Kazuma e Asahi #16 (+18)


Asahi suspirou, estava irritado por ficar no quarto, mas a enfermeira rondava a cama de tempos em tempos, observando a si, tirando a temperatura e quando achava finalmente poder descansar, viu-a se ajoelhar ao lado de si, colocando a mão sobre a testa.
- Emi o que está fazendo?

- Preciso ver se o senhor já melhorou.
- Eu estou bem, não precisa se preocupar. Estou melhorando.
- O senhor está com 40 graus de febre.
- Estou quentinho. - Riu e a viu rir igualmente.
- Se Sakurai não vier... Tenho medo que algo aconteça com o senhor.
- Ora, está jogando praga em mim?
- Não senhor, é que... Sabe, eu tenho medo que aconteça alguma coisa com o senhor, e senhor Sakurai parece não se importar. Por que gosta dele?
- ... Eu não gosto dele.
- O que?
- É, eu sou um padre... Ora. 
- O senhor gosta sim... Faz amor com ele sem gostar?
- ... Não quero falar sobre isso, Emi.
- Acho que o senhor devia... Ficar com alguém que cuidasse de você, que te desse valor.
- Emi, chega. 
- Eu só... Estou tentando te mostrar que eu...
- Não.
O loiro murmurou, e ouvira o barulho do lado de fora, 
inclinou-se para a janela e só então pôde ver o carro dele ali, estacionando.
- Kazuma... - Murmurou com um sorrisinho nos lábios.
O general b
uscou na parte traseira do carro a caixa com mantimentos, pelo menos uma delas. Ao parar junto ao par de soldados que habitualmente levava consigo, seguiu caminho do extenso pátio da igreja até alcançar a entrada do lugar, já não tão bem cuidado quanto antes, mas após um único ataque, se mantinha como fora da última vez. Bateu à porta que abriu antes mesmo de um segundo toque e levou até o salão onde algum dia já havia sido cheio pelos seguidores religiosos, deixando sobre o extenso tapete aveludado, bem lavado, que até então não havia descoberto como se mantinha limpo, perguntaria a alguém qualquer hora.
- Hana. - Disse à enfermeira de exército em um cumprimento.
- Senhor. O padre não vem vê-lo hoje, está de cama. Emi tem alguns remédios para pedir ao senhor.
Disse a garota, num sorriso canteiro em cumprimento. O maior a
ssentiu com maneio da cabeça ao que dito pela jovem, que por sinal detinha maior afinidade diante da outra enfermeira.
- Qual estado do padre?

- Ele está doente, não sabemos o que ele tem, talvez seja somente um resfriado, mas podem ser complicações, está com febre de quarenta graus e não abaixa, na condição dele é mais difícil ainda saber, ele não sente dor. Precisamos de um médico...
- Quais remédios precisam? Mandarei alguém trazê-los e caso não melhore, envio um médico.
- Bem, preciso de alguns antibióticos caso isso fique pior. Emi lhe passará uma lista, ela está no andar de cima com ele.
- Alguém mais adoeceu?
Iie, só o Asahi. Se não quiser vê-lo, mando Emi descer.
- Eu vou até lá.
O maior disse a ela e indicou os soldados à cozinha, onde outro deles era responsável pela alimentação e que por sinal, aparentemente gostava de estar ali, certamente se sentir descansado depois de tanto tempo, talvez devesse trocá-lo, deixar outro homem ter um tempo de paz, porém imaginava que, pior do que não conhecer o gosto era conhecer e não tê-lo. Abriu a porta quando em frente ao quarto conhecido e podia de fora ouvir alguns murmúrios, nada que pudesse ter certeza do que se tratava. Entrou no cômodo, notando a jovem apaixonada e seu amor platônico. 
Asahi desviou o olhar a porta assim que ouviu o barulho no local e o sorriso sutil nasceu nos lábios, ajeitando-se na cama, dessa vez não usava a batina, usava uma camisa branca, algo confortável já que tivera que ficar deitado, algo que parecia um pijama. Os cabelos estavam meio bagunçados devido ao resfriado ou seja lá o que fosse recente e tinha o crucifixo no pescoço.
- Kazuma. - Repetiu, observando-o e viu a garota se levantar.
- Senhor, fiz uma lista dos remédios para o Asahi, podemos conversar lá fora?
- Emi, depois... Quero falar com ele.
- Só vai levar alguns minutos.
- Padre.
Disse Kazuma ao nome conforme proferido em um breve cumprimento e no entanto fitou a enfermeira o qual assentiu.
- Falamos em um minuto padre.
Disse então acompanhando a jovem novamente quarto a fora. O loiro uniu as sobrancelhas, porém logo a viu sair, junto dele do quarto e claro, preocupou-se.
- Senhor Sakurai, fiz uma pequena lista, como dito. - Disse a entregar a ele o papel. - Eu acho que ele precisa de alguém com ele, quer dizer, somente duas enfermeiras não são suficientes para ficar aqui, talvez eu possa dar mais atenção, mas...
- Não entendo o que pede, Emi.
Retrucou o moreno aceitando o papel com a pequena listagem, o qual fitou por um momento mas voltou a olhar a morena.
- Bem... É que como ele está doente... Eu poderia ficar cuidando dele, mas...
- Mas o que, Emi?
- Não posso dar atenção a ele e as demais pessoas...
Kazuma fitou a jovem por algum tempo até voltar a se manifestar.
- Hum, então o que propõe?
- Bem, seria bom ter mais uma enfermeira aqui... Ou duas.
- Hum, é mesmo? O estado do padre é grave?
- Bem, ele está com quarenta graus de febre e não sabemos o que é.
- Hum, a lista de remédios ajuda mais que uma enfermeira no caso de algum medicamento que possa diminuir essa febre. Que claro, deve ser realmente uma febre muito ruim a ponto de pedir mais uma enfermeira, as mesmas que cuidam dos homens feridos por balas, com perna ou braço faltando. Que por sinal não é um ou dois.
Emi desviou o olhar a ele, unindo as sobrancelhas e por fim assentiu, sem saber o que dizer diante do dito e de fato, era uma desculpa para ficar com ele.
- Certo, não quero roubá-lo do senhor.
- Não está roubando o que não me pertence, Emi. No entanto, ele é um homem. As enfermeiras, uma ou duas que pediu, estão cuidando de dezenas deles, e você pode fazer o mesmo ao invés de ficar sentada ao lado da cama tirando a temperatura dele. Como você lidava em um hospital? Um paciente por vez?
A garota o observou um pequeno tempo, de sobrancelhas unidas e por fim se afastou, silenciosa e correu em direção às escadas. Kazuma observou-a partir até as escadas e embora não dissesse nada mais, queria lhe dar uns tapas no rosto tamanha idiotice no pedido. Tão logo entrou novamente no quarto, observando o rapaz.
- Diga padre, o que precisamos falar.
Asahi observou o outro, finalmente no quarto e sorriu novamente, meio de canto, ou até mesmo fraco.
- Senti sua falta.
- Parece que tomou alguma friagem, rapaz.
Disse o moreno e se encaminhou até o religioso. Tocou sua testa com o dorso da mão, sentindo a temperatura. 
- Eu estou bem, eles que se preocupam demais, não precisa gastar seu tempo com os remédios.
- Não gasto tempo, gastamos dinheiro. - Disse e no entanto deu um sorrisinho, indicando a brincadeira.
- Ah... Não precisa gastar dinheiro então.
- Não é meu dinheiro.
- Hum. - Murmurou e sorriu, meio de canto. - O que fez hoje?
- Nada além do que normalmente se faz quando não há nenhum ataque, aparentemente estamos em um período tranquilo. Aparentemente. - Disse ao rapaz e se sentou na cadeira disposta a seu lado, onde antes sentava a enfermeira. -  Você disse que queria falar comigo, nada fora do casual?
Asahi desviou o olhar a ele, meio de canto e logo o observou melhor, sentado lado a si e suspirou.
- Acha que eu vou morrer? Ninguém sabe o que eu tenho, as enfermeiras dizem que pode ser somente uma gripe, mas estou assim há três dias.

- Gripes geralmente cessam em sete dias e podem se estender até duas semanas. Diferente de resfriado, que geralmente é passageiro. Não se preocupe.

O padre assentiu, meio tímido pelo receio estúpido.
- Você não vem há duas semanas...
- Infelizmente não tive tempo livre, mas os soldados trouxeram o que vocês precisavam, ah?
- Bem, só não me trouxeram você. - Asahi murmurou, desviando o olhar para a janela novamente. - Quero te dar algo, pra se lembrar de mim quando não voltar...
- Eu sempre volto, Padre. Demoro porque tenho um posto que não pode ser deixado a qualquer hora. Hoje estou aqui e poderia estar na sua cama se não estivesse adoecido pra isso.
O loiro desviou o olhar a ele, meio envergonhado, porém a saudade que sentira dele era maior. Gaguejou, mas mesmo assim, disse a ele.
- Consigo te dar um lugar na minha cama...
- Não posso me dar o luxo de adoecer. - Disse e deu-lhe um sorriso canteiro diante do convite.
- Hum, eu não estou espirrando, nem sei se tenho gripe.
Tem certeza?
- Hai.
- Disse a pouco que não sabia se era gripe. - Disse num ar risonho, o provocando.
- Venha. - Riu.
- Venha? - Disse não habituado ao modo com que falava.
- Deite comigo.
- Não posso, padre. Por mais que eu queira conferir seu corpo com essa camisa.
- Fazem duas semanas que você não vem. Eu uso uma máscara se te faz mais feliz.
- Hum, fazem duas semanas, logo isso quer dizer que está precisando disso por duas semanas?
- ... Não me faça dizer.
- Hum, diga, padre.
- Preciso.
- Então sentiu falta de ir pra cama comigo, ah?

- H-Hai...
- Hum.
Kazuma murmurou pela milésima vez no dia, ao se levantar e deixar o quepe militar sobre o baixo móvel ao lado de sua cama e pôr as mãos no uniforme, o que lhe indicou o fato de que tiraria-o e por algum motivo.
Asahi sorriu meio de canto, observando-o enquanto fazia menção de tirar o uniforme e em silêncio e igualmente, passou a abrir os botões da própria camisa.
- Parece ousado hoje, Padre.
O maior disse ao rapaz, que não teve delongas em despir de suas mesmas roupas. E após desnudar-se no tronco, caminhou até a porta, fecharia porém optou por deixar aberta como estava.

O loiro desviou o olhar a ele, sem entender porque havia ido até a porta, não pensou sobre e negativou, meio envergonhado, afinal não gostava de falar com ele sobre aquilo e após abrir a camisa, retirou a roupa intima que usava, sentando-se na cama, e esperou que ele não se importasse com os próprios cabelos bagunçados.
- Estou com frio...

- Você quer que eu esquente você?
O moreno indagou a medida que voltou até ele e vira-o já despido, sentado. Aproveitou e somente então deixou o quepe ao lado, junto ao uniforme a pouco retirada. Asahi assentiu, meio tímido e abaixou a cabeça, tentando não encará-lo demais, queria evitar os pensamentos estranhos que rondavam a cabeça e por fim sorriu meio de canto.
Ao se sentar, Kazuma tirou as botas, uma após a outra e somente então deu atenção a calça, que não retirou por completo, abriu o zíper e botão da calça, afrouxando a veste. Ao se virar suficiente a fitar o padre, ainda que dadas as costas a ele, levou a mão até seu rosto, puxando-o direção a si a medida em que tocou e beijou seus lábios.
O menor ergueu a face a observá-lo, sentindo sua mão, quente sobre o queixo e por um minuto o observou, os cabelos sempre aparados que tanto gostava, os lábios corados e os olhos cinzas tão diferentes de tudo que já havia visto. Ele era lindo, não conseguia nem negar para si e sentia a face corar quando estava perto dele, sentia o coração bater mais forte, e sabia que sensação era aquela, mas não queria admitir. Guiou uma das mãos sobre a face dele a acariciá-la e retribuiu o beijo conforme se levantou ao invés de puxá-lo contra si.
O maior penetrou-lhe a boca com a língua e aos poucos se revirou por sua cama até que se colocasse corretamente defronte ao religioso e com a mão em seu rosto, deslizou pela bochecha e seguiu até o pé da nuca, agarrando os finos fios de seus cabelos claros e curtos os quais puxou sutilmente nos dígitos e levou o rapaz a sua própria cama, levando-o a se deitar e sobrepor seu corpo magro e já despido.
Asahi deitou-se junto dele na cama, sentindo a suave carícia na nuca e sentiu o arrepio percorrer o corpo. Perguntava-se se ele não sentiria a própria temperatura tão quente pela febre, tinha alguns calafrios vez ou outra, mas realmente, não sabia dizer o que era, de fato não tinha os sintomas de gripe. Ponderou que talvez fosse somente a falta dele e riu. Deslizou ambas as mãos pelo corpo do outro, acariciando-o, apreciando seu corpo tão bonito, a pele macia e sentiu-o se pressionar contra si, o que arrancou um gemido sutil dos lábios.
Kazuma deslizou a língua em seus lábios, como se lambesse sua própria, assim como os mesmos e mordiscou o superior, o inferior e puxou nos dentes e descia a mão por sua figura já nua e que por sinal, cálida, arrepiava-se, não tinha certeza se era sensibilidade ou o frio da febre. Quando alcançou sua zona íntima, podia sentir a ereção já formada. O que deu a si e a ele um breve arqueio na sobrancelha, fitando o religioso.
- Boa noite pra você também.
Disse e envolveu seu membro num aperto firme, sentindo o músculo duro sob uma fina camada de pele macia. O menor apreciou os toques pelo corpo, gostosos como sempre, sentia falta dele, por isso mesmo estava daquele modo. E por fim quando o sentiu tocar a si, gemeu baixinho novamente, prazeroso e desviou o olhar a ele, meio de canto, sentindo a face novamente corada.
- Quer sentir dor hoje, Padre? Ou sua febre já te deixa dolorido o bastante?
O menor desviou o olhar a ele e sorriu meio de canto.
- Eu sempre quero.
- Sempre? Hum.
Kazuma murmurou sem realmente nada a acrescentar. Deslizou o punho por seu membro e apertou a glande, friccionou suavemente a fenda existente, sentindo uma pequena lubrificação na região.
- Só sinto isso com você... - Asahi murmurou e desviou o olhar ao local, observando-o enquanto tocava a si ali, e estremeceu, é claro, deixando escapar um gemido baixinho. - ... Hum.
O general se abaixou sobre seu corpo, ainda envolvendo seu sexo entre os dedos, apertando o músculo firme, com que ao abaixar, tocou com a boca. Ergueu os olhos cinzentos a seu rosto curioso e deitou a face suficiente a colocá-lo entre os lábios lateralmente, mordeu-o, usando os lábios a amortecer o uso dos dentes embora não demasiado e podia senti-lo rígido sob o toque.
O loiro se assustou num leve sobressalto ao sentir a boca dele sobre o local, nunca havia sentido aquela sensação, quente, confortável até demais e havia se agarrado ao lençol da cama, apertando-o entre os dedos, e gemeu, prazeroso, apreciando aquela sensação nova, embora meio embaraçosa e uniu as sobrancelhas.
- A-Ah... K-Kazuma...
O maior continuava de olhos voltamos ao louro a medida em que tomava-o entre os lábios. Deslizou a língua em sua pele macia, sentindo sua ereção trepidar em leve espasmo ao ser tocada e podia imaginar como aquele toque lhe era revelador, nunca havia estado com uma mulher, nem mesmo um homem, nunca havia sentido o interior de alguém, então no mínimo gostaria de mostrar como poderia ser. Ao deslizar os lábios por ele, subiu até a ponta e o afundou para dentro da cavidade oral, umedecendo-o.
- Ah!
Asahi gemeu novamente, fechando os olhos a senti-lo colocar a si na boca, e era tão gostoso que quase atingia o ápice sem se conter ao ter o toque, e estava quase lá, era inexperiente, novo, era estranho para si e não costumava segurar muito tempo.
- E-Eu... - Murmurou, tentando avisá-lo, sem saber como dizer e desviou o olhar.
Por um momento o maior havia desviado a atenção, no entanto tornou fitá-lo a medida em que teve sua voz audível, e não parou ainda assim, continuou a sugá-lo, mesmo que tivesse uma breve ideia do que viria em seu aviso, queria fazê-lo falar.
- E-Eu... Kazuma!
O loiro falou a ele, e não diria, sentia aquela sensação dolorida pelo corpo, quase torturante e não suportou, gozou na boca dele, mesmo sem dizer nada e inclinou o pescoço para trás, repousando a cabeça sobre o travesseiro.
- Ah!

Kazuma fechou os olhos quando finalmente sentiu um gosto fel atingir o céu da boca, denunciando assim como ele, em seu corpo trépido, seu gemido rouco e seus quadris inquietos. Ouviu suaves passos do lado de fora, que seguiam hábeis, cessaram na metade do caminho, parando onde estava, como se escutassem atrás da porta, mas regredia o caminho pelo corredor de volta. 
O loiro acomodou-se na cama, extasiado, era gostoso, a primeira vez que tinha a sensação se estar no corpo de alguém e somente ao fim, quando a sensação havia se dispersado, desviou o olhar à porta e uniu as sobrancelhas.
- Você... Trancou?
Ao deixar seu sexo, tirando-o da boca onde seu gosto amargo, o moreno levou o dorso fronte os lábios, limpando qualquer resquício de sua estada e negou.
- Não.
Asahi uniu as sobrancelhas.
- Mas a Emi pode entrar...
- Ela já sabe o que está acontecendo, se ela for entrar, via entrar propositalmente.
- E-Eu... - Murmurou e uniu as sobrancelhas. - Não gosto dela.
- Devia dizer isso a ela, não a mim.
Kazuma disse e ao se mover, rapidamente pegou o padre por seus quadris e o puxou para o colo conforme se ajoelhou na cama. Levou cada perna às laterais da cintura, assentando seu corpo contra o próprio ventre, embora vestisse roupa íntima, podia fazê-lo sentir a ereção contra suas nádegas.
O menor sentiu-o puxar a si e agarrou-se a ele, segurando-se na cama, já que ainda deitado embora as pernas ao redor da cintura dele e gemeu, sentindo seu membro ereto atrás das roupas, pronto para si e mordeu o lábio inferior, por dentro, longe das vistas dele. Não queria que pensasse que era um pervertido, embora houvesse se tornado um.
O maior se moveu sutilmente e embaixo dele, fazendo-o sentir a ereção contra seu corpo.
- Está sentindo, hum? Quer dentro de você?
Asahi gemeu, prazeroso ao senti-lo ali e de fato, o queria, mas como poderia dizer se engasgava só de pensar.
- U-Uhum.
- Hum...
O moreno murmurou como algo agradável e levou a mão entre ambos os corpos juntos ante a posição. Não visto por seus olhos moveu os dedos na roupa, dando espaço ao sexo, mas embora não pudesse ver, certamente bem podia sentir embaixo de suas nádegas, já que tão junto dela.
- Hum...
O loiro murmurou igualmente prazeroso e logo sentiu-o deslizar a roupa ao lado e gostava do corpo dele nu, não daquela pouca exposição de pele, era lindo como era, e só então passara a ver que o tratava como uma esposa o faria, o via assim.
Ao se arquear, Kazuma levou uma das mãos a segurar as dele, uniu seus pulsos no topo de sua cabeça, atados ao colchão. E com a outra, segurou o próprio membro agora já exposto e roçado em seu corpo nu. Não tinha delongas, em todas as vezes em que o tomava, era sempre assim, posicionou-se nele e moveu então o quadril, penetrando-o.
O menor sentiu o braço segurado e uniu as sobrancelhas, gostava daquela imposição dele, como nada parecia importar, principalmente a própria vontade. Estremeceu ao senti-lo se pressionar a si e o gemido alto deixou os lábios, dolorido, já que duas semanas sem o toque dele e uniu as sobrancelhas, sentindo todo o caminho dele a adentrar o corpo.
Inicialmente o moreno fora vagaroso, passando a dentro dele até metade do que podia, no entanto, já quase posto ao fim, impôs-se numa investida mais forte, entrou numa vez só, completando-o com parte de si e embora não gemesse, suspirou pesado. Deixou-se por um instante em inércia, sentindo seu corpo quente e apertado, não sabia se quente por ser naturalmente assim ou se sua febre contribuía.
Asahi suspirou ao senti-lo se colocar em si, era dolorido, mas excitante ao mesmo tempo porque o queria já há dias. E logo gemeu alto novamente, quase um grito ao senti-lo se empurrar para si, rasgando o próprio corpo por dentro e sentia as pequenas gotas de suor pela face, devido a febre que tinha, sentia o corpo fraco, mas não o suficiente para não querer ir até o fim com aquilo.
- V-Você... Sente minha falta quando está longe? - Murmurou.
Kazuma somente então se moveu, dando início ao ritmo, saiu devagar e voltou a adentrá-lo vigorosamente, do início ao fim da ereção, completando-o consigo e fitou o louro diante da pergunta, não bem entendendo o motivo, portanto é claro que resolveria provocá-lo.
- Por que? Quer que eu sinta?
O menor fechou os olhos, mordendo o lábio inferior a inclinar o pescoço para trás, sentindo-o dolorido dentro de si, difícil na passagem do corpo apertado, mas que parecia não importar para ele e estremeceu, observando-o e nada disse, meio envergonhado.
- Então por que não me faz sentir sua falta, Asahi?
Kazuma indagou, sugestivo na verdade. Tornou se mover e investir a dentro dele. O loiro abriu os olhos, desviando o olhar a ele ao ouvi-lo e evidentemente havia levado a sério a frase. Ergueu o corpo a apoiar-se na cama e empurrou-o ali, fazendo-o se sentar corretamente ao invés de se manter de joelhos e sentou-se sobre o corpo dele, mesmo dolorido, passou a se mover, rapidamente e deslizou a mão pelo tórax do outro, claro, que não perdeu a oportunidade de marcá-lo com as unhas.
O maior sentou-se à cama, deu até uma breve arqueada, interessado, na sobrancelha e sentiu sua imposição. O movimento hábil que formulou, ousado e incomum. Não reclamava é claro, esperava mesmo ter um sexo pra se lembrar no dia seguinte. Levou as mãos em seus quadris, deslizou a desenhar o molde de sua cintura estreita até os quadris não muito largos por onde passou a ajudá-lo com o movimento, subindo e descendo no colo, mesmo que não fosse preciso, era vigoroso e sabia bem se mover. Desviou o olhar a suas mãos, notando a passagem vermelha com o risco que suas unhas deixaram na própria pele.
Asahi suspirou, apoiando-se em seus ombros e fechou os olhos enquanto se movia e apreciava os movimentos, tentando imaginar que ele não observava a si fixamente, como estava fazendo. No peito, o colar batia a cada movimento, e talvez não quisesse dar atenção aquilo, aquela cruz que carregava lembrava a si de que não podia estar fazendo aquilo com ele. Moveu-se a rebolar em seu colo e mordeu o lábio inferior, empurrando-se com força ali.
- Vamos lá, Padre. Faça mais.
Disse o outro e soava baixo, propositalmente rouco e provocativo. Deslizou as mãos em toques pesados até suas nádegas e apertou-as vigorosamente e ao voltar para os quadris, empurrou-o para baixo, fazendo ser ainda mais forte. E não durou como ele mesmo havia se colocado, empurrou-o para cama e tomou espaço entre suas pernas, acomodou-se em cima dele e voltou a mover-se para ele, mais firme, sem deixá-lo tomar o ritmo o qual tornou mais vigoroso.
- Acho que eu vou acabar te fazendo sentir falta amanhã no fim de tudo.
O menor assentiu e passou a se mover novamente, mais rápido, porém antes que pudesse fazer algo, o sentiu se empurrar sobre si e gemeu, mais alto, agarrando os cabelos dele entre os dedos e deu espaço ao meio das pernas, deixando-o se empurrar para si e era gostoso, embora pouco dolorido, gostava fazer aquilo com ele.
- Ah!
Gemeu, e desviou o olhar a ele, unindo as sobrancelhas, e não havia muito o que fazer, não poderia fazê-lo mais forte, porque ele já fazia, não poderia tocá-lo porque tinha vergonha e bater nele... Nem pensar, não machucava uma mosca, preferia que ele machucasse a si. Falar... O que diria? Em meio ao sexo, não sabia, não havia aprendido aquilo, e também tinha vergonha.
- E-Está gostoso... - Murmurou.
Kazuma o fitou ao ouvir e por um momento até deixou escapar um riso baixo, único, mas evidentemente uma risada. Justamente por saber o porque da frase, justamente por saber que mesmo aquele gesto para ele era bastante coisa.
- Eu também acho gostoso.
Disse ao fitá-lo e retribuir sua frase simples, como um adulto que anima uma criança, claro que não o deixaria perceber isso no entanto. Voltou se mover, e aprofundar-se em seu corpo, deslizando o sexo e toda a base até alcançar dentro dele um ponto que podia ser doloroso e ainda gostoso, como dizia ele. E ainda que não houvesse usado por aquele dia qualquer objeto ou acessório que pudesse lhe causar alguma dor, tinha um sobre o ventre, entre suas pernas e força nos quadris e continuava a levá-lo a dentro dele insistentemente.
O padre suspirou, e não esperava realmente que ele respondesse a si, mas o fez, o que gerou um pequeno sorriso nos lábios. Agarrava-se a ele com as pernas, apertando-o entre as coxas e aquele era o próprio modo de dizer que estava gostoso sem precisar de muito, afinal, não havia aprendido palavras diferentes daquilo dentro da igreja, e mesmo que ele tentasse ensinar a si, não sabia se conseguiria dizê-las, tinha vergonha. Sentiu o toque insistente dentro de si, dolorido, mas prazeroso ao mesmo tempo e gemia, como já fazia várias vezes, sentindo-o pressionar aquele ponto de prazer no corpo.
- H-Hum...
O moreno deslizou as mãos abaixo de seus quadris, parcialmente à altura do ventre, o encaixando na curva da própria pelve, puxou-o sem a continuação do vaivém, no entanto movendo a roçá-lo com o sexo penetrado, fazendo rebolar seus quadris até que novamente passasse a puxá-lo vigorosamente, podendo ouvir suas nádegas estalarem à pele. Ao soltá-lo, deslizou as mãos a seus braços, segurou-os e passou a puxá-lo por tal.
Asahi fechou os olhos, apreciando a sensação gostosa de tê-lo dentro de si, somente a se roçar e mordeu o lábio inferior visivelmente dessa vez, mas nem fazia ideia da expressão que tinha. Logo, o sentiu continuar os movimentos e se agarraria a cama, se não fosse puxado por ele, e não havia de fato machucado a si como havia dito que faria, mas sentia o corpo arder ao redor dele, dolorido e talvez fosse aquela dor que falava.
- Você tem uma ótima expressão, padre.
Disse o general a ele, evidentemente intencionalmente provocativo. E quando se abaixou, fez-se próximo a ele, fitou seu rosto e por fim se afundou em seu pescoço, mordeu sua pele e lambeu a cútis ao redor de sua orelha antes de morder a cartilagem sem adornos e seguir até a nuca, livre dos cabelos mesmo embora finos fios existissem ali e mordiscou mais vigorosamente, dando uma breve lembrança para o dia seguinte, o marcando.
O loiro uniu as sobrancelhas, sentindo as bochechas coradas devido a frase dele e desviou o olhar, meio envergonhado, porém deu espaço a ele para seus toques no pescoço. Mordeu o lábio inferior e estremeceu, era gostoso, mas o corpo ainda estava quente devido a febre e perguntou-se se não estaria úmido pelo suor.
- Ah!
Gemeu, algo pela mordida e encolheu-se, sentindo aquela pontada de dor percorrer o corpo. Antes de soltá-lo, Kazuma sugou sua pele e marcou-a em roxo diante do sangue que pedia por sair sem ter espaço para isso. Após liberá-lo, deu até uma leve lambida em um tipo de consolo pela mancha, mas que era proposital. Ao se afastar encaixou-se com os lábios aos seus, o beijou e abafou seus gemidinhos que não realmente desejava interromper. Com uma das mãos deslizou em seu tronco, por todo o peito e apalpou a região sem volume, tão logo o pequeno mamilo que deu uma puxadinha delicada mas nem tanto.
Asahi uniu as sobrancelhas mais uma vez num gemido dolorido ao senti-lo sugar a si e guiou uma das mãos aos cabelos dele, segurando-o ali onde era comprido e gemeu, prazeroso antes de ser interrompido por seu beijo que retribuiu, empurrando a língua em sua boca, apreciando aqueles pequenos toques no mamilo enquanto o fazia e sentiu a sensação estranha pelo corpo, dolorida, sabia o que era porque havia sentido pouco tempo antes e logo, gozou, sujando-o com o próprio ápice.
O moreno sentiu sua língua invadir mutuamente a própria boca, retribuindo o beijo de modo um pouco mais intenso que o habitual. As investidas embora não fossem tão rápidas não eram vagarosas também, mas eram firmes, e podia sentir o ventre colidir junto ao meio de suas pernas, ressoando de uma forma que gostava de ouvir. Logo o toque quente de seu sêmen atingiu o abdômen sem aviso, e no entanto continuou até que assim como ele, atingisse o ápice, mas dentro de seu corpo.
O gemido mais alto deixou os lábios do menor ao senti-lo gozar, e claro, a essa altura já estava mais coberto de suor do que de início, transpirava, estava calor, e ainda estava com febre. Estremeceu, dolorido e mordeu o lábio novamente, observando-o e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, os fios negros a senti-los também úmidos.
Kazuma se moveu um pouco mais, acostumando o corpo ainda afetado pelo prazer e por fim se retirou de dentro dele mesmo sob a carícia de seus dedos nos próprios e curtos cabelos. Deitou-se ao lado por um instante, mas se sentou à beira de sua cama, observando-o já relaxado, com cabelos curtos bagunçados e a pele brilhosa, suavemente coberta por gotas de suor. 
Asahi suspirou, observou-o ali sentado e desejava poder abraçá-lo, dormir com ele, ficar com ele o quanto pudesse.
- Kazuma...
- Diga padre. - Retrucou ao ser chamado. - Quer mais?
- ... E-Eu... - Murmurou, e queria, mas estava com vergonha de pedir, negativou e virou a face. - Por que fica comigo... Se não gosta de homens?
- Padre, você gosta de homens?
- Não.
- E mesmo assim você fica comigo.
- Eu gosto de você.
- Isso responde sua pergunta. Gosto de ir pra cama com você, não significa que tenho atração por homens.
- Hum. - Assentiu.
- O que, não gosta de ser retribuído? - Indagou num sorriso canteiro.
Asahi assentiu e sorriu meio de canto.
- Gosto.
- Pareceu confuso.
Disse o maior e por fim levou a mão a calça que ainda vestia, pôs-se roupa a dentro e fechou o zíper, posteriormente o botão.
- Eu estou... Sou um padre dormindo com um general do exército.
- Hum, isso soa realmente excitante.
- Ah é?
- Não é?
- Bem, um pouco. Mas não me permito ter fantasias sexuais.
- Não se permite ter fantasias, mas praticar não é um problema.
- Kazuma não me ofenda.
- Em que o ofendo?
- Sabe que sou um padre.
- Em que o ofendo? - Tornou dizer. - Não estou dizendo nada que não seja verdade.
- Mas não precisa constatar.
- Não preciso constatar, você está sem roupas na sua cama e eu acabei de sair de cima de você.
Asahi estreitou os olhos.
- ... Não sei quando vai voltar, então... - Murmurou e retirou o crucifixo que usava no pescoço e o usava desde pequeno, e estendeu a ele. - É tudo que eu tenho, então.
Kazuma observou-o até por fim estender a pequena cruz para si, aceitou-a na mão e no entanto, levou o colar de volta a seu pescoço, tornando a lhe dar o que de posse.
- Não precisa me entregar algo seu, Padre. É bonito, mas fica bem você.
- Iie... Eu me sentiria melhor se o levasse. Sei que não é católico, mas não sei o que vai acontecer com você, ou comigo nesses dias que não aparecer. Me sentiria melhor se levasse ao menos uma parte de mim em conjunto.
- Se sua intenção é que eu esteja protegido, não  se preocupe, talvez por sua crença, ele lhe seja mais útil. No entanto, se quer estar comigo, e acha que o objeto pode fazer isso, está apaixonado, padre?
Asahi retirou o colar novamente, entregando nas mãos dele e sentiu a face se corar sutilmente, desviando o olhar novamente para a janela. O moreno levou a mão em seu rosto, virando-o defronte novamente.
- Estou perguntando.
O loiro o observou, seus olhos bonitos e cinzas. Queria chorar, e isso era evidente na própria marca d'água quando negativou a ele, claro, era mentira.
Kazuma fitou o jovem padre, que por sinal, quando chegara àquela igreja, costumava ver como um homem qualquer, agora, via-o como um garoto frágil como realmente o era. Era jovem, o pecado real era submeter alguém na flor da idade à religião. Levou o colar ao pescoço, vencido por aquele lacrimejo, não o suficiente no entanto. Levantou-se após "vestir" o adorno, trajou o uniforme enquanto via o rapaz em sua cama e alinhou a peça como habitualmente o fazia. Após se sentar por um instante, trajou as botas que seguiam caminho a altura dos joelhos e novamente tornou fitá-lo.
- Deveria limpar a bagunça em sua cabeça, Padre. Talvez consiga alguma clareza.
Disse antes de tornar se levantar e por fim pegou o quepe militar sobre o móvel ao lado onde havia deixado. No entanto, antes de levá-lo a cabeça por fim levou aos louros cabelos do religioso, encaixou-o em sua cabeça onde o deixou e arrumou os próprios cabelos com os dedos a seguir até a porta, e deixar a lembrança não convencional em retribuição ao pequeno adorno em torno do pescoço.
Asahi o observou enquanto se arrumava, e parecia ser apenas aquilo que fazia, vê-lo ir embora, todas as vezes. Desejava abraçá-lo, apertá-lo contra o corpo para que nunca mais fosse, para que nunca mais precisasse se despedir daquele modo, mas não podia. Como ele mesmo havia dito, estava confuso, era padre, mas estava se apaixonando por ele, e aquilo era um imenso pecado para si, se apaixonar, por outro homem... Ouviu-o dizer e o fitou sem entender, porém havia colocado o colar ao redor de seu pescoço, era como se aceitasse aquela forma de carinho, não era? Fitou-o já vestido, com suas roupas habituais e tão bonito e por dentro já se despedia aos prantos, quando sentiu o quepe colocado sobre a cabeça e o observou enquanto saía, para só então, retirar a peça e observá-la, sentindo o cheiro gostoso do shampoo nos cabelos dele e abraçou-o contra o peito, repousando as costas no travesseiro e novamente desviou o olhar para a janela lado a cama, sorrindo, porém, as lágrimas escorreram pela face de mesmo modo. Estava feliz. E esperava que aquela felicidade durasse para sempre. Mesmo sendo pecado.

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