Atsushi e Kaoru #9 (+18)


Kaoru suspirou, e estava no estúdio agora, havia se entendido brevemente com a mulher, e logo, tivera uma briga novamente, parecia que não iria acabar se não terminasse com aquilo de alguma forma, para piorar, se sentia um lixo por estar saindo com outro homem e não contar nada a ela. Deslizou a mão pelos fios desalinhados, estava tocando, não importava se estava ou não bonito, e quando terminassem o ensaio se precuparia com o voltar para casa. Haviam se passado alguns dias desde que não o via, mas lembrava-se dos momentos que passava com o outro, agradáveis, o almoço na cama, seu abraço confortável, seus toques quentes, queria poder ter isso todos os dias.
- Tsc... - Estalou a língua, irritado consigo mesmo e balançou a cabeça, negativando ao amigo ao ser questionado do porquê. - Estou com alguns problemas, mas vou ficar bem.
Falou ao vocalista, que já sabia do que se tratava, mas não queria se meter e bateu sobre o ombro dele, um até logo, e viu os outros membros se retirarem da sala. Havia ficado sozinho, só a si e a guitarra, talvez precisasse de um tempo mesmo, para pensar. Sentou-se 
sobre o sofá ao canto, deslizando os dedos suavemente trêmulos pelas cordas, e aos poucos fora tocando uma das músicas escritas por si, e cada pequeno som, era gostoso aos ouvidos, ao menos por hora, tinha tudo que amava ali. Cessou aos poucos, quando finalmente se sentiu satisfeito, porém, outro motivo também fazia a si parar, não conseguia mais segurar a palheta entre os dedos, doía. Suspirou novamente, pesado e abaixou a cabeça, firmando o objeto ali para tocar mais algumas notas, e por fim gemeu, sentindo aquela sensação irritadiça retornar para si e fora o suficiente para jogar a guitarra no chão, num baque que se não houvesse quebrado, havia ao menos lascado alguma peça e levantou-se, jogando a palheta contra a parede de mesmo modo.
Atsushi encostou-se no automóvel já de portas fechadas. Sobre o veículo escuro apoiava-se enquanto tomava para os lábios um cigarro. Bateu sob a caixa, saltando um dos cilindros o que selecionou e já na boca, acendeu e tragou, sentindo o sabor mentolado preencher e logo deixar a boca. Após um tempo, somente então buscou o celular no bolso lateral da calça que vestia e digitou o número do guitarrista. Haviam tido contato alguns dias atrás, gostava de sair com ele embora de algum forma, não sabia o que poderiam fazer com aquilo, não sabia se ele gostava simplesmente de ir e fazer sexo e se não se sentia mal por isso ou por sua esposa, mas queria dar um "oi", logo não deu importância sobre aquilo. Levou o celular até a orelha, ouvindo o suave toque indicando a chamada.
O menor suspirou mais uma vez e guiou uma das mãos sobre a própria face, sentando-se no chão, lado a guitarra e permaneceu assim até que ouvisse a chamada e pegou o celular no bolso, observando o número, ponderou por alguns segundos, mas o atendeu.
- ... Atsushi.

- Niikura-kun. - Disse o maior, com uma saudação típica. - Hum... Está desanimado?
- ... Um pouco, está tudo bem?
- Está ocupado, ah?
- Não, eu iria pra casa agora.
- Hum, mesmo? Então não cheguei em um mau momento. Por que não sai agora?
Atsushi disse e iria espera-lo lá fora, talvez ter um momento com ele no carro, é, talvez tivesse algum gosto por encontros no carro, pensou. Seguiu no entanto pela recepção, teve a informação do estúdio e seguiu até o endereço lá dentro, como indicado e com a porta já aberta, deliberadamente entrou, sendo cauteloso a não encontrar nenhum integrante, mas o lugar parecia vazio, então, se ele estivesse lá como dizia, estaria sozinho, e assim constou ao se acomodar contra o limiar da porta, fitando-o dadas suas costas para si, o celular segurado junto a orelha, e uma pequena bagunça com um instrumento.

- ... Você está aqui?
Kaoru disse a ele, embora já pudesse ouvir o barulho dos passos pelo local, o problema é que só percebera quando ele já estava ali e se levantou rapidamente, ajeitando as roupas e pegou no chão a guitarra, colocando-a juntamente do baixo do amigo no suporte e suspirou ao ver as cordas que estouraram com o baque.
- ... Devia ter me esperado no carro.

- Hum. - O outro murmurou, não sabendo se respondia no celular ou pessoalmente, mas sorriu a ele e somente então deixou o aparelho de volta ao bolso, encerrando a ligação.- Parece que brigou com a guitarra hoje, ah? - Disse, soou descontraído no entanto.
Kaoru deu um pequeno sorriso descontraído.
- É... Um pouco.
Disse, escondendo as mãos nas costas onde ajeitou a calça de modo igualmente descontraído.

- Hum, eu pretendia espera-lo, mas me pareceu desanimado, quis brincar com você um pouco.
Disse o maior e por fim seguiu até ele, percebendo seu desconforto com a situação, quem sabe estivesse imaginando, duvidava. Ao alcança-lo, parou defronte e abaixou-se na pouca diferença de altura, fazendo menção de cumprimenta-lo de uma forma não muito típica para homens.

O menor observou-o se aproximar e abaixou a cabeça, cobrindo a face com os cabelos, estava desarrumado e um pouco desconfortável devido a isso, mas não o recusou. Ao vê-lo se abaixar, retribuiu-o no toque de lábios, mesmo de modo sutil.
Ao ser retribuído, mesmo na pré existente possibilidade de ter o contato aceito, Atsushi acabara achando o feito um tanto mais adorável do que teria imaginado. Pousou as mãos em seus ombros e deslizou levemente ao longo dos braços até alcançar as mãos um pouco escondidas do outro, e embora houvesse sentido o toque um tanto trêmulo não tocou no assunto. Ele parecia tímido, e ainda que tivesse uma feição naturalmente muito mais grosseira a que de uma mulher, aquilo o deixava quase "meigo". Ao trazer defronte seus dedos por hora adoecidos, levou-os até a altura do rosto, mordiscou a ponta de seu indicador e aos poucos o introduziu na boca sem se importar com o que poderia ter feito antes, sugou leve e brevemente.
- Quer sair comigo hoje?

Kaoru desviou o olhar a ele, meio de canto por trás dos cabelos compridos, e sentiu-o deslizar as mãos pelos braços, sabia que ele alcançaria as mãos, tentou mesmo sutilmente evitar o toque, mas ele fora firme e não disse nada para si. Suspirou conforme o viu puxar uma das próprias mãos e franziu o cenho, até ver seus lábios tocando um dos dedos, e agora estava trêmulo devido ao nervosismo e ansiedade que sentia em estar daquele modo, de aparência frágil em frente a ele, mas de alguma forma, achou o gesto excitante e chegou a sorrir canteiro.
- ... Hai.

- E onde você quer ir?
O maior indagou e novamente tocou seu dígito, lambeu a ponta e voltou a mordê-lo, sem força. O guitarrista o o
bservou com seus movimentos sutis, e aos poucos, sentiu-se relaxar do estresse que havia adquirido o dia todo, até o tremor diminuiu.
- ... Na sua casa.

- Hum.. Você gosta de lá, uh?
Atsushi disse e por fim sorriu a ele, deslizou a língua por sua mão até o centro da palma, onde provavelmente lhe causaria cócegas e somente então interrompeu, percebendo que parecia menos tenso.

Kaoru sentiu o toque de sua língua, que causava estranhos arrepios no baixo ventre, e por fim sorriu a mostrar os dentes, porém abaixou a cabeça, cobrindo o sorriso com os fios dos cabelos.
- Gosto. Gosto de você.

- Eu também gosto de você.
O maior retribuiu o elogio, não menos verdadeiro e chegou um pouco mais perto, tirando seus cabelos volumosos do pescoço que livre, afundou o rosto na região e mordeu de leve, sentindo um leve cheiro de sabonete e um pouco de suor.

Ao sentir o abraço, o outro guiou ambas as mãos as costas do vocalista, apreciando o toque suave no pescoço e suspirou, lembrando-se da falta do banho, e nunca havia visto ele daquele modo.
- ... Desculpe, estou deplorável.

- Não está não.
Disse o mais alto, quase soprado e soou contra sua pele, próximo de seu ouvido. A mão antes em seus cabelos deslizou pelas costas, sentindo a espinha dorsal até alcançar a nádega sob o jeans e apertou de leve.

Kaoru desviou o olhar em direção a porta, notando-a fechada e não sabia se havia sido trancada, mas sabia que ninguém iria adentrar o local sem bater antes, convenientemente, ali era a prova de som, e não haviam paredes de vidro, sendo somente uma sala para ensaios. Segurou o outro, pelos ombros e guiou-o consigo até o sofá, onde se deitou e puxou-o sobre si, invadindo sua boca com a língua, como queria fazer desde o primeiro selo.
Interrompido por ele, Atsushi fitou-o em seu rosto, percebendo a direção a qual se voltava e com isso, fora logo guiado, puxado consigo ao sofá de dois lugares em couro preto. Bem se acomodou entre suas pernas, embora uma das próprias continuasse com o pé no chão, evitando o peso em seu corpo abaixo, já a outra, pressionou o meio de suas pernas, seu baixo ventre, com a coxa. Embora estivesse surpreso, fora rápido em retribuí-lo no que queria, penetrando mutuamente sua boca, resvalando a língua por seus cantos.
O menor suspirou, segurando-o sobre si, apertando-o contra o corpo, e o queria ali mesmo, não importava onde estavam, o modo como ele tocava a si, deslizava a língua pelos dedos e agora pelos lábios, ele era sensual, e tinha ansiedade não só de tocá-lo, mas de senti-lo, de ser ensinado por ele de alguma forma sobre as reações do próprio corpo.
O vocalista lambiscou e mordiscou seus lábios durante o beijo, até acabou sentindo o toque áspero de seu cavanhaque ralo contra a língua ao lambê-lo em seu queixo e tornou aperta-lo com a coxa, notando sua disposição para o sexo, de uma forma até inconsequente em sua sala, que embora com a porta encostada, não estava trancada. Com a mão hábil tocou sua cintura, deslizou e sentiu o fino osso da pelve e por fim cessou ao alcançar o fecho, desabotoou a calça e desceu o zíper, com a mesma facilidade seguiu a tocar em seu membro, sentiu a região que embora macia, parecia dar o ar de uma tênue rigidez.
O gemido rasgou a garganta de Kaoru, nada muito alto, mas rouco ao senti-lo novamente pressionar o próprio baixo ventre, os toques firmes dele causavam um suave arrepio pela coluna, até o puxou pelos quadris conforme deslizou as mãos por suas costas. Por fim o sentiu puxar a própria calça, não reclamou, deixou-o desnudar o corpo, e naquele momento realmente não se importava se alguém podia ou não aparecer, a única coisa que queria era tê-lo sobre si, dentro de si, estranhamente. E percebeu que era a primeira vez que fazia aquilo com ele, estando totalmente sóbrio.
- Você quer realmente fazer isso aqui, hum? Porque eu realmente pensei sobre isso, mas claro que imaginei que meu alvo com seu corpo seria a parede.
Disse o maior, talvez tentando uma provocação ou quem sabe somente falasse a verdade. Com um movimento rápido segurou-o pela cintura e virou-o de costas para si, com o peito contra o sofá. E ao se abaixar, afundou o rosto contra seu pescoço, afastou os cabelos e mordiscou sua pele, seguindo até a orelha onde mordiscou a cartilagem. E mais embaixo, contra suas nádegas ainda escondidas pela roupa, empurrava o baixo ventre, insinuando a ereção aos poucos mais vívida.

- Se eu não quisesse, não teria te puxado pra cima de mim. Todos batem antes de entrar e a sala é a prova de som. - Disse o menor, cortado pelos movimentos dele ao virar a si de costas e mordeu o lábio inferior conforme franziu o cenho, sentindo seu sexo, ereto atrás da roupa conforme se empurrava. - ... Me queria de costas, não é?
- Hum, você quer fazer de frente?
Atsushi retrucou e não havia feito de propósito, havia feito de modo que pensasse facilitar o que faziam naquele tamanho de sofá. E com os dedos no cós de sua calça, puxou para baixo de modo que agora também passasse a expor sua bunda firme, deslizou a mão em movimento circular, acariciando sua pele quente e macia, apertou-o com a ponta dos dedos e logo estalou um tapa que não tinha força, apenas insinuava.

Kaoru desviou o olhar a ele meio de canto, esperando pela resposta e estremeceu ao senti-lo puxar as próprias roupas, esperando pelo toque de seu sexo, já que parecia tão ávido por si, porém o que viera fora o tapa e franziu o cenho novamente.
- ... N-Não faça isso...
- Por que não?
- Não... Gosto assim.

- Eu vou vira-lo depois, hum, primeiro vou penetrar você, assim eu posso ir mais fundo.
O maior disse em resposta, e ouviu-o no entanto protestar sutilmente sobre o toque que recebeu na nádega, mesmo que não houvesse imposto qualquer força.
- Não é nada de mais, Niikura-kun.
Disse-lhe ao pé do ouvido e com sua boxer já para os quadris, tocou o meio de suas nádegas, com o dígito médio, em seu ponto mais íntimo.

Kaoru sentiu o arrepio percorrer o corpo ao ouvi-lo, aquela voz gostosa dele aos ouvidos, e o dito, era excitante de alguma forma, embora nunca houvesse pensado em ser penetrado por um homem antes. Negativou ao ouvi-lo, sutilmente, não gostava de toques daquele modo, se sentia meio frágil, talvez uma mulher, poderia dizer assim, e não o era. Sentiu seu dedo deslizar em meio as nádegas e negativou novamente, agarrando-se ao sofá.
- I-Iie... Pode entrar direto...

- Hoje não está bêbado, acho que não é uma boa ideia entrar sem isso. - Disse o maior ainda ao pé do ouvido. - Você é um homem, não é uma mulher, não vai se abrir tão facilmente pra mim, então, vou colocar meus dedos em você e depois te dou o que você quer, ah?
Disse e roçou a face contra seus cabelos, com uma mão livre, segurou os fios ondulados, bagunçados de uma forma que deixava-o agradável em seu rosto, mas tomou nos dedos juntando-os e puxou sem forçar.

O menor ouviu-o silencioso, novamente se arrepiando com suas palavras e assentiu, não queria discutir com ele, ele sabia que não gostava, mesmo que não estivesse bêbado, poderia aguentar, não queria se sentir fraco. Gemeu baixinho com o puxão nos cabelos e desviou o olhar a ele.
- Está agressivo hoje... - Murmurou com um pequeno sorriso de canto.

- Hum, é? Só estou segurando seus cabelos.
Disse o vocalista, ainda segurando o mediano rabo de cavalo formado com os dedos, pressionando as unhas sem demasiado comprimento em seu couro cabeludo, talvez lhe causasse algum arrepio.
- Realmente quer que eu entre de uma vez?

- O tapa e o cabelo. - Kaoru respondeu, sentindo o suave arrepio na nuca com seu toque e desviou o olhar ao maior, canteiro como de costume. - H-Hai.
- Isso não é agressividade, é vontade.
Atsushi retrucou ao guitarrista e por hora o soltou, desvencilhando os toques que o proveu. Voltou a atenção para si mesmo, desabotoando por vez as roupas, livrando o corpo viril para ele, e sem rodeios encostou-se contra ele, roçando o sexo em sua pele.
- Vontade? - O menor murmurou, deixando escapar outro pequeno gemido conforme o sentiu roçar seu corpo em si e mordeu o lábio inferior. - Sente mesmo vontade de mim?

- Bem, meu pau não costuma endurecer para homens.
Disse o maior, imaginava que poderia respondê-lo daquela forma e seria entendido. Pressionou-se para ele no entanto, moveu-se de leve, para cima e baixo, sem penetra-lo, apenas sentindo sua pele junto a própria.

Kaoru sorriu sem mostrar os dentes, compreendendo-o daquele modo e ergueu sutilmente o quadril, tentando facilitar seu toque e talvez, sentiria menos dor assim.
- ... Vem.

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