Ikuma e Taa #14


Taa acordou ao lado do outro, e já acostumava-se acordar daquele modo mas o que estranhava é que não se lembrava de ter dormido ali. Moveu-se lentamente na cama, sentindo o corpo doer e ainda mais a dor de cabeça. Gemeu e a mão alcançou o outro, cutucando-o.
- Ikuuuma... Ikuma!

- Hum...
O maior gemeu insatisfeito com o toque no braço, e levou uma das mãos a alheia, empurrando-a. Submerso ao sono. O maior r
ecolheu a mão e aproximou o corpo do corpo do outro, os lábios se colaram ao pescoço dele, beijando-o algumas vezes.
- Ikuma... - Murmurou.

- ...O queee? - O loiro murmurou arrastando a voz. Ao sentir a pequena pontada após o despertar, levou uma das mãos a cabeça, massageando-a onde vinha sentindo a dor. -  Caralho...
- Pois é... - Taa murmurou novamente e riu baixinho. - O que... Aconteceu? Minha cabeça esta doendo demais, e não é só ela que esta doendo... Hum.
- Não sei... - Ikuma erguera a face anteriormente repousando sobre o travesseiro, e os nipônicos e tão mínimos olhos o fitaram, quase por fechar-se outra vez. - O que está fazendo aqui ?
Indagou ao outro, em tom que não desse maior proporção as pequenas pontadas na cabeça, tão incomodas.
- É, eu também estou me perguntando isso... - O maior se afastou do outro, ajeitando-se e gemeu baixinho - Tenho a impressão que você me comeu... Não... Não é impressão... Acabei de notar que estamos sem roupa...

Os pequenos olhos do loiro revisaram o corpo após o comentário, e o mesmo fez com o alheio, notando em sua coxa exposta, as marcas dos dígitos e acabou por rir, preguiçoso, porém descarado.
- É... deve ter sido bom...

O maior estreitou os olhos e olhou a própria coxa.
- Hum... É... - Riu - Se lembra de alguma coisa? - Ajeitou-se, tentando se sentar e logo voltou a deitar-se, gemendo baixo. - Acho melhor não fazer isso...

- Não... Só lembro de estarmos conversando com as meninas lá em cima..
O loiro comentou, voltando a repousar sobre o travesseiro, descansando sem exigir esforço, afinal... Não estava propício à isso. 

- Hum... - Taa resmungou e aproximou-se do outro, abraçando-o novamente - Sinto cheiro de sangue... Mas acho que somos nós... - Riu.
- E somos nós... Se me morder eu arrumo forças pra foder seu rabo de novo. - Comentou devido a proximidade do outro homem.
Taa roçou os lábios no pescoço dele e mordeu levemente a pele.
- Não vou te morder... - Riu baixo. - E não faz isso, já estou dolorido o suficiente... O que diabos você fez?

- Você nem é louco, só encoste seu dentinhos se eu deixar. Não sei de nada, não me lembro de porra nenhuma, lagartixa.
- Vou perguntar para as meninas, afinal estávamos com elas. Vai que você subiu em cima da mesa e começou a tirar a roupa... - Riu debochado e gemeu devido a dor de cabeça.
- Vai que te comi em cima da mesa, não é ?
- Na frente de todo mundo? Acho que não...
O menor riu, um riso baixo, tentando ser contido perante o mal estar, porém este logo se exaltou seu tom e acabou por gargalhar.
- Não duvido muito disso...

Taa estreitou os olhos.
- Mas... Estávamos caindo de bêbados pelo visto, nem nos lembramos, como voltamos pra cá?

- Ah, as meninas devem ter ajudado... Eu pareço estar bem mesmo quando estou bêbado, consigo agir normal.
- Hum... Hai... Estou enjoado. - Murmurou.
- Hum... Vá vomitar.
Ikuma se levantou devagar, sentando-se à beira da cama. As mãos tocaram a face massageando as têmporas pesadas e finalmente erguera o corpo, caminhando até a cozinha, desta vez, servindo-se apenas do sangue; já que a dor de cabeça era existente, e vinho, só daria proporção a ela. A garrafa estava entre lábios, dando goles longos e deixava o liquido na boca, o saboreando por instantes antes de ingeri-lo. Retornou ao quarto e sentou-se na cama, servindo o pequeno copo que havia trago consigo, colocando uma ligeira quantidade do sangue em que levou aos lábios alheios. 

O maior assentiu, levou alguns minutos para que conseguisse se levantar e caminhou ao banheiro, permanecendo no mesmo, sentindo ainda mais enjoo estando de pé e vomitou. Observou-se no espelho do banheiro, ajeitando os cabelos e lavou o rosto, passou o enxaguante bucal e voltou ao quarto, deitando-se com cuidado na cama, sentindo-se fraco e a dor no corpo e na cabeça só deixavam o sentimento ainda maior. Observou o copo e levou uma das mãos até o mesmo, bebendo toda a bebida, tossindo em seguida e levou uma das mãos aos lábios.
- Ai que horror ficar assim...

- Credo... que situação ridícula, Lagarta.
Ikuma se levantou da cama, levando o copo trago à cozinha novamente, enquanto expunha o riso zombeteiro, rindo da situação do outro, que era realmente desagradável. Ao retornar ao quarto, sentou-se na cama e passou a degustar da refeição aos poucos.
- Eu não sou de ferro e não sou uma princesinha chata, eu sou fraco pra bebidas... - Murmurou e riu, observando o outro.

- Deveria parar de beber se tá tão miserável assim.
O loiro comentou descontraído, continuando a beber enquanto passara a prover-se da nicotina, fumando.

- Ah não é tão ruim assim, eu gosto de beber, só que você acabou comigo, princesa...
- O que tem relação sua bunda estar fodida e você ter vomitado e estar parecendo um miserável com ressaca?
- Estou parecendo um miserável porque meu corpo dói, idiota.
- Então não transe mais comigo, tsc.
- Até parece que... - Se calou e mordeu o lábio inferior. - Ahn... Eu gosto...
Ikuma riu, expelindo a tragada dada à pouco, e direcionara um sorriso travesso ao outro.
- Ikuma... - Levou uma das mãos a coxa dele, acariciando o local.
- Hum?
O menor murmurou com o pequeno cilindro em meio aos lábios e após uma nova tragada, tirou-o da boca, o deixando em meio a dedos. Taa d
esviou o olhar a um ponto qualquer do quarto.
- Direi a ele que me esqueça...

- Hum?
Ikuma tornou a murmurar indagativo, enquanto arqueava a sobrancelha; desentendido a que o outro se referia.

- Direi ao rapaz que saio... Que não quero mais vê-lo...
Após seu comentário, o olhar do loiro se desviou de atenção a caixa de cigarros numa das mãos, e dela tirou outro dos pequenos, levando-o aos lábios, o acendeu com a bituca ainda em brasa, e deixou-a no cinzeiro em seguida, o maço sobre a cama, e deu um trago no novo cigarro, um gole na bebida seguidamente, e após tirar da boca, falou finalmente.
- Pra que ?

- Por que...?  Porque eu gosto de você...
- Hum... - Murmurou outra vez. - Já deixou de amar ele por acaso?
Taa suspirou e estendeu a mão a ele, pedindo um dos cigarros.
- É, então não ache que será feliz assim.
- Eu quero fazer isso...
- Então faça, mas não pense que vá mudar algo.
- Você é a unica pessoa que eu preciso agora... - Retirou o cigarro dos lábios dele, tragando-o.
- Certo, Lagartixa.
Ikuma pegou outro cigarro do box, acendendo-o com o acessório próprio e pousou ambos novamente na cama, voltando a fumar, pensava que nada precisava comentar ali.

- Pode parar de me chamar de lagartixa? - Estreitou os olhos.
- Porque eu deveria?
- Porque me enche o saco.
- É essa minha função.
- Vou te dar uns socos pra ver se você para.
- Vem dar!
- Não posso, estou mal.
- Então não ameace, Lagartixa.
- Mas eu devia...
- Então fique boazinha, e vem dar.

- Vai tomar no seu cu, Ikuma.
- Cale a boca, você é quem toma no cu.
Taa tragou o cigarro e virou-se de lado, ignorando o outro.
- Oh, magoou. Você sabe, e ainda gosta de tomar. Quer tomar de novo, lagarta?
- Está doendo, seu surdo.
- Se não estivesse, já estaria dando... - Riu.
- Nem pensar, você está me irritando.

- Estaria sim...
O loiro se abaixou, obtendo proximidade do outro homem e murmurou as palavras em seu ouvido, complementando tal provocação com o roçar da língua em sua cartilagem enfeitada.

- Hai... - Riu e arrepiou-se.

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário