Naoto e Kazuya #12


Kazuya adentrou o vestiário masculino logo após alguns alunos e já podia ver o outro no local, era aula de educação física, e mesmo que não tivesse vontade de jogar, era obrigado a ir. Suspirou, retirando a camisa e desviou o olhar ao  lado, podendo ver o outro no local e abriu um pequeno sorriso, procurando com os olhos por alguém ali, mas ninguém achou, os garotos já haviam saído do local antes que todos pudessem sair, uma animação para a aula que nunca entenderia. O observou a retirar a calça e assobiou a encostar-se no armário, cruzando os braços.

Naoto desabotoou cada um dos botões da camisa, descasalando-os. Já havia se livrado da blusa de inverno escolar, e desta vez o mesmo fez com a camisa, ajeitando-a no armário. Como aquele som era clichê unido ao gesto conforme o outro se pôs ao lado e cruzou os braços sob o peito. Virou-se a ele e o observou em alguns segundos de silêncio.
- Clichê.

- Ah é? - Sorriu.
- É. Muito clichê. Até essa posição.
- Ora, só estou te admirando. Esta lindo.
- Não tenho nada de diferente... - Falou baixo.
- Mas fica mais lindo a cada dia que passa. Como consegue?
- Quando precisamos usar óculos, se não utilizamos, a tendencia é piorar o grau de miopia.
Kazuya estreitou os olhos e riu.
- Não, não coloque o short, vai estragar.

- Ah?
- Nada não. - Riu.
- Por quê? Quer ficar imaginando como estaria ele dentro de alguma coisa?
O moreno resmungou, baixo, mas o suficiente para ser audível a ele.

- Claro, sempre. Até sonho com isso. - Murmurou e riu.
- Ora... Você gostou de ser passivo.

- Não importa como eu sinta o seu corpo, é sempre bom.
- Você parece uma menina apaixonada falando assim. - Tornou resmungar, baixinho.
O maior sorriu e aproximou-se do outro, desviando rapidamente o olhar a porta e o abraçou. As mãos de Naoto foram ligeiras em seus braços, apertando-o nos ombros.
- Vão ver a gente.

- Ah, estão muito preocupados com o basquete.
- Nem todos gostam de jogar.
- Sim, por isso estamos aqui.
O menor deslizou as mãos, desistente, de seus braços até a cintura. Kazuya sorriu e lhe selou os lábios.
- E se nos verem? Eu quero que todos saibam que você é meu.

- Não sou nada...
- É sim.
Naoto estreitou-lhe os olhos.
- Você é meu namorado, não é?
- Ah?... Não.
- Não? - Uniu as sobrancelhas.
- Não... Nunca nem falamos disso.
- Hai.
Naoto silenciou-se, e desviou o olhar.
- Desculpe.
- Eh? O que?
- Por falar.
- Não gosto de você. Não gosto da forma como me faz mudar de ideia sobre você.
O menor deslizou pelo contorno perfeito de seu rosto. Kazuya uniu as sobrancelhas.
- Mas isso não é bom?
- Não, me faz ficar... Confuso.
- Confuso? Você me conhece, sabe que não sou uma pessoa ruim. Por que não pode gostar de mim?
- Ainda não sei ao certo quem você é. As vezes te acho um idiota, mas as vezes... Você é adorável, e isso me irrita.
- Adorável? - O loiro abriu um pequeno sorriso.
O moreno torceu os lábios, e já pronto para jogar, pretendia seguir em direção a quadra, quando o maior o segurou pelo braço e puxou-o para si, selando-lhe os lábios e empurrou a língua para os lábios dele a iniciar um beijo em busca da retribuição dele. Naoto o retribuiu, embora amedrontado devido ao local onde se encontravam, qualquer um poderia entrar e ver, mas deslizou as mãos até a cintura dele e segurou-o junto a si, apreciando os toques pelo pouco tempo que durou até os lábios se afastarem num pequeno selo.
- Vou fazer você gostar de mim como eu gosto de você Nao... Eu...
A porta se abriu, os garotos que adentravam de volta para o vestiário, e num pulo, Naoto se afastou do outro, aproveitando enquanto os rapazes olhavam o chão ao adentrar o local, e agora observavam aos dois, confusos.
- Falei pra parar com isso, Kazuya! Não é porque é mais alto que pode ficar fazendo essas brincadeiras.
O loiro arqueou uma das sobrancelhas, porém assentiu logo em seguida ao entender os gestos do menor.
- Ah... Ta... Então vai logo pra quadra, ora. Quem mandou ficar me dando bola.
- Vocês são esquisitos. 

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