Nowaki e Tadashi #36 (+18)


O cigarro fora levado aos lábios e os cabelos brancos haviam sido pintados recentemente, Tadashi ainda tinham aquele tom acinzentado que ele tanto gostava. Estava parado em frente a casa dele, o esperava, já que não tinha acesso a ela, não era nada dele ainda, e aquilo irritava a si, saber que ele havia terminado com a noiva, e não queria nada consigo, era porque era homem? Tsc, claro, um médico bem conceituado não iria ficar com um pirralho, era óbvio, e esses pensamentos fizeram a si jogar o cigarro no chão e se virar em direção a rua, pegaria um ônibus e iria para casa.
- Tadashi?
Nowaki disse, mais para si mesmo do que a ele, afinal, estava no carro e encontrara-o no meio do caminho. Ao abaixar o vidro, chamou sua atenção com a buzina do veículo e com a mão para fora, indicou a ele que voltasse.

O menor parou ao ouvir o carro, unindo as sobrancelhas e negativou para si, agora já havia visto, então preferiu voltar. Virou-se e seguiu até ele, parando a segurar a mochila no ombro. Ao estacionar o veículo, Nowaki logo o desligou e deixou o carro, fitando o rapaz por lá.
- Tudo bem? - Disse, num cumprimento.

- Hai... Você demorou.
- Tive algumas pendencias na clínica hoje. - O maior disse e seguiu para a porta, o qual ao abrir lhe cedeu passagem, tornou fechar quando dentro de casa. - Não teve trabalho hoje?
- Hum, entendi. - Sorriu. - Iie, a cafeteria estava fechada esse fim de semana.
- Mas por que?
O maior indagou a medida em que seguiu até a cozinha e de lá buscou a ele a garrafa com suco transparente e pequenos pedaços de aloe vera, serviu num copo e entregou, não precisava perguntar, sabia de seu gosto inegável com o suco.

Tadashi sorriu ao receber o suco, e por saber que havia comprado para si e por fim bebeu um gole.
- Porque um parente do meu amigo morreu.

- Hum, e você não deveria estar lá?
- Não sou tão amigo dele assim. - Sorriu meio de canto. - E o enterro foi ontem.
- Não é tão amigo, só mora na casa dele e trabalha com ele.

- Mas eu ajudo a pagar o aluguel.
- Mas quem mais faria tanto por alguém que não considera amigo, hum?

- Eu fiquei com ele ontem... Mas ele viajou para ficar com a família.
- Quer alguma coisa? - Disse o médico a assentir.
- Eu estava pensando se... Eu poderia vir... Morar aqui com você.
Nowaki fitou o garoto enquanto servia-se de um trago breve do mesmo suco que ele bebia.
- Eu entendo. Eu só acho melhor esperar alguns dias.

- ... Não me quer aqui?
- Já o teria expulsado, Tadashi.
- Ela ainda vem aqui?
- Não. E eu não disse que não poderá, apenas pedi uns dias.
- ... Hai.
- Alguns dias. Moro sozinho há algum tempo, não é fácil ser dois de repente.
O menor assentiu e bebeu pouco mais do suco.
- ... Não nos vemos há um tempo né?

Nowaki assentiu e prosseguiu até alcançar o rapaz, encostando-se no balcão, mais próximo a ele.
- Andou trabalhando bastante?

Tadashi observou-o, notando sua posição próxima e manteve-se com os braços juntos, meio incômodo com a situação, e já estava assim desde que ele havia anunciado que havia terminado com sua noiva, de alguma forma, parecia culpar a si indiretamente, meio mal humorado.
- Hai.... Desculpe, devo estar cheirando café.

- Como se isso fosse um problema. Mas não está, provavelmente tomou banho ontem, pelo menos seria bom que o fizesse, ah?
- Tomei banho hoje cedo, mas estava moendo café para segunda...
- Não deveria moer na hora?
- Eu deveria, mas... Temos muitos clientes segunda feira.
- Entendo. - Nowaki disse e tocou seus cabelos evidentemente recém pintados.
O menor sentiu o toque nos cabelos e teve um pequeno sobressalto, não costumava ter toques dele, geralmente era a si quem tinha a iniciativa, e estava um pouco confuso sobre tudo, sobre ele gostar de si, sobre sua noiva, sobre a situação que estavam.
- ...

- Parece melancólico.
- Não...
O garoto sorriu a observá-lo, e de fato aquele Tadashi pervertido estava um pouco ofuscado devido a preocupação que tinha, mesmo assim, parte de si esperava ainda por uma investida dele.

- O que há? Algo relacionado ao vício?
Tadashi desviou o olhar a ele, cruzando o olhar ao do outro e negativou, embora parecesse um pouco nervoso, e isso se devia ao fato de que na própria mochila tinha algo que não devia ter, claro, nenhuma droga pesada, mesmo assim aquele baseado poderia fazer ele quebrar alguns pratos, e não queria que ele soubesse, mas uma parte de si queria ver aquele Nowaki, que jogava a si contra a porta.
- Está mentindo, Tadashi? - Indagou sobre sua inconsistência.
- Iie...
- Acho que está.
- Não estou, sabe que não uso mais.
- Certo, não me decepcione, garoto.
O maior disse e voltou a bagunçar seus cabelos, os quais tinha certeza que levara algum tempo arrumando, mas gostava da bagunça em seus fios. Ao deslizar para sua nuca, segurou e abaixou-se, dando-lhe um breve toque nos lábios junto aos próprios.

Tadashi ouviu-o e sentiu um suave arrepio percorrer o corpo, sabia que estava mentindo, e não gostava de mentir pra ele. Por isso, aquele beijo foi meio despercebido, e fechou os olhos suavemente, voltando a abrir quando o olhou.
- ... Tem maconha na minha bolsa.

Nowaki ainda estava próximo quando o ouviu falar.
- E por que tem maconha aí? - Retrucou, no mesmo lugar onde estava.

O menor sentiu um arrepio percorrer a espinha e já podia sentir as costas doloridas, sabia que ele era instável, por isso nem se moveu.
- Porque eu estava fumando...

- Não vou reclamar por um cigarro. - Nowaki disse e por fim voltou retomar postura, afastando a proximidade que formulou. - Mas não quero aqui. Se for continuar com isso, não vai morar comigo, entende?
O menor desviou o olhar a ele, agora com a coluna ereta e assentiu, ainda meio trêmulo.
- Qual é o seu problema, Tadashi?
Nowaki indagou, um pouco desconfortável na verdade, quase não sabia dizer o porque. Tadshi u
niu as sobrancelhas ao ouvi-lo, e talvez fosse aquilo o que esperava, era o único sinal de que ele sentia algo por si, já que ele não falava.
- Não tenho problema...

- Não é o que parece, Tadashi.
- É só um baseado...
- Pra um viciado não é só um baseado, Tadashi. Pra mim isso é só um baseado, pra você é um convite para querer mais que uma brisa.
- Eu estou bem, Nowaki!
- Está mesmo, Tadashi?
- Claro que estou. Pareço alto pra você?
- Não estou falando só disso. De qualquer modo, não vou falar sobre isso, só não quero essa porra aqui, jogue fora.
- Eu vou jogar.
- Agora.
Tadashi uniu as sobrancelhas e pegou a mochila deixada de lado, buscando nela a pequena bituca do cigarro e jogou no lixo da cozinha.
- Satisfeito?

- Se sumir daí, você vai se ver comigo. - Nowaki disse a ele, e embora não soasse ríspido, era autoritário.Tadashi desviou o olhar a ele ao ouvi-lo, gostava daquele tom, estranhamente.
- E vai fazer o que comigo?

- Vou fazer você engolir aceso.
O menor sorriu meio de canto, sentindo aquele estranho arrepio pela coluna novamente e mordeu o lábio inferior.
- Esse seu tom... Seu jeito de falar comigo, de me mostrar que é você que manda... Me excita muito.

Nowaki arqueou a sobrancelha, fitando-o por cima.
- É por isso que você é teimoso, ah? Gosta de me irritar, Tadashi?

Tadashi encolheu-se suavemente ao ouvir seu tom, e de fato, aquilo era muito excitante.
- ... Talvez. Talvez eu queira sempre te deixar a ponto de me agarrar pelos cabelos, me jogar contra a porta e me foder com força.

- Ah, e você acha que me irritando vai fazer eu querer te comer, Tadashi? Uh, peculiar sua linha de raciocínio. - O maior disse e até soou risonho, embora não estivesse realmente bem humorado.
- Eu sei que você quer... - Tadashi murmurou e sorriu a ele, mordendo o lábio inferior. - Ou você sentiria prazer em me fazer engolir o cigarro aceso? Você é tão sádico assim, hum?  
- Teria o prazer de te ensinar a não me encher o saco. O que é quase tão bom quanto sexo.
- Hum, acho que eu posso gostar disso se envolver algumas palmadas. - Tadashi murmurou a ele e sorriu, puxando-o para si e lhe selou os lábios, empurrando o quadril contra o dele, roçando-os apenas e suspirou, já estava duro. - Eu nem fumei esse cigarro, na verdade, nem tinha essa intenção... Eu coloquei na bolsa só porque queria que você achasse, e queria que me segurasse daquele jeito de novo, como fez no hospital... Daquele jeito que me faz perder o fôlego e pensar no quão dolorido seu próximo movimento vai ser. - Murmurou, e talvez fosse uma revelação para si também, e não somente para ele, visto que fazia as coisas, mas não refletia sobre elas. - Se for pra me fazer engolir o cigarro, que seja com o seu pau roçando na minha bunda, hum.
Murmurou contra os lábios dele, e provavelmente já havia ultrapassado todos os limites que tinha com ele somente com aquela frase, mas o sorrisinho malicioso adornava os lábios novamente, insinuando-se para ele.

- Se você queria sexo era somente pedir, Tadashi. - Nowaki disse, e tomou o garoto como uma criança, por baixo de seus braços, levando-o sobre o balcão da cozinha. - A essa altura, não precisa me encher o saco pra isso. Mas deve estar tendo algum tipo de fantasia sexual, quando foi que fiz algo dolorido a você?
O menor sentiu-o segurar a si e uniu as sobrancelhas num suave sobressalto, e sabia que ele não iria responder a altura, mas esperava que ao menos um arrepio tivesse causado nele, ou algum volume por baixo de sua roupa.
- Hum, talvez uma fantasia sexual nessas suas explosões.

- Talvez não seja o homem certo pra você.
O maior disse ao garoto e segurou seus cabelos, em sua testa, por onde o empurrou para o balcão, fez se deitar sobre o local não realmente confortável e por fim desceu até seus quadris, puxando-o em seu cós a fitar sua roupa íntima vermelho escuro.

Tadashi uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo, negativando e deitou-se como empurrado por ele, e mesmo que dissesse que não, ele era bem solícito com o que fazia, e estava sendo agressivo como dito a ele, por isso, o sorrisinho surgiu no canto dos próprios lábios e mordeu o inferior ao senti-lo puxar a própria roupa, obviamente, já estava ereto atrás da roupa incômoda.
- Ah...

Nowaki fitou seu cenho franzido, sua expressão que se alternava tão facilmente entre malícia ou melancolia. Já há muito descobria como lidar, de algum modo gostava de sua personalidade flexível, embora soubesse que como seu médico, não devia lidar daquela forma, mas bem, não estavam no consultório. Fitou o volume marcado em sua roupa, arqueou a sobrancelha com sutileza, bom, era quase um adolescente no fim de tudo.
- Está fugindo, Tadashi?
- Eh? - O menor desviou o olhar ao baixo ventre e sorriu a ele, mordendo o lábio mais uma vez e guiou uma das mãos aos lábios, mordendo o dedo médio a observá-lo. - Segura, ou ele pula.

- Ah, pula?
Nowaki indagou e puxou sua boxer, livrando seu membro ereto do limite e tomou nos dedos, apalpando seu sexo. Não se demorou para tirar junto de sua calça sua roupa íntima e deixa-lo seminu.
- Está querendo dor, é Tadashi?
Indagou e deslizou a mão sobre o balcão, alcançando o jogo de facas no faqueiro de madeira ali em cima. Claro que não pretendia usar, mas talvez pudesse dar uma lição no garoto.

O garoto assentiu ao ouvi-lo, sentindo-o apertar a si e estremeceu, quase derretendo na mão dele, claro, sentia falta de seus toques e estava excitado, as expressões dele, o cenho franzido causava o arrepio no corpo e sorriu a ele ao ouvi-lo, esperando um aperto gostoso no membro, mas o que veio foi a faca em sua mão. Arregalou os olhos, afastando-se sutilmente, embora ainda estivesse no lugar.
- O que vai fazer com isso?

- Vou te dar o que está procurando, Tadashi. Você disse que queria estar ansioso sobre qual meu próximo movimento dolorido, então vamos esperar.
Nowaki disse e deslizou a ponta da faca delicadamente em sua coxa, sem que fosse percebido o dorso não cortante da peça.

O menor uniu as sobrancelhas e inclinou o pescoço para trás, sentindo a faca deslizar pela pele e o arrepio percorreu o corpo, talvez até a ereção afrouxasse devido ao receio daquela faca nas mãos dele, mas era médico, não iria machucar a si, certo?
- Ou quem sabe você prefira uma seringa? Posso transpassar seu braço.
O maior disse e voltou a subir a faca, roçou-a abaixo de sua base ereta, tinha cuidado ainda assim. Tadashi u
niu as sobrancelhas novamente e negativou, sentindo uma sutil pontada dolorida ao imaginar a sensação.
- ... Nowaki!

- O que? - O maior indagou, percebendo sua já brusca mudança de comportamento.
- Não é isso que eu quero dizer com atos doloridos.
- Ora, a dor pode ser relativa, ainda assim é dor.
Nowaki retrucou e subiu suavemente até seu braço, arranhando-o com a faca sem feri-lo no entanto. Tadashi e
ncolheu-se suavemente ao sentir o fio deslizar pela pele e negativou.
- Iie! Não é isso que eu quero!

O maior sorriu a ele, achando graça, embora não estivesse a rir e logo devolveu o utensílio de cozinha ao seu lugar de direito.
- O que você quer?

- Eu quero que você me pegue com força, não que fure meu braço com a faca!
- Você é mesmo um garoto pervertido.

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