :D

    ResponderExcluir