Ikuma e Taa #29


Já era pouco tarde quando Taa despertou do sono, abrindo os olhos devagar e observou o menor ao lado, lembrando-se da noite anterior, ou tentando se lembrar. Ergueu o corpo para se levantar e sentiu a dor de cabeça, gemeu baixo e voltou a se deitar de lado, levando uma das mãos ao local onde havia batido, notando que não estava mais tão machucado quanto de fato estava na noite passada, mesmo assim quando levou a mão em frente aos olhos havia pouco sangue na mesma que provavelmente manchou os cabelos enquanto dormia. O olhar se desviou ao quarto e notou que já havia sido limpo, que o menor havia limpado o próprio corpo e usava as roupas dele, perguntou-se mudamente quanto tempo havia dormido. Permaneceu do mesmo modo e observou o outro, lembrando-se do ocorrido e das palavras rudes, do modo como ele havia falado consigo que não gostou, certamente não era a pessoa certa para esquecer as coisas, nem perdoá-las por apenas uma noite de prazer.

Há pouco, Ikuma já havia despertado do sono. Ao sentir os movimentos sobre a cama, virou-se mínimo constando o despertar do rapaz. Virou-se então, deixando a posição típica e deitou-se de peito para cima, somente o rosto, permanecendo em direção alheia, observando o outro. Taa arqueou uma das sobrancelhas ao vê-lo e virou-se de costas a ele, gemendo baixinho pela dor de cabeça, preferia não dizer nada, afinal, ainda estava irritado.
O menor riu, um riso mudo. Aproximou-se do outro, e encaixou-se próximo a ele, passando o braço acima de sua cintura, abraçava-o, permanecendo com o rosto próximo a nuca, ainda coberta sutilmente pelos fios compridos. O maior suspirou e permaneceu imóvel ao sentir o abraço, fitando um local qualquer do quarto.
Ikuma afastou-se pouco. A mão esquerda repousava sobre o abdômen coberto do rapaz e pressionou-o para que pudesse ver tua face, virando-o mínimo, porém não o suficiente para que suas costas estivessem sobre o colchão. A mesma mão subiu ao queixo, e segurou-o firme, sem aspereza, e obteve proximidade entre rostos, colou os lábios com alheios, introduzindo a língua em sua boca, por mais que não tivesse uma resposta, ou retribuição, ainda deixou a própria, roçar a dele numa massagem com sutileza.
Taa levou uma das mãos a face dele ao sentir o beijo, acariciando-o e por um tempo não retribuiu o toque, apenas o sentiu até que tocou a língua dele com a própria, retribuindo o beijo.
Um suspiro longo, Ikuma deixou escapar durante o beijo. A mão em seu queixo subiu ao rosto, roçou num toque gentil e breve, deslizou ao pescoço e acariciou-o no ombro, deslizando até seu posto inicial, repousando na região abdominal do maior, e continuou com os movimentos sutis, acariciando-o na mínima exposição de pele, enquanto a língua também continuava sua carícia contra a dele. 
Taa continuou com o beijo por algum tempo e deslizou a mão até os cabelos dele, acariciando-os, selou-lhe os lábios, cessando o beijo e a mão desceu novamente até o local onde havia acertado na noite anterior, observando-o, os lábios tocaram o local, beijando-lhe o queixo e afastou-se, fitando-o com os olhos pouco vermelhos pelo sangue que havia recebido em sono.
- Eu beijo melhor que os masoquistas, hum? - Murmurou.

Ikuma negativou mediante a pergunta, não em resposta.
- Tocar quem eu amo, certamente será sempre melhor que qualquer outra coisa, Inútil.

- Hum... - Taa virou-se novamente.
Outra vez, o tom sonoro do riso do mais velho foi contido. Voltou a se deitar obtendo proximidade, e repousava o braço sobre a cintura alheia, a face no travesseiro. Taa segurou a mão do outro, entrelaçando os dedos aos dele.
- Também amo você, Ikuma...

O menor retribuiu o entrelaçar de dedos. Mordeu-o no pescoço, diversas pequenas vezes e encaminhou-se ao lóbulo perfumado do mais alto, mordendo-o também, porém breve ainda e assentiu com o movimento da cabeça, tornando a se deitar em seguida. O mais alto suspirou ao sentir as mordidas, apertando a mão do outro.
- Eu... Eu te machuquei?

- Iie. Você ainda é muito fraquinho pra isso.
- Obrigado por me chamar de fraco... De novo. - Taa suspirou e encostou pouco mais o corpo ao dele. - Hu... Mais forte, Ikuma.
- Mais forte... O que?
- O abraço. - Riu baixo.
Ikuma deslizou o braço, novamente em frente ao abdômen do outro, e apertou-o de encontro consigo. Taa suspirou novamente, sorrindo.
- Bem melhor.

- Não sei porque você gosta tanto de abraço. Principalmente pra dormir. - comentou, apenas.
- Só gosto de sentir o seu corpo...
- Hum.. Acabei de lembrar da primeira vez que transei com você.

- Por que lembrou disso agora?
- Hum, qual o problema nisso?
- Nenhum mas... Lembrou tão de repente disso.
- Ah, é porque seu jeito de pedir... - Riu maldoso.
- Se lembra de como eu pedi, hum?
- Claro. Não faz tanto tempo. Além do mais...
Ikuma tornou a rir. A mão deslizou ao ventre do rapaz, sem toque íntimo, apenas um modo de pressioná-lo ainda ao próprio corpo, e o mesmo fez com o próprio quadril, jogando-o de encontro ao traseiro do maior, o fazendo sentir o sexo, sutilmente desperto.
- A melhor coisa que tem e vencer um desafio... Quando você pega alguém que faz pose de macho, e no fim... Se torna uma moça na cama. - Provocou.

A mão do maior deslizou pelo pulso do outro, cravando as unhas na pele.
- Eu não sou uma moça na cama, querido. Você é... Excitante demais pra resistir, não é? Lembra? - Suspirou. - Me fode, Ikuma... Por favor... - Murmurou, rindo baixo, embora ainda se sentisse um idiota.

- É, vai dizer que isso não te faz parecer uma mocinha?
- Não, não faz. Eu não fico gemendo feito uma vadia na cama.
- ...Não?
- Não.
- Hum... Ouço gemidos do além durante nossa transa.
Taa estreitou os olhos.
- Não como uma mulherzinha, estupido. Escuta voz de homem não é?

- Um homem vadio.
O maior ergueu a mão, mostrando o dedo médio a ele.
- E ai?
- Não sou vadio.
- Na cama é.
- Não sou! Tenho culpa de você ser gostoso, hum?

- Não estou te xingando, eu gosto de um vadio em minha cama.
- Sei...  
- Ah, vai dizer que não é melhor? Ou gostou de comer um cara apático?
- É, tem razão..
- É...
Taa empurrou o quadril contra o dele, rindo baixo.
- Não me deixe ser ativo de novo. Eu gosto de ser uke e gemer feito... - Suspirou, dando-se por vencido. - Uma moça pra você.

Ikuma gargalhou. 
- Ah... Pensei que fosse dizer gemer feito uma vadia...
- Já falei que não sou uma vadia e ainda não concordo com isso. - Riu.
- Qual é? Você está tão passivo hoje, rindo... Que até me assusta.
- Hum, entendo... Então, já que eu disse que não quero mais ser ativo com você o que acha de chamar duas vampiras bonitas pra brincar? Brincadeira... Brincadeira... - Riu.
- Não me importaria com isso.
- Eu me importaria.
- Foi uma brincadeira tão... Do nada. Afetou sua cabeça quando a bateu.
- É, eu bati duas vezes... Duas, se fosse tentar me matar porque não me joga no sol?
- Eu não tentei te matar. - Riu.
- Eu sei, tentou me fazer parar de bater em você, não é? Mas eu sei o cuidado que você teve... Pra não me deixar bater a cabeça no chão aquela hora... - Taa levou a mão dele aos lábios, beijando-a.
- Na verdade eu me controlei pra não bater em você, por isso batia no que estava ao lado, mas nem me liguei que podia bater a cabeça quando eu te jogava...
- Me parece justo, eu te dei uns bons socos.
- Bons...? - Ikuma riu. - Seria bom se surtisse efeito.
- Que bom que só eu me machuquei.
- Mas me machucou também. Não físico. Saber que a pessoa, o qual você ama, lhe toca afim de lhe proporcionar dano, se torna pior que levar uns bons socos.
- Não gostei do jeito que falou... Me senti fraco, me senti inútil... Como se não fosse tão bom quanto os outros que já teve.
- Você devia ter consciência que faço as coisas pra te provocar.
- Não daquele jeito... Você foi rude comigo.
- Não imaginei que tivesse soado tão sério.
- É, soou... 
Você sabe que eu sempre te levo na brincadeira... Mas pra mim aquilo soou sério.
- Não sei o que soou tão em especial.
- Não sei te explicar.
- Me diga.
- Não.
- Certo.
- Hum. 
Ikuma permaneceu em silêncio. Soltou-o do abraço, deitando-se de barriga para cima. Levou o antebraço sobre a testa, pousando-o somente.
- O que foi, hum? - Taa virou-se.
O menor direcionou o olhar breve ao outro, e negativou com o manear.
- Nada.

- Quero tomar banho com você.
- Quer ir agora?
- Uhum... Me ajuda aqui.
- Ajudar em que?
Taa sentou-se na cama, levando uma das mãos a cabeça, suspirando.
- Ai.

Ikuma se levantou em seguida, esperando o outro.
- Está tonto?

- Um pouco... - O maior se levantou e apoiou na cama. - Vem.
O menor suspirou pesaroso e caminhou até o outro, ajudando-o a seguir ao banheiro, igualmente ajeitado. Encostou-o ao lavabo, e passou a tirar as próprias roupas.
- Vai precisar de ajuda pra isso também, Lagarta?

- Eu não sou uma criança, só estou um pouco tonto. - Taa suspirou, retirando a camisa e o short que o outro havia vestido em si, apoiando-se na parede. - Pronto.
Ikuma expôs um típico sorriso no canto esquerdo dos lábios e ligou o chuveiro.
- Vem.

O maior se aproximou do outro e deixou a água molhar o corpo, observando o box quebrado ao lado de si. O menor se pôs junto ao outro abaixo da água, deixando-se molhar. Taa abraçou o outro, selando-lhe os lábios e encostou-se na parede.
- Desculpe ter destruído seu quarto.

- Já está arrumado. Não faz diferença.
- Tá bem... - Taa levou uma das mãos aos cabelos do outro, acariciando-o. - Olhe pra mim.

Ikuma se virou, voltando a atenção ao rosto defronte.
- Hum.

Taa selou os lábios dele.
- Eu te amo.

- ...Você está me transmitindo seu desanimo. - O menor comentou após o toque que recebeu nos lábios.
- O que? - Estreitou os olhos.
- Você está me transmitindo seu desanimo.
- Por quê diz isso? - Cruzou os braços.
- ...Você realmente bateu a cabeça. Estou dizendo que está desanimado, e assim está me desanimando também.
- Não estou desanimado.
- É o que parece.
- Deixa essa tontura passar e eu desço com você, bebo pra caralho e faço um strip em cima da mesa. - Taa riu e negativou.
- Não, agora já estou desanimado.
O maior arqueou uma das sobrancelhas.
- Isso é raro, quer que eu anime você? - Piscou ao outro.

Ikuma arqueou a sobrancelha esquerda, enquanto os olhos continuaram atenciosos a imagem alheia.
- Não.

Taa cruzou os braços.
- Então fique desanimado!

- Já estou. - Riu.
- Hum...
Taa pegou pouco do sabonete, deslizando pelos ombros do outro e o pescoço, levando as mãos ao tórax e o abdômen, lavando o corpo do namorado.

- Na verdade... - Ikuma riu, enquanto o corpo era banhado pelo companheiro. - Esqueceu-se que tomei banho logo que terminamos de transar, só estou te acompanhando, você é quem precisa dele.
- Esqueci... Só lembro do barulho do chuveiro agora que falou, certamente se pudesse me levantar, teria tomado banho com você. Então me dê banho.
- Teria nada, mesmo quando acordou estava de birrinha comigo.
O menor pegou o sabonete líquido, espalhando um generosa quantidade na esponja de banho, sentindo o aroma doce. Levou-o ao corpo do maior, o lavando, deslizando-a em seu corpo, sem malícia desta vez. Taa e
streitou os olhos.
- Tem razão. E não era "birrinha", eu ainda estava com raiva.

O menor suspirou, dando-se de ombros diante do assunto e continuou o afazer, até passar por todo o corpo a frente.
- Pronto, inútil.

- Vá se foder, seu filho da puta.
O maior riu baixo, empurrando-o levemente para ficar de baixo da água e deixou que ela escorresse pelo corpo, retirando a espuma. Ikuma a
rqueou a sobrancelha, negativou por fim.
- Pff...
Encostou-se à parede, e os robustos se cruzaram a frente do tórax, enquanto observava o corpo esguio do rapaz de pele tão pálida. 
Assim que terminou de limpar o corpo, Taa puxou o outro junto a si e selou os lábios dele algumas vezes.
- Para com esse mal humor...

- Não estou de mau humor, estava apenas admirando seu porte corporal super másculo.
Um riso fora sutilmente notório nos lábios do mais velho, abafado pelos lábios ainda unidos, e uma curva tênue formava-se na lateral esquerda.

- Você quis dizer meu corpo magrelo, não é? - Riu. - Se tem alguém com um corpo perfeito aqui é o seu.
- Eu sei... Eu sei...
Ikuma abaixou a face, desviando a atenção, e mordera o inferior, forjando timidez. O maior o
bservou o corpo dele, suspirando.
- Ai ai... Queria poder te prender pra ficar te observando o dia todo.

- Me observando, é?
- E abusar de você também...
- E faria o que?
Taa mordeu o lábio inferior e deslizou uma das mãos pelo abdômen do outro, arranhando-o levemente.
- Ia lamber seu corpo todinho...

- Não precisa me prender pra fazer isso.
- Mas eu queria ficar te observando um tempo sem você poder fazer nada.
O maior riu e o empurrou até que o encostasse na parede. Os lábios foram de encontro ao pescoço do outro, distribuindo alguns beijos pelo local e tocou a pele com a língua, lambendo-a, sugando-a e deixando pequenas marcas.

- Certo, faça o que quer, não vou fazer nada.
Ambos os braços do menor, permaneceram inertes ao lado do corpo, e cerrou as pálpebras sentindo as carícias, sugadas e lambidas do rapaz.

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